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Isópodos terrestres (CRUSTACEA, ONISCIDEA) do Brasil e análise filogenética de BENTHANA BUDDE-LUND, 1908 (PHILOSCIIDAE)Campos Filho, Ivanklin Soares January 2014 (has links)
Os “tatuzinhos de jardim” são crustáceos pertencentes à ordem Isopoda, subordem Oniscidea, sendo esta, uma unidade monofilética, e uma das mais importantes por conter quase metade das espécies de isópodos conhecidos. Atualmente a Subordem Oniscidea possui cinco seções reconhecidas através de caracteres morfológicos: Ligiidae, Tylidae, Mesoniscidae, Synocheta e Crinocheta, esta última incluindo cerca de 80% da diversidade do grupo e os representantes com maiores adaptações ao ambiente terrestre. Atualmente para o Brasil são conhecidas aproximadamente 161 espécies de isópodos terrestres, incluindo os animais do ambiente cavernícola. Dentro de Oniscidea, a família Philosciidae possui distribuição conhecida para África, Ásia, Europa, Oceania e Américas, sendo um dos mais importantes grupos de Oniscidea em habitats tropicais. Filogeneticamente a família tem sido considerada parafilética, compartilhando características com as famílias Halophilosciidae e Scleropactidae. O gênero Benthana abrange 28 espécies localizadas apenas na America do Sul, e no Brasil possuem uma distribuição restrita para áreas de Mata Atlântica. Até o presente momento, alguns dos estudos sobre os isópodos terrestres ainda são insuficientes, logo, muitos grupos necessitam de revisão, para melhor compreensão das relações filogenéticas entre os táxons. O objetivo principal deste trabalho é proceder no inventariamento de isópodos terrestres do Brasil e revisitar as relações filogenéticas da família Philosciidae com ênfase no gênero Benthana. Para a taxonomia, o material utilizado neste trabalho foi obtido por empréstimo das coleções do Museu Nacional do Rio de Janeiro, Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo e Coleção do Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Specimens were stored in 70% ethanol and descriptions were based on morphological characters. O material foi dissecado e seus apêndices montados em micropreparações. Os desenhos foram obtidos através de câmara clara. Os noduli laterales foram medidos de acordo com o método de Vandel (1962). Para representantes de Benthana, o exópodo do pleópodo 1 dos machos teve a taxa z:y medida segundo Araujo & Lopes (2003) e os níveis de reentrância do processo lateral de acordo com Campos-Filho et al. (2013). A matriz de caracteres foi baseada na literatura especializada bem como em exemplares de coleções cientificas. Os caracteres foram tratados como discretos e não ordenados; otimizações ACCTRAN/DELTRAN foram usadas para tratamento de ambiguidades. A matriz incluiu 123 terminais e 154 caracteres, com 4% de dados faltantes de e 9% inaplicáveis. Duas estratégias de busca foram adotadas, busca com pesos iguais e pesagem implícita. Para a segunda estratégia 25 valores de concavidade (k) foram adotados, sendo correlacionada com a análise de sensitividade. Jackknife foi adotado como medida de suporte. Taxonomia: Trinta e três especies de isópodos terrestres foram reconhecidas como pertencentes às famílias Trichoniscidae (1 spp.), Styloniscidae (2 spp.), Philosciidae (12 spp.), Scleropactidae (9 spp.), Dubioniscidae (3 spp.), Platyarthridae (4 spp.), Armadillidiidae (1 sp.), Armadillidae (3 spp.), três novos gêneros foram propostos, Spelunconiscus e Xangoniscus (Styloniscidae), e Leonardoscia (Philosciidae), 19 espécies foram reconhecidas como novas para a ciência: Xangoniscus aganju e Spelunconiscus castroi (Styloniscidae), Atlantoscia ituberasensis, Atlantoscia petronioi, Atlantoscia sulcata, Benthana schmalfussi, Benthana guayanas, Benthana carijos, Leonardoscia hassalli, Metaprosekia quadriocellata e Metaprosekia caupe (Philosciidae), Amazoniscus leistikowi, Circoniscus buckupi e Circoniscus carajasensis (Scleropactidae), Novamundoniscus altamiraensis (Dubioniscidae), Trichorhina yiara, Trichorhina curupira e Trichorhina anhanguera (Platyarthridae), e Ctenorillo ferrarai (Armadillidae), e quatro destas 19 espécies foram consideradas troglóbias: Spelunconiscus castroi, Xangoniscus aganju, Leonardoscia hassalli e Amazoniscus leistikowi. Filogenia: A análise com pesos iguais resultou em 756 árvores igualmente parcimoniosas com 1.581 passos e o consenso resultou em 2.010 passos. A árvore de consenso estrito de pesos iguais muitas relações foram recuperadas dentro de uma grande politomia. A análise com pesagem implícita resultou em 35 árvores; a busca de SPR identificou a faixa de k10 a k15 com árvores mais similares (k médio = 11.5473). A família Philosciidae não teve monofilia recuperada. O gênero Benthana e diversos outros gêneros pertencentes à família Philosciidae amostrados se configuraram monofiléticos. As Tribos Prosekiini e Ischiosciini foram recuperadas como monofiléticas. Os gêneros Alboscia e Leonardoscia foram incluídos na tribo Prosekiini. As espécies Prosekia albamaculata, P. lejeunei, P. rutilans e P. tarumae, foram transferidas para o gênero Androdeloscia. Os gêneros Nesophiloscia e Burmoniscus não tiveram monofilias recuperadas. O gênero Haloniscus foi transferido para a família Philosciidae. O gênero Oniscophiloscia foi transferido para a família Balloniscidae. As famílias Halophilosciidae e Rhyscotidae apesar de terem sido recuperadas dentro de Philosciidae apresentaram alta estabilidade nas diferentes reconstruções.
