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A punição física de crianças com deficiência mental no ambiente doméstico

Alexandre, Paulo Pinto 19 February 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-03-15T19:40:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Paulo PInto Alexandre.pdf: 1030241 bytes, checksum: 18010072fccf3b2d385e15ec0f34258e (MD5) Previous issue date: 2008-02-19 / Fundo Mackenzie de Pesquisa / The objectives of this study were: 1) describes the severe physical punishment and non-severe physical punishment against the children from the age of 0 to 12 years old with clinical diagnosis of mental deficiency in the family environment, in the last 12 months; 2) investigate whether these children's parents suffered any type of severe or non-severe physical punishment in their childhood and adolescence; and 3) whether the parent s severe or nonsevere physical punishment has any association with the physical punishment that they now practice against their children. Based on a traverse-cut study, a sample of 132 families was analyzed and the information given by the children's parents. These children attend a rehabilitation clinic of a private institution in the boundaries of São Paulo city ou in the metropolitan area o São Paulo, in the State of São Paulo. The definition of serious evere physical punishment and non-severe physical punishment against children was accomplished starting from the Brazilian pilot study of the World Studies of Abuse in Family Environments. The definition of severe physical punishment and non-severe physical punishment against the parents was accomplished using the survey questionnaire made by Drª Viviane Nogueira Guerra, researcher of the Child's Laboratory (LACRI) of the Institute of Psychology of USP/SP. The structured questionnaires were applied by trained interviewers. The physical punishment among children with mental deficiency of this sample was frequent: 12,1% had suffered severe physical punishment and 60,6% non- severe physical punishment. The boys tend to be hit more than the girls (OR = 2,1, p = 0,08). Besides, the children of the s who were victims of punishment in their childhood or adolescence have bigger chances to be punished physically than the children of the parents who had not been victims of punishment (OR=1,2; p=0,01). The frequency of physical punishment among children with mental deficiency seems to be as high as among children without deficiency and the transgeracionality becomes clear in this study. Therefore, preventions are necessary. This is to minimize the effects of the physical punishment against the children with deficiency and avoid its repetition, once the rates in this study are high. / Esta pesquisa descreve a punição física grave e não grave contra a criança de 0 a 12 anos de idade com diagnóstico clínico de deficiência mental no ambiente doméstico nos últimos 12 meses. Além disso, serão investigados se os pais destas crianças sofreram algum tipo de punição física grave e não grave em sua infância e adolescência e se isto tem alguma associação com a punição física que pratica atualmente contra seu filho. Com base em um estudo de corte transversal, foi analisada uma amostra de 132 famílias sendo a informação prestada pelos pais das crianças. As crianças da amostra são freqüentadoras de uma clínica de reabilitação de uma instituição privada do Grande ABC, Estado de São Paulo. A definição de punição física grave e não grave contra a criança foi realizada a partir do estudo piloto brasileiro do World Studies of Abuse in Family Enviroments. A definição de punição física grave e não grave contra os informantes foi realizada a partir do questionário de sondagem de autoria da Drª Viviane Nogueira Guerra, pesquisadora do Laboratório da Criança (LACRI) do Instituto de Psicologia da USP/SP. Os questionários estruturados foram aplicados por entrevistadores treinados. A punição física entre criança com deficiência mental desta amostra foi freqüente: 12,1% haviam sofrido punição física grave e 60,6% punição física não grave. Mostrou-se que os meninos tendem a apanhar mais que as meninas (OR = 2,1, p = 0,08). Além disso, filhos de informantes vítimas de punição na infância ou adolescência têm maiores chances de serem punidos fisicamente que filhos de informantes que não haviam sido vítimas de punição (OR=1,2; p=0,01). A freqüência da punição física entre crianças com deficiência mental parece ser tão alta quanto entre crianças sem deficiência e a transgeracionalidade fica clara neste estudo. Assim, fica evidente a necessidade de prevenções para remediar os efeitos da punição física contra a criança com deficiência e evitar a sua repetição, pois as taxas encontradas por esse estudo são altas.

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