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Helicobacter pylori e polimorfismos em enzimas de reparo de DNA e de sÃntese de Ãxido nÃtrico no cÃncer gÃstrico / Helicobacter pylori infection and polymorphisms in DNA repair enzymes and iNOS in gastric cancer

Isabelle Joyce de Lima Silva Fernandes 02 August 2010 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / O cÃncer gÃstrico apresenta, mundialmente, uma elevada taxa de mortalidade, com alta incidÃncia no Brasil, sendo a infecÃÃo com Helicobacter pylori um fator de risco bem estabelecido. Dependendo da presenÃa de genes de virulÃncia como cagA, cagE, vacA e virB11, H. pylori pode causar respostas inflamatÃrias diferenciadas, apresentando grande quantidade de Ãxido nÃtrico (ON) gerado principalmente por iNOS. Quantidade elevada de ON resulta em acÃmulo de espÃcies reativas do oxigÃnio cuja instabilidade causa danos oxidativos no DNA. A integridade genÃmica à garantida por enzimas de reparo importantes como: APE-1, OGG-1, e PARP-1. Polimorfismos genÃticos que modifiquem a atividade dessas enzimas podem influenciar a capacidade de reparo e, portanto, a susceptibilidade do hospedeiro ao desenvolvimento do cÃncer gÃstrico associado à H. pylori. Assim o objetivo deste estudo foi avaliar a associaÃÃo dos polimorfismos C150T em iNOS, T2197G em APE-1, C1245G em OGG-1 e A40676G em PARP-1 com o genÃtipo de H. pylori em 109 amostra de pacientes diagnosticados com adenocarcinomas gÃstricos atendidos em hospitais de Fortaleza, CearÃ. A identificaÃÃo dos polimorfismos foi feita por PCR-RFLP e a detecÃÃo e genotipagem de H. pylori foram feitas por PCR. Os polimorfismos estudados apresentaram as seguintes freqÃÃncias: iNOS - 78% CC, 21,1% CT e 0,9% TT; PARP-1- 69,7% AA, 26,6% AG e 3,7% GG, para OGG-1 56% CC, 39,4% CG, e 4,6% GG e para APE-1 38,5%TT, 47,7%TG e 13,8% GG. Salienta-se a baixa freqÃÃncia do genÃtipo polimÃrfico (TT) de iNOS e alta frequÃncia do heterozigoto (TG) de APE. Os alelos variantes de iNOS e de PARP-1 foram correlacionadas com indivÃduos ≤55 anos, sugerindo que estes polimorfismos estariam associados ao desenvolvimento precoce da neoplasia. Os tumores intestinais localizados na regiÃo nÃo-antro correlacionaram-se com o genÃtipo OGG-1 CG; enquanto que os difusos, localizados no corpo com o genÃtipo AA de PARP-1. H. pylori foi detectada em 92,6% dos casos. Os genes cagA, cagE e virB11 foram detectados em 65,3%, 50,4% e 60,3% dos casos, respectivamente e vacAs1m1 detectado em 72,2%. Os casos foram agrupados considerando os alelos de vacA e a integridade da ilha de patogenicidade cag, sendo os grupos A1 e A2, composto por cepas mais patogÃnicas, o qual foi observado em 33,6% e 13,8% dos pacientes, respectivamente. Na anÃlise individual de cada enzima, observou-se que os indivÃduos portadores dos alelos variantes de APE-1 (TG+GG) estavam infectados com cepas pouco patogÃnicas (p=0,0422). Essas cepas pouco patogÃnicas tambÃm foram associadas aos pacientes portadores do genÃtipo selvagem (AA) de PARP-1 (p=0,0396). Esses dados foram confirmados quando os pacientes infectados por cepas mais virulentas foram comparadas aos infectados por cepas menos virulentas (p=0,046). Analisando apenas o grupo A1 observou-se tambÃm uma correlaÃÃo de APE-1 (TG) com OGG-1(CC). Quando os genÃtipos foram combinados considerando somente as enzimas de reparo estudadas ou duas a duas, verificou-se que parte dos pacientes infectados com o genÃtipo selvagem de PARP-1 eram portadores do alelo variante para pelo menos uma das enzimas e que parte dos pacientes infectados com cepas menos patogÃnicas possuÃam o alelo polimÃrfico de APE-1, independente do genÃtipo da enzima de reparo associada. Somados, esses dados indicam a relevÃncia do polimorfismo da APE-1 no desenvolvimento do cÃncer gÃstrico em indivÃduos