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Análise de organoclorados na toninha PONTOPORIA BLAINVILLEI (GERVAIS AND D'ORBIGNY 1844) (CETARTIODACTYLA, PONTOPORIIDAE) do litoral norte do Rio Grande do Sul, Brasil

Pandolfo, Lizete Jardim January 2012 (has links)
Contaminantes orgânicos persistentes são defensivos agrícolas utilizados há muitos anos na agricultura, como pesticidas, para eliminar pragas nas lavouras, e na área da saúde, como controle de insetos transmissores de doenças. Além destes contaminantes existem os PCBs, que foram usados na indústria química. Organoclorados como são conhecidos, persistem na cadeia alimentar por serem lipofílicos, assim, fixam com facilidade no tecido adiposo, principalmente em mamíferos marinhos que possuem o blubber facilitando a permanência do contaminante no animal. A Pontoporia blainvillei, é um dos menores cetáceos que habita as águas do Atlântico Sul da América do Sul. Espécie endêmica e de hábitos costeiros recebe fortes impactos antrópicos através da captura acidental e de possíveis descargas de contaminantes vindos de dejetos industriais, urbanos e rurais. Neste intuito, analisaram-se organoclorados quantitativamente em gorduras de 28 exemplares de toninhas, encontradas encalhadas ou capturadas acidentalmente por atividades pesqueiras, ao longo da Costa do Litoral norte do Rio Grande do Sul. A técnica usada foi a de Cromatografia a Gás com Detector de elétrons. Nos resultados esperados, apresentaram compostos organoclorados em quase todas as amostras, com exceção de GEMARS 0828 que apresentou apenas o PCB 28 e o GEMARS 1234 que apresentou o pp-DDT. Os valores mínimos e máximos (unidade em ppb) dos respectivos compostos foram os seguintes: ΣPCB 1183.44 > ΣDDT 417.23> Beta HCH 285.26 > Heptacloro 222.2 > dieldrin 218.01 > gama HCH 168.06 > mirex 87.29 > HCB 31.28. Na análise temporal apresentou um leve aumento dos contaminantes, mostrando que provavelmente ainda está havendo o uso, mesmo que em pequenas doses, dos compostos PCBs, dieldrin, Lindano e Heptacloro. A toninha, por ser espécie suscetível a atividades antrópicas, por causa de sua distribuição costeira e restrita, está listada no Apêndice II do CITES e em outros Planos de Ação para Cetáceos: é listada como “Vulnerável” na IUCN (Red List of Threatened Species) (IUCN, 2011); A Pontoporia blainvillei, também consta no Plano de Ação Nacional para a Conservação do Pequeno Cetáceo-Toninha (Pontoporia blainvillei) como “Em Perigo” (ICMBIO, 2010). Além de constar na Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, na categoria de, “Em Perigo”, nos Estados de Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina, e como “Vulnerável” nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul (ICMBIO, 2012). Entretanto, a população da toninha do litoral norte do Rio Grande do Sul possui algumas peculiaridades como a dieta e a variação da temperatura da água, e possivelmente, atuem no aumento da taxa metabólica, consequentemente, esta população consiga eliminar com mais eficiência organoclorados que possuem maior lipofilicidade. Portanto, esta espécie necessita de cuidados especiais, sendo indispensáveis estudos referentes a impactos negativos que atuem direta ou indiretamente na população.
