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Demandas de saúde de adolescentes: construindo bases para o cuidadoAraújo, Rosália Teixeira de 18 December 2015 (has links)
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Tese_Enf_Rosália Teixeira de Araújo.pdf: 2797700 bytes, checksum: 9f74fa75842f3210bb4939d5c498f159 (MD5) / FAPESB / A demanda por cuidado à saúde pode ser entendida como o bem ou ação que a pessoa deseja receber do serviço de saúde. Na atenção a adolescentes vem sendo priorizadas aquelas consideradas problemas de saúde pública para as quais o Estado não conseguiu implementar ações efetivas. Assim, visando oferecer bases para implementação do cuidado em consonância com o que é valorizado por adolescentes e para avaliação de políticas públicas, esta pesquisa tem como objetivos: Conhecer demandas de cuidado à saúde oriundas da realidade problematizada por adolescentes de ambos os sexos e analisar as demandas para o cuidado de adolescentes sob o enfoque da integralidade. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa realizado com 21 adolescentes de ambos os sexos, com idade entre 16 e 19 anos, estudantes de duas escolas públicas de um município do interior baiano. Foram utilizadas as técnicas de oficinas e questionário para produzir os dados empíricos e para análise a técnica de análise de discurso. Foram respeitados os preceitos éticos contidos na Resolução Nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Os resultados revelaram que adolescentes valorizam a indissociabilidade entre corpo e mente, reconhecem que há carência de atenção à saúde mental e apontam transtornos psíquicos como resultantes de contextos de vida e de falta de atenção à saúde. Consideram a sexualidade como uma dimensão humana que demanda atenção na relação direta com a saúde sexual, com necessidade de orientações preventivas, com acompanhamento ginecológico, conhecimento das alterações biológicas do corpo, sexo com proteção às IST/HIV e gravidez não planejada. Percebe a sexualidade como um processo afetivo-sexual com prazer compartilhado, desmistificando o homem como ativo e a mulher como passiva. Valorizam a alimentação saudável como valor a ser incorporado; atividade física como geradora de prazer e bem-estar, distanciando-se do corpo como objeto de consumo; e uso e abuso de drogas como espaço de vulnerabilidade de adolescentes, todos demandantes de cuidados. Por fim, sustentam sua visão de saúde na promoção, na proteção da saúde e na necessidade de orientação livre de tabus e preconceitos. Suas demandas apresentam convergência parcial com o que vem sendo proposto nas políticas públicas, acrescidas do que lhes faz singular pela escuta da voz de quem as vivencia. Pela análise dos discursos verifica-se que há um vazio na interação profissionais da saúde com profissionais da educação e com a família para ações educativas por meio de diálogo efetivo. Nesse sentido, os serviços de saúde necessitam melhor se estruturar para atrair adolescentes, reconhecer singularidades e construir com o grupo condições para o atendimento de necessidades e demandas e reduzir vulnerabilidades dessa fase, por meio de profissionais capacitadas/os para o acolhimento e a responsabilização, buscando-se a integralidade do cuidado.
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