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EstratÃgias de reformulaÃÃo da estrutura silÃbica complexa na interlÃngua de aprendizes brasileiros do alemÃo como lÃngua estrangeira / Strategies to reformulate the complex syllabic structure in the interlingua of Brazilian learners from German as a foreign language

RogÃria Costa Pereira 29 April 2016 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / A presente pesquisa objetivou investigar as estratÃgias de reformulaÃÃo de constituintes silÃbicos complexos na interlÃngua de brasileiros aprendizes do AlemÃo como LÃngua Estrangeira (ALE). Nossa hipÃtese bÃsica prevà que estes aprendizes possuem dificuldades na produÃÃo de ataques iniciais e codas finais do ALE, desenvolvendo diferentes estratÃgias para acomodar estas estruturas ao molde silÃbico do PB. Pressupondo a estrutura da sÃlaba em constituintes (SELKIRK, 1987), comparamos as fonotÃticas do alemÃo e do PB, constatando que o alemÃo aceita constituintes silÃbicos complexos com atà quatro consoantes (HALL, 1992a, 1992b, 2000; RAMERS e VATER, 1995; WIESE 1996 e YU 1992a, 1992b); e que o PB apresenta mais restriÃÃes e uma estrutura menos complexa, com ataques constituÃdos por atà dois segmentos e por codas simples (BISOL 1999, MATEUS e dâANDRADE, 1998 e 2000). Neste contexto, a InterlÃngua (SELINKER, 1972) se apresenta como conceito-chave, a qual entendemos como uma lÃngua natural, sistemÃtica e emergente de um processo complexo e dinÃmico, que se desenvolve autonomamente por falantes nÃo-nativos de uma LE em seu processo de aquisiÃÃo/aprendizagem, objetiva a comunicaÃÃo estratÃgica e sofre adaptaÃÃes a partir da testagem de hipÃteses acerca da LE e eventos de interaÃÃo (CORDER, 1978; MUCKAY, 2012 e RUTHERFORD, 1984). Investigamos a IL de dezoito brasileiros adultos em trÃs experimentos. Analisamos transversalmente cinco tipos de ataque e nove de coda, constituÃdos por atà quatro consoantes, e elegemos como variÃveis o nÃvel de proficiÃncia dos aprendizes, a mudanÃa de estilo (LIN, 2001, 2003) e a marcaÃÃo do constituinte (GREENBERG, 1966b; TROPF, 1987). Discutimos os resultados baseados no Modelo OntogÃnico-FilogÃnico (MAJOR, 2001), em achados de pesquisas acerca da aquisiÃÃo da estrutura silÃbica do InglÃs por brasileiros, e do ALE por espanhÃis (TROPF, 1987; TRUJILLO, 2001). Os resultados revelaram que a frequÃncia de modificaÃÃo de clusters apresenta correlaÃÃo com os fatores tarefa e nÃvel de proficiÃncia: quanto mais formal a tarefa e avanÃado o aprendiz, menos modificaÃÃes ocorrem. A influÃncia da marcaÃÃo silÃbica e dos universais linguÃsticos foi constatada para a coda, tipologicamente marcada, sendo mais frequentemente modificada que o ataque. Algumas hipÃteses foram corroboradas somente para o ataque: houve uma maior frequÃncia de modificaÃÃes na estrutura mais longa que na curta; e as estruturas que violam o princÃpio de sonoridade foram mais frequentemente reformuladas que aquelas que o obedecem. Nestes casos, as diferenÃas percentuais na coda nÃo sÃo estatisticamente relevantes. Exploramos, ainda, a correlaÃÃo dos mesmos fatores na seleÃÃo de trÃs tipos de estratÃgia: o apagamento de segmentos, a vocalizaÃÃo da lateral e a epÃntese por prÃtese, anaptixe e paragoge. Confirmamos que o nÃvel de proficiÃncia tem influÃncia na seleÃÃo da estratÃgia de modificaÃÃo, com a epÃntese sendo mais selecionada por iniciantes que por intermediÃrio-avanÃados. Na lista de palavras, foram produzidas mais epÃnteses que na lista de frases; o ataque à especialmente modificado atravÃs da epÃntese por prÃtese, mostrando a coda maior correlaÃÃo com a proficiÃncia: iniciantes usam paragoge e intermediÃrio-avanÃados o apagamento ou o paragoge.

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