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Análise de organoclorados na toninha PONTOPORIA BLAINVILLEI (GERVAIS AND D'ORBIGNY 1844) (CETARTIODACTYLA, PONTOPORIIDAE) do litoral norte do Rio Grande do Sul, Brasil

Pandolfo, Lizete Jardim January 2012 (has links)
Contaminantes orgânicos persistentes são defensivos agrícolas utilizados há muitos anos na agricultura, como pesticidas, para eliminar pragas nas lavouras, e na área da saúde, como controle de insetos transmissores de doenças. Além destes contaminantes existem os PCBs, que foram usados na indústria química. Organoclorados como são conhecidos, persistem na cadeia alimentar por serem lipofílicos, assim, fixam com facilidade no tecido adiposo, principalmente em mamíferos marinhos que possuem o blubber facilitando a permanência do contaminante no animal. A Pontoporia blainvillei, é um dos menores cetáceos que habita as águas do Atlântico Sul da América do Sul. Espécie endêmica e de hábitos costeiros recebe fortes impactos antrópicos através da captura acidental e de possíveis descargas de contaminantes vindos de dejetos industriais, urbanos e rurais. Neste intuito, analisaram-se organoclorados quantitativamente em gorduras de 28 exemplares de toninhas, encontradas encalhadas ou capturadas acidentalmente por atividades pesqueiras, ao longo da Costa do Litoral norte do Rio Grande do Sul. A técnica usada foi a de Cromatografia a Gás com Detector de elétrons. Nos resultados esperados, apresentaram compostos organoclorados em quase todas as amostras, com exceção de GEMARS 0828 que apresentou apenas o PCB 28 e o GEMARS 1234 que apresentou o pp-DDT. Os valores mínimos e máximos (unidade em ppb) dos respectivos compostos foram os seguintes: ΣPCB 1183.44 > ΣDDT 417.23> Beta HCH 285.26 > Heptacloro 222.2 > dieldrin 218.01 > gama HCH 168.06 > mirex 87.29 > HCB 31.28. Na análise temporal apresentou um leve aumento dos contaminantes, mostrando que provavelmente ainda está havendo o uso, mesmo que em pequenas doses, dos compostos PCBs, dieldrin, Lindano e Heptacloro. A toninha, por ser espécie suscetível a atividades antrópicas, por causa de sua distribuição costeira e restrita, está listada no Apêndice II do CITES e em outros Planos de Ação para Cetáceos: é listada como “Vulnerável” na IUCN (Red List of Threatened Species) (IUCN, 2011); A Pontoporia blainvillei, também consta no Plano de Ação Nacional para a Conservação do Pequeno Cetáceo-Toninha (Pontoporia blainvillei) como “Em Perigo” (ICMBIO, 2010). Além de constar na Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, na categoria de, “Em Perigo”, nos Estados de Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina, e como “Vulnerável” nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul (ICMBIO, 2012). Entretanto, a população da toninha do litoral norte do Rio Grande do Sul possui algumas peculiaridades como a dieta e a variação da temperatura da água, e possivelmente, atuem no aumento da taxa metabólica, consequentemente, esta população consiga eliminar com mais eficiência organoclorados que possuem maior lipofilicidade. Portanto, esta espécie necessita de cuidados especiais, sendo indispensáveis estudos referentes a impactos negativos que atuem direta ou indiretamente na população.
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Análise de organoclorados na toninha PONTOPORIA BLAINVILLEI (GERVAIS AND D'ORBIGNY 1844) (CETARTIODACTYLA, PONTOPORIIDAE) do litoral norte do Rio Grande do Sul, Brasil

Pandolfo, Lizete Jardim January 2012 (has links)
Contaminantes orgânicos persistentes são defensivos agrícolas utilizados há muitos anos na agricultura, como pesticidas, para eliminar pragas nas lavouras, e na área da saúde, como controle de insetos transmissores de doenças. Além destes contaminantes existem os PCBs, que foram usados na indústria química. Organoclorados como são conhecidos, persistem na cadeia alimentar por serem lipofílicos, assim, fixam com facilidade no tecido adiposo, principalmente em mamíferos marinhos que possuem o blubber facilitando a permanência do contaminante no animal. A Pontoporia blainvillei, é um dos menores cetáceos que habita as águas do Atlântico Sul da América do Sul. Espécie endêmica e de hábitos costeiros recebe fortes impactos antrópicos através da captura acidental e de possíveis descargas de contaminantes vindos de dejetos industriais, urbanos e rurais. Neste intuito, analisaram-se organoclorados quantitativamente em gorduras de 28 exemplares de toninhas, encontradas encalhadas ou capturadas acidentalmente por atividades pesqueiras, ao longo da Costa do Litoral norte do Rio Grande do Sul. A técnica usada foi a de Cromatografia a Gás com Detector de