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Os direitos das mulheres na construção dos marcos legais do aborto no BrasilAlmeida, Maria do Socorro Santos 27 October 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-10-27 / El aborto es una discusión extensa y antigua que atraviesa las diferentes áreas del conocimiento, abarcando las teorías feministas, de género y de sexualidad. El presente trabajo hace un análisis de los diferentes procesos políticos cerca de las leyes sobre aborto en Brasil, teniendo el Congreso Nacional como el principal panorama que concentra las más controversias sobre la cuestión. Para mejor comprendernos la actual coyuntura, es hecha un pasaje por las proposiciones legislativas de la década de 1940 hasta los días actuales en el ámbito de la Cámara Federal. Bajo una perspectiva antropológica, podemos decir que se trata de una realidad de todas las sociedades, pues es parte del proceso de desarrollo de la reproducción humana, la diferencia reside en cómo cada sociedad lida y naturaliza su práctica. A partir del panorama de las prácticas abortivas en el mundo, constatamos que la mayor cantidad de abortos que ocurre en el mundo son en los países que criminalizan su práctica, en su mayoría en situación de ilegalidad. De una década para la otra la discusión del aborto solo se amplia y viene ocupando cada vez más el espacio público. Sin embargo, una característica típica de los años 2000 está siendo el crecimiento de proposiciones que objetivan aumentar la pena de aborto, como también crear nuevos tipos de delitos relacionados a su práctica en Brasil, lo que genera un panorama constante que afronta a los derechos de las mujeres. Entre los principales protagonistas que asumen la discusión pública del aborto, hay las diferentes organizaciones feministas, instituciones religiosas y profesionales de las diversas áreas del conocimiento, y las ideas que permean el Congreso Nacional, representan algunas de esas fuerzas políticas, así como, es posible identificarnos los temas que concentran las mayores controversias sobre la discusión. Viene ocurriendo cambios en el campo de la representación religiosa en el Congreso Nacional, y las vertientes evangélicas viene presentando un crecimiento del número de parlamentares. Lo que está directamente conectado con el poder de intervención de las representaciones religiosas en los procesos de disputas electorales y de relación inconstitucional de la religión hegemónica cristiana en las estructuras del Estado. Además, no hay un posicionamiento único de las iglesias frente al aborto, y la Iglesia Católica permanece como institución que presenta un posicionamiento de completa condenación a cualquier forma de aborto, lo que no representa la misma realidad en el curso de su historia. Vivemos en un país que entre todas sus contradicciones, por una protección “la vida” se genera una máquina de matar personas, y los temas relacionados a la perspectiva sagrada de la vida, subsidia los discursos religiosos y las proposiciones legislativas. Ser a favor de la vida, se presume, es concordar en reducir los números de abortos y de muertes de mujeres víctimas de la práctica insegura e ilegal. Para que posamos enfrentar a las realidades sociales generadas en torno del aborto, es necesario desconstruirmos los mitos que fueron creados históricamente, y apropiarnos de los conceptos que puedan esclarecer y posibilita una mejor comprensión sobre la cuestión del aborto como tema que excede el derecho. / O aborto é uma discussão extensa e antiga que atravessa as diferentes áreas do conhecimento, abrangendo as teorias feministas, de gênero e da sexualidade. O presente trabalho faz uma análise dos diferentes processos políticos acerca das leis sobre aborto no Brasil, tendo o Congresso Nacional como o principal cenário que concentra as maiores controvérsias acerca da questão. Para melhor compreendermos a atual conjuntura, é feita uma passagem pelas proposições legislativas da década de 1940 até os dias atuais no âmbito da Câmara Federal. Sob uma perspectiva antropológica, podemos dizer que se trata de uma realidade de todas as sociedades, pois é parte do processo de desenvolvimento da reprodução humana, a diferença reside em como cada sociedade lida e normatiza a sua prática. A partir do panorama das práticas abortivas no mundo, constatamos que a maior quantidade de abortos que ocorre no mundo são nos países que criminalizam a sua prática, em sua maioria em situação de ilegalidade. De uma década para a outra a discussão do aborto só se amplia e vem ocupando cada vez mais o espaço público. Porém, uma característica típica dos anos 2000 está sendo o crescimento de proposições que objetivam aumentar a pena do aborto, como também criar novos tipos de crime relacionados à sua prática no Brasil, o que gera um cenário constante afronta aos direitos das mulheres. Entre os principais protagonistas que assumem a discussão pública do aborto, há as diferentes organizações feministas, instituições religiosas e profissionais das diversas áreas do conhecimento, e as ideias que permeiam o Congresso Nacional, representam algumas dessas forças políticas, bem como, é possível identificarmos os temas que concentram as maiores controvérsias acerca da discussão. Vem ocorrendo mudanças no campo da representação religiosa no Congresso Nacional, e as vertentes evangélicas vem apresentando um crescimento do número de parlamentares. O que está diretamente ligado com o poder de intervenção das representações religiosas nos processos de disputas eleitorais e da relação inconstitucional da religião hegemônica cristã nas estruturas do Estado. Ademais, não há um posicionamento único das igrejas frente ao aborto, e a Igreja Católica permanece como instituição que apresenta um posicionamento de completa condenação a qualquer forma de aborto, o que não representa a mesma realidade no curso da sua história. Vivemos em um país que dentre todas as suas contradições, em nome da proteção “a vida” gera-se uma máquina de matar pessoas, e os temas relacionados a perspectiva sagrada da vida, subsidia os discursos religiosos e as proposições legislativas. Ser a favor da vida, presume-se, é concordar em reduzir os números de abortos e de mortes de mulheres vítimas da prática insegura e ilegal. Para que possamos enfrentar as realidades sociais geradas em torno do aborto, é preciso descontruirmos os mitos que foram criados historicamente, e apropriarmo-nos dos conceitos que possam esclarecer e possibilitar uma melhor compreensão sobre a questão do aborto como tema que excede o direito.
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