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Geologia, petrologia e geoquímica do Ortognaisse Maravilha, domínio Pernambuco-AlagoasDÁTTOLI, Luan Cavalcante 28 March 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-03-28 / CNPq / O Ortognaisse Maravilha consiste em uma intrusão polideformada, aflorante em uma área de 200 km², presente no Domínio Pernambuco-Alagoas, porção sul da Província Borborema. Possui composição tonalítica, de textura fanerítica a porfirítica, fraco a fortemente foliado, e composição modal com variadas quantidades de plagiclásio, biotita, anfibólio, quartzo e microclina, além de epídoto magmático, titanita, allanita, apatita e zircão como acessórios. Enxames de enclaves máficos e dioríticos são observados frequentemente. Sua deformação dúctil é resultante de dois eventos, D₂ e D₃, ambos de carácter transpressional, sendo D2 atuante durante a colocação do protólito. As biotitas presentes possuem composição entre eastonita e siderofilita, e os anfibólios são pargasitas e ferro-pargasitas. São quimicamente metaluminosos, magnesianos e cálcio-alcalino de médio a alto-K. Estimativas geotermobarométricas indicam pressão de cristalização do plúton variando de 6,0 a 7,3 Kbar, a uma temperatura entre 706° a 784,6 °C. Possui enriquecimento em HFSE, com aranhogramas caracterizados por anomalias negativas de Nb, Ta, P e Ti, e ETR, mostrando fracionamento moderado e anomalia de Eu pouco significativa. Análises isotópicas U-Pb em zircões por SRHIMP indicam idade de cristalização do protólito de 646 ± 5 Ma, além de 983 ± 7 Ma para o protólito do embasamento ortognáissico migmatítico. Os dados isotópicos Sm-Nd (εNd= -15,8; Tᴅᴍ=2,2 Ga) sugerem significativo componente crustal paleoproterozoico em sua formação, além de caráter não juvenil. A sua formação sucedeu em um evento sin-tectônico na porção centro-oeste do Domínio Pernambuco-Alagoas. A integração de dados sugere três possíveis modelos de formação para o OM: fusão da crosta inferior paleoproterozoica ou fusão de um manto litosférico metassomatizado em eventos orogenéticos no Paleoproterozoico. / The Ipubi Formation corresponds to the lithostratigraphic unit of Santana Group
The Maravilha Ortogneiss (MO) consists in a polideformed intrusion, which crops out in 200 km² of area in the Pernambuco-Alagoas Domain, southern part of the Borborema Province. It displays tonalitic composition, with fanerític to phorfiritic, isotropic to strogly foliated, along with modal composition possessing different amounts of plagioclase, biotite, amphibole, quartz and microcline. The accessories minerals are magmatic epidote, titanite, allanite and apatite and zircon. The MO is marked by swarms of mafic and dioritic enclaves. It was affected by two main ductil deformational events: D₂, the moment of MO emplacement, and D₃, both of them with sinistral transpressional kinematic. The biotites have chemical between eastonites and siderofilites. The amphiboles are pargasites and ferro-pargasites. Geothermobarometric estimates indicate pluton crystallization pressure of 6.0 to 7.3 Kbar at a temperature between 706° and 784.6 C°. It has enrichment in HFSE, possessing negative anomalies of Nb, Ta, P and Ti, and ETR values showing moderate fractionation and no significant Eu anomaly. U-Pb isotopic analyzes in zircons by SRHIMP indicate the age of crystallization of the protolith of 646 ± 5.1 Ma, besides 983 ± 7 Ma for the protolith of the migmatitic orthogneiss basement. It presents an isotopic signature (εNd = -15.8; Tᴅᴍ = 2.22 Ga), which suggests a significant Paleoproterozoic crustal component in its formation, besides non-juvenile character. The MO formation happened in a sin-tectonic event in the center-west portion of the Pernambuco-Alagoas Domain. The integration of data suggests three possible training models for MO: melting of lower paleoproterozoic crust or melting of a metassomatized lithospheric mantle in orogenic events in the Paleoproterozoic.
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Geoquímica e Contexto Tectônico de Leucogranitos Peraluminosos do Batólito Bonito-Gameleira, Domínio Pernambuco-Alagoas, Província Borborema, NE do BrasilGOMES, Hermanilton Azevedo January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / A área de estudo desta tese está situada a leste/sudeste do estado de
Pernambuco, abrangendo uma região com cerca de 4.000 Km2, que se extende por
vários municípios do agreste e zona da mata; desde Caruaru, Agrestina e Cupira no
oeste até Gravatá, Chã Grande, Ribeirão e Gameleira, no leste. Na região
pesquisada ocorrem rochas metamórficas Paleoproterozóicas e Mesoproterozóicas
encaixando rochas granitóides Neoproterozóicas que constituem um amplo batólito
com cerca de 2.500 Km2.
Foram realizadas atividades de mapeamento geológico com a confecção do
um Mapa Geológico na escala 1:100.000 (Anexo IV), bem como estudos
petrográficos, litoquímicos, de química mineral e de geoquímica isotópica. Os
resultados destes estudos estão sumarizados: no Quadro 1.1 (Síntese dos trabalhos
executados), na Figura 3.1 (Mapa geológico simplificado), na Tabela 6.2 (Resultados
das análises químicas efetuadas), na Tabela 8.2 (Síntese das litologias e dos dados
isotópicos); a Figura 9.1 (Contexto geológico-estrutural da área estudada) fornece
uma visão tectônica-estrutural da área de estudo. No final estão os Anexos I e II
(Descrições dos afloramentos estudados e das análises petrográficas), III (Análises e
cálculos de química mineral), além do Anexo IV (Mapa Geológico).
