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Destino e daímon na psicanálise / Destiny and daímon in psychoanalysis

Guimarães, Luiz Moreno 11 May 2018 (has links)
O objetivo desta pesquisa é contribuir para a investigação psicanalítica do Destino. Nesse intuito, acompanhamos os desdobramentos da noção na obra de dois psicanalistas - Sigmund Freud e Fabio Herrmann -, reunindo e retomando suas análises sobre o tema, além de nos arriscarmos a elaborá-las um pouco mais. O argumento se divide em duas partes: I. Versões do Destino em Freud; II. Destino na Teoria dos Campos. A Parte I começa com o exame do termo destino na leitura freudiana de Édipo Rei e do drama de destino presente na atmosfera de invenção da psicanálise (1897-1900). Em seguida, reconstrói o artigo que inaugura o Destino como problema clínico - \"A significação do pai no destino do indivíduo\", de Carl Gustav Jung (1909) - e termina detendo-se na metapsicologia do Destino, articulando as considerações freudianas sobre o assunto, que surgem a partir de 1920. A Parte II se inicia recuperando o espírito norteador da Teoria dos Campos: o resgate do horizonte vocacional da psicanálise. Passa, então, a comentar a definição de Destino que consta no livro Andaimes do real: psicanálise da crença (1998) e, por fim, inclina-se sobre a teoria dos três tempos, formulada por Herrmann (1991, 2001, 2015). O percurso demonstra que há duas concepções opostas de Destino na psicanálise: de um lado, a que nomeamos de Destino compulsivo (em Freud), de outro, de Destino dialogal (em Herrmann). E, na qualidade de proposta original da tese, há o convite para a apropriação do termo grego ?????? (daímon) como conceito metodológico: daímon é o operador da passagem do Destino compulsivo para o dialogal. Conclui-se que esse trânsito define o próprio processo analítico, reencontrado no interior de uma única palavra: Destino. A pesquisa se encerra com alguns estudos complementares, que desenvolvem ideias específicas derivadas das conclusões. / The goal of this research is to contribute to the psychoanalytic investigation of Destiny. In this sense, we follow the unfolding of the notion in the work of two psychoanalysts - Sigmund Freud and Fabio Herrmann -, gathering and resuming their analysis on the subject, and risking to elaborate them furthermore. The argument is divided into two parts: I. Versions of Destiny in Freud; II. Destiny in Fields Theory. Part I begins with the examination of the term destiny in the Freudian reading of Oedipus Rex and the Destiny Drama surrounding the birth of psychoanalysis (1897-1900). It then reconstructs the article that presents for the first time Destiny as a clinical problem - Carl Gustav Jung\'s The Father\'s Significance in the Destiny of the Individual (1909) -, and it ends by dwelling on the metapsychology of Destiny, articulating Freudian considerations on the matter as of the year 1920. Part II begins by recovering the guiding spirit of the Fields Theory: the rescue of psychoanalysis true vocation. It then goes on to comment on the definition of Destiny that appears in the book Andaimes do real: psicanálise da crença[Scaffolding of the Real: Psychoanalysis of Belief] (1998), and finally it leans on the Three Times Theory created by Herrmann (1991, 2001, 2015). The course demonstrates that there are two opposing conceptions of Destiny in psychoanalysis: on one hand, what we call compulsive Destiny (in Freud), on the other, what we call dialogic Destiny (in Herrmann). And according to the original proposal of the thesis, this research invites the reader to consider the Greek term (daímon) as a methodological concept: daímon is the operator of the passage from the compulsive Destiny to the dialogic one. It concludes that this transit defines the analytical process itself, rediscovered within a single word: Destiny. The research ends with a few complementary studies that present specific ideas derived from the main conclusions

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