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Africanidades e juventudes: tecendo confetos numa pesquisa sÃciopoÃtica / Africanidades e juventudes: tecendo confetos numa pesquisa sociopoÃticaSilvia Maria Vieira dos Santos 28 January 2011 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / La sociÃtà brÃsilienne, raciste et colonialiste, utilise lÂÃducation comme mÃcanisme de naturalisation de la cosmovision eurocentrique, faisant comme si elle Ãtait la seule possible. En consÃquence, la contribution des africains et afrobrÃsiliens à lÂhistoire du BrÃsil est rendue invisible. LÂabsence de cette histoire et sa distorsion nous conduisent à la mÃconnaissance et à la dÃvalorisation de nos racines africaines, et cela contribue directement à lÂenracinement des idÃes racistes en notre pays. En contraste avec ces pensÃes, nous rencontrons les africanitÃs, ÃlÃments et manifestations de la diversità culturelle africaine, re-signifiÃs dans la culture brÃsilienne. Devant ce fait, jÂai rÃalisà une recherche sociopoÃtique avec pour objectif la comprÃhension des concepts que les jeunes tissent sur les africanitÃs à partir de la rÃalità dans laquelle ils sont insÃrÃs. Ainsi ai-je pu constater que la sociopoÃtique joue le rÃle de potentialiseur dÂune plus grande diversità de concepts sur les africanitÃs, et quÂelle permet de suggÃrer certaines alternatives mÃthodologiques pour lÂenseignement de lÂhistoire africaine et afrobrÃsilienne à lÂÃcole. JÂai perÃu que lÂancestralità Ãtait prÃsente dans lÂexpÃrience des adolescents et des jeunes quand ils Ãchangeaient idÃes et rÃflexions à propos des africanitÃs et que, malgrà leur connaissance restreinte sur lÂAfrique et les cultures afrodescendantes, ils produisaient des concepts assez diffÃrenciÃs par rapport aux stÃrÃotypes communÃment reÃus, au point de prÃsenter de nombreux points de convergence avec les conceptions des spÃcialistes de ce domaine. Pour eux, les africanitÃs doivent Ãtre prÃsentÃes et vÃcues à lÂÃcole à partir dÂactivitÃs ludiques qui utilisent le corps dans son intÃgralitÃ, au travers de reprÃsentations thÃÃtrales, danses, semaines culturelles et du milieu ambiant. Et que celles-ci ne pourront Ãtre travaillÃes rÃellement que quand les professeurs et agents seront tolÃrants envers les religions de matrice africaine et les jeunes qui les pratiquent, reconnaissant ainsi lÂimportance des cultures africaine et afrodescendante comme rÃfÃrents pour la brÃsilianitÃ. / A sociedade brasileira, racista e colonialista utiliza a educaÃÃo como um mecanismo de naturalizaÃÃo da cosmovisÃo eurocÃntrica, tratando-a como Ãnica possÃvel. Desse modo, a contribuiÃÃo dos africanos e afrobrasileiros na histÃria do Brasil à invisibilizada. A ausÃncia e as distorÃÃes desta histÃria nos levam ao desconhecimento e desvalorizaÃÃo de nossas raÃzes africanas, contribuindo diretamente para o enraizamento das idÃias racistas em nosso paÃs. Em contraposiÃÃo a esses pensamentos estÃo as africanidades, elementos e manifestaÃÃes da diversidade cultural africana ressignificadas na cultura brasileira. Diante deste fato, realizei uma pesquisa sociopoÃtica que teve como objetivo entender que conceitos os jovens teciam sobre as africanidades a partir da realidade na qual estÃo inseridos. Desta feita, pude constatar que a sociopoÃtica foi potencializadora de uma maior diversidade de conceitos sobre as africanidades, sugerindo algumas alternativas metodolÃgicas para o ensino da histÃria africana e afrobrasileira na escola. Percebi que a ancestralidade estava na experiÃncia daqueles adolescentes e jovens que compartilhavam suas idÃias e reflexÃes acerca das africanidades e que - apesar de apresentarem um conhecimento restrito sobre a Ãfrica e as culturas afrodescendentes - produziram conceitos bastante diferenciados dos estereÃtipos comumente veiculados, apresentando atà muitos pontos de convergÃncia com as concepÃÃes dos estudiosos da Ãrea. Para eles as africanidades devem ser apresentadas e vivenciadas na escola a partir de atividades lÃdicas que utilizem o corpo em sua integralidade atravÃs de apresentaÃÃes teatrais, danÃas, semanas culturais e do meio ambiente. E que estas, sà serÃo trabalhadas de fato, quando professores e funcionÃrios forem tolerantes com as religiÃes de matriz africana e com os/as jovens que as praticam, reconhecendo a importÃncia da cultura africana e afrodescendente como referenciais de brasilidade.
