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Influência da composição da placa aterosclerótica nos resultados da angioplastia com stent coronariano / Influence of atherosclerotic plaque composition on the results of coronary angioplasty with stent implantation

Galon, Micheli Zanotti 07 December 2017 (has links)
Fundamentos: A caracterização precisa da interação da placa aterosclerótica no momento do implante do stent é crucial para o entendimento da complacência e da cicatrização vasculares. Objetivamos investigar se a composição da placa avaliada pela tomografia de coerência óptica (OCT), influencia as alterações agudas no procedimento índice do implante do stent e na cicatrização vascular no seguimento tardio. Métodos: Os pacientes tratados com um único tipo de stent eluidor de fármaco (cromo cobalto, eluidor de sirolimus e polímero bioabsorvível) foram incluídos prospectivamente, seguindo um protocolo com etapas de dilatações progressivas do vaso. As imagens de OCT sequenciais foram realizadas no procedimento índice (basal e a cada etapa do protocolo) e no seguimento tardio, co-registradas e analisadas a cada 0,6mm. A avaliação semiquantitativa da placa foi realizada dividindo-se secções transversas em 4 quadrantes, com cada quadrante rotulado de acordo com o seu componente mais prevalente (fibrótico, calcificado, lipídico, normal). A interação stent-vaso avaliada pela OCT foi utilizada como indicador substituto para lesão e cicatrização vasculares após o implante do stent. Resultados: Um total de 22 lesões (1stent/lesão) de 20 pacientes e 2298 seções transversas de OCT foram analisadas no procedimento índice. O reestudo com OCT foi realizado em 17 pacientes e 19 lesões (86%). O componente de placa predominante foi fibrótico (fibrótico = 46.84 ± 16%; lipídico = 17.63 ± 10.72%; calcificado = 4.63 ± 5.9%; normal = 29.16 ± 12.24; não analizável=1.74 ± 5.35%). Houve um aumento nas áreas da luz (10atm = 5.5 (4.5 - 7.4) mm2, 14-16atm = 6.0 (4.7 - 7.70) mm2, 20atm = 6.7 (5.5 - 8.2) mm2; P < 0.001) e do stent (10atm = 5.2 (4.3 - 7.0) mm2, 14-16atm = 5.7 (4.5 - 7.5) mm2, 20atm = 6.5 (5.3 - 7.9) mm2; P < 0.001), com um aumento na área do prolapso tecidual (10atm =0.09 (0.06 - 0.12) mm2, 14-16atm =0.10 (0.06 - 0.15) mm2, 20atm =0.15 (0.08 - 0.20) mm2; P < 0.01). Segmentos com muito tecido fibrocalcificado tiveram áreas luminais menores ao longo das etapas da intervenção. Por outro lado, placas com muito conteúdo lipídico ou vaso normal tiveram maiores ganhos nas medidas das áreas luminais mínimas ao longo das dilatações sequenciais. Além disso, placas com muito tecido fibrocalcificado no momento basal apresentaram menor crescimento neointimal no seguimento tardio, enquanto que o grau de conteúdo lipídico e de vaso normal não tiveram impacto sobre a formação do tecido neointimal. Os indicadores substitutos de lesão vascular após o implante do stent correlacionaram-se significativamente com o crescimento neointimal no seguimento tardio. Conclusões: A composição tecidual das placas subjacentes influencia significativamente o comportamento mecânico agudo e a longo prazo dos vasos coronarianos submetidos ao implante de stent. Além disso, a lesão vascular após o implante do stent está potencialmente ligada ao futuro crescimento neointimal no seguimento tardio / Background Accurate characterization of atherosclerotic plaque interaction during stent deployment is crucial to understand vascular compliance and healing. We sought to determine whether plaque composition assessed by optical coherence tomography (OCT), influences acute changes at index procedure and vascular healing at follow up. Methods Patients treated with a single drug-eluting stent type (cobalt chromium with bioabsorbable polymer eluting sirolimus stent) were prospectively included, following a pre-defined step-by-step progressive vessel dilatation. Sequential OCT imaging were performed at the index procedure (baseline and at each time point of the protocol) and at follow up, co-registered and analyzed every 0.6mm for quantitative measurements. Semi-quantitative