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Isópodos terrestres (CRUSTACEA, ONISCIDEA) do Brasil e análise filogenética de BENTHANA BUDDE-LUND, 1908 (PHILOSCIIDAE)Campos Filho, Ivanklin Soares January 2014 (has links)
Os “tatuzinhos de jardim” são crustáceos pertencentes à ordem Isopoda, subordem Oniscidea, sendo esta, uma unidade monofilética, e uma das mais importantes por conter quase metade das espécies de isópodos conhecidos. Atualmente a Subordem Oniscidea possui cinco seções reconhecidas através de caracteres morfológicos: Ligiidae, Tylidae, Mesoniscidae, Synocheta e Crinocheta, esta última incluindo cerca de 80% da diversidade do grupo e os representantes com maiores adaptações ao ambiente terrestre. Atualmente para o Brasil são conhecidas aproximadamente 161 espécies de isópodos terrestres, incluindo os animais do ambiente cavernícola. Dentro de Oniscidea, a família Philosciidae possui distribuição conhecida para África, Ásia, Europa, Oceania e Américas, sendo um dos mais importantes grupos de Oniscidea em habitats tropicais. Filogeneticamente a família tem sido considerada parafilética, compartilhando características com as famílias Halophilosciidae e Scleropactidae. O gênero Benthana abrange 28 espécies localizadas apenas na America do Sul, e no Brasil possuem uma distribuição restrita para áreas de Mata Atlântica. Até o presente momento, alguns dos estudos sobre os isópodos terrestres ainda são insuficientes, logo, muitos grupos necessitam de revisão, para melhor compreensão das relações filogenéticas entre os táxons. O objetivo principal deste trabalho é proceder no inventariamento de isópodos terrestres do Brasil e revisitar as relações filogenéticas da família Philosciidae com ênfase no gênero Benthana. Para a taxonomia, o material utilizado neste trabalho foi obtido por empréstimo das coleções do Museu Nacional do Rio de Janeiro, Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo e Coleção do Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Specimens were stored in 70% ethanol and descriptions were based on morphological characters. O material foi dissecado e seus apêndices montados em micropreparações. Os desenhos foram obtidos através de câmara clara. Os noduli laterales foram medidos de acordo com o método de Vandel (1962). Para representantes de Benthana, o exópodo do pleópodo 1 dos machos teve a taxa z:y medida segundo Araujo & Lopes (2003) e os níveis de reentrância do processo lateral de acordo com Campos-Filho et al. (2013). A matriz de caracteres foi baseada na literatura especializada bem como em exemplares de coleções cientificas. Os caracteres foram tratados como discretos e não ordenados; otimizações ACCTRAN/DELTRAN foram usadas para tratamento de ambiguidades. A matriz incluiu 123 terminais e 154 caracteres, com 4% de dados faltantes de e 9% inaplicáveis. Duas estratégias de busca foram adotadas, busca com pesos iguais e pesagem implícita. Para a segunda estratégia 25 valores de concavidade (k) foram adotados, sendo correlacionada com a análise de sensitividade. Jackknife foi adotado como medida de suporte. Taxonomia: Trinta e três especies de isópodos terrestres foram reconhecidas como pertencentes às famílias Trichoniscidae (1 spp.), Styloniscidae (2 spp.), Philosciidae (12 spp.), Scleropactidae (9 spp.), Dubioniscidae (3 spp.), Platyarthridae (4 spp.), Armadillidiidae (1 sp.), Armadillidae (3 spp.), três novos gêneros foram propostos, Spelunconiscus e Xangoniscus (Styloniscidae), e Leonardoscia (Philosciidae), 19 espécies foram reconhecidas como novas para a ciência: Xangoniscus aganju e Spelunconiscus castroi (Styloniscidae), Atlantoscia