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Estudo de associação entre polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) em genes e refratariedade medicamentosa em pacientes com epilepsia do lobo temporal mesial / Association study between single nucleotide polymorphisms (SNPs) in candidate genes and drug refractoriness in patients with mesial temporal lobe epilepsySilva, Mariana Saragiotto da 16 August 2018 (has links)
Orientadores: Iscia Teresinha Lopes-Cendes, Fernando Cendes / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-16T21:09:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo: A Epilepsia do Lobo Temporal Mesial (ELTM) representa a mais freqüente síndrome de epilepsia focal, sendo comumente associada à chamada esclerose mesial temporal (EMT). A ELTM tem grande importância clínica devido à alta frequencia de pacientes refratários ao tratamento com drogas antiepilépticas (DAEs). Vários fatores genéticos e ambientais têm sido atribuídos à refratariedade medicamentosa nesses pacientes. Dentre as causas genéticas, acredita-se que variações alélicas, dadas por polimorfismos, em genes metabolizadores e transportadores de drogas podem ser responsáveis pela atuação e metabolização ineficientes das drogas, levando à refratariedade medicamentosa. Deste modo, o objetivo principal deste trabalho é avaliar se polimorfismos em alguns genes candidatos podem estar relacionados com a refratariedade medicamentosa na ELTM. Para tanto, foram selecionados polimorfismos de nucleotídeo único (do inglês single nucelotide polimorphisms - SNPs) em duas categorias funcionais de genes candidatos: i) genes transportadores de drogas: 43 SNPS selecionados em 3 genes, ABCB1, ABCC2, e RLIP76(RALBP1) e ii) genes metabolizadores de drogas pertencentes ao sistema do citocromo P450: 95 SNPs em nove genes, CYP1B1, CYP3A4, CYP3A5, CYP2C9, CYP2C19, CYP2E1, CYP1A1, CYP1A2, CYP2D6. Foram genotipados dois grupos de pacientes não relacionados, com ELTM, sendo 78 pacientes responsivos ao tratamento com DAEs (responsivos às DAEs) e 164 farmacoresistentes (resistentes às DAEs). Para assegurar que ambos os grupos poderiam ser comparáveis do ponto de vista de estrutura genética, todos os pacientes foram genotipados para 119 SNPs adicionais não relacionados aos genes candidatos de interesse. Os cálculos de AMOVA e Fst entre os grupos, mostram que não há estruturação populacional, portanto, ambos os grupos selecionados podem ser comparados entre si em estudos de associação. Após cálculo das frequências gênicas para os 141SNPs genotipados nos genes candidatos, 75 SNPs tiveram que ser descartados pois não se encontravam em equilíbrio de Hardy-Weinberg e apresentaram MAF (do inglês, minor allele frequency) menor que 5%. No grupo dos genes transportadores nossos resultados mostraram associação com um SNP sinônimo rs3740066 (Ile1324Ile), presente no exon 28 do gene ABCC2, onde o alelo C é mais freqüente no grupo de pacientes resistentes às DAE. Além disso, experimentos adicionais mostraram que a expressão do gene ABCC2 em hipocampo de pacientes resistentes às DAEs está aumentada em relação ao hipocampo de indivíduos sem ELTM, provenientes de autópsia. Para os genes do CYP450, foram encontradas associações em SNPs intrônicos presentes nos genes CYP1B1 e CYP1A2, para as variantes genotípicas rs2551188-TT e rs12904742GG, respectivamente, além de duas variantes associadas no gene CYP2C9: rs2153628AA e rs4086116CT, sendo que todas as variantes citadas acima são mais freqüentes nos pacientes resistentes às DAEs. Também foi encontrada associação para variantes alélicas nos genes CYP2C9: rs4086116T, CYP1A2: rs12904742G e CYP2C9: rs1934963C. Do mesmo modo, estes alelos são mais freqüentes em pacientes resistentes às DAEs. Há diferença estatisticamente significativa quanto à presença de atrofia hipocampal entre os grupos, sendo esta mais freqüente no grupo de farmacoresistentes (p=0,0000068), sendo que, através do cálculo de regressão passo a passo, a presença de atrofia hipocampal contribui com 9% de influência na refratariedade medicamentosa no grupo de pacientes analisados. Já os fatores genéticos associados à farmacoresistência analisados neste trabalho contribuem com 12% para o fenótipo da farmacoresistência nestes pacientes. Portanto, pode-se concluir que os 79% restantes de influência na refratariedade medicamentosa em pacientes com ELTM pode ser atribuído a outros fatores ainda não identificados. Finalmente, pode-se afirmar que nosso trabalho fornece fortes evidências indicando que a refratariedade medicamentosa em pacientes com ELTM é de causa poligênica e multifatorial, já que comprovamos a evidente influência genética e ambiental. / Abstract: Mesial temporal lobe epilepsy (MTLE) is the most frequent syndrome of focal epilepsy and it is often associated with mesial temporal sclerosis (MTS). MTLE has great clinical importance because it is associated with a significant proportion of patients who do not respond to treatment with antiepileptic drugs (AEDs). Several genetic and environmental factors have been attributed to failure