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A tese de Heidegger para a origem de metafísica / Hedegger's thesis of the origin of metaphysics

Roberto Saraiva Kahlmeyer-Mertens 25 February 2011 (has links)
O tema da pesquisa é a tese de Heidegger para a origem do pensamento metafísico. O presente tema parte do pressuposto de que o filósofo alemão Martin Heidegger (1889-1976) entende que a metafísica esteja ligada a um modo de comportamento criador de hipostasias. O conceito de hipostasia denota o comportamento de tomar a consciência e os objetos como entes simplesmente dados, comportamento observado no cotidiano mais imediato e no pensamento filosófico tradicional (metafísico). Assumimos como problema a seguinte questão: como, segundo Heidegger, se origina o modelo teórico da metafísica?; como subproblema: como a metafísica se vê comprometida com o comportamento hipostasiante? A pesquisa possui os seguintes objetivos: a) determinar como o modelo teórico da metafísica se originaria desse comportamento hipostasiante; b) avaliar em que grau o modelo teórico da metafísica está comprometido por tal comportamento. Nosso trabalho atuará em caráter expositivo, com o método descritivo próprio à fenomenologia. Tem, primeiramente, a tarefa de apresentar os pressupostos que permitem a caracterização da referida tese enquanto tema; depois, define seus termos para, partindo desses, reconstituir seus argumentos. Essa reconstituição, por sua vez, só se realiza unindo os indícios deixados em documentos que testemunham o interesse do filósofo pelo tema e antecipam a formulação mais elaborada da tese em Ser e tempo (1927). (Isso delimita o campo da presente pesquisa entre alguns dos principais textos da produção do filósofo na década de 1920). Deste modo, reconstruir a tese heideggeriana sobre a origem da metafísica implica reconstituir o modo com o qual o comportamento hipostasiante atua na filosofia tradicional criando crises. Essa metodologia (exposição reconstrutiva) busca, portanto, explicitar o esforço de Heidegger por mostrar que a metafísica é resultado de uma série de descuidos (Versäumnis) que podem ser identificados no interior da história da filosofia. O tema e problema de nossa pesquisa se justificam por trabalharmos com a questão que desde cedo motivou as investigações heideggerianas acerca do sentido do ser, o que não só inaugurou o diálogo do filósofo com a tradição metafísica, quanto provocou desdobramentos e modulações integrantes da obra de Heidegger. E ainda, por, ao nos ocuparmos do tema da origem da metafísica, buscamos esclarecer como é possível que algo assim com a filosofia seja possível. / The research theme is Heidegger thesis of the origin of metaphysics. This theme assumes that the German philosopher Martin Heidegger (1889-1976) understands that metaphysics is connected to a mode of behavior creator of "hypostasis." The concept of hypostasis denotes a behavior that takes conscientiousness and objects as simply given, behavior observed in everydayness and thought in philosophical tradition (metaphysical). We assume the problem: how, according to Heidegger, does the theoretical model of metaphysics arise?, and the subproblem: how metaphysics is compromised by the hypostatic behavior? The research has the following objectives: a) determine how the theoretical model of metaphysics would be originated from this hypostatic behavior; b) assess to what extent the theoretical model of metaphysics is compromised by such behavior. Our work will make an exhibition of this theme with the descriptive method of phenomenology. The work has primarily the task of presenting the assumptions that allow the characterization of that argument as an issue; then to define its terms, leaving them to reconstruct its arguments. This reconstruction, in turn, can only be achieved by uniting clues, left in documents that testify to the philosopher's interest in the subject and anticipates the more elaborate formulation of the theory in Being and Time (1927). (This limits the field of this research of some of the key texts of the production of the philosopher in the 1920s). Thus, the reconstruction of the Heidegger's thesis about the origin of metaphysics involves reconstitution of the way in which the hypostatic behavior operates on the traditional philosophy creating crises. This methodology (reconstructive exposition) seeks to clarify Heidegger's effort to show that metaphysics is the result of a series of oversights (Versäumnis) identified in the history of philosophy. The theme and problem of our study is justified by the work with the issue that motivated the early research on the Heideggerian sense of being, which not only opened the dialogue of the philosopher with the metaphysical tradition, but also led to developments and modulations of members of Heidegger's work. And yet, for we turn to the issue of the origin of metaphysics we seek to clarify how it is possible that such a thing is possible with the philosophy.
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A tese de Heidegger para a origem de metafísica / Hedegger's thesis of the origin of metaphysics

