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As obras inglesas de John Wycliffe inseridas no contexto religioso de sua época: da suma teológica de Aquino ao concílio de Constança , dos espirituais fransciscanos a Guilherme de Ockham / The english works of John Wycliffe inserted in the religious context of his time: from Aquinas summa theologica to the council of Constance, from the spiritual franciscans to Guilherme of OckhamAzevedo, Leandro Villela de 04 February 2011 (has links)
O período presente entre o começo do século XIV e ano de 1418 é indispensável para a compreensão do cenário religioso-político medieval e para a compreensão das bases do mesmo pensamento na Idade Moderna. Neste período temos a mudança da sede da Igreja Católica de Roma pra Avignon, o retorno da mesma para Roma, a divisão da Igreja em dois grupos, cada um liderado por um papa, o Cisma do Ocidente, cisma esse que dura por décadas. Temos a ampliação do pensamento herético, a conversa entre grupos heterodoxos, e tentativas de conciliação que nem sempre eram absolutas e levavam até mesmo a renúncia do cargo pontifical. Neste período viveu John Wycliffe, professor de teologia em Oxford, tendo produzido uma série de obras em latim e outra ainda maior em inglês. Divulgando seus ideias para o povo e criando seu próprio grupo, os Lolardos. Esse pensador, dialogando com os grandes pensadores católicos e revendo pensamentos de outras heresias anteriores, cria a premissa da impossibilidade de uma igreja que fosse ao mesmo tempo autenticamente cristã e institucionalizada ou poderosa, em sua obra The Wicket. Através de uma argumentação racional e humanista, Wycliffe formulou, de certa forma, a base para a reforma protestante, ao mesmo tempo que precisou ser descartado pela mesma, após seu crescimento nos círculos de poder e institucionalização. A melhor compreensão deste peculiar autor e de sua obra permite não somente compreender melhor o mundo da baixa Idade Média, suas disputas religiosas e políticas, como também aprofundar o conhecimento sobre as bases do pensamento moderno. Além de lançar bases para a própria problematização da estrutura do poder religioso em si, seja ele católico ou não. / The Late Middle Ages, specially the period between 1305 and 1418 is indispensable to understand the political an religious though not only of the medieval people, but for the comprehension of the modern ages. In this small period of time much religious turbulence took place in Western Europe. The capital of the Catholic Church moved to Avignon and then returned to Roma, the Church slipt in two different factions in the Great Western Schism and each group was leaded by a different pope, both of them considering themselves as the sumo pontifce and the only true connection between God and men in earth. The Schism lasts for decades and each pope define the other as the antichrist. In this period the heretical though grown up and the attempts of reconciliations of the groups not always become effective, in matter of fact once even a pope renounced his post. John Wycliffe, professor of Theology in Oxford University, lived in this time. He produced a great number of papers in Latin and a even more great number of papers in middle English. His ideas continued with his followers the Lollards. This great thinker created important dialogues with the other heretical thinkers, being one of the most important pre-reformist theologian and creating the bases of the protestant reform. But the also created the idea that the true Christian church would never be institutionalized neither it could be powerful. In his sermon The Wicket, using humanistic reason, he united the words of Jesus in the Gospels to prove that would be impossible to create a strong institutionalized church. So, this particular paper was also put aside because it was not interesting for the newly created institutionalized church of the 16th century Studding this thinker and his works, specially the Wicket is very important to better understand not only the medieval church, but the institutionalized church of all times.
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As obras inglesas de John Wycliffe inseridas no contexto religioso de sua época: da suma teológica de Aquino ao concílio de Constança , dos espirituais fransciscanos a Guilherme de Ockham / The english works of John Wycliffe inserted in the religious context of his time: from Aquinas summa theologica to the council of Constance, from the spiritual franciscans to Guilherme of OckhamLeandro Villela de Azevedo 04 February 2011 (has links)
O período presente entre o começo do século XIV e ano de 1418 é indispensável para a compreensão do cenário religioso-político medieval e para a compreensão das bases do mesmo pensamento na Idade Moderna. Neste período temos a mudança da sede da Igreja Católica de Roma pra Avignon, o retorno da mesma para Roma, a divisão da Igreja em dois grupos, cada um liderado por um papa, o Cisma do Ocidente, cisma esse que dura por décadas. Temos a ampliação do pensamento herético, a conversa entre grupos heterodoxos, e tentativas de conciliação que nem sempre eram absolutas e levavam até mesmo a renúncia do cargo pontifical. Neste período viveu John Wycliffe, professor de teologia em Oxford, tendo produzido uma série de obras em latim e outra ainda maior em inglês. Divulgando seus ideias para o povo e criando seu próprio grupo, os Lolardos. Esse pensador, dialogando com os grandes pensadores católicos e revendo pensamentos de outras heresias anteriores, cria a premissa da impossibilidade de uma igreja que fosse ao mesmo tempo autenticamente cristã e institucionalizada ou poderosa, em sua obra The Wicket. Através de uma argumentação racional e humanista, Wycliffe formulou, de certa forma, a base para a reforma protestante, ao mesmo tempo que precisou ser descartado pela mesma, após seu crescimento nos círculos de poder e institucionalização. A melhor compreensão deste peculiar autor e de sua obra permite não somente compreender melhor o mundo da baixa Idade Média, suas disputas religiosas e políticas, como também aprofundar o conhecimento sobre as bases do pensamento moderno. Além de lançar bases para a própria problematização da estrutura do poder religioso em si, seja ele católico ou não. / The Late Middle Ages, specially the period between 1305 and 1418 is indispensable to understand the political an religious though not only of the medieval people, but for the comprehension of the modern ages. In this small period of time much religious turbulence took place in Western Europe. The capital of the Catholic Church moved to Avignon and then returned to Roma, the Church slipt in two different factions in the Great Western Schism and each group was leaded by a different pope, both of them considering themselves as the sumo pontifce and the only true connection between God and men in earth. The Schism lasts for decades and each pope define the other as the antichrist. In this period the heretical though grown up and the attempts of reconciliations of the groups not always become effective, in matter of fact once even a pope renounced his post. John Wycliffe, professor of Theology in Oxford University, lived in this time. He produced a great number of papers in Latin and a even more great number of papers in middle English. His ideas continued with his followers the Lollards. This great thinker created important dialogues with the other heretical thinkers, being one of the most important pre-reformist theologian and creating the bases of the protestant reform. But the also created the idea that the true Christian church would never be institutionalized neither it could be powerful. In his sermon The Wicket, using humanistic reason, he united the words of Jesus in the Gospels to prove that would be impossible to create a strong institutionalized church. So, this particular paper was also put aside because it was not interesting for the newly created institutionalized church of the 16th century Studding this thinker and his works, specially the Wicket is very important to better understand not only the medieval church, but the institutionalized church of all times.
