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O papel do fetichismo na produção da consciência humana: materialidade e idealidade em Karl MarxCavalcante, Vítor Valente 30 August 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-08-30 / This study sought to reconstruct the elements left by Marx that assist in building a fetish
theory reviewing the place of this concept in the thought of the author in question. The hypothesis
that guides research is that there is no way to understand the theories of Marx without
understanding its epicurean ontology, from the clues left in his professorial thesis, or, more
broadly, in the period 1835-1841 . Thus, during the research it was necessary to establish an
overview of the ontological foundations of Marx's thought and place of fetishism, in addition to the
stroke path, analyzing the evolution of the concept of fetishism in the light of wider horizon of his
thought, weaving a summary of the most relevant passages considered in the path taken by this
influential advocate of socialism around the theme. Therefore, we established a dialogue with some
theoretical fetish theory of the second half of the twentieth century and early twenty-first century,
which, in most cases, or interpret Marx's thought as concrete itself and the laws of history which
inevitably led to the victory of the proletariat, or identify their theory of value with the fetishism
and reduce the ideology of the hegemony of exchange value and colonial prejudice of nineteenthcentury
anthropology, advocating a purely rhetorical use of the concept in Marx. Finally, there are
several key issues guided by today in order to establish some guidelines that helped to think the
centrality of consciousness industry in the production of human life, insignia of the present day,
when the production became immaterial and established a global system of fetishism in the
struggle for consciousness, the arena in which it locks the clash between the main worldviews. / O presente trabalho buscou reconstituir os elementos deixados por Marx que auxiliam na
construção de uma teoria do fetiche que revê o lugar deste conceito no pensamento do autor em
questão. A hipótese que guia a pesquisa é a de que não há como compreender as teorias de Marx
sem compreender sua ontologia epicurista, a partir das pistas deixadas em sua tese de docência, ou,
de modo mais abrangente, no período que vai de 1835 a 1841. Dessa forma, no decorrer da
pesquisa, foi necessário estabelecer uma visão panorâmica das bases ontológicas do pensamento de
Marx e do lugar do fetichismo, além do caminho traçado, analisando a evolução do conceito de
fetichismo à luz do horizonte mais amplo de seu pensamento, tecendo uma síntese das passagens
consideradas mais relevantes no caminho percorrido por este influente defensor do socialismo em
torno do tema. Para tanto, estabeleceu-se um diálogo com alguns teóricos da teoria do fetiche da
segunda metade do século XX e do início do século XXI, que, na maioria dos casos, ou interpretam
o pensamento de Marx como o concreto mesmo e as leis da história que levaram inevitavelmente à
vitória do proletariado, ou identificam sua teoria do valor com a do fetichismo e as reduzem à
ideologia da hegemonia do valor de troca e ao preconceito colonial da Antropologia do século
XIX, defendendo um uso meramente retórico do conceito em Marx. Por fim, verificou-se várias
questões cruciais pautadas pela atualidade, no intuito de estabelecer algumas diretrizes que
auxiliaram a pensar a centralidade da indústria da consciência na produção da vida humana,
insígnia dos dias atuais, quando a produção se tornou imaterial e se instaurou um sistema global de
fetichismo na luta pela consciência, arena na qual se trava o embate entre as principais visões de
mundo.
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