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Problematizando sentidos de língua em uma sala de aula de língua inglesa

Ferreira, Fernanda Caiado da Costa 27 March 2018 (has links)
Submitted by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2018-04-16T13:07:40Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Fernanda Caiado da Costa Ferreira - 2018.pdf: 6657154 bytes, checksum: 1f7f6751ae01ce67039c262893058949 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2018-04-16T13:08:08Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Fernanda Caiado da Costa Ferreira - 2018.pdf: 6657154 bytes, checksum: 1f7f6751ae01ce67039c262893058949 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-04-16T13:08:08Z (GMT). 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The data generation in the classroom began on October 20 and ended on December 22, 2016, while individual interviews with the students were extended until May 2017. Five female students and two male students, the teacher and I, as a researcher, participated in this study. The problematization in this way starts from the perspective that languages are social constructions linked to the colonialist and nationalist projects, established from a policy of exploration and control of the individuals (IRVINE; GAL, 2000; MAKONI; PENNYCOOK, 2007; MIGNOLO, 2005. Thus, from the empirical material, I try to problematize hegemonic presuppositions of modernity (CASTRO-GÓMEZ, 2005; DUSSEL, 1994, 2005; MIGNOLO, 2003) by confronting the autonomy and homogeneity of the language and reflecting not only about the relations between language and power but also about the ideologies present in the practices implemented in the classroom. With regard to the language meanings constructed by the students in the classroom, the reflections made in this dissertation, point to the reproduction of a colonial epistemology. In their reports and positionings, the students established relations between language and subalternity, considering that all of them expressed feelings of oppression in the process of learning both Portuguese and English. In addition, it was also possible to perceive hierarchical relations between languages really connected to the colonial ideology, and the enhancement of this or that linguistic identity was shown to be linked to the belonging to a certain race and territory that have prestige or not, depending on the role of colonizer or colonized, as well as its categorization of the First or Third World. With regard to the problematization of thepedagogical practice developed by the teacher, it was possible to perceive that the debates were fruitful in the process of language disinvention and resulted in the formation of the teachers participating in this research, bringing reflections on the role of language in the construction of unequal and subaltern realities. In the same way, they motivated changes with respect to their professional identity, that is, in relation to their conception of Language teaching, which came to be understood in its social aspects. Therefore, I believe that the practices discussed fostered spaces of resistance to naturalized subordination relations, and, thus, processes of unlearning took place, considering that discourses were questioned and reconstructed. / Neste estudo, objetivo discutir os sentidos de língua construídos por discentes em uma sala de aula de língua inglesa, de um curso de Licenciatura em Letras: Inglês, bem como problematizar a prática pedagógica desenvolvida pela professora com base na percepção das/os participantes da pesquisa. Para tanto, realizei uma pesquisa interpretativista, em que se compreende a construção do conhecimento como um processo que acontece por meio de processos interpretativos no encontro com outros sujeitos. Essa compreensão traz como consequência, para as/os pesquisadoras/es, o entendimento de que as ações humanas são transpassadas por significados sociais contextuais. A geração do material empírico em sala de aula se iniciou no dia 20 de outubro e terminou no dia 22de dezembro de 2016, e as entrevistas realizadas individualmente com as/os alunas/os se estenderam até maio de 2017. Participaram desta pesquisa cinco alunas e dois alunos, a docente da turma e eu como pesquisadora. A problematização realizada no estudo parte da perspectiva de que as línguas são construções sociais vinculadas aos projetos colonialistas e nacionalistas, estabelecidos a partir de uma política de exploração e controle dos indivíduos (IRVINE; GAL, 2000; MAKONI; PENNYCOOK, 2007; MIGNOLO, 2005; SEVERO, 2016). Assim, a partir do material empírico, busco problematizar pressupostos hegemônicos da modernidade (CASTRO- GÓMEZ, 2005; DUSSEL, 1994, 2005; MIGNOLO, 2003) ao confrontar a autonomia e homogeneidade da língua e refletir tanto sobre as relações estabelecidas entre língua e poder quanto sobre as ideologias presentes nas práticas implementadas em sala de aula. No que diz respeito aos sentidos de língua construídos pelas/os discentes em sala de aula, as reflexões feitas nesta dissertação apontam para a reprodução de uma epistemologia colonial. Em seus relatos e posicionamentos, as/os discentes estabeleceram relações entre língua e subalternidade, considerando que todos manifestaram sentimentos de opressão com relação ao aprendizado tanto da língua portuguesa como da inglesa. Ademais, também foi possível perceber relações de hierarquização entre línguas bastante conectadas à ideologia colonial, e o enaltecimento dessa ou daquela identidade linguística se mostrou vinculado ao pertencimento a uma determinada raça e território que detêm prestígio ou não, a depender do papel de colonizador ou colonizado, bem como de sua categorização de Primeiro ou Terceiro Mundo. No que diz respeito à problematização da prática pedagógica desenvolvida pela professora, foi possível perceber que os debates se mostraram frutíferos no processo de desinvenção da língua e tiveram desdobramentos na formação das/os professoras/es participantes desta pesquisa ao trazer reflexões sobre o papel da língua na construção de realidades desiguais e subalternas. Da mesma forma, estimularam mudanças com relação à sua identidade profissional, ou seja, com relação às suas concepções de ensinar a língua, que passou a ser compreendida em seus aspectos sociais. Sendo assim, entendo que as práticas debatidas fomentaram espaços de resistência a relações de subordinação naturalizadas, e, por conseguinte, aconteceram processos de desaprendizagem, considerando que discursos foram questionados e reconstruídos.

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