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A criança-consumidora: a genealogia de um fenômeno contemporâneo 1950-2000Rossi, Eliane Pimenta Braga 30 August 2007 (has links)
This work has as aim the discussion about the consumer child s historical process
formation. The problems resulting from this issue include a wider perception about the
social relationships within a symbolic system guided by references roused by social
experiences during the second half of the last century.
The historical construction of the contemporary subject remits to their own childhood remeaning.
This re-meaning is perceptible at the changing of the child s representation
present at goods publicity designed to their use, as well as its usage in goods campaigns
which are not designed to them. Through publicity, it is possible to notice these changes
due to the advertisers effort in creating their campaigns having as source the social
imaginary and the current representations in society. The creation of meanings, interposed
by specific values on each social segment, starts, thus, to suffer a remarkable influence of
an aspect which was previously restricted to commercial trades, the marketing. Publicity
and commercial advertisements, which used to sell goods and/or a necessity, have acquired
the status of belonging to a life style.
Therefore, the consumer child is figures as a sui generis subject due to their condition of
non-belonging to the world of work and, consequently, not having an income. Such
paradox does not constitute a problem to the position as a consumer, because, as one, they
became demanding, voracious and extremely sensitive to the seductions immanent to
publicity. This significant changing ended up in re-meaning not only the childhood but also
figuring it as a reference to the other phases of life. / Este trabalho tem como objetivo a discussão acerca do processo histórico de formação da
criança-consumidora. A problematização decorrente desta questão inclui uma percepção
mais ampla sobre as relações sociais inseridas num sistema simbólico pautado por
referenciais despertados por novas experiências sociais vividas na segunda metade do
século passado.
A construção histórica desse sujeito contemporâneo remete à própria resignificação da
infância. Essa resignificação é perceptível na mudança da representação da criança presente
na publicidade de mercadorias destinadas a seu uso, bem como sua utilização em
campanhas de mercadorias que não se destinam a ela. Por meio da publicidade é possível
perceber essas mudanças devido ao empenho dos publicitários em construir suas
campanhas tendo como fonte o imaginário social e as representações correntes na
sociedade. A construção de significados, permeada por valores específicos a cada segmento
social, passa, então, a sofrer influência marcante de um aspecto anteriormente restrito às
relações comerciais, o marketing. As propagandas e as inserções comerciais, que
anteriormente vendiam uma mercadoria e/ou uma necessidade, adquiriram o estatuto de
pertencimento a um estilo de vida.
Neste sentido, a criança-consumidora configura-se como um sujeito sui generis devido à
sua condição de não pertencente ao mundo do trabalho e, conseqüentemente, de posse de
renda. Tal paradoxo não constituiu empecilho à sua configuração como consumidor uma
vez que, como tal, tornou-se exigente, ávido e extremamente sensível às seduções
imanentes da publicidade. Esta mudança significativa acabou por resignificar não só a
infância, mas também a configurando como referencial para as demais fases da vida. / Mestre em História
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