elétrons. Nos resultados esperados, apresentaram compostos organoclorados em quase todas as amostras, com exceção de GEMARS 0828 que apresentou apenas o PCB 28 e o GEMARS 1234 que apresentou o pp-DDT. Os valores mínimos e máximos (unidade em ppb) dos respectivos compostos foram os seguintes: ΣPCB 1183.44 > ΣDDT 417.23> Beta HCH 285.26 > Heptacloro 222.2 > dieldrin 218.01 > gama HCH 168.06 > mirex 87.29 > HCB 31.28. Na análise temporal apresentou um leve aumento dos contaminantes, mostrando que provavelmente ainda está havendo o uso, mesmo que em pequenas doses, dos compostos PCBs, dieldrin, Lindano e Heptacloro. A toninha, por ser espécie suscetível a atividades antrópicas, por causa de sua distribuição costeira e restrita, está listada no Apêndice II do CITES e em outros Planos de Ação para Cetáceos: é listada como “Vulnerável” na IUCN (Red List of Threatened Species) (IUCN, 2011); A Pontoporia blainvillei, também consta no Plano de Ação Nacional para a Conservação do Pequeno Cetáceo-Toninha (Pontoporia blainvillei) como “Em Perigo” (ICMBIO, 2010). Além de constar na Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, na categoria de, “Em Perigo”, nos Estados de Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina, e como “Vulnerável” nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul (ICMBIO, 2012). Entretanto, a população da toninha do litoral norte do Rio Grande do Sul possui algumas peculiaridades como a dieta e a variação da temperatura da água, e possivelmente, atuem no aumento da taxa metabólica, consequentemente, esta população consiga eliminar com mais eficiência organoclorados que possuem maior lipofilicidade. Portanto, esta espécie necessita de cuidados especiais, sendo indispensáveis estudos referentes a impactos negativos que atuem direta ou indiretamente na população.
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O desenvolvimento do biosonar da toninha, PONTOPORIA BLAINVILLEI (ODONTOCETI: PONTOPORIIDAE)

Correa, Guilherme Laizola Frainer January 2013 (has links)
Pontoporia blainvillei é o golfinho mais ameaçado do oceano Atlântico sul ocidental devido à intensa mortalidade acidental durante atividades pesqueiras. A alta taxa de captura de indivíduos com menos de três anos de idade sugere a imaturidade funcional no uso da ecolocalização. Neste trabalho é utilizado o diagnóstico por imagem a partir de tomografias computadorizadas (n=2) e ressonâncias magnéticas (n=3), bem como dissecações de cabeças frescas (n=4) obtidas a partir de animais acidentalmente capturados em redes de pesca, para investigar as mudanças ontogenéticas das estruturas envolvidas na produção e recepção de ondas sonoras para o comportamento de ecolocalização. Ainda, uma análise comparativa de uma série ontogenética de 69 sincrânios foi realizada para elucidar uma relação entre osteologia e as estruturas moles do biosonar (musculatura facial, passagem nasal e gorduras especializadas), bem como descrever as transformações da mandíbula ao longo do desenvolvimento. A tomografia computadorizada fornece uma sequência de cortes (slices) com 1 mm de espessura nos planos sagital, coronal e axial, sendo cada pixel de qualquer plano interligado nos três planos. Assim, com o auxílio do programa Materialise © Mimics torna-se possível a manipulação e quantificação (volume, superfície e densidade) das estruturas analisadas em ambiente tridimensional (3D). Os indivíduos analisados revelaram a alta variabilidade morfológica que as toninhas apresentam na forma do biosonar ao longo da ontogenia, e as distintas taxas de desenvolvimento entre estruturas de mesmo aparato funcional (aparato produtor e receptor de sons de alta frequência). A formação da Bursae cantantes e do osso maxilar, por exemplo, apresentam distintas taxas de desenvolvimento em sua forma e são importantes estruturas para a funcionalidade do aparato produtor do som. O complexo timpano-periótico representa a estrutura que se desenvolve mais precocemente; ao contrário da mandíbula, que até a fase adulta apresenta sinais de não maturação da estrutura. À luz da vasto conhecimento a respeito da história de vida da espécie ao longo de sua distribuição, como a biologia alimentar e reprodutiva, são discutidos não só para relacionar as modificações do biosonar com a crescente capacidade de explorar a diversidade de presas no ambiente ao longo da ontogenia, mas como a ontogenia pode interferir no sucesso adaptativo da espécie visto sua história evolutiva. O conhecimento das modificações na ontogenia do biosonar em Pontoporia blainvillei pode ajudar na compreensão das limitações do seu uso por indivíduos imaturos e gerar subsídios para a conservação da espécie.