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Rex perpetuus norvegiae: a sacralidade régia na monarquia norueguesa e a santificação de Oláfr Haraldsson (c. 995 – 1030) à luz da literatura nórdica latina e vernacular (sécs. XI-XII).Birro, Renan Marques January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / A pesquisa de mestrado intitulada Rex perpetuus norvegiæ: a sacralidade dos reis noruegueses e a santificação de Óláfr Haraldsson (c. 995-1030) à luz da literatura nórdica latina e vernacular (sécs. XI-XII) é um inquérito sobre as diferentes tradições de sacralidade régia na Noruega durante a Era Viking e a Escandinávia Medieval, sobre a santificação do viking, rei, mártir e santo norueguês Óláfr Haraldsson, além da utilização de sua imagem como padroeiro do reino para consolidar a monarquia, a Igreja da Noruega e a recepção da biografia sagrada do santo norueguês por parte dos fieis. Óláfr Haraldsson (c.995-1030) viveu como viking durante alguns anos. Em 1015 ele retornou à Noruega para reclamar o trono após ser batizado em Rouen. A grande tarefa deste rei foi consolidar a conversão de seu povo ao cristianismo, tarefa que cumpriu à maneira de Carlos Magno: conversões forçadas e destruição de objetos e espaços de veneração pagãos. Ele foi banido do reino após a derrota na Batalha de Helgeå (1026). Após como proscrito, ele retornou em 1030, mas foi morto na Batalha de Stiklestaðir (1030). O rei morto transformou-se num objeto de veneração pouco após a sua morte, e um ano após a derradeira batalha, seu corpo foi transladado das cercanias de Nidaróss para o seio dessa cidade, que ficava na região onde este rei encontrava o maior número de seus detratores. Há indícios de peregrinações em massa para o seu santuário, e os inimigos do controle dinamarquês sobre a Noruega viram em Óláfr a possibilidade de se fortalecer, assim como a Igreja local, que tentava se unir a monarquia para ganhar forças e sobreviver num território recém-convertido à fé cristã. Seus sucessores empenharam- se em utilizar o rei-mártir para fortalecer seu poder político no reino. Entrementes, elementos da antiga sacralidade régia pagã foram reaproveitados, como o hamingja (“sorte”), além da incorporação da sacralidade régia cristã e do monarca defunto como padroeiro do reino e rei perpétuo da Noruega. O modelo inicial da biografia sagrada do santo seguia o padrão anglo-saxão de reis mártires, embora tenha sofrido influências da cultura local e respondido aos anseios da comunidade. / The master’s research entitled Rex perpetuus Norvegiae: the sacred kingship in the Norwegian monarchy and the sanctification of Óláfr Haraldsson (c. 995 – 1030) in the light of latin and vernacular literature (11th and 12th centuries) is an inquiry on the different traditions of sacred kingship in Norway during Viking Age and Medieval Scandinavia, on the sanctification of the Viking, king, martyr and Norwegian saint Óláfr Haraldsson, and the use of his image as patron saint of the kingdom to consolidate the monarchy, the Norwegian church and the reception of the sacred biography by the faithful. Óláfr Haraldsson (c. 995-1030) lived as a Viking during some years. At 1015 he come back to Norway to claim the throne after his baptism in Rouen. The main task of this king was the conversion of his people to the christianism. He did it with forced conversions and destruction of temples and sacred pagan objects. He was banned of the kingdom after his defeat at the Battle of Helgeã (1026). The dead king became quickly in an object of veneration after their death, and one year late, his body was translated from the vicinity of Nidaróss for this town, place where his main opponents lived. There are indications of massive pilgrimage to his shrine, and some powerful Norwegian nobles utilized Óláfr as a tool to improve the Norwegian opposition and the local church. The church, by turn, united with the monarchy, wanted to strengthen the Christianism at the kingdom. The rulers after Óláfr utilized him to improve their political power in the kingdom. The rulers after Óláfr utilized him to improve their political power in the kingdom. Meanwhile, elements of the pagan sacred kingship were reused, as the hamingja (“luck”). At the same time, the Christian sacred kingship and the dead king were utilized in the same purposes, and the last became the patron saint and the everlasting king of Norway. The initial model of sacred biography of Óláfr followed the anglo-saxon pattern of martyr kings, but he suffered influences from local culture and from the needs of faithful community.
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