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Africanidades e Juventudes: Tecendo Confetos numa Pesquisa SóciopoéticaSANTOS, Silvia Maria Vieira dos January 2011 (has links)
SANTOS, Silvia Maria Vieira. Africanidades e juventudes: tecendo confetos numa pesquisa sóciopoética. 2011. 152f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Fortaleza-CE, 2011. / Submitted by Liliane oliveira (morena.liliane@hotmail.com) on 2012-07-23T14:59:16Z
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Previous issue date: 2011 / A sociedade brasileira, racista e colonialista utiliza a educação como um mecanismo de naturalização da cosmovisão eurocêntrica, tratando-a como única possível. Desse modo, a contribuição dos africanos e afrobrasileiros na história do Brasil é invisibilizada. A ausência e as distorções desta história nos levam ao desconhecimento e desvalorização de nossas raízes africanas, contribuindo diretamente para o enraizamento das idéias racistas em nosso país. Em contraposição a esses pensamentos estão as africanidades, elementos e manifestações da diversidade cultural africana ressignificadas na cultura brasileira. Diante deste fato, realizei uma pesquisa sociopoética que teve como objetivo entender que conceitos os jovens teciam sobre as africanidades a partir da realidade na qual estão inseridos. Desta feita, pude constatar que a sociopoética foi potencializadora de uma maior diversidade de conceitos sobre as africanidades, sugerindo algumas alternativas metodológicas para o ensino da história africana e afrobrasileira na escola. Percebi que a ancestralidade estava na experiência daqueles adolescentes e jovens que compartilhavam suas idéias e reflexões acerca das africanidades e que - apesar de apresentarem um conhecimento restrito sobre a África e as culturas afrodescendentes - produziram conceitos bastante diferenciados dos estereótipos comumente veiculados, apresentando até muitos pontos de convergência com as concepções dos estudiosos da área. Para eles as africanidades devem ser apresentadas e vivenciadas na escola a partir de atividades lúdicas que utilizem o corpo em sua integralidade através de apresentações teatrais, danças, semanas culturais e do meio ambiente. E que estas, só serão trabalhadas de fato, quando professores e funcionários forem tolerantes com as religiões de matriz africana e com os/as jovens que as praticam, reconhecendo a importância da cultura africana e afrodescendente como referenciais de brasilidade / La société brésilienne, raciste et colonialiste, utilise l´éducation comme mécanisme de naturalisation de la cosmovision eurocentrique, faisant comme si elle était la seule possible. En conséquence, la contribution des africains et afrobrésiliens à l´histoire du Brésil est rendue invisible. L´absence de cette histoire et sa distorsion nous conduisent à la méconnaissance et à la dévalorisation de nos racines africaines, et cela contribue directement à l´enracinement des idées racistes en notre pays. En contraste avec ces pensées, nous rencontrons les africanités, éléments et manifestations de la diversité culturelle africaine, re-signifiés dans la culture brésilienne. Devant ce fait, j´ai réalisé une recherche sociopoétique avec pour objectif la compréhension des concepts que les jeunes tissent sur les africanités à partir de la réalité dans laquelle ils sont insérés. Ainsi ai-je pu constater que la sociopoétique joue le rôle de potentialiseur d´une plus grande diversité de concepts sur les africanités, et qu´elle permet de suggérer certaines alternatives méthodologiques pour l´enseignement de l´histoire africaine et afrobrésilienne à l´école. J´ai perçu que l´ancestralité était présente dans l´expérience des adolescents et des jeunes quand ils échangeaient idées et réflexions à propos des africanités et que, malgré leur connaissance restreinte sur l´Afrique et les cultures afrodescendantes, ils produisaient des concepts assez différenciés par rapport aux stéréotypes communément reçus, au point de présenter de nombreux points de convergence avec les conceptions des spécialistes de ce domaine. Pour eux, les africanités doivent être présentées et vécues à l´école à partir d´activités ludiques qui utilisent le corps dans son intégralité, au travers de représentations théâtrales, danses, semaines culturelles et du milieu ambiant. Et que celles-ci ne pourront être travaillées réellement que quand les professeurs et agents seront tolérants envers les religions de matrice africaine et les jeunes qui les pratiquent, reconnaissant ainsi l´importance des cultures africaine et afrodescendante comme référents pour la brésilianité
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