infectados com cepas menos virulentas e corroboram com a importÃncia do genÃtipo bacteriano, uma vez que, de maneira geral, indivÃduos com genÃtipo selvagem para as enzimas de reparo estudadas desenvolveram cÃncer gÃstrico quando infectados por cepas virulentas. / Gastric cancer is the most deadly malignant neoplasia worldwide, with high incidence in Brazil and Helicobacter pylori infection is a well-established risk factor. Depending on the presence of virulence genes such as cagA, cagE, vacA and virB11, H. pylori can cause differentiated inflammatory responses, with large amounts of nitric oxide (NO) generated primarily by iNOS. High amount of NO resulting in accumulation of reactive oxygen species can cause DNA oxidative damage. The genomic integrity is guaranteed by important repair enzymes as: APE-1, OGG-1 and PARP-1. Genetic polymorphisms that modify the activity of these enzymes may influence the ability to repair and therefore the host susceptibility to the development of gastric cancer H.pylori associated. Therefore, the goal of this study was to evaluate the association of the C150T polymorphism in iNOS, T2197G in APE-1, C1245G in OGG -1 and A40676G in PARP-1 with H.pylori genotype in 109 cases of patients with gastric adenocarcinoma from hospitals in Fortaleza, CearÃ. The identification of polymorphisms was performed by PCR-RFLP and the detection and genotyping of H.pylori were performed by PCR. The studied polymorphisms showed the following frequencies: iNOS 78% CC, 21.1% CT and 0.9% TT; PARP-1 69.7% AA 26.6% AG and 3.7% GG to OGG -1 56% CC, 39.4% CG and 4.6% GG and APE-1 38.5% TT, 47.7% TG and 13.8% GG. Valuable to note the low frequency of the homozygous polymorphic (TT) of iNOS and the high frequency of heterozygous (TG) from APE-1. The variant alleles of iNOS and PARP-1 were correlated with subjects ≤ 55 years, suggesting that these polymorphisms were associated with early development of the neoplasia. Intestinal tumors located in the non-antrum were correlated with heterozygous genotype of OGG-1 (CG), while diffuse, located on the body with the AA genotype of PARP-1. H. pylori was detected in 92.6% of cases. The genes cagA, cagE and virB11 were detected in 65.3%, 50.4% and 60.3% of cases respectively and vacAs1m1 was detected in 72.2%. The cases were also grouped considering the alleles of vacA and the integrity of the cag-pathogenicity island. Thus, the groups A1 and A2, consist of more pathogenic strains, were observed in 33.6% and 13.8% of patients, respectively. In the individual analysis of each enzyme, we observed that individuals carrying the variant alleles of APE-1 (TG+GG) were infected with low pathogenic strains (p=0.0422). These low pathogenic strains were also associated with patients carrying the wild genotype (AA) of PARP-1 (p=0.0396). These data were confirmed when patients infected with more virulent strains were compared to those infected with less virulent strains (p = 0.046). Analyzing only the group A1, it was also observed a correlation of APE-1 (TG) with OGG-1 (CC). When genotypes were combined by considering only the repair enzymes studied or two by two, it was found that most patients infected with the wild-type of PARP-1 were carriers of the variant allele for at least one of the enzymes and that most patients infected with less pathogenic strains possess a polymorphic allele of APE-1, independent of the genotype associated with the repair enzyme. Taken together, these data indicate the relevance of the APE-1 polymorphism in the development of gastric cancer in individuals infected with less virulent strains and corroborate the importance of the bacterial genotype, since; in general, individuals with wild-type for enzymes repair studied developed gastric cancer when infected with virulent strains.
