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Discurso da criatividade: lógicas de produção, convocações para o consumo e gestão de si / Creativity discourse: logic of production, consumption and calls for self managementOliveira, Adriana Lima de 28 March 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-03-28 / This paper aims to make a discourse analysis of creativity and its call for strategies both for the consumer and the management of himself intensely present in communicational processes of the
contemporary society. Considering the changes in the political and economic scenario of mature capitalism and the consequent intensification of relations and exchanges in a market which appears
increasingly flexible and fluid, the discourses of creativity and its visibility systems can be understood as biopolitical calls? Based on this questioning, we have investigated how the logicof these discourses is produced in a context that promotes creativity as an economic and social asset, for we have hypothesized that the economic discourse [expressible], classifies and represents creativity [object] and the creative person [subject] throgh whom this discourse is materialized on the market [visible] under a neoliberal perspective. So from this new status [being creative], the subject is able to find new ways of grouping, now has a creative [qualified]capital [knowledge]. To do so, we have elected government discourse as an example for this analysis and theoretical affiliation from the concepts of discourse and biopolitics proposed by Michel Foucault, linked to communication studies and consumption. Faced with this project, three analytical lenses have been mobilized: discourse, the device and governmentality. Presently, capitalism, which places 'knowledge' in the center of the production process, people with ideas [people who own ideas] are considered to be more powerful than those operating machines, and in many cases even more than those who have machines. But that does not mean all are included. Such an ideal creative society, in which in which hierarchy was gone and everyone was able to cooperate, must be questioned once it would envolve all meanings for inclusion as something because it takes the sense of the term inclusion as something hegemonic, universal and unproblematic. / O presente trabalho traz uma análise do discurso da criatividade e suas estratégias de convocação para o consumo e para a gestão de si presentes de modo intenso nos processos comunicacionais da
sociedade contemporânea. Considerando as transformações no cenário político e econômico do capitalismo maduro e a consequente intensificação das relações e trocas em um mercado que se mostra cada vez mais flexível e líquido, os discursos da criatividade e seus regimes de visibilidade podem ser entendidos como convocações biopolíticas? Com base neste questionamento, investigamos como se dá a lógica de produção desses discursos em um contexto em que se promove a criatividade como ativo econômico e social, pois temos como hipótese que o discurso econômico [enunciável], classifica e traduz a criatividade [objeto] e o criativo [sujeito] que se materializa no mercado [visível] sob a perspectiva neoliberal. Assim, a partir desse novo status [ser criativo], o sujeito está apto a buscar novas formas de agrupamento, passa a ter um capital [conhecimento] criativo [qualificado]. Para tanto, elegemos o discurso governamental como exemplar para esta análise e uma filiação teórica a partir dos conceitos de discurso e biopolítica propostos por Michel Foucault, articulados aos estudos de comunicação e consumo. Diante de tal empreendimento, três lentes de análise foram mobilizadas nesta trajetória: o discurso, o dispositivo e a governamentalidade. No atual estágio do capitalismo que coloca o saber no centro do processo produtivo, as pessoas com ideias [pessoas que detêm ideias] apresentam-se mais poderosas do que aquelas que operam máquinas e, em muitos casos, até do que aquelas que possuem máquinas. Mas isso não significa todos incluídos. Há de se questionar esse ideal de sociedade criativa na qual a hierarquia teria desaparecido e todos estão aptos a colaborar, uma vez que toma os sentidos do termo inclusão como algo hegemônico, universal e não problemático.
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