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As representações de Sigurðr Fáfnisbani nas cruzes da Ilha de Man (séculos X-XI) / The representations of Sigurðr Fáfnisbani in manx crosses - 10th-11th centuries

Birro, Renan Marques 13 September 2017 (has links)
Meu trabalho propõe uma investigação sobre as possíveis representações imagéticas do heroi semilegendário Sigurðr Fáfnisbani em uma pequena ínsula no meio do Mar irlandês conhecida como Ilha de Man. Essa região foi habitada por populações celtas e cristianizadas desde o século V, mas assistiram a chegada de novas levas humanas provindas da Escandinávia em c.875. As representações evocadas foram cinzeladas entre meados do século X e o início do século XI sobre quatro lajes de pedra, ainda que elas componham um conjunto maior de monumentos congêneres. Após muitos séculos, a rigor, no final do século XIX, os quatro artefatos foram intitulados como Cruzes de Sigurðr. Minha preocupação inicial foi apresentar as cruzes de maneira abrangente, o contexto geográfico e sociocultural da Ilha de Man, tal como as mudanças políticas e religiosas que ela enfrentou durante a Era Viking. Tentei demonstrar como essas cruzes serviram como um índice do novo cenário de transformação socioreligiosa e de amálgama cultural em território manx. A seguir, propus debates teóricos sobre a runologia, o principal campo de estudos escandinavos dedicado a esses monumentos em pedra, e os estudos de estilos artísticos escandinavos, além de sua influência sobre o que os intelectuais manx propuseram sobre as Cruzes de Sigurðr. Após isso, fiz um balanço dos estudos sobre as representações de Sigurðr nas cruzes manx. Por fim, eu apresentei uma análise descritiva-formal e sintática das possíveis representações sigurdianas nas quatro cruzes. Minha conclusão foi que não é possível ter certeza que elas representam o herói, mas certamente são monumentos seculares com um relevante impacto na paisagem dos pontos de vista social e religioso, como demonstrações de poder e forma de controle sobre a sociedade circunvizinha. Elas também expressam possíveis alianças matrimoniais e políticas dos habitantes manx em uma sociedade muito transformada após a chegada dos novos colonos nórdicos. / My work proposes an investigation on the possible imagetical representations of the semilegendary hero Sigurðr Fáfnisbani in the Isle of Man, a small island in the middle of the Irish Sea. This region was historically inhabited by celtic and christians populations since the 5th century; However at the end of 9th century, they received a new contingent of inhabitants from Scandinavia. The representations above mentioned were sculptured between the middle of 10th century and the beginning of the 11th century on four cross slabs; Nevertheless they belonged to a major group of similar monuments. But only after many centuries, the four arctefacts were entitled as Sigurðr crosses (or slabs). My first concern was to expose the crosses in a broader view, their geographical and sociocultural context in the Isle of Man, as well as the political and religious changes beeing faced during the Viking Age. Ive also proposed that these crosses were an index of a new socioreligious scenario, in a deep cultural amalgamation and transformations in manx region. Hereafter, I have exposed many theories on runology, the main field of studies on these rock monuments, and also a summary of questions and characteristics of Scandinavian art studies, mainly about style studies. Both perspectives had a strong influence on manx intellectual milieu and their ideas about Sigurðr crosses. After this, I exposed briefly the main works about Sigurðrs representation on manx crosses. At the end, I proposed a descriptive, formal and syntax analysis of these possible representations of the hero. My conclusion was that it is not possible to be sure that the hero was displayed on these rocks. But, on the other hand, they certainly provided an important impact on manx social and religious landscape, as well as demonstrations of power and social control. They can also be taken as signs of matrimonial and political alliances of manx aristocracy.
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Rex perpetuus norvegiae: a sacralidade régia na monarquia norueguesa e a santificação de Oláfr Haraldsson (c. 995 – 1030) à luz da literatura nórdica latina e vernacular (sécs. XI-XII).

