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Avaliação neuropsicológica de crianças com epilepsia rolândica = funções executivas / Neuropsychological assessment of children with rolandic epilepsy : executive functionsNeri, Marina Liberalesso, 1980- 19 August 2018 (has links)
Orientadores: Marilisa Mantovani Guerreiro, Catarina Abrão Guimarães / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-19T22:11:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: A epilepsia benigna da infância com pontas centrotemporais (EBIPCT) ou rolândica (ER) é a forma mais freqüente de epilepsia na infância e é classificada como sendo focal, genética e de evolução benigna. Apesar de não haver déficit intelectual, essas crianças podem apresentar alterações cognitivas específicas. O presente estudo teve como objetivos: identificar e descrever alterações de funções executivas em crianças com ER e verificar a influência de variáveis clínicas da epilepsia nas funções executivas. Os participantes foram submetidos à aplicação de testes de funções executivas. Foram incluídas crianças com diagnóstico clínico e eletroencefalográfico de ER. A maioria dos pacientes estava controlada e muitos deles encontravam-se sem medicação. Os resultados obtidos foram comparados com os de um grupo de crianças de um grupo-controle (GC) constituído de indivíduos normais, com idade e nível sócio-educacional semelhantes ao das crianças com epilepsia. Os dados coletados nos dois grupos foram analisados e comparados através dos testes estatísticos: Mann-Whitney, teste Qui-quadrado e teste Exato de Fisher. Os resultados mostraram que quanto aos dados numéricos crianças com ER obtiveram pior desempenho em cinco das seis categorias consideradas do Wisconsin Card Sorting Test (WCST): nº de erros, nº de erros perseverativos, nº de respostas perseverativas, nº de categorias completadas e nº de fracassos em manter o set. Considerando-se resultados categóricos crianças com ER obtiveram pior desempenho no Trail Making Test (TMT) parte B, no Teste de fluência verbal FAS e em três categorias do WCST: nº de erros, nº de erros perseverativos e nº de respostas perseverativas. Em relação à variável idade de início da epilepsia, crianças com início mais precoce apresentaram pior desempenho em um dos instrumentos utilizados quando comparadas com crianças com início mais tardio da epilepsia; em relação às demais variáveis da epilepsia, não foi possível qualquer tipo de análise; quanto às variáveis das crises, não houve diferença nos resultados obtidos pelos pacientes divididos em grupos. Diante desses resultados concluímos que: as crianças com ER apresentaram déficit em funções executivas quando comparadas com o grupo-controle; a bateria utilizada mostrou-se adequada para detecção das disfunções apresentadas pelas crianças com ER; em relação à variável da epilepsia idade de início, crianças com início mais precoce apresentaram pior desempenho do que crianças com início mais tardio da epilepsia; em relação às demais variáveis da epilepsia e às variáveis das crises, não houve diferença entre os dois grupos. Assim, nosso estudo segue a linha de raciocínio de que o termo benigno deve ser usado com cautela uma vez que nossos pacientes apresentaram déficits neuropsicológicos em funções executivas, independentemente da fase ativa da epilepsia e do uso de medicações / Abstract: The benign childhood epilepsy with centrotemporal spikes (EBIPCT) or rolandic epilepsy (RE) is the most common type of childhood epilepsy and is considered to be a focal, genetic and benign epilepsy. Although there is no intellectual deficit, these children may have specific cognitive impairments. This study aimed: to identify and describe changes in executive functions in children with RE and to verify the influence of clinical variables of epilepsy in executive functions. Participants were evaluated with tests to assess executive functions. We included children with clinical and EEG features of RE. Most patients were controlled and several were without medication. The results were compared with those of a control group (CG) comprised of normal subjects with age and socioeconomic level similar to that of the RE group. The data collected from both groups were analyzed and compared using statistical tests: Mann-Whitney, Chi-square and Fisher exact tests. The results showed that concerning the numerical data, children with RE had the worst performance in five of the six categories of the WCST: number of errors, number of perseverative errors, number of perseverative answers, number of completed categories and number of failures to maintain the set. Considering categorical results, children with RE had worse performance in Trail Making Test part B, Verbal fluency test FAS and three categories of the WCST: number of errors, number of perseverative errors and number of perseverative answers. Concerning the variable age of onset of epilepsy, children with earlier onset of epilepsy had a worse performance in one of the tools when compared with children with later onset of epilepsy; the other variables of epilepsy did not allow any analysis; considering seizure variables, there was no difference between the two groups. We conclude that: children with RE showed deficits in executive functions when compared with the control group; the set of tests was adequate to detect the dysfunctions presented by children with RE; in relation to the variable age of onset of epilepsy, children with earlier onset had a worse performance than children with later onset of epilepsy; concerning other epilepsy and seizure variables, there was no difference between the two groups. Thus, our study is in keeping with the idea that the term benign should be cautiously used since our patients had neuropsychological deficits in executive functions regardless of the active phase of epilepsy and the use of medications / Doutorado / Ciencias Biomedicas / Doutor em Ciências Médicas
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