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Uso do sistema de controle gerencial e desempenho: um estudo em empresas brasileiras sob a ótica da VBR (Visão Baseada em Recursos) / Use of the management control system and performance: a study in Brazilian companies RBV\'s perspectiveOyadomari, José Carlos Tiomatsu 05 December 2008 (has links)
Contabilidade Gerencial e a Estratégia têm em comum a questão do desempenho organizacional, a primeira tem como objetivo medir o desempenho, a segunda se preocupa em como as organizações podem obter desempenho por meio de vantagens competitivas. Uma abordagem utilizada pela Estratégia é a Visão Baseada em Recursos, nessa ótica, o desempenho é potencializado pelas competências organizacionais da empresa, mas, nessa busca pelas competências, as organizações utilizam-se do Sistema de Controle Gerencial - SCG. Dependendo de como o SCG é utilizado, diagnóstica ou interativamente, ou uma combinação dos ambos, este pode contribuir para o desenvolvimento das competências e balancear as Tensões Dinâmicas e, indiretamente, influenciar o desempenho organizacional. Fundamentado no modelo teórico de Henri (2006), o objetivo deste trabalho foi contribuir para o entendimento deste relacionamento nas 1.000 maiores empresas brasileiras, utilizando a técnica estatística multivariada Modelagem de Equações Estruturais com o método de estimação Partial Least Square PLS. Os resultados em um total de 104 empresas indicam que (i) não existem evidências de relacionamento negativo entre o Uso Diagnóstico e o desenvolvimento de competências organizacionais, sugerindo que, no Brasil, o Uso Diagnóstico pode ter um menor componente disfuncional, e também, que este pode ser visto como uma rotina organizacional necessária para manter a organização dentro de um caminho planejado, o que não é incompatível com o desenvolvimento das competências; (ii) não existem relacionamentos significativos positivos entre desenvolvimento de competências e desempenho econômico, medido pelo Retorno sobre Patrimônio Líquido, o que é coerente com o estudo de Henri (2006), sugerindo que devem existir outras variáveis não contempladas no modelo, ou ainda que o indicador RSPL possa não ser uma proxy adequada de desempenho nos anos de 2005 a 2007; (iii) existe relacionamento positivo entre o Uso Interativo e o desenvolvimento de competências, com exceção do Empreendedorismo, o que é consistente com os resultados de Henri (2006); (iv) existe relacionamento positivo entre as Tensões Dinâmicas e as competências, o que está em linha com Henri (2006) e valida a teoria de que as tensões são importantes para busca da eficácia organizacional; (v) Uso Diagnóstico e Uso Interativo do SCG influenciam positivamente as Tensões Dinâmicas, podendo configurar o SCG como um recurso complementar na ótica da VBR; (vi) quando o desempenho é medido por auto-avaliação, ocorre uma alteração nos resultados dos relacionamentos entre competências e desempenho, com as competências Aprendizagem Organizacional e Orientação para Mercado influenciando positivamente o desempenho, indicando que estas duas competências/orientações devem ser estimuladas pelo uso do SCG. Os resultados da pesquisa estão sujeitos a algumas limitações, a principal delas refere-se ao fato que as respostas refletem a percepção dos profissionais de controladoria e finanças das empresas e a análise dos dados também não considerou a estratificação por setores econômicos. Estas limitações ensejam futuras pesquisas, como a sua replicação utilizando outro perfil de respondente, a realização de estudos de casos em empresas com diferentes culturas e desempenhos, bem como estudos que aprofundem a dimensão uso com competências específicas e mesmos construtos oriundos de outros campos de conhecimento. / Managerial Accounting and the Strategy have in common the issue of organizational performance; the first has as the objective of performance measuring the second focuses on how the organizations can obtain performance through competitive advantages. An approach used by the Strategy is the Resource-Based View, through this point of view, the performance is maximized by the company organizational competences, but in this competences search, the organizations use the Management Control System - MCS. Depending on how the MCS is used diagnostically or interactively, or in a combination of both, this can contribute to the competences development and the dynamic tensions balance and indirectly, influence the organizational performance. Originated by the Henri (2006) theoretical model this study proposal is to contribute for this relationship understanding in the 1,000 Brazilian biggest companies, using the multivariate statistic technique Structural Equation Modeling with the estimation method Partial Least Square PLS. The result in a total of 104 companies indicates that (i) there are no evidences of negative relationship between the diagnostic use and the organizational competences development, suggesting that in Brazil, the diagnostic use can have a minor dysfunctional component, and also, that the diagnostic use can be seen as an organizational routine needed to maintain the organization in a planned path, which is not incompatible with the competences development ; (ii) there are no meaningful positive relationships between the competence development and the economical performance, measured by the Return on Equity, which is coherent with the Henri (2006), suggesting that there must be other variables not contemplated in the model, or even that the indicator ROE might not be an adequate proxy of development in the years of 2005-2007; (iii) there is a relationship between the interactive use and the development of competences, excepting the enterprising, which is consistent with Henri (2006) results; there is a positive relation between the dynamic tensions and the competences, which is aligned with Henri (2006) and validates the theory that the tensions are important for the search of the organizational effectiveness (v) diagnostic use and interactive use of the MCS have a positive influence on the dynamic tensions, being able to configure the MCS as an additional resource in the RBV framework ; (vi) when the development measurement is made by self-evaluation, there happens a results change of the relations between competences and performance, with the organizational learning competences and market orientation having a positive influence on the performance, indicating that this two competences/orientations must be stimulates by the MCS use. The research results have some limitation; the main one is that the answers reflect the perception of corporate controllers and finance managers The data analyses did not take in account the stratification by economical sector. These limitations enhance future researches, such as its reply using others professional profiles ; the use cases study methodology in companies with different cultural and performance profiles, and more accurate studies of the usage dimension of specific competences and the same construct deriving from other fields of knowledge.