ituberasensis, Atlantoscia petronioi, Atlantoscia sulcata, Benthana schmalfussi, Benthana guayanas, Benthana carijos, Leonardoscia hassalli, Metaprosekia quadriocellata e Metaprosekia caupe (Philosciidae), Amazoniscus leistikowi, Circoniscus buckupi e Circoniscus carajasensis (Scleropactidae), Novamundoniscus altamiraensis (Dubioniscidae), Trichorhina yiara, Trichorhina curupira e Trichorhina anhanguera (Platyarthridae), e Ctenorillo ferrarai (Armadillidae), e quatro destas 19 espécies foram consideradas troglóbias: Spelunconiscus castroi, Xangoniscus aganju, Leonardoscia hassalli e Amazoniscus leistikowi. Filogenia: A análise com pesos iguais resultou em 756 árvores igualmente parcimoniosas com 1.581 passos e o consenso resultou em 2.010 passos. A árvore de consenso estrito de pesos iguais muitas relações foram recuperadas dentro de uma grande politomia. A análise com pesagem implícita resultou em 35 árvores; a busca de SPR identificou a faixa de k10 a k15 com árvores mais similares (k médio = 11.5473). A família Philosciidae não teve monofilia recuperada. O gênero Benthana e diversos outros gêneros pertencentes à família Philosciidae amostrados se configuraram monofiléticos. As Tribos Prosekiini e Ischiosciini foram recuperadas como monofiléticas. Os gêneros Alboscia e Leonardoscia foram incluídos na tribo Prosekiini. As espécies Prosekia albamaculata, P. lejeunei, P. rutilans e P. tarumae, foram transferidas para o gênero Androdeloscia. Os gêneros Nesophiloscia e Burmoniscus não tiveram monofilias recuperadas. O gênero Haloniscus foi transferido para a família Philosciidae. O gênero Oniscophiloscia foi transferido para a família Balloniscidae. As famílias Halophilosciidae e Rhyscotidae apesar de terem sido recuperadas dentro de Philosciidae apresentaram alta estabilidade nas diferentes reconstruções.
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Isópodos terrestres (CRUSTACEA, ONISCIDEA) do Brasil e análise filogenética de BENTHANA BUDDE-LUND, 1908 (PHILOSCIIDAE)Campos Filho, Ivanklin Soares January 2014 (has links)
Os “tatuzinhos de jardim” são crustáceos pertencentes à ordem Isopoda, subordem Oniscidea, sendo esta, uma unidade monofilética, e uma das mais importantes por conter quase metade das espécies de isópodos conhecidos. Atualmente a Subordem Oniscidea possui cinco seções reconhecidas através de caracteres morfológicos: Ligiidae, Tylidae, Mesoniscidae, Synocheta e Crinocheta, esta última incluindo cerca de 80% da diversidade do grupo e os representantes com maiores adaptações ao ambiente terrestre. Atualmente para o Brasil são conhecidas aproximadamente 161 espécies de isópodos terrestres, incluindo os animais do ambiente cavernícola. Dentro de Oniscidea, a família Philosciidae possui distribuição conhecida para África, Ásia, Europa, Oceania e Américas, sendo um dos mais importantes grupos de Oniscidea em habitats tropicais. Filogeneticamente a família tem sido considerada parafilética, compartilhando características com as famílias Halophilosciidae e Scleropactidae. O gênero Benthana abrange 28 espécies localizadas apenas na America do Sul, e no Brasil possuem uma distribuição restrita para áreas de Mata Atlântica. Até o presente momento, alguns dos estudos sobre os isópodos terrestres ainda são insuficientes, logo, muitos grupos necessitam de revisão, para melhor compreensão das relações filogenéticas entre os táxons. O objetivo principal deste trabalho é proceder no inventariamento de isópodos terrestres do Brasil e revisitar as relações filogenéticas da família Philosciidae com ênfase no gênero Benthana. Para a taxonomia, o material utilizado neste trabalho foi obtido por