Roberto Saraiva Kahlmeyer-Mertens 25 February 2011 (has links)
O tema da pesquisa é a tese de Heidegger para a origem do pensamento metafísico. O presente tema parte do pressuposto de que o filósofo alemão Martin Heidegger (1889-1976) entende que a metafísica esteja ligada a um modo de comportamento criador de hipostasias. O conceito de hipostasia denota o comportamento de tomar a consciência e os objetos como entes simplesmente dados, comportamento observado no cotidiano mais imediato e no pensamento filosófico tradicional (metafísico). Assumimos como problema a seguinte questão: como, segundo Heidegger, se origina o modelo teórico da metafísica?; como subproblema: como a metafísica se vê comprometida com o comportamento hipostasiante? A pesquisa possui os seguintes objetivos: a) determinar como o modelo teórico da metafísica se originaria desse comportamento hipostasiante; b) avaliar em que grau o modelo teórico da metafísica está comprometido por tal comportamento. Nosso trabalho atuará em caráter expositivo, com o método descritivo próprio à fenomenologia. Tem, primeiramente, a tarefa de apresentar os pressupostos que permitem a caracterização da referida tese enquanto tema; depois, define seus termos para, partindo desses, reconstituir seus argumentos. Essa reconstituição, por sua vez, só se realiza unindo os indícios deixados em documentos que testemunham o interesse do filósofo pelo tema e antecipam a formulação mais elaborada da tese em Ser e tempo (1927). (Isso delimita o campo da presente pesquisa entre alguns dos principais textos da produção do filósofo na década de 1920). Deste modo, reconstruir a tese heideggeriana sobre a origem da metafísica implica reconstituir o modo com o qual o comportamento hipostasiante atua na filosofia tradicional criando crises. Essa metodologia (exposição reconstrutiva) busca, portanto, explicitar o esforço de Heidegger por mostrar que a metafísica é resultado de uma série de descuidos (Versäumnis) que podem ser identificados no interior da história da filosofia. O tema e problema de nossa pesquisa se justificam por trabalharmos com a questão que desde cedo motivou as investigações heideggerianas acerca do sentido do ser, o que não só inaugurou o diálogo do filósofo com a tradição metafísica, quanto provocou desdobramentos e modulações integrantes da obra de Heidegger. E ainda, por, ao nos ocuparmos do tema da origem da metafísica, buscamos esclarecer como é possível que algo assim com a filosofia seja possível. / The research theme is Heidegger thesis of the origin of metaphysics. This theme assumes that the German philosopher Martin Heidegger (1889-1976) understands that metaphysics is connected to a mode of behavior creator of "hypostasis." The concept of hypostasis denotes a behavior that takes conscientiousness and objects as simply given, behavior observed in everydayness and thought in philosophical tradition (metaphysical). We assume the problem: how, according to Heidegger, does the theoretical model of metaphysics arise?, and the subproblem: how metaphysics is compromised by the hypostatic behavior? The research has the following objectives: a) determine how the theoretical model of metaphysics would be originated from this hypostatic behavior; b) assess to what extent the theoretical model of metaphysics is compromised by such behavior. Our work will make an exhibition of this theme with the descriptive method of phenomenology. The work has primarily the task of presenting the assumptions that allow the characterization of that argument as an issue; then to define its terms, leaving them to reconstruct its arguments. This reconstruction, in turn, can only be achieved by uniting clues, left in documents that testify to the philosopher's interest in the subject and anticipates the more elaborate formulation of the theory in Being and Time (1927). (This limits the field of this research of some of the key texts of the production of the philosopher in the 1920s). Thus, the reconstruction of the Heidegger's thesis about the origin of metaphysics involves reconstitution of the way in which the hypostatic behavior operates on the traditional philosophy creating crises. This methodology (reconstructive exposition) seeks to clarify Heidegger's effort to show that metaphysics is the result of a series of oversights (Versäumnis) identified in the history of philosophy. The theme and problem of our study is justified by the work with the issue that motivated the early research on the Heideggerian sense of being, which not only opened the dialogue of the philosopher with the metaphysical tradition, but also led to developments and modulations of members of Heidegger's work. And yet, for we turn to the issue of the origin of metaphysics we seek to clarify how it is possible that such a thing is possible with the philosophy.

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