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Projetos especiais de ação: um estudo sobre a formação em serviço de professores do município de São Paulo / Projetos Especiais de Ação (Special Projects of Action): a study about the in-service education of teacher in the municipality of São Paulo.Beltran, Ana Carolina de Viveiros 03 December 2012 (has links)
Os Projetos Especiais de Ação pertencem à história dos professores da rede municipal há quase vinte anos. Implantados, primeiramente, como uma ferramenta para as escolas gerenciarem melhorias em seus contextos, constituem, atualmente, o principal instrumento da formação docente em serviço. Tal formação objetiva provocar efeitos totalizantes, alcançando práticas institucionais e efeitos individualizantes, incitando cada professor a dar visibilidade às suas ações educativas a fim de recompô-las em modos particulares de pensar, fazer e dizer a profissão. Portanto, aliam-se, nos Projetos, uma tecnologia governamental, que busca conduzir e formatar ações escolares, e tecnologias do eu, que permitem, a cada indivíduo em formação, operar mudanças em si mesmo. Daqui, abrem-se e desenvolvem-se os capítulos iniciais do presente trabalho. Um capítulo dedicado a acompanhar disposições legais, publicações oficiais e acontecimentos que foram conformando os Projetos Especiais de Ação à formação docente no âmbito do trabalho; o outro, empenhado em delinear uma lógica de funcionamento desses instrumentos a partir de três eixos permanentes nas diversas configurações que tomaram ao longo das gestões municipais: a autonomia, a centralidade do aluno e a totalização das práticas em favor de alguma qualidade de ensino. Tais eixos acomodaram e levaram aos professores uma miríade de concepções de ensino e educação, mas também delimitaram as regras pelas quais as mudanças na escola e a própria formação poderiam ser pensadas. Contudo, este trabalho filia-se aos referenciais pós-estruturalistas e aos estudos de Michel Foucault, construindo a análise do ponto de vista das relações de poder e dos processos de subjetivação. Por isso, ao aproximar-se da vida que se vive nos tempos e espaços concretos de formação, depara-se com um campo aberto a múltiplas possibilidades de realização. Desse terreno, um horário coletivo de uma Escola Municipal de Educação Infantil, onde as professoras agem, pensam, falam, brincam, riem e produzem-se, destacaram-se os termos teoria e prática e o discurso da vitimização docente. Os primeiros elementos são utilizados intensamente para definir os posicionamentos profissionais e as relações estabelecidas com a formação em serviço; e o segundo fundamenta as maneiras de lidar com a profissão, normaliza o magistério e a infância e modula uma certa terapêutica do espaço formativo. Vidas ressentidas, doentes e frustradas por uma formação que não realiza a escola idealizada, regozijam-se nas satisfações e nos prazeres mais imediatos, mesmo que estes sejam fugazes. As professoras refutam colocar o presente em questão, entregando-se a posturas queixosas; dão as costas à política, restringindo-se a não aderir às propostas públicas de formação; e não assumem o risco de educar, apegando-se aos seus saberes, creditados como tipicamente docentes, e às formas habituais de pensarem a profissão. Não se pretende uma atitude ajuizadora dos modos de esses sujeitos constituírem suas existências profissionais, mas acredita-se que, para se imaginar novos desenhos para a formação em serviço ou para assumi-la como importante ou dispensável para a docência, é preciso perguntar sobre o que se tem feito, atualmente, nos tempos e espaços destinados aos professores pensarem sua profissão. / The Projetos Especiais de Ação (Special Project of Action) belong to the history of the municipal school teachers for almost twenty years. Deployed first as a tool for schools to manage improvements in their contexts, constitute today the main instrument of in-service teacher education. That education intents to cause totalizing effects, achieving the institutional practices and individualizing effects, inciting, each teacher, to show their educational actions to recomposition of them in particular ways of thinking, doing and saying the profession. Therefore, ally, on the Projects, a government technology, which seeks to conduct and format the school actions and technologies of the self which allow to every individual in education to operate changes in yourself. From this point, the initial sections of this research will be opened end developed. One section dedicated to follow the legal dispositions, the official publications and the happenings that had been conformed the Projetos Especiais de Ação (Special Project of Action) to in-service teacher education; the other one engaged to design a working logic of this instruments from the three permanent axles in different settings which took over the municipal administrations: the autonomy, the centrality of the student and the aggregation of efforts in favor of some quality of teaching. Those axels placed and conducted a plenty of educational conceptions to the teachers, but also delimited rules by which the school changes and the education could be thought. However, this research is affiliated to the poststructuralist references and to the Michel Foucaults studies, developing the analysis from the power relations and the subjectivity point of view. Therefore, when approaching the life that is lived in the factual time and place of education, it faced with a filed open to multiple possibilities of achievement. In this field, a collective time of a public school early childhood education, where the teachers act, think, speak, play, laugh and produce themselves, it was detached the terms theory and practice and the teaching victimization discourse. The first elements intensively used to define the professional positioning and the relations established with the in-service education. The second one based ways of dealing with the profession, normalizes the teaching and the childhood and modulates a certain therapeutic of the education. Resentful, sick and frustrated lives for an idealized school that cannot be implemented rejoice themselves with the more immediate satisfactions and pleasures, even if fleeting. The teachers refute to put the present into question, indulging in complainant postures; turning their backs on politics, restricted to ignore the proposed of public in-service education; and do not taking the risk of educating, clinging to their knowledge, credited as typically teaching, and to the habitual ways of thinking about the profession. Do not want an attitude of censorship of the ways the subjects constitute their professional existences, but it is believed to imagine new designs for the in-service education or to take it as important or dispensable for teaching, it is necessary to ask what has been done, nowadays, in times and places for teachers thinking their profession.