empréstimo das coleções do Museu Nacional do Rio de Janeiro, Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo e Coleção do Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Specimens were stored in 70% ethanol and descriptions were based on morphological characters. O material foi dissecado e seus apêndices montados em micropreparações. Os desenhos foram obtidos através de câmara clara. Os noduli laterales foram medidos de acordo com o método de Vandel (1962). Para representantes de Benthana, o exópodo do pleópodo 1 dos machos teve a taxa z:y medida segundo Araujo & Lopes (2003) e os níveis de reentrância do processo lateral de acordo com Campos-Filho et al. (2013). A matriz de caracteres foi baseada na literatura especializada bem como em exemplares de coleções cientificas. Os caracteres foram tratados como discretos e não ordenados; otimizações ACCTRAN/DELTRAN foram usadas para tratamento de ambiguidades. A matriz incluiu 123 terminais e 154 caracteres, com 4% de dados faltantes de e 9% inaplicáveis. Duas estratégias de busca foram adotadas, busca com pesos iguais e pesagem implícita. Para a segunda estratégia 25 valores de concavidade (k) foram adotados, sendo correlacionada com a análise de sensitividade. Jackknife foi adotado como medida de suporte. Taxonomia: Trinta e três especies de isópodos terrestres foram reconhecidas como pertencentes às famílias Trichoniscidae (1 spp.), Styloniscidae (2 spp.), Philosciidae (12 spp.), Scleropactidae (9 spp.), Dubioniscidae (3 spp.), Platyarthridae (4 spp.), Armadillidiidae (1 sp.), Armadillidae (3 spp.), três novos gêneros foram propostos, Spelunconiscus e Xangoniscus (Styloniscidae), e Leonardoscia (Philosciidae), 19 espécies foram reconhecidas como novas para a ciência: Xangoniscus aganju e Spelunconiscus castroi (Styloniscidae), Atlantoscia ituberasensis, Atlantoscia petronioi, Atlantoscia sulcata, Benthana schmalfussi, Benthana guayanas, Benthana carijos, Leonardoscia hassalli, Metaprosekia quadriocellata e Metaprosekia caupe (Philosciidae), Amazoniscus leistikowi, Circoniscus buckupi e Circoniscus carajasensis (Scleropactidae), Novamundoniscus altamiraensis (Dubioniscidae), Trichorhina yiara, Trichorhina curupira e Trichorhina anhanguera (Platyarthridae), e Ctenorillo ferrarai (Armadillidae), e quatro destas 19 espécies foram consideradas troglóbias: Spelunconiscus castroi, Xangoniscus aganju, Leonardoscia hassalli e Amazoniscus leistikowi. Filogenia: A análise com pesos iguais resultou em 756 árvores igualmente parcimoniosas com 1.581 passos e o consenso resultou em 2.010 passos. A árvore de consenso estrito de pesos iguais muitas relações foram recuperadas dentro de uma grande politomia. A análise com pesagem implícita resultou em 35 árvores; a busca de SPR identificou a faixa de k10 a k15 com árvores mais similares (k médio = 11.5473). A família Philosciidae não teve monofilia recuperada. O gênero Benthana e diversos outros gêneros pertencentes à família Philosciidae amostrados se configuraram monofiléticos. As Tribos Prosekiini e Ischiosciini foram recuperadas como monofiléticas. Os gêneros Alboscia e Leonardoscia foram incluídos na tribo Prosekiini. As espécies Prosekia albamaculata, P. lejeunei, P. rutilans e P. tarumae, foram transferidas para o gênero Androdeloscia. Os gêneros Nesophiloscia e Burmoniscus não tiveram monofilias recuperadas. O gênero Haloniscus foi transferido para a família Philosciidae. O gênero Oniscophiloscia foi transferido para a família Balloniscidae. As famílias Halophilosciidae e Rhyscotidae apesar de terem sido recuperadas dentro de Philosciidae apresentaram alta estabilidade nas diferentes reconstruções.