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O desenvolvimento do biosonar da toninha, PONTOPORIA BLAINVILLEI (ODONTOCETI: PONTOPORIIDAE)

Correa, Guilherme Laizola Frainer January 2013 (has links)
Pontoporia blainvillei é o golfinho mais ameaçado do oceano Atlântico sul ocidental devido à intensa mortalidade acidental durante atividades pesqueiras. A alta taxa de captura de indivíduos com menos de três anos de idade sugere a imaturidade funcional no uso da ecolocalização. Neste trabalho é utilizado o diagnóstico por imagem a partir de tomografias computadorizadas (n=2) e ressonâncias magnéticas (n=3), bem como dissecações de cabeças frescas (n=4) obtidas a partir de animais acidentalmente capturados em redes de pesca, para investigar as mudanças ontogenéticas das estruturas envolvidas na produção e recepção de ondas sonoras para o comportamento de ecolocalização. Ainda, uma análise comparativa de uma série ontogenética de 69 sincrânios foi realizada para elucidar uma relação entre osteologia e as estruturas moles do biosonar (musculatura facial, passagem nasal e gorduras especializadas), bem como descrever as transformações da mandíbula ao longo do desenvolvimento. A tomografia computadorizada fornece uma sequência de cortes (slices) com 1 mm de espessura nos planos sagital, coronal e axial, sendo cada pixel de qualquer plano interligado nos três planos. Assim, com o auxílio do programa Materialise © Mimics torna-se possível a manipulação e quantificação (volume, superfície e densidade) das estruturas analisadas em ambiente tridimensional (3D). Os indivíduos analisados revelaram a alta variabilidade morfológica que as toninhas apresentam na forma do biosonar ao longo da ontogenia, e as distintas taxas de desenvolvimento entre estruturas de mesmo aparato funcional (aparato produtor e receptor de sons de alta frequência). A formação da Bursae cantantes e do osso maxilar, por exemplo, apresentam distintas taxas de desenvolvimento em sua forma e são importantes estruturas para a funcionalidade do aparato produtor do som. O complexo timpano-periótico representa a estrutura que se desenvolve mais precocemente; ao contrário da mandíbula, que até a fase adulta apresenta sinais de não maturação da estrutura. À luz da vasto conhecimento a respeito da história de vida da espécie ao longo de sua distribuição, como a biologia alimentar e reprodutiva, são discutidos não só para relacionar as modificações do biosonar com a crescente capacidade de explorar a diversidade de presas no ambiente ao longo da ontogenia, mas como a ontogenia pode interferir no sucesso adaptativo da espécie visto sua história evolutiva. O conhecimento das modificações na ontogenia do biosonar em Pontoporia blainvillei pode ajudar na compreensão das limitações do seu uso por indivíduos imaturos e gerar subsídios para a conservação da espécie.
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O desenvolvimento do biosonar da toninha, PONTOPORIA BLAINVILLEI (ODONTOCETI: PONTOPORIIDAE)

Correa, Guilherme Laizola Frainer January 2013 (has links)
Pontoporia blainvillei é o golfinho mais ameaçado do oceano Atlântico sul ocidental devido à intensa mortalidade acidental durante atividades pesqueiras. A alta taxa de captura de indivíduos com menos de três anos de idade sugere a imaturidade funcional no uso da ecolocalização. Neste trabalho é utilizado o diagnóstico por imagem a partir de tomografias computadorizadas (n=2) e ressonâncias magnéticas (n=3), bem como dissecações de cabeças frescas (n=4) obtidas a partir de animais acidentalmente capturados em redes de pesca, para investigar as mudanças ontogenéticas das estruturas envolvidas na produção e recepção de ondas sonoras para o comportamento de ecolocalização. Ainda, uma análise comparativa de uma série ontogenética de 69 sincrânios foi realizada para elucidar uma relação entre osteologia e as estruturas moles do biosonar (musculatura facial, passagem nasal e gorduras especializadas), bem como descrever as transformações da mandíbula ao longo do desenvolvimento. A tomografia computadorizada fornece uma sequência de cortes (slices) com 1 mm de espessura nos planos sagital, coronal e axial, sendo cada pixel de qualquer plano interligado nos três planos. Assim, com o auxílio do programa Materialise © Mimics torna-se possível a manipulação e quantificação (volume, superfície e densidade) das estruturas analisadas em ambiente tridimensional (3D). Os