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Aleitamento materno exclusivo : um estudo de intervenção randomizado na Zona da Mata Meridional de PernambucoAleitamento materno, Iniciativa Hospital Amigo da Criança, estudo de intervenção randomizado.COUTINHO, Sonia Bechara January 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003 / Objetivos a) Avaliar as práticas da amamentação, em duas maternidades da
cidade dos Palmares, Pernambuco, e comparar o perfil do aleitamento materno
com os dados basais do estudo de coorte realizado na área, em 1998; b) Avaliar
um programa de incentivo e apoio à amamentação, visando melhorar a prática do
aleitamento materno exclusivo em quatro cidades da Zona da Mata Meridional de
Pernambuco.
Métodos a) Foram treinadas 90% das auxiliares de enfermagem e parteiras das
duas instituições (A e B), no Curso de Manejo do Aleitamento Materno do UNICEF.
Foram recrutadas e entrevistadas 350 mães, nas primeiras 48 horas e 10 dias após
o parto, para avaliar as práticas da amamentação nas maternidades e o
cumprimento do 4o ao 10o passo da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC).
Uma sub-amostra de 175 mães recebeu sete visitas domiciliares, para avaliar a
prática do aleitamento, durante os seis primeiros meses de vida. b) Intervenção de
base comunitária, randomizada, controlada para intervenção em aleitamento
materno, através de visitas domiciliares. As 350 mães recrutadas foram divididas
em: grupo controle (175), com cuidados convencionais de saúde e grupo de
intervenção (175), que recebeu 10 visitas de mulheres da comunidade, treinadas
para oferecer apoio e incentivo à amamentação até seis meses após o parto. Os
dois grupos receberam sete visitas para avaliar a prática da amamentação
durante os primeiros seis meses.
Resultados a) O desempenho da maternidade B foi melhor que o da maternidade
A e estatisticamente significante do 4o ao 10o passo (p<0,001). Durante os seis
meses de acompanhamento houve aumento do aleitamento materno exclusivo,
quando comparado aos dados basais. b) O aleitamento materno exclusivo ou
associado a outros alimentos foi maior no grupo de intervenção, quando comparado
com o grupo controle, durante os seis meses após o parto (p<0,001). O aleitamento
materno exclusivo foi de 66,1% versus 15,5%, aos 30 dias, e 23,7% versus 3,1%,
aos seis meses. O uso da água foi menor entre as crianças do grupo de
intervenção (12,1% versus 50,9, aos 10 dias, e 53,8% versus 83,2%, aos 6 meses,
no grupo controle). O uso do chá, chupetas e mamadeiras foi reduzido entre as
crianças do grupo de intervenção, quando comparadas com os controles, durante
os seis meses de vida (p<0,001).
Conclusões a) Os passos da IHAC foram parcialmente implantados e as duas
maternidades melhoraram a prática da amamentação, contudo, há necessidade da
participação dos médicos nos treinamentos e maior apoio dos gestores. Houve
aumento na prática do aleitamento materno exclusivo nas maternidades e durante
os seis primeiros meses de vida, quando comparado com os dados basais da área.
b) O contato precoce e repetido, no período pós-natal, com mulheres da
comunidade, treinadas, foi associado ao aumento do aleitamento materno exclusivo
e complementado com outros alimentos, redução do uso de água, chá, chupetas e
mamadeiras, durante os primeiros seis meses. Este modelo poderá ser aplicado em
outras comunidades brasileiras, visando o aumento do aleitamento materno
exclusivo
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