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Influência do nível de lesão torácico no alinhamento cervical no plano sagital = The influence of the thoracic level of spinal cord injured subjects in the sagittal alignment of the cervical spine / The influence of the thoracic level of spinal cord injured subjects in the sagittal alignment of the cervical spineSakai, Denis Seguchi, 1980- 29 July 2013 (has links)
Orientador: Alberto Cliquet Junior / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-23T16:33:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: Introdução: O trauma raquimedular apresenta maior incidência em indivíduos do sexo masculino entre 15 e 40 anos de idade. A denervação da musculatura segmentar da coluna vertebral abaixo do nível da lesão medular altera a postura do tronco no plano sagital destes indivíduos. Adaptações posturais ocorrem na coluna cervical e podem predispor à degeneração precoce do disco intervertebral e/ou das articulações facetárias, resultando na formação de osteófitos nos corpos vertebrais, diminuição do calibre dos forâmens intervertebrais e do canal vertebral. O envelhecimento da coluna cervical (espondilose cervical) é um processo lento. Sua sintomatologia é imprevisível e ocorre após a 5a década de vida na população geral, podendo decorrer de compressões radiculares ou medulares. As compressões radiculares apresentam-se clinicamente como dores irradiadas nos membros superiores, diminuição da força muscular (paresia) e alterações da sensibilidade (parestesia). Já as compressões medulares (ou mielopatia cervical) levam à incoordenação dos movimentos finos nas mãos, alterações de marcha (claudicação), do equilíbrio e disfunções no controle esfincteriano vesical e anal. Os paraplégicos preservam as funções nos membros superiores e dependem exclusivamente destes para a realização das atividades diárias. As alterações mecânicas no plano sagital na coluna cervical de indivíduos paraplégicos poderiam, deste modo, desencadear precocemente o processo de envelhecimento da coluna cervical levando a sintomas compressivos radiculares e/ou medulares cervicais com uma importante perda de função para estes indivíduos. Objetivo: O objetivo primário deste estudo foi correlacionar o alinhamento da coluna cervical no plano sagital de indivíduos paraplégicos com o nível de lesão neurológica torácica. O objetivo secundário foi caracterizar e comparar as alterações degenerativas radiográficas em diferentes níveis de lesão medular torácica. viii Metodologia: Foi realizada a análise radiográfica da coluna cervical de 12 indivíduos paraplégicos torácicos (9 do sexo masculino e 3 do sexo feminino) com lesão medular há mais de 1 ano (média de 9,1 anos, de 4 a 15 anos). Os indivíduos foram divididos em 2 grupos: 6 apresentavam lesão medular abaixo de T9 e outros 6, acima ou em T8, de acordo com a classificação da American Spinal Injury Association (ASIA). A lordose global, mensurada de C2 a C7 e a lordose local, mensurada para cada nível cervical foram comparadas. Sinais radiográficos de degeneração cervical (diminuição da altura do disco intervertebral, formação de osteófitos e esclerose dos platôs vertebrais) também foram analisados utilizando o método de Gore et al., e os resultados foram comparados entre os grupos. Resultados: O grupo com lesão medular em T8 ou acima apresentou maiores medidas de lordose global (55o ± 5,7o vs 26,2o ± 3,8o, p<0,0001), especialmente nos segmentos C5-C6 (10,7o ± 5,9o vs 1o ± 3,1o, p=0,02) e C6-C7 (18o ± 3,5o vs 4,5o ± 3,6o, p<0,0001). Não foram encontradas diferenças quanto às alterações degenerativas radiográficas entre os grupos em C4-C5 (p=0,16), C5-C6 (p=0,06) e C6-C7 (p=0,31). Conclusão: Este estudo preliminar indica que o nível de lesão medular influencia o alinhamento cervical no plano sagital aumentando a lordose especialmente nos segmentos mais distais e nos indivíduos com lesão medular em T8 ou acima / Abstract: Introduction: Spinal cord injury occurs more frequently in males between 15 and 40 years old. The loss of innervation in the segmental musculature of the spine below the level of spinal cord injury modifies the posture of the trunk in these subjects. Consequently, adaptative postural changes occur in the cervical spine predisposing to early degeneration of the intervertebral disc and/or facet joints, osteophyte formation and narrowing of the spinal canal and foramina. The degeneration of the cervical spine, known as cervical spondylosis, is a slow process and its symptoms usually occur after the 5th decade of life, and may result in radicular and/or cord compressions. Radicular compressions may present as radiating pain to the upper extremities, diminished strength and abnormal sensation. Spinal cord compressions, on the other hand, may present as a loss of fine movements in the hands, abnormal gait, impaired balance and dysfunctions in the vesical and anal sphincters. Paraplegics depend on the upper extremities for everyday activities and the development of radicular and/or spinal cord compressive symptoms in these subjects can be devastating. Mechanical changes in the sagittal plane of the cervical spine of paraplegics might result in early degeneration of this segment and an increasing disability for everyday activities over time. Objective: The primary endpoint of this study was to analyse the differences in the cervical spine alignment in paraplegics according to their level of spinal cord injury. The secondary endpoint was to compare degenerative findings on conventional radiographs between two different groups of paraplegics. Participants/methods: Twelve paraplegics (9 males and 3 females) sustaining more than 1 year of injury (average 9,1, from 4 to 15 years) had their sagittal cervical spine x-rays analyzed. They were divided into 2 groups: 6 patients had injuries below T9 and another 6, at or above T8, according to the American Spinal Injury Association (ASIA) classification. The global lordosis, x measured from C2 to C7, and the local lordosis, measured for each level were compared between the groups. Radiographic cervical degeneration (loss of disc height, osteophytes formation and end-plate sclerosis) was also quantified using a previous method described by Gore et al. and compared between the groups. Results: Results indicate that paraplegics sustaining higher spinal cord injuries (at or above T8) have an increased global lordosis (55o ± 5,7o vs 26,2o ± 3,8o, p<0,0001) specially in the lower segments - C5-C6 (10,7o ± 5,9o vs 1o ± 3,1o, p=0,02) and C6-C7 (18o ± 3,5o vs 4,5o ± 3,6o, p<0,0001). No differences were found comparing the radiographic scores for cervical degeneration between the groups at C4-C5 (p=0,16), C5-C6 (p=0,06) and C6-C7 (p=0,31). Conclusion: This preliminary study indicates that the level of spinal cord injury influences the cervical sagittal alignment with an increase in lordosis specially in the lower segments and in subjects with spinal cord injury at or above T8 / Mestrado / Fisiopatologia Cirúrgica / Mestre em Ciências
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