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História natural de Benthana cairensis (Isopoda: Oniscidea)Sokolowicz, Carolina Coelho January 2010 (has links)
A subordem Oniscidea abriga os isópodos terrestres, os quais apresentam uma grande riqueza de espécies em diferentes ambientes com características completamente diversas, desde a zona litorânea até ambientes desérticos. No Brasil há uma diversidade de espécies ainda pouco estudada, sendo que a família Philosciidae representa uma grande parte da fauna de isópodos da América do Sul. O presente estudo tem como objetivos descrever uma nova espécie no gênero Benthana para o estado do Rio Grande do Sul, descrever seus estágios de manca e juvenil, assim como caracterizar sua estrutura populacional com respeito aos aspectos reprodutivos e crescimento. Benthana cairensis foi descrita como uma nova espécie de Philosciidae e tem como caracteres diagnósticos a presença de 17 estetascos na antênula, exópodo do pleópodo 1 do macho alongado apresentando um lobo na margem lateral interna. Essa espécie é semelhante a três outras do gênero em relação a presença do lobo, no entanto diferencia-se de todas elas devido às diferenças no número de omatídeos, inserção dos ramos do urópodo e dimorfismo sexual nos pereiópodos dos machos. A fase imatura e indiferenciada sexualmente apresenta três estágios, chamados de mancas. O estágio de Manca I é caracterizado pela simplicidade de suas estruturas e pela sua rápida duração, de aproximadamente 4 horas; apresenta 6 pares de pereiópodos, esses ainda glabros e o aparelho bucal fracamente desenvolvido ainda sem a presença dos dentes pectinados na maxilula, característicos de Benthana. O estágio seguinte, de Manca II, já apresenta o aparelho bucal mais desenvolvido com os dentes pectinados da maxilula e pereiópodos já com o padrão de setas semelhante ao adulto, inclusive a seta “hand-like” do carpo 1, uma autapomorfia do gênero. O último estágio de manca (Manca III) caracteriza-se pela presença do sétimo par de pereiópodos presente dobrado ventralmente sob o corpo do animal. Os estágios de juvenis caracterizam-se pela diferenciação sexual, mas ainda são imaturos sexualmente. Os três primeiros estágios foram descritos para os machos com destaque para o desenvolvimento da protusão do exópodo do pleópodo 1, outra autapomorfia do gênero, o qual só começa a ficar evidente no segundo estágio (JUII) e somente apresenta-se completamente desenvolvido quando o animal atinge aproximadamente 1.0 mm de largura de cefalotórax (LC). O dimorfismo sexual presente nos quatro primeiros pares de pereiópodos dos machos começa a aparecer após os três primeiros estágios de juvenil e está completamente evidente em machos de aproximadamente 1.2 mm de LC. A população de Benthana cairensis do Sítio Cairé caracteriza-se por apresentar uma reprodução contínua durante o ano. As fêmeas investem menos em uma única prole, no entanto são capazes de se reproduzir mais de uma vez ao longo de sua vida. A proporção sexual operacional da população é de 1:1, mostrando que há um equilíbrio no que se refere ao número de machos e fêmeas aptos para reprodução. Os machos vivem menos que as fêmeas e são menores. As fêmeas possuem o corpo maior, o que aumenta a superfície para abrigar a prole o que foi demonstrado pela correlação positiva do tamanho da fêmea com o número de ovos. As características de desenvolvimento de B. cairensis são semelhantes a outras espécies de Philosciidae, apresentando três estágios de mancas. Suas características populacionais, no que se referem a estação reprodutiva e investimento reprodutivo, são semelhantes a outras espécies subtropicais e, como esperado, diferentes de espécies de isópodos que vivem em regiões temperadas. / Terrestrial isopods are included in the suborder Oniscidea which shows a great species richness living at different places showing diverse environmental conditions, occurring from the littoral zone through desert regions. In Brazil there is a diversity that is still poorly studied in which the family Philosciidae represents a great part of South America’s woodlice fauna. The present study aims to describe a new species of the genus Benthana to the state of Rio Grande do Sul, to describe its manca and juvenile stages as well as to characterize its population structure concerning reproductive aspects and growth. Benthana cairensis was described as a new species of Philosciidae and presents the following diagnostic characters: 17 aesthetascs on the antennula and male pleopod 1 exopod elongated with a lobe on the inner lateral margin. This species resembles other three species of the genus concerning the presence of pleopod lobe; however it is differentiated by the number of omatidia, insertion of uropod endopod and exopod and sexual dimorphism on male’s pereiopods. The immature and undifferentiated phase has three stages, called mancas. The Manca I is marked by the simplicity of its appendages and by its queek duration, of about 4 hours; it presents 6 pairs of pereiopods still glabrous and mouth parts weekly developed still without the presence of the pectinate teeth of maxillula, characteristic of Benthana. The next stage, Manca II, already shows the mouth parts a little more complete, presenting the pectinate teeth of maxillula and the pereiopods showing the setae pattern of the adult, including the hand-like seta on carpus 1, an autapomorphy of the genus. The last manca stage (Manca III) is characterized by the presence of the 7th pair of pereiopods folded ventrally on the pereion. The juvenile stages are sexually differentiated, but still immature. The first three stages were described for males, enphatizing the development of dentiform protusion of pleopod exopod 1, another autapomorphy of the genus which begins to be evident only at the second stage (JUII) and it is completely formed when the animal reaches 1.0 mm of cephalothorax width (CW). Sexual dimorphism at the first four male pereiopods beggins to develop after the three juvenile stages and it is completely formed on males of approximatly 1.2 mm of CW. The population of Benthana cairensis at Sítio Cairé is characterized by showing a continnuous reproduction during the year. Females invest less in a single brood, but are able to reproduce more than once in its lifetime. The operational sex ratio of population is 1:1, which shows that there is an equillibrium concerning the number of males and females that are able to reproduce. Males live less than females and are smaller. Females have a bigger body which increases the surface where the brood develops; this was demonstrated by the positive correlation of female body size with the offspring number. The developmental characteristics of B. cairensis are similar to those of the other species of Philosciidae presenting three manca stages. Its population features concerning reproductive season and reproductive effort resembles those of other subtropical species and as expected, is different from species that occur at temperate regions.
