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Por que os brasileiros não confiam em partidos políticos? / Why Brazilians do not trust in Political Parties?

Lazzari, Eduardo Alves 15 September 2016 (has links)
Esta pesquisa visa fornecer uma explicação para o quadro de ampla desconfiança em partidos políticos no Brasil. Mobilizando modelos culturalistas e racionalistas para entender esse fenômeno, o trabalho se inicia com uma discussão teórica sobre o lugar da desconfiança numa democracia representativa, passando para o debate pormenorizado de como a literatura tentou tratar do objeto dessa dissertação, nacional e internacionalmente. Por sua vez, os capítulos empíricos, fundamentados sobre testes de qui-quadrado, análises de correspondência e regressões logísticas ordinais, revelam os efeitos assimétricos das principais variáveis elencadas pela literatura, em que seu efeito negativo sobre a desconfiança é maior do que seu efeito positivo sobre a confiança. Argumenta-se que o quadro ilustra a consolidação de uma cultura de desconfiança em partidos políticos no Brasil, com consequências e importância incertas atualmente para a compreensão da intrincada relação entre partidos políticos e sociedade civil. / This research aims to provide an explanation to the broad distrust in political parties in Brazil. Using culturalist and racionalist models to assess this phenomenon, this work starts with a theoretical discussion about the place that distrust has in a representative democracy, going through a detailed discussion on how the literature tried to study this dissertations object, nationally and internationally. The empirical chapters, grounded in chi-square tests, correspondence analysis, and ordinal logistic regressions, reveal asymmetric effects from the main variables brought out by the literature, where its negative effects on distrust are bigger than its positive effects on trust in political parties. It is argued that this scenario illustrates the consolidation of a culture of distrust in political parties in Brazil, with unknown consequences and importance for the comprehension of the intricate relation between political parties and civil society.
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Por que os brasileiros não confiam em partidos políticos? / Why Brazilians do not trust in Political Parties?

Eduardo Alves Lazzari 15 September 2016 (has links)
Esta pesquisa visa fornecer uma explicação para o quadro de ampla desconfiança em partidos políticos no Brasil. Mobilizando modelos culturalistas e racionalistas para entender esse fenômeno, o trabalho se inicia com uma discussão teórica sobre o lugar da desconfiança numa democracia representativa, passando para o debate pormenorizado de como a literatura tentou tratar do objeto dessa dissertação, nacional e internacionalmente. Por sua vez, os capítulos empíricos, fundamentados sobre testes de qui-quadrado, análises de correspondência e regressões logísticas ordinais, revelam os efeitos assimétricos das principais variáveis elencadas pela literatura, em que seu efeito negativo sobre a desconfiança é maior do que seu efeito positivo sobre a confiança. Argumenta-se que o quadro ilustra a consolidação de uma cultura de desconfiança em partidos políticos no Brasil, com consequências e importância incertas atualmente para a compreensão da intrincada relação entre partidos políticos e sociedade civil. / This research aims to provide an explanation to the broad distrust in political parties in Brazil. Using culturalist and racionalist models to assess this phenomenon, this work starts with a theoretical discussion about the place that distrust has in a representative democracy, going through a detailed discussion on how the literature tried to study this dissertations object, nationally and internationally. The empirical chapters, grounded in chi-square tests, correspondence analysis, and ordinal logistic regressions, reveal asymmetric effects from the main variables brought out by the literature, where its negative effects on distrust are bigger than its positive effects on trust in political parties. It is argued that this scenario illustrates the consolidation of a culture of distrust in political parties in Brazil, with unknown consequences and importance for the comprehension of the intricate relation between political parties and civil society.
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Transtorno de pânico um estudo sobre as matrizes sociais de seu surgimento: a sociedade do risco e a construção contemporânea de bioidentidades / "Panic disorder" - a study of the social matrices of its emergence: the risk society and the contemporary construction of bioidentities

