1 |
Distúrbio neurocognitivo associado ao HIV, utilizando a escala internacional de demência por HIV, em Recife, PEARRAES, Luciana Cardoso Martins 02 December 2014 (has links)
Submitted by Luiza Maria Pereira de Oliveira (luiza.oliveira@ufpe.br) on 2015-05-15T15:59:14Z
No. of bitstreams: 2
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5)
DISSERTAÇÃO Luciana Cardoso Martins Arraes.pdf: 783986 bytes, checksum: da46743dd6cc6e41669c6c1f2bf0e0e9 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-05-15T15:59:14Z (GMT). No. of bitstreams: 2
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5)
DISSERTAÇÃO Luciana Cardoso Martins Arraes.pdf: 783986 bytes, checksum: da46743dd6cc6e41669c6c1f2bf0e0e9 (MD5)
Previous issue date: 2014-12-02 / Na fase primária da infecção pelo HIV, o vírus penetra no Sistema Nervoso Central
(SNC) e estabelece um reservatório viral protegido. A infecção crônica do SNC pode
levar a complicações neurodegenerativas com a possibilidade de gerar transtornos
da função cognitiva e déficits dos processos mentais, tais como atenção,
aprendizado, memória, rapidez do processamento de informações, capacidade de
resolução de problemas e sintomas sensoriais e motores. O Distúrbio Neurocognitivo
Associados ao HIV (HAND) tem merecido atenção devido ao potencial em
determinar impacto funcional desfavorável na vida das pessoas vivendo com HIV
(PVHIV), como dificuldade na execução das atividades da vida diária e necessidade
de assistência para garantir adesão às medicações. Além disso, os pacientes
apresentam dificuldade em manter seus empregos, necessitando de uma melhor
assistência social. O diagnóstico clínico do HAND é idealmente baseado no
desempenho dos testes neuropsicológicos. Entretanto, a aplicação destes testes é
impraticável em muitos cenários clínicos, principalmente em países
subdesenvolvidos. A Escala Internacional de Demência pelo HIV (IHDS) é um teste
de triagem rápido, validado para a população brasileira que, de acordo com o ponto
de corte estabelecido, pode detectar todas as formas do HAND (assintomática, leve
e demência). Realizamos um estudo transversal, com comparação de grupos, para
estimar a freqüência do HAND por meio da IHDS. As variáveis quantitativas foram
descritas por meio de média, enquanto que as qualitativas foram representadas por
distribuição de freqüência. As associações dos fatores relacionados ao HAND foram
testadas utilizando o teste Qui-Quadrado de Pearson. Foram estudadas 98 PVHIV
entre 18 e 50 anos, sem outras doenças neurológicas e psiquiátricas, atendidas nos
ambulatórios de dois centros de referências para o tratamento do HIV em Recife-
PE. Também foram excluídas da pesquisa as pessoas em uso de efavirenz e drogas
ilícitas nos 30 dias que antecederam a entrevista. Utilizou-se como critério
diagnóstico do HAND um ponto de corte ≥ 11 na IHDS, cuja sensibilidade e
especificidade é de 78% e 52%, respectivamente. Encontrou-se uma elevada
prevalência (66,7%) do HAND e uma associação entre o distúrbio e as pessoas com
mais idade e do sexo feminino. O diagnóstico de depressão e o uso de terapia
antirretrovial (TARV) com menor penetração no SNC (CPE < 8) foi mais freqüente
entre as mulheres e essa associação foi estatisticamente significante (P = 0,001 e P
= 0,028, respectivamente), o que poderia justificar a maior prevalência do HAND no
sexo feminino. Esse trabalho alerta para a necessidade de se realizar uma triagem
nas PVHIV para o HAND uma vez que parece uma comorbidade frequente,
principalmente entre as pessoas com mais idade e do sexo feminino, com a
finalidade de auxiliar nas estratégias de melhoria à adesão terapêutica e na oferta de
TARV com maior efetividade de penetração no SNC e de medicações psicotrópicas
quando necessárias.
|
Page generated in 0.0781 seconds