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Diálogos entre o Velho e o Novo Mundo: uma leitura de Vigilia del Almirante (1992) e Carta del fin mundo (1998). / Dialogues between the Old and the New World: a reading of the works Vigilia del Almirante (1992) and Carta del fin del mundo (1998).Gasparotto, Bernardo Antonio 28 February 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-02-28 / Basing itself upon the assumptions of Compared Literature, the present research
aims to demonstrate that the dialogical relations established between the Spanish
and the Hispano-American literature, when referred to the productions that handle
with the theme of the discovery of America, after the publication of Vigilia del
Almirante (1992), by the Paraguayan writer Augusto Roa Bastos. Such work reveals
itself as a sort of synthesis of the Hispano-American vision about the theme, working
like a parting of the waters when it comes to the production of historical novels, being
produced from it, in the context of the discovery poetics, only mediation
contemporary historical novels. This happens also in Spain, that for the first time,
within this context, presents a work that deals with a distinct perspective from the one
traditionally adopted by Spanish authors, promoting the dialogue with the Hispano-
American literature. This is the novel Carta del fin del mundo (1998), by Jose Manuel
Fajardo, a narrative that presents a discourse that seeks to reveal a new aspect of
the meeting between both worlds under the perspective of the colonized. Parting
from both works mentioned as corpus, the objective is, first of all, to destacate the
apologetic discourse present in the Spanish productions, to, afterwards, approach
the Hispano-American production of the theme initiated in the 70's decade of the
20th century to show that the modality of the new historical novel, synthesized in
the work of Roa Bastos (1992), ended up influencing the productions about the
discovery in European lands, that began to question not only the figure of
Christopher Columbus, but also the whole discovery enterprise, establishing the
dialogue with the Hispano-American tradition. It will also be taken in consideration
that the work by Fajardo (1998) does not characterize itself as an isolated
manifestation of the Spanish literature, once one can also observed the publication of
the trilogy La pérdida del paraíso (2002), by Jose Luis Muñoz that presents the same
mediation tendencies, in the terms proposed by Fleck (2008). / Apoiando-se nos pressupostos da literatura comparada, a presente pesquisa busca
demonstrar que relações dialógicas se estabeleceram entre a literatura espanhola e
a hispano-americana, no que se refere às produções voltadas à temática do
descobrimento da América, após a publicação de Vigilia del Almirante (1992), do
escritor paraguaio Augusto Roa Bastos. Tal obra revela-se como uma espécie de
síntese da visão hispano-americana sobre o tema, atuando como um divisor de
águas em relação à produção de romances históricos, sendo que a partir dele
produziram-se, no contexto da poética do descobrimento, quase somente romances
históricos contemporâneos de mediação. Isso ocorre inclusive na Espanha, que pela
primeira vez, dentro deste contexto, apresenta uma obra que trabalha com uma
perspectiva distinta da tradicionalmente adotada pelos literatos espanhóis,
promovendo o diálogo com a literatura hispano-americana. Trata-se do romance
Carta del fin del mundo (1998), de Jose Manuel Fajardo, uma narrativa que
apresenta um discurso que busca revelar uma nova faceta do encontro entre os dois
mundos sob a perspectiva do colonizador. Partindo das duas obras mencionadas
como corpus, objetiva-se, primeiramente, destacar o discurso apologético presente
nas produções espanholas, para, em seguida, ao abordar a produção hispanoamericana
da temática iniciada na década de 70, do século XX mostrar que a
modalidade do novo romance histórico, sintetizada na obra de Roa Bastos (1992),
acabou influenciando as produções sobre o descobrimento em terras europeias, que
passaram a questionar não somente a figura de Cristóvão Colombo, mas de toda
empresa descobridora, possibilitando o diálogo com a tradição hispano-americana.
Leva-se em consideração, ainda, que a obra de Fajardo (1998) não se caracteriza
como uma manifestação isolada na literatura espanhola, uma vez que se dispõe
também da trilogia La pérdida del paraíso (2002), de Jose Luis Muñoz, que
apresenta a mesma tendência de mediação, nos termos propostos por Fleck (2008).
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