Luciana Oliveira dos Santos 23 May 2007 (has links)
O transtorno de pânico é uma das questões preocupantes em termos de saúde coletiva. Pensamos que tal transtorno se configura como uma nova forma de adoecimento psíquico, categoria que tem penetrado em diferentes espaços sociais, e suas descrições vêm sendo incorporadas ao arcabouço identitário dos sujeitos. Problematizar as matrizes culturais da emergência e difusão deste transtorno, no campo da construção de subjetividade e de identidade, é o objetivo deste estudo. Na pós-modernidade, por um lado, nos centramos nas características do que se denomina sociedade de risco, (BECK, 1998) a qual gera sentimentos de imprevisibilidade, desenraizamento e desfiliação; por outro, juntamente com o desprestígio do ideal da interioridade, observa-se um recurso a se recorrer ao registro do corpo e da biologia como âncora subjetiva. (COSTA, 2005). Com a predominância de um cenário de incerteza e de risco permanente, cria-se uma atmosfera em que a previsibilidade e a confiabilidade são constantemente ameaçadas, Ou seja, o valor da confiança no registro da ontologia refere-se à existência de um ambiente suficientemente confiável e previsível para que os sujeitos experienciem uma constância dos ambientes de ação social e material circundante (WINNICOTT, 1963). Verificaremos, em meio a um cenário de risco ambiente, como o pânico emerge e é difundido com base em matrizes desviantes. O transtorno de pânico, pretensamente radicado no cérebro e determinado pela genética, parece ser uma das entidades às quais as pessoas aderem e ao redor das quais se agregam. Nesse sentido, defendendo que os tipos de patologia, nos quais se inclui o transtorno de pânico, podem servir também como redes de pertencimento, formas de sociabilidade que se organizam em torno de predicados físicos, tanto na esfera da normalidade quanto da patologia, entre as quais o corpo anatomofisiológico se destaca como fenômeno identitário, denominado por alguns autores de bioidentidade (ORTEGA, 2000). Humanizar o conceito transtorno de pânico, portanto, é afirmar que tais sintomas já conheceram outras utilizações. Entendendo o sujeito como um conjunto de crenças podem ser alteradas, revistas, repensadas, redimensionadas (COSTA, 1994). Ao sair da esfera da universalidade e essencialidade, típicas de classificações reducionistas no campo da psiquiatria, para a perspectiva de que existem jogos de linguagem diferentes para se referir ao pânico, percebemos que em vez de o transtorno de pânico existem os pânicos, ou seja, são plurais e diversificadas as diferentes gramáticas para se falar daquilo a que se reduz hoje essa classificação psiquiátrica. / Panic disorder is one of the worrying questions in terms of collective health. We believe that such disorder is a new form of mental illness, a category that has penetrated different social spaces, and its descriptions have been incorporated into the identitary framework of subjects. This study aims to question the cultural origins of the emergence and diffusion of this disorder in the field of subjectivity and identity construction. In post-modernity, on the one hand, we focus on the characteristics of what is called risk society (BECK, 1998), which generates feelings of unpredictability, unrootedness, and disaffiliation; on the other hand, together with the lack of prestige of the interiority ideal, individuals tend to resort to the register of the body and of biology as subjective anchor (COSTA, 2005). With the predominance of a scenario of uncertainty and permanent risk, an atmosphere is created in which predictability and trustworthiness are constantly threatened. That is, the value of trust in the register of ontology refers to existence of an environment that is sufficiently trustworthy and predictable so that the subjects experience a constancy of the surrounding environments of social and material action (WINNICOTT, 1963). We shall verify, within a risk scenario, how panic emerges and is diffused based on deviating origins. The panic disorder, which is supposedly rooted in the brain and determined by genetics, seems to be one of the entities to which people adhere and around which they aggregate. In this sense, we defend that the types of pathology in which the panic disorder is included may also function as belonging networks, forms of sociability that are organized around physical characteristics, both in the sphere of normality and of pathology, among which the anatomo-physiological body emerges as an identitary phenomenon, which some authors call bioidentity (ORTEGA, 2002). Humanizing the concept of panic disorder, therefore, means stating that such symptoms have already known other uses. If one understands the subject as a set of beliefs and desires, whose identity is under permanent reconstruction, these beliefs can be altered, revised, rethought, re-dimensioned (COSTA, 1994). When we leave the sphere of universality and essentiality, typical of reductionist classifications in the field of psychiatry, and embrace the perspective that there are different language games to refer to panic, we perceive that, instead of the panic disorder, there are panics, that is, the different grammars used to talk about that to which this psychiatric classification is reduced today are plural and diversified.
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Transtorno de pânico um estudo sobre as matrizes sociais de seu surgimento: a sociedade do risco e a construção contemporânea de bioidentidades / "Panic disorder" - a study of the social matrices of its emergence: the risk society and the contemporary construction of bioidentities