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Uso do sistema de controle gerencial e desempenho: um estudo em empresas brasileiras sob a ótica da VBR (Visão Baseada em Recursos) / Use of the management control system and performance: a study in Brazilian companies RBV\'s perspectiveJosé Carlos Tiomatsu Oyadomari 05 December 2008 (has links)
Contabilidade Gerencial e a Estratégia têm em comum a questão do desempenho organizacional, a primeira tem como objetivo medir o desempenho, a segunda se preocupa em como as organizações podem obter desempenho por meio de vantagens competitivas. Uma abordagem utilizada pela Estratégia é a Visão Baseada em Recursos, nessa ótica, o desempenho é potencializado pelas competências organizacionais da empresa, mas, nessa busca pelas competências, as organizações utilizam-se do Sistema de Controle Gerencial - SCG. Dependendo de como o SCG é utilizado, diagnóstica ou interativamente, ou uma combinação dos ambos, este pode contribuir para o desenvolvimento das competências e balancear as Tensões Dinâmicas e, indiretamente, influenciar o desempenho organizacional. Fundamentado no modelo teórico de Henri (2006), o objetivo deste trabalho foi contribuir para o entendimento deste relacionamento nas 1.000 maiores empresas brasileiras, utilizando a técnica estatística multivariada Modelagem de Equações Estruturais com o método de estimação Partial Least Square PLS. Os resultados em um total de 104 empresas indicam que (i) não existem evidências de relacionamento negativo entre o Uso Diagnóstico e o desenvolvimento de competências organizacionais, sugerindo que, no Brasil, o Uso Diagnóstico pode ter um menor componente disfuncional, e também, que este pode ser visto como uma rotina organizacional necessária para manter a organização dentro de um caminho planejado, o que não é incompatível com o desenvolvimento das competências; (ii) não existem relacionamentos significativos positivos entre desenvolvimento de competências e desempenho econômico, medido pelo Retorno sobre Patrimônio Líquido, o que é coerente com o estudo de Henri (2006), sugerindo que devem existir outras variáveis não contempladas no modelo, ou ainda que o indicador RSPL possa não ser uma proxy adequada de desempenho nos anos de 2005 a 2007; (iii) existe relacionamento positivo entre o Uso Interativo e o desenvolvimento de competências, com exceção do Empreendedorismo, o que é consistente com os resultados de Henri (2006); (iv) existe relacionamento positivo entre as Tensões Dinâmicas e as competências, o que está em linha com Henri (2006) e valida a teoria de que as tensões são importantes para busca da eficácia organizacional; (v) Uso Diagnóstico e Uso Interativo do SCG influenciam positivamente as Tensões Dinâmicas, podendo configurar o SCG como um recurso complementar na ótica da VBR; (vi) quando o desempenho é medido por auto-avaliação, ocorre uma alteração nos resultados dos relacionamentos entre competências e desempenho, com as competências Aprendizagem Organizacional e Orientação para Mercado influenciando positivamente o desempenho, indicando que estas duas competências/orientações devem ser estimuladas pelo uso do SCG. Os resultados da pesquisa estão sujeitos a algumas limitações, a principal delas refere-se ao fato que as respostas refletem a percepção dos profissionais de controladoria e finanças das empresas e a análise dos dados também não considerou a estratificação por setores econômicos. Estas limitações ensejam futuras pesquisas, como a sua replicação utilizando outro perfil de respondente, a realização de estudos de casos em empresas com diferentes culturas e desempenhos, bem como estudos que aprofundem a dimensão uso com competências específicas e mesmos construtos oriundos de outros campos de conhecimento. / Managerial Accounting and the Strategy have in common the issue of organizational performance; the first has as the objective of performance measuring the second focuses on how the organizations can obtain performance through competitive advantages. An approach used by the Strategy is the Resource-Based View, through this point of view, the performance is maximized by the company organizational competences, but in this competences search, the organizations use the Management Control System - MCS. Depending on how the MCS is used diagnostically or interactively, or in a combination of both, this can contribute to the competences development and the dynamic tensions balance and indirectly, influence the organizational performance. Originated by the Henri (2006) theoretical model this study proposal is to contribute for this relationship understanding in the 1,000 Brazilian biggest companies, using the multivariate statistic technique Structural Equation Modeling with the estimation method Partial Least Square PLS. The result in a total of 104 companies indicates that (i) there are no evidences of negative relationship between the diagnostic use and the organizational competences development, suggesting that in Brazil, the diagnostic use can have a minor dysfunctional component, and