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Autogestão em cooperativas populares: os desafios da prática

Cançado, Airton Cardoso January 2004 (has links)
p. 1-134 / Submitted by Santiago Fabio (fabio.ssantiago@hotmail.com) on 2013-03-19T20:27:59Z No. of bitstreams: 1 3,333333tdtdt.pdf: 971954 bytes, checksum: 4a5ea95473e71ab828d4282bd3de7e6f (MD5) / Approved for entry into archive by Tatiana Lima(tatianasl@ufba.br) on 2013-04-22T18:24:45Z (GMT) No. of bitstreams: 1 3,333333tdtdt.pdf: 971954 bytes, checksum: 4a5ea95473e71ab828d4282bd3de7e6f (MD5) / Made available in DSpace on 2013-04-22T18:24:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 3,333333tdtdt.pdf: 971954 bytes, checksum: 4a5ea95473e71ab828d4282bd3de7e6f (MD5) Previous issue date: 2004 / Este trabalho trata da temática autogestão em cooperativas populares. O objetivo é identificar e discutir os desafios à autogestão em cooperativas populares. Partimos da premissa de que a heterogestão (gestão hierarquizada de diferentes ou desiguais) é o modo hegemônico de organização do trabalho na sociedade capitalista, desta maneira a autogestão seria uma novidade e por isso apresentaria desafios na sua efetivação. Entende-se autogestão como a não separação entre trabalho manual e intelectual, em que a posse dos meios de produção é coletiva e caracterizada como um processo em construção na organização. O objeto de pesquisa foi a Cooperativa Juvenil de Serviços Turísticos de São Bartolomeu – COOPERTUR, incubada pelo PANGEA – Centro de Estudos Sócio-ambientais e localizada no Subúrbio Ferroviário de Salvador. Foram utilizados os níveis de consciência de Paulo Freire para tentar identificar o grau de maturidade do grupo e os níveis de participação de Bordenave para perceber a atuação da diretoria e a transparência nas informações na cooperativa. Constatou-se, na pesquisa que a autogestão só se torna viável quando os cooperados se percebem no nível de consciência crítica (Paulo Freire), que pode ser caracterizado pela capacidade do indivíduo de se afastar da sua realidade objetiva e problematizá-la. No caso da COOPERTUR, foi identificada a situação a que se denominou autogestão funcional, caracterizada por cooperados em diferentes níveis de consciência, em que mesmo com os instrumentos de participação disponíveis, um grupo de cooperados opta por não participar, delegando aos demais as tomadas de decisão. A autogestão funcional seria, então, uma fase pela qual a organização passa para chegar à autogestão plena (estado ótimo). A autogestão funcional é um ponto de inflexão na trajetória da organização rumo à autogestão, e a cooperativa pode, a partir deste momento, evoluir ou retroceder (ou, ainda, deixar de existir) na construção da autogestão, dependendo dos desdobramentos desta fase, intimamente ligada ao nível de consciência dos cooperados. Quanto à atuação da diretoria, percebeu-se que a “inércia participativa” de um grupo de cooperados faz com que a cooperativa possa ser classificada no nível de participação denominado “consulta obrigatória”. Outro problema identificado na cooperativa está relacionado ao processo de comunicação, sendo identificados problemas para que a informação possa chegar até aos cooperados. / Salvador

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