Luciana Oliveira dos Santos 23 May 2007 (has links)
O transtorno de pânico é uma das questões preocupantes em termos de saúde coletiva. Pensamos que tal transtorno se configura como uma nova forma de adoecimento psíquico, categoria que tem penetrado em diferentes espaços sociais, e suas descrições vêm sendo incorporadas ao arcabouço identitário dos sujeitos. Problematizar as matrizes culturais da emergência e difusão deste transtorno, no campo da construção de subjetividade e de identidade, é o objetivo deste estudo. Na pós-modernidade, por um lado, nos centramos nas características do que se denomina sociedade de risco, (BECK, 1998) a qual gera sentimentos de imprevisibilidade, desenraizamento e desfiliação; por outro, juntamente com o desprestígio do ideal da interioridade, observa-se um recurso a se recorrer ao registro do corpo e da biologia como âncora subjetiva. (COSTA, 2005). Com a predominância de um cenário de incerteza e de risco permanente, cria-se uma atmosfera em que a previsibilidade e a confiabilidade são constantemente ameaçadas, Ou seja, o valor da confiança no registro da ontologia refere-se à existência de um ambiente suficientemente confiável e previsível para que os sujeitos experienciem uma constância dos ambientes de ação social e material circundante (WINNICOTT, 1963). Verificaremos, em meio a um cenário de risco ambiente, como o pânico emerge e é difundido com base em matrizes desviantes. O transtorno de pânico, pretensamente radicado no cérebro e determinado pela genética, parece ser uma das entidades às quais as pessoas aderem e ao redor das quais se agregam. Nesse sentido, defendendo que os tipos de patologia, nos quais se inclui o transtorno de pânico, podem servir também como redes de pertencimento, formas de sociabilidade que se organizam em torno de predicados físicos, tanto na esfera da normalidade quanto da patologia, entre as quais o corpo anatomofisiológico se destaca como fenômeno identitário, denominado por alguns autores de bioidentidade (ORTEGA, 2000). Humanizar o conceito transtorno de pânico, portanto, é afirmar que tais sintomas já conheceram outras utilizações. Entendendo o sujeito como um conjunto de crenças podem ser alteradas, revistas, repensadas, redimensionadas (COSTA, 1994). Ao sair da esfera da universalidade e essencialidade, típicas de classificações reducionistas no campo da psiquiatria, para a perspectiva de que existem jogos de linguagem diferentes para se referir ao pânico, percebemos que em vez de o transtorno de pânico existem os pânicos, ou seja, são plurais e diversificadas as diferentes gramáticas para se falar daquilo a que se reduz hoje essa classificação psiquiátrica. / Panic disorder is one of the worrying questions in terms of collective health. We believe that such disorder is a new form of mental illness, a category that has penetrated different social spaces, and its descriptions have been incorporated into the identitary framework of subjects. This study aims to question the cultural origins of the emergence and diffusion of this disorder in the field of subjectivity and identity construction. In post-modernity, on the one hand, we focus on the characteristics of what is called risk society (BECK, 1998), which generates feelings of unpredictability, unrootedness, and disaffiliation; on the other hand, together with the lack of prestige of the interiority ideal, individuals tend to resort to the register of the body and of biology as subjective anchor (COSTA, 2005). With the predominance of a scenario of uncertainty and permanent risk, an atmosphere is created in which predictability and trustworthiness are constantly threatened. That is, the value of trust in the register of ontology refers to existence of an environment that is sufficiently trustworthy and predictable so that the subjects experience a constancy of the surrounding environments of social and material action (WINNICOTT, 1963). We shall verify, within a risk scenario, how panic emerges and is diffused based on deviating origins. The panic disorder, which is supposedly rooted in the brain and determined by genetics, seems to be one of the entities to which people adhere and around which they aggregate. In this sense, we defend that the types of pathology in which the panic disorder is included may also function as belonging networks, forms of sociability that are organized around physical characteristics, both in the sphere of normality and of pathology, among which the anatomo-physiological body emerges as an identitary phenomenon, which some authors call bioidentity (ORTEGA, 2002). Humanizing the concept of panic disorder, therefore, means stating that such symptoms have already known other uses. If one understands the subject as a set of beliefs and desires, whose identity is under permanent reconstruction, these beliefs can be altered, revised, rethought, re-dimensioned (COSTA, 1994). When we leave the sphere of universality and essentiality, typical of reductionist classifications in the field of psychiatry, and embrace the perspective that there are different language games to refer to panic, we perceive that, instead of the panic disorder, there are panics, that is, the different grammars used to talk about that to which this psychiatric classification is reduced today are plural and diversified.

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