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Projetos especiais de ação: um estudo sobre a formação em serviço de professores do município de São Paulo / Projetos Especiais de Ação (Special Projects of Action): a study about the in-service education of teacher in the municipality of São Paulo.Ana Carolina de Viveiros Beltran 03 December 2012 (has links)
Os Projetos Especiais de Ação pertencem à história dos professores da rede municipal há quase vinte anos. Implantados, primeiramente, como uma ferramenta para as escolas gerenciarem melhorias em seus contextos, constituem, atualmente, o principal instrumento da formação docente em serviço. Tal formação objetiva provocar efeitos totalizantes, alcançando práticas institucionais e efeitos individualizantes, incitando cada professor a dar visibilidade às suas ações educativas a fim de recompô-las em modos particulares de pensar, fazer e dizer a profissão. Portanto, aliam-se, nos Projetos, uma tecnologia governamental, que busca conduzir e formatar ações escolares, e tecnologias do eu, que permitem, a cada indivíduo em formação, operar mudanças em si mesmo. Daqui, abrem-se e desenvolvem-se os capítulos iniciais do presente trabalho. Um capítulo dedicado a acompanhar disposições legais, publicações oficiais e acontecimentos que foram conformando os Projetos Especiais de Ação à formação docente no âmbito do trabalho; o outro, empenhado em delinear uma lógica de funcionamento desses instrumentos a partir de três eixos permanentes nas diversas configurações que tomaram ao longo das gestões municipais: a autonomia, a centralidade do aluno e a totalização das práticas em favor de alguma qualidade de ensino. Tais eixos acomodaram e levaram aos professores uma miríade de concepções de ensino e educação, mas também delimitaram as regras pelas quais as mudanças na escola e a própria formação poderiam ser pensadas. Contudo, este trabalho filia-se aos referenciais pós-estruturalistas e aos estudos de Michel Foucault, construindo a análise do ponto de vista das relações de poder e dos processos de subjetivação. Por isso, ao aproximar-se da vida que se vive nos tempos e espaços concretos de formação, depara-se com um campo aberto a múltiplas possibilidades de realização. Desse terreno, um horário coletivo de uma Escola Municipal de Educação Infantil, onde as professoras agem, pensam, falam, brincam, riem e produzem-se, destacaram-se os termos teoria e prática e o discurso da vitimização docente. Os primeiros elementos são utilizados intensamente para definir os posicionamentos profissionais e as relações estabelecidas com a formação em serviço; e o segundo fundamenta as maneiras de lidar com a profissão, normaliza o magistério e a infância e modula uma certa terapêutica do espaço formativo. Vidas ressentidas, doentes e frustradas por uma formação que não realiza a escola idealizada, regozijam-se nas satisfações e nos prazeres mais imediatos, mesmo que estes sejam fugazes. As professoras refutam colocar o presente em questão, entregando-se a posturas queixosas; dão as costas à política, restringindo-se a não aderir às propostas públicas de formação; e não assumem o risco de educar, apegando-se aos seus saberes, creditados como tipicamente docentes, e às formas habituais de pensarem a profissão. Não se pretende uma atitude ajuizadora dos modos de esses sujeitos constituírem suas existências profissionais, mas acredita-se que, para se imaginar novos desenhos para a formação em serviço ou para assumi-la como importante ou dispensável para a docência, é preciso perguntar sobre o que se tem feito, atualmente, nos tempos e espaços destinados aos professores pensarem sua profissão. / The Projetos Especiais de Ação (Special Project of Action) belong to the history of the municipal school teachers for almost twenty years. Deployed first as a tool for schools to manage improvements in their contexts, constitute today the main instrument of in-service teacher education. That education intents to cause totalizing effects, achieving the institutional practices and individualizing effects, inciting, each teacher, to show their educational actions to recomposition of them in particular ways of thinking, doing and saying the profession. Therefore, ally, on the Projects, a government technology, which seeks to conduct and format the school actions and technologies of the self which allow to every individual in education to operate changes in yourself. From this point, the initial sections of this research will be opened end developed. One section dedicated to follow the legal dispositions, the official publications and the happenings that had been conformed the Projetos Especiais de Ação (Special Project of Action) to in-service teacher education; the other one engaged to design a working logic of this instruments from the three permanent axles in different settings which took over the municipal administrations: the autonomy, the centrality of the student and the aggregation of efforts in favor of some quality of teaching. Those axels placed and conducted a plenty of educational conceptions to the teachers, but also delimited rules by which the school changes and the education could be thought. However, this research is affiliated to the poststructuralist references and to the Michel Foucaults studies, developing the analysis from the power relations and the subjectivity point of view. Therefore, when approaching the life that is lived in the factual time and place of education, it faced with a filed open to multiple possibilities of achievement. In this field, a collective time of a public school early childhood education, where the teachers act, think, speak, play, laugh and produce themselves, it was detached the terms theory and practice and the teaching victimization discourse. The first elements intensively used to define the professional positioning and the relations established with the in-service education. The second one based ways of dealing with the profession, normalizes the teaching and the childhood and modulates a certain therapeutic of the education. Resentful, sick and frustrated lives for an idealized school that cannot be implemented rejoice themselves with the more immediate satisfactions and pleasures, even if fleeting. The teachers refute to put the present into question, indulging in complainant postures; turning their backs on politics, restricted to ignore the proposed of public in-service education; and do not taking the risk of educating, clinging to their knowledge, credited as typically teaching, and to the habitual ways of thinking about the profession. Do not want an attitude of censorship of the ways the subjects constitute their professional existences, but it is believed to imagine new designs for the in-service education or to take it as important or dispensable for teaching, it is necessary to ask what has been done, nowadays, in times and places for teachers thinking their profession.
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