plaque assessment was performed at baseline by dividing cross-sections into 4 quadrants, with each quadrant labeled according to its most prevalent component (fibrotic, calcific, lipid). OCT assessments of stent-vessel interactions were used as a surrogate for vessel injury and healing after stent implantation. Results A total of 22 lesions (1stent/lesion) of 20 patients and 2298 OCT crosssections were analyzed at the index procedure. For an average of 19.7 months (591.88 ± 60.52 days), 17 of the patients and 19 lesions (86%) underwent OCT imaging at follow up. The predominant percentage plaque component was fibrotic (fibrotic = 46.84 ± 16%; lipid = 17.63 ± 10.72%; calcific = 4.63 ± 5.9%; normal = 29.16 ± 12.24; non-analyzable = 1.74 ± 5.35%). There was an increase in lumen (10atm = 5.5 (4.5 - 7.4) mm2, 14-16atm = 6.0 (4.7 - 7.70) mm2, 20atm = 6.7 (5.5 - 8.2) mm2; P < 0.001) and stent (10atm = 5.2 (4.3 - 7.0) mm2, 14-16atm = 5.7 (4.5 - 7.5) mm2, 20atm = 6.5 (5.3 - 7.9) mm2; P < 0.001) areas, with an increase in tissue prolapse area (10atm =0.09 (0.06 - 0.12) mm2, 14-16atm =0.10 (0.06 - 0.15) mm2, 20atm =0.15 (0.08 - 0.20) mm2; P < 0.01). Segments with high fibrocalcific content tended to have decreased minimal luminal areas along the intervention time-points. Conversely, plaques with high lipid content had increased minimal luminal areas during sequential dilatations. Moreover, plaques with high fibrocalcific tissue at baseline had significantly smaller neointimal growth at follow-up, whereas the degree of lipid content or normal tri-layered vessel had no impact on neointimal formation. OCT surrogates of vessel injury after coronary stenting significantly correlated with neointimal growth at follow-up. Conclusions: Tissue composition of underlying plaques significantly influences the acute mechanical and the long-term behavior of coronary vessels undergoing stent implantation. In addition, vessel injury after coronary stenting is potentially linked to future neointimal growth at follow-up
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Influência da composição da placa aterosclerótica nos resultados da angioplastia com stent coronariano / Influence of atherosclerotic plaque composition on the results of coronary angioplasty with stent implantation

Micheli Zanotti Galon 07 December 2017 (has links)
Fundamentos: A caracterização precisa da interação da placa aterosclerótica no momento do implante do stent é crucial para o entendimento da complacência e da cicatrização vasculares. Objetivamos investigar se a composição da placa avaliada pela tomografia de coerência óptica (OCT), influencia as alterações agudas no procedimento índice do implante do stent e na cicatrização vascular no seguimento tardio. Métodos: Os pacientes tratados com um único tipo de stent eluidor de fármaco (cromo cobalto, eluidor de sirolimus e polímero bioabsorvível) foram incluídos prospectivamente, seguindo um protocolo com etapas de dilatações progressivas do vaso. As imagens de OCT sequenciais foram realizadas no procedimento índice (basal e a cada etapa do protocolo) e no seguimento tardio, co-registradas e analisadas a cada 0,6mm. A avaliação semiquantitativa da placa foi realizada dividindo-se secções transversas em 4 quadrantes, com cada quadrante rotulado de acordo com o seu componente mais prevalente (fibrótico, calcificado, lipídico, normal). A interação stent-vaso avaliada pela OCT foi utilizada como indicador substituto para lesão e cicatrização vasculares após o implante do stent. Resultados: Um total de 22 lesões (1stent/lesão) de 20 pacientes e 2298 seções transversas de OCT foram analisadas no procedimento índice. O reestudo com OCT foi realizado em 17 pacientes e 19 lesões (86%). O componente de placa predominante foi fibrótico (fibrótico = 46.84 ± 16%; lipídico = 17.63 ± 10.72%; calcificado = 4.63 ± 5.9%; normal = 29.16 ± 12.24; não analizável=1.74 ± 5.35%). Houve um aumento nas áreas da luz (10atm = 5.5 (4.5 - 7.4) mm2, 14-16atm = 6.0 (4.7 - 7.70) mm2, 20atm = 6.7 (5.5 - 8.2) mm2; P < 0.001) e do stent (10atm = 5.2 (4.3 - 7.0) mm2, 