A área de pesquisa é delimita ao norte pelo Lineamento Pernambuco do qual
sofre forte influência tectono-estrutural. Foram mapeadas várias zonas de
cisalhamento transcorrentes secundárias, com direção NE-SW e geralmente
sinistrais, sendo algumas dextrais devido a esforços compensatórios. Ocorrem
também falhas rúpteis e fraturas relacionadas à fase final de acomodação e alívio de
tensões. Os estudos litológicos de lâminas delgadas mostraram texturas e extruturas
petrográficas indicativas de que os plútons de leucogranitos a duas-micas foram
formados em ambiência de uma tectônica rúptil-dúctil, e de profundidade
intermediária. Os alojamentos destes plútons foram controlados pelas várias zonas
de cisalhamento que definem o atual arcabouço estrutural da área de estudo.
A mega-suite granítica delimitada na área, foi estudada com maior detalhe,
tendo recebido a denominação de Batólito Bonito-Gameleira; o qual apresenta-se
constituído por dois distintos grupos de rochas, o primeiro compreende Hbl-bt
Granitos porfiríticos e Biotita-Granitos a granodioritos grossos com fácies
microporfiríticos; o segundo grupo compreende Leucogranitos peraluminosos,
constituído principalmente pelos Leucogranitos a duas-micas que são representados
por vários plútons e alguns stocks, distribuídos preferencialmente em torno do
batólito, e por um único plúton de Bt-Leucogranito, situado ao norte do pluton Chã
Grande. Algumas janelas tectônicas e/ou megaxenólitos de Ortognaisses ocorrem
no âmbito do Batólito Bonito-Gameleira; por vezes ocorrem também xenólitos de
granito porfirítico em plútons de Leucogranitos a duas-micas.
Os diagramas de elementos maiores de amostras dos plútons de
Leucogranitos a duas-micas, segundo as diferentes combinações dos vários autores,
clasificaram os mesmos como rochas cálcicas, sub-alcalinas, cálcio-alcalinas e
peraluminosas. Observa-se semelhança nos padrões de distribuição dos elementos
menores nas amostras dos vários plútons de leucogranitos a duas-micas estudados.
Ocorrem altos valores nos elementos relacionados a magmas félsicos (Rb, Th, U, La, Nd e Y), e anomalias negativas de Ba, Nb e Sr. Amostras de granitos porfiríticos
mostram que os mesmos semelhantemente aos leucogranitos a duas-micas
apresentam valores relativamente baixos de Ba, Nb, Sr, e Ti, o que pode indicar
magmatismo no interior de placa continental.
Análises de leucogranitos dos plútons apresentam fracionamento, com
elevados valores de Terras Raras Leves (ETRL), e baixos de Terras Raras Pesados
(ETRP), sendo observado a provável interação de granada e plagioclásio na rocha
fonte. Resultados obtidos de ortognaisses mostraram o mesmo padrão de terras
raras dos leucogranitos a duas-micas, com anomalias negativas de európio,
indicando uma possível participação de ortognaisses nos magmas parentais dos
leucogranitos a duas-micas.
O estudo da química mineral das biotitas permitiu estimar a natureza dos
magmas que deram origem aos plútons Batateira-Alto Bonito, Chã Grande e
Gameleira, bem como seus possíveis ambientes tectônicos de formação; as biotitas
cairam no campo das séries graníticas peraluminosas (colisionais e do tipo S),
formadas em ambientes tectônicos compressionais. Os K-feldspatos dos plútons
Gameleira e Chã Grande são ortoclásios, sem zonação da borda para o núcleo,
sugerindo processos de cristalização em equilíbrio na origem destes plútons. Os Kfeldspatos
de Batateira-Alto Bonito mostram zonação núcleo-borda, sugerindo reequilíbrio
com diminuição da temperatura durante a ascensão do plúton.
Foram realizados estudos de isótopos radiogênicos (Rb-Sr e Sm-Nd) e
análises de isótopos estáveis (δO18), em amostras de rochas pertencentes ao plúton
Batateira e em amostras híbridas das bordas do mesmo plúton; em amostras do
stock de leucogranito situado a NW da cidade de Bonito e ainda em quatro amostras
de granitóides porfiríticos. Os resultados das análises de Rb-Sr mostram que a
maioria das rochas analisadas exibem valores de ЄSr iniciais positivos, sugerindo
componente crustal. Os valores obtidos para o δO18 do magma calculados pelo
método de Valley et al. (1994), mostrou valores para os plútons de leucogranitos a
duas-micas geralmente menores que 9 , condizentes com os granitos tipo-S no
protólito das mesmas, exceto algumas amostras com valores superiores indicando
contaminação crustal.
Levando-se em consideração o modelo de orógeno intracontinental proposto
por Neves (2000) e Mariano et al. (2001) para a Província Borborema; verifica-se
que as diferentes assinaturas isotópicas dos leucogranitos a duas-micas podem
indicar que os reservatórios isotópicos de cada tipo granítico seja diferente; os
protólitos originais estariam situados a diferentes profundidades de uma crosta
continental zonada. Por outro lado examinando o modelo de terrenos tectonoestratigráficos
distintos (Santos, 1996, 1998, 2001); apresentamos uma possível
explicação para esta diversidade isotópica na área de pesquisa na geração dos
diversos tipos de leucogranitos a duas-micas, como seja os mesmos teriam sido
gerados em diferentes níveis de profundidade da crosta intermediária durante o
ápice da colisão Brasiliana. Em um plúton como o de Batateira, os diferentes pulsos
que contribuíram para sua evolução foram gerados em diferentes profundidades e
podem ter incorporado materiais retrabalhados nos ciclos orogenéticos anteriores
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