indivíduos analisados revelaram a alta variabilidade morfológica que as toninhas apresentam na forma do biosonar ao longo da ontogenia, e as distintas taxas de desenvolvimento entre estruturas de mesmo aparato funcional (aparato produtor e receptor de sons de alta frequência). A formação da Bursae cantantes e do osso maxilar, por exemplo, apresentam distintas taxas de desenvolvimento em sua forma e são importantes estruturas para a funcionalidade do aparato produtor do som. O complexo timpano-periótico representa a estrutura que se desenvolve mais precocemente; ao contrário da mandíbula, que até a fase adulta apresenta sinais de não maturação da estrutura. À luz da vasto conhecimento a respeito da história de vida da espécie ao longo de sua distribuição, como a biologia alimentar e reprodutiva, são discutidos não só para relacionar as modificações do biosonar com a crescente capacidade de explorar a diversidade de presas no ambiente ao longo da ontogenia, mas como a ontogenia pode interferir no sucesso adaptativo da espécie visto sua história evolutiva. O conhecimento das modificações na ontogenia do biosonar em Pontoporia blainvillei pode ajudar na compreensão das limitações do seu uso por indivíduos imaturos e gerar subsídios para a conservação da espécie.
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Idade e crescimento da toninha (Pontoporia blainvillei) e do boto-cinza (Sotalia guianensis) de águas costeiras do sul de São Paulo e norte do Paraná / Age and growth of franciscana dolphin (Pontoporia blainvillei) and Guiana dolphin (Sotalia guianensis) from coastal waters of southern São Paulo and northern Paraná

Conversani, Valeria Regina Martins 20 April 2018 (has links)
Estimar a idade de indivíduos em uma população é uma das importantes tarefas a se realizar ao se investigar aspectos relacionados à história de vida. Este estudo teve por objetivo estimar as idades e obter os parâmetros de crescimento de toninhas (Pontoporia blainvillei) e botos-cinza (Sotalia guianensis) capturados acidentalmente ou encontrados mortos no litoral sul de São Paulo e norte do Paraná entre 1995 e 2016. As idades foram estimadas por meio da técnica de contagem de camadas de crescimento presentes na dentina e cemento dos dentes. Os parâmetros de crescimento foram obtidos pelo ajuste dos modelos de von Bertalanffy, Gompertz, Logístico e Richards aos dados de idade-comprimento. As curvas de crescimento foram confeccionadas separadamente para machos e fêmeas de ambas as espécies, entretanto como para S. guianensis não foi detectado dimorfismo sexual, apresentaram-se resultados para todos os indivíduos agrupados. Os comprimentos assintóticos estimados para as toninhas foram de 116,7 cm para machos e 135,7 cm para fêmeas, enquanto que para os botos-cinza esse valor foi de 183,4 cm para ambos os sexos. A taxa de crescimento foi de 1,13 e 0,64 para machos e fêmeas de toninhas, respectivamente, e de 0,41 para os botos-cinza. O tamanho estimado de filhotes de toninhas foi de 85,9 cm para machos e 88,5 cm para fêmeas, enquanto que para botos-cinza a estimativa foi de 95,7 cm. / Estimating the age of individuals in a population is one of the most important tasks when investigating aspects related to life history. The present study goal was to estimate the age, as well to obtain the growth parameters of franciscana dolphins (Pontoporia blainvillei) and Guiana dolphins (Sotalia guianensis) incidentally caught in gillnets or found stranded at the south coast of São Paulo and northern Paraná states, Brazil, from 1995 to 2016. Age was estimated by counting the number of growth layer groups present in the dentine and cementum of teeth. Growth parameters were estimated by fitting the von Bertalanffy, Gompertz, Logistic and Richards models to length-at-age data. Growth curves were separately constructed for males and females of both species, however, as S. guianensis showed no sexual dimorphism in growth, results were presented for all individuals pooled together. Asymptotic lengths estimated for franciscana dolphins were 116.7 cm for males and 135.7 cm for females, while for Guiana dolphins the estimate was 183.9 cm for both sexes. Growth rate of male and female of franciscana dolphins was 1.13 and 0.64, respectively, and for Guiana dolphins was 0.41. Estimated size at birth of franciscana dolphins was 85.9 cm for males and 88.5 cm for females, while for Guiana dolphins the estimate was 95.7 cm.
