Este trabalho propõe a leitura do livro Rosácea (1986), de Orides Fontela, com o intuito de verificar seu caráter heterogêneo. A obra em questão é composta por cinco blocos bem definidos como se vê pela nomeação das partes, a saber, Novos, Lúdicos, Bucólicos, Mitológicos e Antigos. Muito embora a poeta justifique que se trata de um livro organizado às pressas, observamos que a multiplicidade temática e temporal dos poemas forma uma espécie de panorama de sua obra. A fim de refletir sobre esse assunto, apresentaremos os aspectos formais do livro. Em seguida, lançaremos nosso olhar para os poemas que tematizam a consciência dos impasses de sua produção poética. Propomos também a leitura de outro grupo de textos que apontam para uma tentativa de inflexão por meio do uso da ironia através da paródia de lugares comuns. Em meio a tais discussões, recuperaremos o conceito de sublime na tradição filosófica, com o intuito de verificar se tal noção pode ser aplicada à poesia oridiana, conforme defende boa parte de sua fortuna crítica. / In the present work I shall analyze Rosácea (1986), by Orides Fontela, in order to verify its heterogeneous aspect. This book is composed by five well-defined sections, as we can see in the way they are named after, namely, Novos, Lúdicos, Bucólicos, Mitológicos and Antigos. Even though Orides Fontela justifies the structure by stating that the book was organized in a rush, we can observe that its thematic and temporal multiplicity creates some sort of panorama of her body of work. With the aim of reflecting on that matter, I must introduce the formal aspects of the book. Then, I will present a selection of poems that thematize the consciousness towards the impasses of her poetic production. I also will introduce another group of poems that indicates an inflection attempt through the use of the irony as they parody some commonplaces. Amidst those discussions, I shall the philosophical concepto of the sublime should be recovered in order to verify if it can be applied to poetry of Orides Fontela, as defend great part of her critical fortune.

Este trabalho propõe a leitura do livro Rosácea (1986), de Orides Fontela, com o intuito de verificar seu caráter heterogêneo. A obra em questão é composta por cinco blocos bem definidos como se vê pela nomeação das partes, a saber, Novos, Lúdicos, Bucólicos, Mitológicos e Antigos. Muito embora a poeta justifique que se trata de um livro organizado às pressas, observamos que a multiplicidade temática e temporal dos poemas forma uma espécie de panorama de sua obra. A fim de refletir sobre esse assunto, apresentaremos os aspectos formais do livro. Em seguida, lançaremos nosso olhar para os poemas que tematizam a consciência dos impasses de sua produção poética. Propomos também a leitura de outro grupo de textos que apontam para uma tentativa de inflexão por meio do uso da ironia através da paródia de lugares comuns. Em meio a tais discussões, recuperaremos o conceito de sublime na tradição filosófica, com o intuito de verificar se tal noção pode ser aplicada à poesia oridiana, conforme defende boa parte de sua fortuna crítica. / In the present work I shall analyze Rosácea (1986), by Orides Fontela, in order to verify its heterogeneous aspect. This book is composed by five well-defined sections, as we can see in the way they are named after, namely, Novos, Lúdicos, Bucólicos, Mitológicos and Antigos. Even though Orides Fontela justifies the structure by stating that the book was organized in a rush, we can observe that its thematic and temporal multiplicity creates some sort of panorama of her body of work. With the aim of reflecting on that matter, I must introduce the formal aspects of the book. Then, I will present a selection of poems that thematize the consciousness towards the impasses of her poetic production. I also will introduce another group of poems that indicates an inflection attempt through the use of the irony as they parody some commonplaces. Amidst those discussions, I shall the philosophical concepto of the sublime should be recovered in order to verify if it can be applied to poetry of Orides Fontela, as defend great part of her critical fortune.

L’errance est thématiquement présente dans le théâtre irlandais du début du XXe siècle. Le personnage errant est tout d’abord un moyen pour le dramaturge d’explorer et de dénoncer la perte ressentie par le peuple irlandais. Les vagabonds mis en scène expriment également le questionnement métaphysique de l’homme sur terre. Dans la Seconde moitié du siècle, l’errance infiltre la structure de la pièce, qu’il s’agisse de pièces irlandaises ou anglaises. Elle demeure, à travers le siècle, un thème de prédilection pour explorer les traumatismes, qu’ils soient économiques, politiques ou éthiques. La crise de valeurs du XXe siècle trouve écho sur des scènes théâtrales qui n’ont de cesse de questionner les certitudes, et qui mettent au jour la « déroute » du sens. L’ampleur et l’évolution de l’errance, à la fois thématique et structurelle, à travers des œuvres dramatiques étalées sur tout le XXe siècle, permettent de confirmer l’existence d’une dramaturgie de l’errance. Forte d’un siècle de remise en cause des certitudes, celle-ci se dessine à travers de nombreux exemples tirés des scènes anglaises et irlandaises du XXe siècle. / Thematically speaking, wandering and erring are particularly noticeable in early XXth century Irish drama. Playwrights stage vagrants, tramps, and Tinkers as a means to explore the loss felt by a large part of the Irish population throughout history. These characters also express metaphysical questions which will be echoed in the second half of the century. From being rather important themes, wandering and errancy gradually invade the very structure of the plays, be they Irish or British. Wandering has remained a major way of exploring trauma-related situations, be they economical, political or ethical. As the stage keeps questioning certainties, directions and sense are played with. The thematical and structural roles of wandering onstage highlight the widespread existence of a skeptical dramaturgy debunking trust and conviction.