Birro, Renan Marques January 2013 (has links)
Submitted by Maria Dulce (mdulce@ndc.uff.br) on 2014-02-25T16:57:09Z No. of bitstreams: 1 Birro, Renan-Dissert-2013.pdf: 3670709 bytes, checksum: 4d591521c20672aebc47b8cbf08a3702 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-02-25T16:57:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Birro, Renan-Dissert-2013.pdf: 3670709 bytes, checksum: 4d591521c20672aebc47b8cbf08a3702 (MD5) Previous issue date: 2013 / A pesquisa de mestrado intitulada Rex perpetuus norvegiæ: a sacralidade dos reis noruegueses e a santificação de Óláfr Haraldsson (c. 995-1030) à luz da literatura nórdica latina e vernacular (sécs. XI-XII) é um inquérito sobre as diferentes tradições de sacralidade régia na Noruega durante a Era Viking e a Escandinávia Medieval, sobre a santificação do viking, rei, mártir e santo norueguês Óláfr Haraldsson, além da utilização de sua imagem como padroeiro do reino para consolidar a monarquia, a Igreja da Noruega e a recepção da biografia sagrada do santo norueguês por parte dos fieis. Óláfr Haraldsson (c.995-1030) viveu como viking durante alguns anos. Em 1015 ele retornou à Noruega para reclamar o trono após ser batizado em Rouen. A grande tarefa deste rei foi consolidar a conversão de seu povo ao cristianismo, tarefa que cumpriu à maneira de Carlos Magno: conversões forçadas e destruição de objetos e espaços de veneração pagãos. Ele foi banido do reino após a derrota na Batalha de Helgeå (1026). Após como proscrito, ele retornou em 1030, mas foi morto na Batalha de Stiklestaðir (1030). O rei morto transformou-se num objeto de veneração pouco após a sua morte, e um ano após a derradeira batalha, seu corpo foi transladado das cercanias de Nidaróss para o seio dessa cidade, que ficava na região onde este rei encontrava o maior número de seus detratores. Há indícios de peregrinações em massa para o seu santuário, e os inimigos do controle dinamarquês sobre a Noruega viram em Óláfr a possibilidade de se fortalecer, assim como a Igreja local, que tentava se unir a monarquia para ganhar forças e sobreviver num território recém-convertido à fé cristã. Seus sucessores empenharam- se em utilizar o rei-mártir para fortalecer seu poder político no reino. Entrementes, elementos da antiga sacralidade régia pagã foram reaproveitados, como o hamingja (“sorte”), além da incorporação da sacralidade régia cristã e do monarca defunto como padroeiro do reino e rei perpétuo da Noruega. O modelo inicial da biografia sagrada do santo seguia o padrão anglo-saxão de reis mártires, embora tenha sofrido influências da cultura local e respondido aos anseios da comunidade. / The master’s research entitled Rex perpetuus Norvegiae: the sacred kingship in the Norwegian monarchy and the sanctification of Óláfr Haraldsson (c. 995 – 1030) in the light of latin and vernacular literature (11th and 12th centuries) is an inquiry on the different traditions of sacred kingship in Norway during Viking Age and Medieval Scandinavia, on the sanctification of the Viking, king, martyr and Norwegian saint Óláfr Haraldsson, and the use of his image as patron saint of the kingdom to consolidate the monarchy, the Norwegian church and the reception of the sacred biography by the faithful. Óláfr Haraldsson (c. 995-1030) lived as a Viking during some years. At 1015 he come back to Norway to claim the throne after his baptism in Rouen. The main task of this king was the conversion of his people to the christianism. He did it with forced conversions and destruction of temples and sacred pagan objects. He was banned of the kingdom after his defeat at the Battle of Helgeã (1026). The dead king became quickly in an object of veneration after their death, and one year late, his body was translated from the vicinity of Nidaróss for this town, place where his main opponents lived. There are indications of massive pilgrimage to his shrine, and some powerful Norwegian nobles utilized Óláfr as a tool to improve the Norwegian opposition and the local church. The church, by turn, united with the monarchy, wanted to strengthen the Christianism at the kingdom. The rulers after Óláfr utilized him to improve their political power in the kingdom. The rulers after Óláfr utilized him to improve their political power in the kingdom. Meanwhile, elements of the pagan sacred kingship were reused, as the hamingja (“luck”). At the same time, the Christian sacred kingship and the dead king were utilized in the same purposes, and the last became the patron saint and the everlasting king of Norway. The initial model of sacred biography of Óláfr followed the anglo-saxon pattern of martyr kings, but he suffered influences from local culture and from the needs of faithful community.

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