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História natural de Benthana cairensis (Isopoda: Oniscidea)Sokolowicz, Carolina Coelho January 2010 (has links)
A subordem Oniscidea abriga os isópodos terrestres, os quais apresentam uma grande riqueza de espécies em diferentes ambientes com características completamente diversas, desde a zona litorânea até ambientes desérticos. No Brasil há uma diversidade de espécies ainda pouco estudada, sendo que a família Philosciidae representa uma grande parte da fauna de isópodos da América do Sul. O presente estudo tem como objetivos descrever uma nova espécie no gênero Benthana para o estado do Rio Grande do Sul, descrever seus estágios de manca e juvenil, assim como caracterizar sua estrutura populacional com respeito aos aspectos reprodutivos e crescimento. Benthana cairensis foi descrita como uma nova espécie de Philosciidae e tem como caracteres diagnósticos a presença de 17 estetascos na antênula, exópodo do pleópodo 1 do macho alongado apresentando um lobo na margem lateral interna. Essa espécie é semelhante a três outras do gênero em relação a presença do lobo, no entanto diferencia-se de todas elas devido às diferenças no número de omatídeos, inserção dos ramos do urópodo e dimorfismo sexual nos pereiópodos dos machos. A fase imatura e indiferenciada sexualmente apresenta três estágios, chamados de mancas. O estágio de Manca I é caracterizado pela simplicidade de suas estruturas e pela sua rápida duração, de aproximadamente 4 horas; apresenta 6 pares de pereiópodos, esses ainda glabros e o aparelho bucal fracamente desenvolvido ainda sem a presença dos dentes pectinados na maxilula, característicos de Benthana. O estágio seguinte, de Manca II, já apresenta o aparelho bucal mais desenvolvido com os dentes pectinados da maxilula e pereiópodos já com o padrão de setas semelhante ao adulto, inclusive a seta “hand-like” do carpo 1, uma autapomorfia do gênero. O último estágio de manca (Manca III) caracteriza-se pela presença do sétimo par de pereiópodos presente dobrado ventralmente sob o corpo do animal. Os estágios de juvenis caracterizam-se pela diferenciação sexual, mas ainda são imaturos sexualmente. Os três primeiros estágios foram descritos para os machos com destaque para o desenvolvimento da protusão do exópodo do pleópodo 1, outra autapomorfia do gênero, o qual só começa a ficar evidente no segundo estágio (JUII) e somente apresenta-se completamente desenvolvido quando o animal atinge aproximadamente 1.0 mm de largura de cefalotórax (LC). O dimorfismo sexual presente nos quatro primeiros pares de pereiópodos dos machos começa a aparecer após os três primeiros estágios de juvenil e está completamente evidente em machos de aproximadamente 1.2 mm de LC. A população de Benthana cairensis do Sítio Cairé caracteriza-se por apresentar uma reprodução contínua durante o ano. As fêmeas investem menos em uma única prole, no entanto são capazes de se reproduzir mais de uma vez ao longo de sua vida. A proporção sexual operacional da população é de 1:1, mostrando que há um equilíbrio no que se refere ao número de machos e fêmeas aptos para reprodução. Os machos vivem menos que as fêmeas e são menores. As fêmeas possuem o corpo maior, o que aumenta a superfície para abrigar a prole o que foi demonstrado pela correlação positiva do tamanho da fêmea com o número de ovos. As características de desenvolvimento de B. cairensis são semelhantes a outras espécies de Philosciidae, apresentando três estágios de mancas. Suas características populacionais, no que se referem a estação reprodutiva e investimento reprodutivo, são semelhantes a outras espécies subtropicais e, como esperado, diferentes de espécies de isópodos que vivem em regiões temperadas. / Terrestrial isopods are included in the suborder Oniscidea which shows a great species richness living at different places showing diverse environmental conditions, occurring from the littoral zone through desert regions. In Brazil there is a diversity that is still poorly studied in which the family Philosciidae represents a great part of South America’s woodlice fauna. The present study aims to describe a new species of the genus Benthana to the state of Rio Grande do Sul, to describe its manca and juvenile stages as well as to characterize its population structure concerning reproductive aspects and growth. Benthana cairensis was described as a new species of Philosciidae and presents the following diagnostic characters: 17 aesthetascs on the antennula and male pleopod 1 exopod elongated with a lobe on the inner lateral margin. This species resembles other three species of the genus concerning the presence of pleopod lobe; however it is differentiated