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Avaliação da qualidade de vida dos pacientes portadores de estomias intestinais / Assessment of quality of life of patients with intestinal stomas

Duarte, Andréia Majella da Silva 09 October 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-05-02T13:54:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 AndreiaMagelladaSilvaDuarteEsteves-dissertacao.pdf: 480009 bytes, checksum: 6d725edbfd0da5232a30389f24cb5223 (MD5) Previous issue date: 2009-10-09 / An intestinal stoma produces numerous changes in patients' lives, a fact that requires adaptation and can change their quality of life. Therefore, this study aimed at evaluating the quality of life of patients with intestinal stomas registered in the Ostomized Patient Program of Stoma of an outpatient service in a municipality in southern Minas Gerais, Brazil. This is an epidemiological, descriptive, cross-sectional quantitative study that included 13 ostomized patients who were interviewed at home in July and August 2007. Two instruments were used to collect data: (1) characterization of participants and (2) the WHOQOL-Bref, for the "quality of life". For data collection, the interviewees signed an informed consent form, and the protocol was approved by the UNIFENAS Committee of Ethics in Research. The software SPSS version 10 was used for data analysis and the Chi-square and the Cronbach alpha tests were used for the crossing of variables. The results showed that most of the patients were 61 years or older, female, from urban areas, catholic, had elementary school; widow / separated / divorced, had 1 to 3 children and family income of 4 to 6 times the minimum wage. With respect to the physiological need for sleep, 61.5% of the population studied had insomnia, a situation that was aggravated after ostomy. Most of them reported 1 to 2 intestinal evacuations per day, with a pasty consistency. Their greatest difficulty was to adapt themselves to the stoma. When crossing gender and marital status with the difficulty of adapting to the bag and self-care, there was statistical significance. Most respondents did not return to sports, work, and sexual and social activities after ostomy, and showed increased feelings of loneliness, contempt, tearfulness and dependence. Their family was the main help. The most evident complications were bleeding and peristomal dermatitis. With regard to the rights of the ostomized, 84.6% reported having been informed by the physician and / or outpatient clinic and the main way of acquiring the collection equipment is through the SUS, free of charge. The measurements of the quality of life of this population were: mean score of overall QOL, 3.61; physical domain, 3.40; psychological domain, 3.43; social relationships domain, 3.46;and the environment domain, 3, 49. The higher average scores rated the quality of life as being above the "neither bad nor good." The WHOQOL-bref was effective to evaluate the QOL of patients with intestinal stomas, with internal consistency above 0.72. Finally, it is important that the ostomized patients be informed about their disease, and receive emotional support and rehabilitation care in order to be able to lead an active, productive and self-sufficient life. / Um estoma intestinal gera inúmeras alterações na vida dos pacientes, fato que requer adaptação e pode alterar sua qualidade de vida. Sendo assim, o presente estudo objetivou avaliar a qualidade de vida dos portadores de estomias intestinais cadastrados no Programa de Estomizados de um serviço ambulatorial em um município do sul de Minas Gerais. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, transversal, quantitativo. Participaram do estudo 13 estomizados, que foram entrevistados em suas residências, nos meses de julho e agosto de 2007. Para a coleta dos dados utilizaram-se dois instrumentos: um, de caracterização dos participantes, e outro, referente à qualidade de vida , sendo usado o WHOQOL-Bref. A coleta de dados seguiu os preceitos éticos, onde os entrevistados assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e tiveram anuência do Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFENAS. Para análise dos dados utilizou-se o software SPSS versão 10 e, no cruzamento das variáveis, aplicou-se o teste do qui-quadrado, além do Coeficiente Alfa de Cronbach. Os resultados demonstraram que a maioria dos pacientes estudados tinha 61 anos ou mais, era do sexo feminino; procedente da zona urbana; da religião católica; tinha o primeiro grau incompleto; estava viúvo/desquitado/divorciado; tinha 1 a 3 filhos e renda familiar de 4 a 6 salários mínimos. Com relação à necessidade fisiológica de sono, 61,5% da população estudada demonstrou apresentar insônia, situação que foi agravada após a confecção do estoma. Quanto à freqüência e características das eliminações intestinais, a maioria referiu de 1 a 2 eliminações diárias, com consistência pastosa. A maior dificuldade de adaptação referida pelos estomizados foi com relação ao estoma. Ao cruzar as variáveis sexo e estado civil com a dificuldade de adaptação à bolsa e ao autocuidado, houve significância estatística. A maioria dos entrevistados não retornou às atividades esportivas, de trabalho, sexuais e sociais após a realização da estomia, onde se observou um aumento de sentimentos, como solidão, desprezo, choro fácil e dependência. A principal ajuda referida pela população estudada foi da família. As complicações mais evidenciadas foram sangramento e dermatite periestomal. Quanto aos direitos dos estomizados, 84,6% referiram ter sido informados pelo médico e/ou serviço ambulatorial e a principal forma de aquisição dos equipamentos coletores é a gratuita através do SUS. Quanto à qualidade de vida desta população, o escore médio da QV geral foi de 3,61; do domínio físico, 3,40; domínio psicológico, 3,43; domínio relações sociais, 3,46; e domínio meio ambiente, 3,49, evidenciando elevados escores médios, que classificam a qualidade de vida como sendo acima do nem ruim, nem boa . O WHOQOL-bref mostrou-se eficaz para avaliar a QV de pacientes com estomias intestinais, apresentando consistência interna superior a 0,72. Por fim, é importante que o estomizado seja informado acerca de sua doença, recebendo aporte emocional que lhe garanta suporte e reabilitação, sendo capaz de levar uma vida ativa, produtiva e autossuficiente.

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