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ImunoexpressÃo de ciclooxigenase-2 (COX-2) e caderina-e no cÃncer gÃstrico: contribuiÃÃo ao estudo da progressÃo tumoral-linfonodal / Immunoexpression of cyclooxygenase-2 (COX-2) and E-cadherin in gastric cancer: contribution to the study of tumoral-lymph node progression

Paulo Roberto Carvalho de Almeida 22 November 2007 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / COX-2 e Caderina-E participam de forma fundamental na manutenÃÃo do estado fisiolÃgico da mucosa gÃstrica e tÃm papel essencial na reaÃÃo inflamatÃria e reparo, e no cÃncer. O objetivo deste trabalho à avaliar a expressÃo das duas proteÃnas no carcinoma gÃstrico e metÃstases linfonodais e suas possÃveis participaÃÃes na progressÃo tumoral. Foram utilizados 97 casos de gastrectomias por carcinoma gÃstrico, 36 dos quais com linfonodos disponÃveis, dos arquivos do Hospital do CÃncer do CearÃ. Os casos foram classificados nos tipos intestinal (40 casos), difuso (34), mistos (16) e nÃo-classificados (7 casos) de acordo com a classificaÃÃo de Lauren (1965). Utilizou-se tÃcnica de tissue microarray associada à imunohistoquÃmica com anticorpo monoclonal anti-COX-2 e anti-Caderina-E e sistema de detecÃÃo universal estreptavidina-biotina-peroxidase. A expressÃo de COX-2 foi avaliada de acordo com os seguintes escores: Intensidade (I): 0=negativa; 1=discreta; 2= moderada; 3= acentuada; ExtensÃo (E) de cÃlulas coradas: 1= 0 a 25%; 2= >25 a 50%; 3= >50 a 75%; 4= >75 a 100%. Escore final: I x E, sendo considerados escores < 6 como COX-2 de baixa expressÃo e escores &#8805;6 de alta expressÃo. Classificou-se a expressÃo de Caderina-E nos escores: 0=negativo; 1=citoplasmÃtica; 2=citoplasmÃtica + membranar; 3= membranar-normal (Jawhari et al., 1997a). Foram comparadas expressÃo normal e anormal e membranar e nÃo membranar em cada histotipo de carcinoma, na sede primÃria e linfonodos. ExpressÃo positiva para COX-2 e anormal de Caderina-E predominaram nos diversos histotipos de carcinoma gÃstrico primÃrio, principalmente difusos e mistos. Observou-se maior expressÃo de COX-2 nas metÃstases linfonodais, em relaÃÃo Ãs lesÃes primÃrias, sobretudo nos carcinomas difusos. Carcinomas intestinais estavam associados à expressÃo membranar de Caderina-E enquanto tumores difusos se relacionaram com ausÃncia de expressÃo membranar, o que mostra a importÃncia da Caderina-E na diferenciaÃÃo do cÃncer gÃstrico. Carcinomas gÃstricos apresentam dois padrÃes de imunomarcaÃÃo citoplasmÃtica: granular (paranuclear), associado à expressÃo citoplasmÃtica exclusiva, que prevalece no componente difuso dos tumores mistos, e homogÃneo, em todo o citoplasma, correlacionado com expressÃo citoplasmÃtica-membranar, predominante nos outros histotipos. Carcinomas difusos apresentam expressÃo membranar de Caderina-E, que se expressa com maior freqÃÃncia nas metÃstases linfonodais do que nas lesÃes primÃrias e està presente em grupos celulares infiltrantes e cÃlulas isoladas, nas duas sedes anatÃmicas. Os dados sugerem que o carcinoma misto representa histotipo distinto de carcinoma gÃstrico, baseado nos aspectos peculiares da expressÃo citoplasmÃtica de Caderina-E aqui mostrados e em outros achados da literatura. NÃo houve associaÃÃo estatisticamente significativa entre expressÃo de COX-2 e de Caderina-E e demais parÃmetros clÃnico-patolÃgicos nesta amostra. Os dados aqui observados sugerem que COX-2 e Caderina-E sÃo importantes proteÃnas relacionadas com a progressÃo tumoral-linfonodal no cÃncer gÃstrico / Both COX-2 and E-Cadherin play important roles in physiological and pathological processes in the stomach, such as control of acid secretion, inflammation and cancer. The aim of this study was to analyze the relationship between COX-2 and E-Cadherin immunoexpression in human gastric adenocarcinomas and respective lymph node metastases and their possible action in tumoral progression. Tissue microarrays were prepared from paraffin embedded samples of 97 primary gastric cancers, included 36 with respective nodal metastases. Cases were classified according to Laurenâs classification as intestinal (n=40), diffuse (n=34), mixed (n=16) and undetermined (n=7). Immunoexpression of COX-2 was evaluated regarding intensity (0-absent; 1-mild; 2-moderate; 3-strong) and extension (0-negative or rare cells; 1-<25%; 2-25-50%; 3-50-75%; 4->75% immunoreactive neoplastic cells). A combined score was calculated (intensity x extension): 0-12. A cut-off of 6 was considered to classify COX-2 expression as low (<6) or high (&#8805;6). E-Cadherin expression was evaluated