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Idade e crescimento da toninha (Pontoporia blainvillei) e do boto-cinza (Sotalia guianensis) de águas costeiras do sul de São Paulo e norte do Paraná / Age and growth of franciscana dolphin (Pontoporia blainvillei) and Guiana dolphin (Sotalia guianensis) from coastal waters of southern São Paulo and northern Paraná

Valeria Regina Martins Conversani 20 April 2018 (has links)
Estimar a idade de indivíduos em uma população é uma das importantes tarefas a se realizar ao se investigar aspectos relacionados à história de vida. Este estudo teve por objetivo estimar as idades e obter os parâmetros de crescimento de toninhas (Pontoporia blainvillei) e botos-cinza (Sotalia guianensis) capturados acidentalmente ou encontrados mortos no litoral sul de São Paulo e norte do Paraná entre 1995 e 2016. As idades foram estimadas por meio da técnica de contagem de camadas de crescimento presentes na dentina e cemento dos dentes. Os parâmetros de crescimento foram obtidos pelo ajuste dos modelos de von Bertalanffy, Gompertz, Logístico e Richards aos dados de idade-comprimento. As curvas de crescimento foram confeccionadas separadamente para machos e fêmeas de ambas as espécies, entretanto como para S. guianensis não foi detectado dimorfismo sexual, apresentaram-se resultados para todos os indivíduos agrupados. Os comprimentos assintóticos estimados para as toninhas foram de 116,7 cm para machos e 135,7 cm para fêmeas, enquanto que para os botos-cinza esse valor foi de 183,4 cm para ambos os sexos. A taxa de crescimento foi de 1,13 e 0,64 para machos e fêmeas de toninhas, respectivamente, e de 0,41 para os botos-cinza. O tamanho estimado de filhotes de toninhas foi de 85,9 cm para machos e 88,5 cm para fêmeas, enquanto que para botos-cinza a estimativa foi de 95,7 cm. / Estimating the age of individuals in a population is one of the most important tasks when investigating aspects related to life history. The present study goal was to estimate the age, as well to obtain the growth parameters of franciscana dolphins (Pontoporia blainvillei) and Guiana dolphins (Sotalia guianensis) incidentally caught in gillnets or found stranded at the south coast of São Paulo and northern Paraná states, Brazil, from 1995 to 2016. Age was estimated by counting the number of growth layer groups present in the dentine and cementum of teeth. Growth parameters were estimated by fitting the von Bertalanffy, Gompertz, Logistic and Richards models to length-at-age data. Growth curves were separately constructed for males and females of both species, however, as S. guianensis showed no sexual dimorphism in growth, results were presented for all individuals pooled together. Asymptotic lengths estimated for franciscana dolphins were 116.7 cm for males and 135.7 cm for females, while for Guiana dolphins the estimate was 183.9 cm for both sexes. Growth rate of male and female of franciscana dolphins was 1.13 and 0.64, respectively, and for Guiana dolphins was 0.41. Estimated size at birth of franciscana dolphins was 85.9 cm for males and 88.5 cm for females, while for Guiana dolphins the estimate was 95.7 cm.
