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Filosofia, exercícios espirituais e formação do homem na antiguidade / Philosophy, spiritual exercises and formation of man in antiquityBarcelos, Simone de Magalhães Vieira 30 November 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-11-30 / Este estudo insere-se na Linha de Pesquisa Fundamentos da Educação e Processos
Educativos do Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal de Goiás.
Por reconhecer que os homens são contingentes, imperfeitos e mutáveis, a Antiguidade
clássica criou um movimento espiritual de busca da excelência humana, de confirmação da
humanidade do homem. Essa tese se propõe a investigar a dimensão formativa da tradição da
Antiguidade clássica, à luz da contribuição de obras de alguns autores e de estudiosos dessa
cultura e, ao fazê-lo, pensar a relação entre a filosofia e a formação, os estudos de Pierre
Hadot sobre a filosofia antiga como maneira de viver e exercício espiritual. Esses trabalhos,
que abriram novos horizontes e caminhos de investigação, sem dúvida pressupõem, ampliam
e aprofundam determinados conceitos e compreensão da existência humana, da filosofia, da
educação e da formação como paideía. Compreender a origem, o desenvolvimento e a
realização da filosofia na Antiguidade como forma de pensar, que se dedica à busca da
verdade das coisas humanas e divinas, à compreensão da natureza do homem, de seu destino e
finalidade, constitui a centralidade de nossos esforços. A filosofia e a formação são
fenômenos distintos, mas indissociáveis no movimento de sua realização. Ao mostrar que a
filosofia é maneira de viver, Pierre Hadot estuda os exercícios espirituais como um modo de
realização da formação do homem, de sua transformação interior com vistas na excelência
moral. Em sua esteira reconhecemos as figuras do sábio, de Sócrates e do imperador romano
Marco Aurélio como fundamentais no movimento de elevação espiritual e de atenção a si
mesmo. Estudamos o sentido e a importância dos exercícios espirituais na mobilização das
capacidades que, inerentes à natureza da alma, fazem com que o homem, no sentido de
ánthropos, em grego, e homo, em latim, possa alcançar a consciência de si e dedicar-se à
confirmação de sua humanidade. Procuramos mostrar que o pensamento dos gregos e latinos
da Antiguidade se constitui num longo e rigoroso trabalho intelectual, autêntico exercício
espiritual, expressivo de uma intenção educativa que se revela no agir, no movimento de
tornar-se humano, de fazer-se homem. / Este estudo insere-se na Linha de Pesquisa Fundamentos da Educação e Processos
Educativos do Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal de Goiás.
Por reconhecer que os homens são contingentes, imperfeitos e mutáveis, a Antiguidade
clássica criou um movimento espiritual de busca da excelência humana, de confirmação da
humanidade do homem. Essa tese se propõe a investigar a dimensão formativa da tradição da
Antiguidade clássica, à luz da contribuição de obras de alguns autores e de estudiosos dessa
cultura e, ao fazê-lo, pensar a relação entre a filosofia e a formação, os estudos de Pierre
Hadot sobre a filosofia antiga como maneira de viver e exercício espiritual. Esses trabalhos,
que abriram novos horizontes e caminhos de investigação, sem dúvida pressupõem, ampliam
e aprofundam determinados conceitos e compreensão da existência humana, da filosofia, da
educação e da formação como paideía. Compreender a origem, o desenvolvimento e a
realização da filosofia na Antiguidade como forma de pensar, que se dedica à busca da
verdade das coisas humanas e divinas, à compreensão da natureza do homem, de seu destino e
finalidade, constitui a centralidade de nossos esforços. A filosofia e a formação são
fenômenos distintos, mas indissociáveis no movimento de sua realização. Ao mostrar que a
filosofia é maneira de viver, Pierre Hadot estuda os exercícios espirituais como um modo de
realização da formação do homem, de sua transformação interior com vistas na excelência
moral. Em sua esteira reconhecemos as figuras do sábio, de Sócrates e do imperador romano
Marco Aurélio como fundamentais no movimento de elevação espiritual e de atenção a si
mesmo. Estudamos o sentido e a importância dos exercícios espirituais na mobilização das
capacidades que, inerentes à natureza da alma, fazem com que o homem, no sentido de
ánthropos, em grego, e homo, em latim, possa alcançar a consciência de si e dedicar-se à
confirmação de sua humanidade. Procuramos mostrar que o pensamento dos gregos e latinos
da Antiguidade se constitui num longo e rigoroso trabalho intelectual, autêntico exercício
espiritual, expressivo de uma intenção educativa que se revela no agir, no movimento de
tornar-se humano, de fazer-se homem.
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