Submitted by JOSIANE SANTOS DE OLIVEIRA (josianeso) on 2018-10-01T16:46:40Z No. of bitstreams: 1 Miguel de Nazaré Brito Picanço_.pdf: 14273602 bytes, checksum: cf9335e64c515c6076a8654d053e639d (MD5) / Made available in DSpace on 2018-10-01T16:46:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Miguel de Nazaré Brito Picanço_.pdf: 14273602 bytes, checksum: cf9335e64c515c6076a8654d053e639d (MD5) Previous issue date: 2018-05-29 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta etnografia se inscreve nos estudos contemporâneos que tratam da cultura material e da vida coletiva, considerando as trajetórias e os movimentos de algumas espécies do mundo natural cultivadas por indivíduos. Assim, busco estudar as ressignificações que estão acontecendo na cultura material contemporânea, numa ordem de interação entre elementos, coisas e espécies da natureza que compõem essa cultura material, e suas experiências com humanos e não humanos (Ingold, 2015, 2012; Latour, 2012; Gell, 2005). Por meio de incursões etnográficas, pautadas em observações participantes, conversas formais e informais, estudei as trajetórias e os movimentos da mandioca e suas rotas e desvios (Appadurai, 2008) no e além do território brasileiro, com centralidade no estado do Pará, onde ela povoa um emaranhado de práticas comerciais, comensais e religiosas com e entre os sujeitos que a cultivam, estabelecendo-se como alimento primordial e como objeto na constituição de experiências que povoam o cotidiano dos paraenses. Portanto, nesta investigação objetivou-se analisar e descrever as experiências vivenciadas pela mandioca com os humanos que habitam no texto da pesquisa, e destes com ela. Para tanto, nesta viagem me dispus a seguir os materiais e pessoas que dão concretude às experiências supramencionadas com o intuito de: etnografar os processos que culminam com a produção, consumo e singularização (Kopytoff, 2008) dos descendentes da mandioca, assim como reconhecer como são negociadas e estabelecidas essas experiências. / This ethnography is inscribed in contemporary studies dealing with material culture and collective life, considering the trajectories and movements of some species of the natural world cultivated by individuals. Thus, I seek to study the re-significances that are taking place in contemporary material culture, in an order of interaction between the elements, things and species of nature that make up this material culture, and their experiences with humans and non-humans (Ingold, 2015, 2012; Gell, 2005). Through ethnographic incursions, based on participant observations, formal and informal conversations, I studied the trajectories and movements of cassava and its routes and deviations (Appadurai, 2008) in and beyond the Brazilian territory, with centrality in the State of Pará, where it populate a tangle of commercial, commensal, and religious practices with and among the subjects who cultivate it, establishing itself as a primordial food and as an object in the constitution of experiences that populate the daily life of the Paraense. Therefore, this research aimed to analyze and describe the experiences of cassava with the humans that inhabit the text of the research, and of these with it. To this end, I set out to follow the materials and people that give concrete expression to the above mentioned experiences in order to: ethnograph the processes that culminate with the production, consumption and singularization (Kopytoff, 2008) of the descendants of cassava, as well as recognize as these experiences are negotiated and established.