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Aspectos genéticos de duas espécies de mamíferos marinhos da costa do Brasil : Pontoporia blainvillei e Eubalaena australis

Heinzelmann, Larissa Schemes January 2008 (has links)
O Complexo Principal de Histocompatibilidade (MHC) é um sistema genético reconhecidamente polimórfico em populações humanas. Em porções específicas dos genes que compõem o MHC de populações humanas também foi evidenciada a ação da seleção natural em nível molecular. Em várias espécies de vertebrados onde estes genes foram estudados diferentes níveis de variação, composição gênica e organização foram detectados, mantendo, entretanto, as características que os tornam tão interessante de ser estudados. Para mamíferos marinhos, as questões sobre a variação no MHC servem de pano de fundo para o entendimento sobre o sistema imunológico destas espécies e suas particularidades em relação ao ambiente marinho e a evolução destes genes em organismos não-modelos. No presente trabalho, duas espécies de cetáceos, a toninha ou franciscana (Pontoporia blainvillei) e a baleia-franca-austral (Eubalaena australis), foram investigadas quanto aos níveis de variação no gene DQB1 do MHC. O segundo exon da cadeia beta do gene DQ foi amplificado em 25 amostras de toninha e 18 amostras de baleia franca. Os fragmentos de 212pb (pares de base) resultantes do processo de amplificação foram clonados e, tiveram analisados por seqüenciamento 171pb correspondentes ao sítio de ligação ao peptídeo antigênico (PBR). Uma amostra de toninha e um par mãe-filhote de baleia-franca-austral foram analisadas quanto à expressão do gene DQB a partir de amostras de pele. A evidência de seleção natural a nível molecular nesta porção do gene é confirmada por um excesso de substituições não sinônimas em relação às substituições sinônimas (em um contexto de neutralidade as substituições sinônimas acumulam-se na mesma taxa de mutações) através da razão dN (não sinônimas) e dS (sinônimas). Para confirmar os desvios da neutralidade (Ho= dN/dS=1), foi usada a estatística z. Os valores de dN/dS para toninha e baleia-franca-austral foram, respectivamente, dN/dS = 2,32 (p=0,014) e dN/dS =3,75 (p= 0,001). Estes valores, as características das seqüências e a evidência de expressão desses genes na pele de cetáceos estão de acordo com os pressupostos de seleção positiva para esta região do gene e sugerem funcionalidade para estes genes nestas duas espécies. Há evidências de mais de uma cópia do gene para baleia-franca-austral. Foram descritos 6 alelos para toninha e 17 alelos para baleia-franca-austral sendo que um dos alelos é compartilhado entre as duas espécies, sugerindo que essa linhagem alélica é anterior à divergência entre odontocetos e misticetos. Paralelamente a este trabalho, o cariótipo de toninha foi descrito através de um processo de cultivo celular a partir da córnea de dois exemplares recém-mortos. Seu número cromossômico 2n=44 corrobora a estabilidade cariotípica descrita para cetáceos. / The Major Histocompatibility Complex is a highly polimorphic genetic system described to human populations. It is clear that a particular region from these genes is under natural selection which results in different patterns of variation from those expected under neutrality. In other vertebrates these genes were studied, these special characteristics seems to be preserved despite specific genomic organization and variation levels. In marine mammals, questions adressed to MHC molecular variation are focused in questions concerned on environmental restrictions and molecular evolution in non-model organisms. In the present study, two marine mammal species were surveyed concerning genetic variability using the gene DQB exon 2. Samples from 25 franciscana dolphins (Pontoporia blainvillei) and 18 southern right whales (Eubalaena australis) were used to amplify a 212bp (base pair) fragment from DQB exon 2. The 171bp resulting fragment was sequenced and analized in relation to the molecular level evidence of selection. Rates of nonsynonymous (dN) and synonymous (dS) base pair substitution and departures from neutrality for dN/dS (z statistics) were calculated. For both species examined, molecular evidence of selection was confirmed. The dN/dS ratios to franciscana and southern right whale were 2.32 (p=0.014) and 3.75 (p=0.001), respectively. These values, combined to data on DQB gene expression in franciscana and southern right whale skin and less restrictive aminoacid usage in both species, suggest a functional signature to sequences cetacean derived. Additionally, 6 alleles were described to franciscana dolphins and 17 to southern right whales. One more evidence of selection acting in this particular genomic region is provided from the fact that both species share one allele, suggesting that this allelic lineage was present before the splitting between mysticeti and odontoceti. To provide addtional information on franciscana dolphins the karyotype of P. blainvillei is presented. The karyotype was obtained from corneal culture of two dead animals. The diploid number 44 confirms the clear prevalence of this pattern among cetaceans.