according to the system proposed by Jawhari et al. (Gastroenterology, 1997) as abnormal patterns of expression: 0-no expression; 1-cytoplasmic expression; 2-heterogeneous expression, both membranous and cytoplasmic) and normal membranous pattern (3). Membranous (scores 2 and 3) and Non-membranous (scores 0 and 1) were too compared. Overall, COX-2 positive and abnormal E-Cadherin expression predominate in all types of primary gastric carcinomas. COX-2 expression was higher in lymph node metastases than in primary tumors, with a significant difference for diffuse carcinoma. A positive relationship was observed between E-Cadherin membranous expression and intestinal tumors, and absence of membranous expression and diffuse ones, which indicates the importance of E-Cadherin to gastric cancer differentiation. Granular (paranuclear) cytoplasmic immunostaining pattern was basically associated with cytoplasmic E-Cadherin expression while homogeneous pattern is frequently seen in cytoplasmic-membranous expression. Diffuse carcinomas show membranar expression more frequently in lymph nodes metastases than in gastric primary tumors in both isolated and grouped cells. The data suggest that mixed carcinoma is a distinct hystotype, based on its peculiar cytoplasmic expression of E-Cadherin shown here and other features of literature. There was no significant association linking COX-2 and E-Cadherin expression to other clinicopathological parameters. The data show that COX-2 and E-Cadherin are important proteins related to tumoral progression in gastric cancer
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ImunoexpressÃo de metaloproteinases 2 e 14 e do inibidor TIMP-2 no cÃncer gÃstrico dos tipos intestinal e difuso / Immunoexpression of metalloproteinases 2 and 14 and the inhibitor TIMP-2 in gastric cancer of intestinal and diffuse types

Daniel Cordeiro Gurgel 15 June 2011 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de NÃvel Superior / As metaloproteinases-2 (MMP-2) e -14 (MMP-14) e o inibidor tecidual de metaloproteinases tipo 2 (TIMP-2) participam de modo fundamental na transiÃÃo epitelial-mesenquimal e progressÃo tumoral-linfonodal de muitos tipos de cÃncer, inclusive o gÃstrico. O objetivo deste trabalho à avaliar a expressÃo das trÃs enzimas no carcinoma gÃstrico e metÃstases linfonodais e suas possÃveis participaÃÃes na progressÃo tumoral. Foram utilizados 83 casos de gastrectomias por cÃncer gÃstrico (histotipo intestinal = 53 casos; difuso = 30 casos), e seus respectivos linfonodos, dos arquivos do Departamento de Patologia e Medicina Legal/UFC. Foi realizado tissue microarray e imunohistoquÃmica com anticorpo monoclonal anti-MMP-2, anti-MMP-14 e anti-TIMP-2, avaliada atravÃs dos seguintes escores: 0 = ausÃncia de imunomarcaÃÃo ou raras cÃlulas marcadas (< 5%); 1 = marcaÃÃo discreta na maioria (> 50%) das cÃlulas tumorais ou inflamatÃrias mononucleadas (muitos dos quais identificados como macrÃfagos pelo CD68) ou marcaÃÃo moderada em minoria de cÃlulas (< 50%); 2 = marcaÃÃo moderada na maioria (> 50%) das cÃlulas tumorais ou inflamatÃrias mononucleadas ou marcaÃÃo intensa em minoria de cÃlulas (< 50%); 3 = marcaÃÃo intensa na maioria (> 50%) das cÃlulas tumorais ou inflamatÃrias mononucleadas. A expressÃo de MMP-2, MMP-14 e TIMP-2 nos mononucleares associados a tumores ocorreu com maior frequÃncia comparada à imunomarcaÃÃo em mononucleares da mucosa normal, com diferenÃa significativa em relaÃÃo a TIMP-2 (40/53 vs 12/26; *p = 0,0128, teste exato de Fisher). MMP-2 foi muito mais presente nas mulheres (p = 0,0248) enquanto TIMP-2 ocorreu predominantemente apÃs os 50 anos (p = 0,0034). A expressÃo dos trÃs biomarcadores nos carcinomas gÃstricos primÃrios foi muito superior nos mononucleares, em relaÃÃo Ãs cÃlulas neoplÃsicas, sobretudo para a MMP-2 (16/46 vs 5/46; *p = 0,0118), que tambÃm prevaleceu em mononucleares das metÃstases linfonodais em tumores dos histotipos intestinal e difuso (13/16 vs 4/19; ***p = 0,0006). Neste estudo, a expressÃo preponderante dos trÃs imunomarcadores pelos mononucleares do conjuntivo reforÃa o papel central destas cÃlulas e do microambiente tumoral na progressÃo do cÃncer gÃstrico. A maior expressÃo de TIMP-2 no sÃtio primÃrio à sugestiva do efeito inibitÃrio desta enzima sobre MMP-2 e MMP-14, que parecem participar principalmente em fases mais avanÃadas da progressÃo tumoral-linfonodal. A MMP-14, atravÃs dos mononucleares, parece estar mais envolvida na progressÃo do cÃncer gÃstrico difuso do que a MMP-2 e seu inibidor tissular.

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