also, that the diagnostic use can be seen as an organizational routine needed to maintain the organization in a planned path, which is not incompatible with the competences development ; (ii) there are no meaningful positive relationships between the competence development and the economical performance, measured by the Return on Equity, which is coherent with the Henri (2006), suggesting that there must be other variables not contemplated in the model, or even that the indicator ROE might not be an adequate proxy of development in the years of 2005-2007; (iii) there is a relationship between the interactive use and the development of competences, excepting the enterprising, which is consistent with Henri (2006) results; there is a positive relation between the dynamic tensions and the competences, which is aligned with Henri (2006) and validates the theory that the tensions are important for the search of the organizational effectiveness (v) diagnostic use and interactive use of the MCS have a positive influence on the dynamic tensions, being able to configure the MCS as an additional resource in the RBV framework ; (vi) when the development measurement is made by self-evaluation, there happens a results change of the relations between competences and performance, with the organizational learning competences and market orientation having a positive influence on the performance, indicating that this two competences/orientations must be stimulates by the MCS use. The research results have some limitation; the main one is that the answers reflect the perception of corporate controllers and finance managers The data analyses did not take in account the stratification by economical sector. These limitations enhance future researches, such as its reply using others professional profiles ; the use cases study methodology in companies with different cultural and performance profiles, and more accurate studies of the usage dimension of specific competences and the same construct deriving from other fields of knowledge.
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Uso dos relatórios gerenciais por gerentes de varejo de rede multinacionalViana, Paulo Henrique Lopes 09 June 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-06-09 / This paper investigated the associations between the usage of management reports for managers of business units from a retail company, the effectiveness of decisions and performance. To do this, we adopted the Mahama and Cheng (2013) model to measure the perceived benefits on usage of management reports, Widener (2007) to measure the intensity of usage of reports and cost of attention, and Baum and Wally (2003) to measuring the speed of decisions. We have also performed a quantitative analysis of the data obtained by combining survey data with historical data of the company. The results showed that there is a positive and significant statistical relationship between the perceived benefit of management reports and the intensity of their usage and the intensity of usage is positively associated with taking a more rapid, efficient and comprehensive decision. Moreover, most decision speed is related to improved financial performance and greater coverage of the decision is negatively associated with non-financial and financial performance. The main limitation of this study lies in the fact that the survey reflects the reality of a particular organization, so any generalizations should be avoided. Moreover, the results suggest that the company should invest in spreading the benefits of the use of management reports as a way to improve organizational performance. / Esta pesquisa estudou as associações entre o uso dos relatórios gerenciais por gestores das unidades de negócios de uma rede varejista, a eficácia das decisões e o desempenho. Para tanto, adotou-se o modelo Mahama e Cheng (2013) para se medir a percepção de benefícios do uso dos relatórios gerenciais, Widener (2007) para se medir a intensidade do uso dos relatórios e custo da atenção, e Baum e Wally (2003) para se medir a velocidade das decisões. Realizou-se também uma análise de dados quantitativa, combinando dados obtidos por survey com dados históricos da empresa. Os resultados apontaram que há uma relação estatística positiva e significante entre a percepção de benefício dos relatórios gerenciais e a intensidade de seu uso e que a intensidade de uso está positivamente associada a uma tomada de decisão mais veloz, eficiente e abrangente. Ademais, a maior velocidade de decisão está relacionada a melhores desempenhos financeiros e a maior abrangência da decisão está negativamente associada ao desempenho não financeiro e financeiro. A principal limitação do trabalho repousa no fato de que a pesquisa reflete a realidade de uma organização específica, portanto deve ser evitada qualquer generalização. Por outro lado, os resultados sugerem que a empresa deve investir na divulgação dos benefícios do uso dos relatórios gerenciais como forma de melhorar o desempenho organizacional.
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