14-16atm = 5.7 (4.5 - 7.5) mm2, 20atm = 6.5 (5.3 - 7.9) mm2; P < 0.001), com um aumento na área do prolapso tecidual (10atm =0.09 (0.06 - 0.12) mm2, 14-16atm =0.10 (0.06 - 0.15) mm2, 20atm =0.15 (0.08 - 0.20) mm2; P < 0.01). Segmentos com muito tecido fibrocalcificado tiveram áreas luminais menores ao longo das etapas da intervenção. Por outro lado, placas com muito conteúdo lipídico ou vaso normal tiveram maiores ganhos nas medidas das áreas luminais mínimas ao longo das dilatações sequenciais. Além disso, placas com muito tecido fibrocalcificado no momento basal apresentaram menor crescimento neointimal no seguimento tardio, enquanto que o grau de conteúdo lipídico e de vaso normal não tiveram impacto sobre a formação do tecido neointimal. Os indicadores substitutos de lesão vascular após o implante do stent correlacionaram-se significativamente com o crescimento neointimal no seguimento tardio. Conclusões: A composição tecidual das placas subjacentes influencia significativamente o comportamento mecânico agudo e a longo prazo dos vasos coronarianos submetidos ao implante de stent. Além disso, a lesão vascular após o implante do stent está potencialmente ligada ao futuro crescimento neointimal no seguimento tardio / Background Accurate characterization of atherosclerotic plaque interaction during stent deployment is crucial to understand vascular compliance and healing. We sought to determine whether plaque composition assessed by optical coherence tomography (OCT), influences acute changes at index procedure and vascular healing at follow up. Methods Patients treated with a single drug-eluting stent type (cobalt chromium with bioabsorbable polymer eluting sirolimus stent) were prospectively included, following a pre-defined step-by-step progressive vessel dilatation. Sequential OCT imaging were performed at the index procedure (baseline and at each time point of the protocol) and at follow up, co-registered and analyzed every 0.6mm for quantitative measurements. Semi-quantitative plaque assessment was performed at baseline by dividing cross-sections into 4 quadrants, with each quadrant labeled according to its most prevalent component (fibrotic, calcific, lipid). OCT assessments of stent-vessel interactions were used as a surrogate for vessel injury and healing after stent implantation. Results A total of 22 lesions (1stent/lesion) of 20 patients and 2298 OCT crosssections were analyzed at the index procedure. For an average of 19.7 months (591.88 ± 60.52 days), 17 of the patients and 19 lesions (86%) underwent OCT imaging at follow up. The predominant percentage plaque component was fibrotic (fibrotic = 46.84 ± 16%; lipid = 17.63 ± 10.72%; calcific = 4.63 ± 5.9%; normal = 29.16 ± 12.24; non-analyzable = 1.74 ± 5.35%). There was an increase in lumen (10atm = 5.5 (4.5 - 7.4) mm2, 14-16atm = 6.0 (4.7 - 7.70) mm2, 20atm = 6.7 (5.5 - 8.2) mm2; P < 0.001) and stent (10atm = 5.2 (4.3 - 7.0) mm2, 14-16atm = 5.7 (4.5 - 7.5) mm2, 20atm = 6.5 (5.3 - 7.9) mm2; P < 0.001) areas, with an increase in tissue prolapse area (10atm =0.09 (0.06 - 0.12) mm2, 14-16atm =0.10 (0.06 - 0.15) mm2, 20atm =0.15 (0.08 - 0.20) mm2; P < 0.01). Segments with high fibrocalcific content tended to have decreased minimal luminal areas along the intervention time-points. Conversely, plaques with high lipid content had increased minimal luminal areas during sequential dilatations. Moreover, plaques with high fibrocalcific tissue at baseline had significantly smaller neointimal growth at follow-up, whereas the degree of lipid content or normal tri-layered vessel had no impact on neointimal formation. OCT surrogates of vessel injury after coronary stenting significantly correlated with neointimal growth at follow-up. Conclusions: Tissue composition of underlying plaques significantly influences the acute mechanical and the long-term behavior of coronary vessels undergoing stent implantation. In addition, vessel injury after coronary stenting is potentially linked to future neointimal growth at follow-up

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