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Aspectos genéticos de duas espécies de mamíferos marinhos da costa do Brasil : Pontoporia blainvillei e Eubalaena australis

Heinzelmann, Larissa Schemes January 2008 (has links)
O Complexo Principal de Histocompatibilidade (MHC) é um sistema genético reconhecidamente polimórfico em populações humanas. Em porções específicas dos genes que compõem o MHC de populações humanas também foi evidenciada a ação da seleção natural em nível molecular. Em várias espécies de vertebrados onde estes genes foram estudados diferentes níveis de variação, composição gênica e organização foram detectados, mantendo, entretanto, as características que os tornam tão interessante de ser estudados. Para mamíferos marinhos, as questões sobre a variação no MHC servem de pano de fundo para o entendimento sobre o sistema imunológico destas espécies e suas particularidades em relação ao ambiente marinho e a evolução destes genes em organismos não-modelos. No presente trabalho, duas espécies de cetáceos, a toninha ou franciscana (Pontoporia blainvillei) e a baleia-franca-austral (Eubalaena australis), foram investigadas quanto aos níveis de variação no gene DQB1 do MHC. O segundo exon da cadeia beta do gene DQ foi amplificado em 25 amostras de toninha e 18 amostras de baleia franca. Os fragmentos de 212pb (pares de base) resultantes do processo de amplificação foram clonados e, tiveram analisados por seqüenciamento 171pb correspondentes ao sítio de ligação ao peptídeo antigênico (PBR). Uma amostra de toninha e um par mãe-filhote de baleia-franca-austral foram analisadas quanto à expressão do gene DQB a partir de amostras de pele. A evidência de seleção natural a nível molecular nesta porção do gene é confirmada por um excesso de substituições não sinônimas em relação às substituições sinônimas (em um contexto de neutralidade as substituições sinônimas acumulam-se na mesma taxa de mutações) através da razão dN (não sinônimas) e dS (sinônimas). Para confirmar os desvios da neutralidade (Ho= dN/dS=1), foi usada a estatística z. Os valores de dN/dS para toninha e baleia-franca-austral foram, respectivamente, dN/dS = 2,32 (p=0,014) e dN/dS =3,75 (p= 0,001). Estes valores, as características das seqüências e a evidência de expressão desses genes na pele de cetáceos estão de acordo com os pressupostos de seleção positiva para esta região do gene e sugerem funcionalidade para estes genes nestas duas espécies. Há evidências de mais de uma cópia do gene para baleia-franca-austral. Foram descritos 6 alelos para toninha e 17 alelos para baleia-franca-austral sendo que um dos alelos é compartilhado entre as duas espécies, sugerindo que essa linhagem alélica é anterior à divergência entre odontocetos e misticetos. Paralelamente a este trabalho, o cariótipo de toninha foi descrito através de um processo de cultivo celular a partir da córnea de dois exemplares recém-mortos. Seu número cromossômico 2n=44 corrobora a estabilidade cariotípica descrita para cetáceos. / The Major Histocompatibility Complex is a highly polimorphic genetic system described to human populations. It is clear that a particular region from these genes is under natural selection which results in different patterns of variation from those expected under neutrality. In other vertebrates these genes were studied, these special characteristics seems to be preserved despite specific genomic organization and variation levels. In marine mammals, questions adressed to MHC molecular variation are focused in questions concerned on environmental restrictions and molecular evolution in non-model organisms. In the present study, two marine mammal species were surveyed concerning genetic variability using the gene DQB exon 2. Samples from 25 franciscana dolphins (Pontoporia blainvillei) and 18 southern right whales (Eubalaena australis) were used to amplify a 212bp (base pair) fragment from DQB exon 2. The 171bp resulting fragment was sequenced and analized in relation to the molecular level evidence of selection. Rates of nonsynonymous (dN) and synonymous (dS) base pair substitution and departures from neutrality for dN/dS (z statistics) were calculated. For both species examined, molecular evidence of selection was confirmed. The dN/dS ratios to franciscana and southern right whale were 2.32 (p=0.014) and 3.75 (p=0.001), respectively. These values, combined to data on DQB gene expression in franciscana and southern right whale skin and less restrictive aminoacid usage in both species, suggest a functional signature to sequences cetacean derived. Additionally, 6 alleles were described to franciscana dolphins and 17 to southern right whales. One more evidence of selection acting in this particular genomic region is provided from the fact that both species share one allele, suggesting that this allelic lineage was present before the splitting between mysticeti and odontoceti. To provide addtional information on franciscana dolphins the karyotype of P. blainvillei is presented. The karyotype was obtained from corneal culture of two dead animals. The diploid number 44 confirms the clear prevalence of this pattern among cetaceans.

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