by the number of omatidia, insertion of uropod endopod and exopod and sexual dimorphism on male’s pereiopods. The immature and undifferentiated phase has three stages, called mancas. The Manca I is marked by the simplicity of its appendages and by its queek duration, of about 4 hours; it presents 6 pairs of pereiopods still glabrous and mouth parts weekly developed still without the presence of the pectinate teeth of maxillula, characteristic of Benthana. The next stage, Manca II, already shows the mouth parts a little more complete, presenting the pectinate teeth of maxillula and the pereiopods showing the setae pattern of the adult, including the hand-like seta on carpus 1, an autapomorphy of the genus. The last manca stage (Manca III) is characterized by the presence of the 7th pair of pereiopods folded ventrally on the pereion. The juvenile stages are sexually differentiated, but still immature. The first three stages were described for males, enphatizing the development of dentiform protusion of pleopod exopod 1, another autapomorphy of the genus which begins to be evident only at the second stage (JUII) and it is completely formed when the animal reaches 1.0 mm of cephalothorax width (CW). Sexual dimorphism at the first four male pereiopods beggins to develop after the three juvenile stages and it is completely formed on males of approximatly 1.2 mm of CW. The population of Benthana cairensis at Sítio Cairé is characterized by showing a continnuous reproduction during the year. Females invest less in a single brood, but are able to reproduce more than once in its lifetime. The operational sex ratio of population is 1:1, which shows that there is an equillibrium concerning the number of males and females that are able to reproduce. Males live less than females and are smaller. Females have a bigger body which increases the surface where the brood develops; this was demonstrated by the positive correlation of female body size with the offspring number. The developmental characteristics of B. cairensis are similar to those of the other species of Philosciidae presenting three manca stages. Its population features concerning reproductive season and reproductive effort resembles those of other subtropical species and as expected, is different from species that occur at temperate regions.
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História natural de Benthana cairensis (Isopoda: Oniscidea)Sokolowicz, Carolina Coelho January 2010 (has links)
A subordem Oniscidea abriga os isópodos terrestres, os quais apresentam uma grande riqueza de espécies em diferentes ambientes com características completamente diversas, desde a zona litorânea até ambientes desérticos. No Brasil há uma diversidade de espécies ainda pouco estudada, sendo que a família Philosciidae representa uma grande parte da fauna de isópodos da América do Sul. O presente estudo tem como objetivos descrever uma nova espécie no gênero Benthana para o estado do Rio Grande do Sul, descrever seus estágios de manca e juvenil, assim como caracterizar sua estrutura populacional com respeito aos aspectos reprodutivos e crescimento. Benthana cairensis foi descrita como uma nova espécie de Philosciidae e tem como caracteres diagnósticos a presença de 17 estetascos na antênula, exópodo do pleópodo 1 do macho alongado apresentando um lobo na margem lateral interna. Essa espécie é semelhante a três outras do gênero em relação a presença do lobo, no entanto diferencia-se de todas elas devido às diferenças no número de omatídeos, inserção dos ramos do urópodo e dimorfismo sexual nos pereiópodos dos machos. A fase imatura e indiferenciada sexualmente apresenta três estágios, chamados de mancas. O estágio de Manca I é caracterizado pela simplicidade de suas estruturas e pela sua rápida duração, de aproximadamente 4 horas; apresenta 6 pares de pereiópodos, esses ainda glabros e o aparelho bucal fracamente desenvolvido ainda sem a presença dos dentes pectinados na maxilula, característicos de Benthana. O estágio seguinte, de Manca II, já apresenta o aparelho bucal mais desenvolvido com os dentes pectinados da maxilula e pereiópodos já com o padrão de setas semelhante ao adulto, inclusive a seta “hand-like” do carpo 1, uma autapomorfia do gênero. O último estágio de manca (Manca III) caracteriza-se pela presença do sétimo par de pereiópodos presente dobrado ventralmente sob o corpo do animal. Os estágios de juvenis caracterizam-se pela diferenciação sexual, mas ainda são imaturos sexualmente. Os três primeiros estágios foram descritos para os machos com destaque para o desenvolvimento da protusão do exópodo do pleópodo 1, outra autapomorfia do gênero, o qual só começa a ficar evidente no segundo estágio (JUII) e somente apresenta-se completamente desenvolvido quando o animal atinge aproximadamente 1.0 mm de largura de cefalotórax (LC). O dimorfismo sexual presente nos quatro primeiros pares de pereiópodos dos machos começa a aparecer após os três primeiros estágios de juvenil e está completamente evidente em machos de aproximadamente 1.2 mm de LC. A população de Benthana cairensis do Sítio Cairé caracteriza-se por apresentar uma reprodução contínua durante o ano. As fêmeas investem menos em uma única prole, no entanto são capazes de se reproduzir mais de uma vez ao longo de sua vida. A proporção sexual operacional da população é de 1:1, mostrando que há um equilíbrio no que se refere ao número de machos e fêmeas aptos para reprodução. Os machos vivem menos que as fêmeas e são menores. As fêmeas possuem o corpo maior, o que aumenta a superfície para abrigar a prole o que foi demonstrado pela correlação positiva do tamanho da fêmea com o número de ovos. As características de desenvolvimento de B. cairensis são semelhantes a outras espécies de Philosciidae, apresentando três estágios de mancas. Suas características populacionais, no que se referem a estação reprodutiva e investimento reprodutivo, são semelhantes a outras espécies subtropicais e, como esperado, diferentes de espécies de isópodos que vivem em regiões temperadas. / Terrestrial isopods are included in the suborder Oniscidea which shows a great species richness living at different places showing diverse environmental conditions, occurring from the littoral zone through desert regions. In Brazil there is a diversity that is still poorly studied in which the family Philosciidae represents a great part of South America’s woodlice fauna. The present study aims to describe a new species of the genus Benthana to the state of Rio Grande do Sul, to describe its manca and juvenile stages as well as to characterize its population structure concerning reproductive aspects and growth. Benthana cairensis was described as a new species of Philosciidae and presents the following diagnostic characters: 17 aesthetascs on the antennula and male pleopod 1 exopod elongated with a lobe on the inner lateral margin. This species resembles other three species of the genus concerning the presence of pleopod lobe; however it is differentiated by the number of omatidia, insertion of uropod endopod and exopod and sexual dimorphism on male’s pereiopods. The immature and undifferentiated phase has three stages, called mancas. The Manca I is marked by the simplicity of its appendages and by its queek duration, of about 4 hours; it presents 6 pairs of pereiopods still glabrous and mouth parts weekly developed still without the presence of the pectinate teeth of maxillula, characteristic of Benthana. The next stage, Manca II, already shows the mouth parts a little more complete, presenting the pectinate teeth of maxillula and the pereiopods showing the setae pattern of the adult, including the hand-like seta on carpus 1, an autapomorphy of the genus. The last manca stage (Manca III) is characterized by the presence of the 7th pair of pereiopods folded ventrally on the pereion. The juvenile stages are sexually differentiated, but still immature. The first three stages were described for males, enphatizing the development of dentiform protusion of pleopod exopod 1, another autapomorphy of the genus which begins to be evident only at the second stage (JUII) and it is completely formed when the animal reaches 1.0 mm of cephalothorax width (CW). Sexual dimorphism at the first four male pereiopods beggins to develop after the three juvenile stages and it is completely formed on males of approximatly 1.2 mm of CW. The population of Benthana cairensis at Sítio Cairé is characterized by showing a continnuous reproduction during the year. Females invest less in a single brood, but are able to reproduce more than once in its lifetime. The operational sex ratio of population is 1:1, which shows that there is an equillibrium concerning the number of males and females that are able to reproduce. Males live less than females and are smaller. Females have a bigger body which increases the surface where the brood develops; this was demonstrated by the positive correlation of female body size with the offspring number. The developmental characteristics of B. cairensis are similar to those of the other species of Philosciidae presenting three manca stages. Its population features concerning reproductive season and reproductive effort resembles those of other subtropical species and as expected, is different from species that occur at temperate regions.
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