in response to AEDs in these patients. Among the genetic causes, it is believed that allelic variations in drug-transporter and metabolizing genes may be responsible for inefficient performance and metabolism of drugs, leading to failure in drug response. Thus, the main objective of this study is to verify whether polymorphisms in candidate genes may be related to drug refractory MTLE. To accomplished this objective we selected single nucleotide polymorphisms (SNPs) in two functional categories of candidates genes: i) drug-transporter genes: 43 SNPS in three selected genes, ABCB1, ABCC2, and RLIP76 (RALBP1) and ii) drug-metabolizing genes belonging to the cytochrome P450 system: 95 SNPs in nine genes, CYP1B1, CYP3A4, CYP3A5, CYP2C9, CYP2C19, CYP2E1, CYP1A1, CYP1A2, CYP2D6. Were genotyped two groups of unrelated patients with MTLE, 78 patients who responded to treatment with antiepileptic drugs (AED-responsive) and 164 pharmacoresistants patients (AED-pharmacoresistant), classified according to previously determined clinical criteria. Moreover, to ensure that both groups could be comparable in terms of genetic structure, all patients were genotyped for 119 additional SNPs not related to the candidate genes. Using the AMOVA and Fst calculation we showed that there is no population structure in both groups (AED-responsive and AED-farmacoresistentes); therefore, they can be compared in association studies. After calculation of gene frequencies of the 141 SNPs selected and genotyped in candidate genes, 75 SNPs were eliminated because there were not in Hardy-Weinberg equilibrium (p <0.05) and showed minor allele frequency (MAF) lower than 5%. In the group of transporter genes our results showed an association with a synonymous SNP rs3740066 (Ile1324Ile), present in exon 28 of ABCC2 gene, where the C allele is more frequent in the group of refractory patients. In addition, further experiments showed that expression of the ABCC2 gene in the hippocampus of farmacoresistentes patients is increased when compared to the hippocampus of individuals without MTLE, from autopsy. For drug metabolizing CYP450 genes, association was found with intronic SNPs present at genes CYP1A2 (rs2551188-TT) and CYP1B1 (rs12904742GG), as well as with 2 additional SNPs at gene CYP2C9 gene: rs2153628AA and rs4086116CT. All variants mentioned above are more frequent in pharmacoresistant patients. In addition, we found association for allelic variants at CYP2C9: rs4086116T, CYP1A2: rs12904742G and CYP2C9: rs1934963C, likewise, the alleles described are more frequent in pharmacoresistant patients. There is a statistically significant difference regarding the presence of hippocampal atrophy between the groups, being more frequent in group farmacoresistentes (p = 0.0000068). The stepwise regression analysis shows that the presence of hippocampal atrophy contributes with 9% of the total variability influencing pharmacoresistance in these MTLE patients. When analyzing the combined effect of the genetic factors which were found to be associated with pharmacoresistance in this study we conclude that their overall contribution to pharmacoresistance was 12%. Therefore, we can conclude that the remaining 79% of variability influencing pharmacoresistance in our group of patients with MTLE can be attributed to other factors not yet identified. Finally, our results show strong evidence indicating that pharmacoresistance in patients with MTLE is polygenic and multifactorial, since it shows clear genetic and environmental influences. / Doutorado / Neurociencias / Doutor em Fisiopatologia Medica
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Estudo farmacogenético e farmacoeconômico em pacientes brasileiras portadoras de câncer de mama tratadas com inibidores da aromataseArtigalas, Osvaldo Alfonso Pinto January 2015 (has links)
Introdução: A Organização Mundial da Saúde estima que ocorram mais de um milhão casos novos de câncer de mama (CM) em todo o mundo por ano. No Brasil, este é o câncer mais freqüente no país entre as mulheres (excluindo-se câncer de pele não-melanoma). Além disso, o CM constitui-se na primeira causa de morte, por câncer, entre as mulheres brasileiras. Estima-se que 60% a 75% dos CM em mulheres acima de 50 anos são hormônio sensível. A terapia com tamoxifeno por 5 anos foi considerada o tratamento de primeira linha para CM hormônio responsivo por décadas. No entanto, cerca de 30% dos CM hormônio sensível, inicialmente, são resistentes ao tamoxifeno, e outros 40% irão desenvolver eventual resistência. Com isso, novas alternativas foram desenvolvidas e ensaios clínicos têm indicado que os inibidores da aromatase (IA) são superiores ao tamoxifeno, tanto em eficácia quanto na ocorrência de efeitos adversos (EA). Apesar dessas vantagens descritas, os IA também apresentam índices de falha de tratamento, bem como um perfil de EA que pode levar à redução da adesão ao tratamento. Até o momento, não existem biomarcadores sensíveis e específicos que permitam a identifcação de grupos de pacientes que venham a se beneficiar mais, nem quais são os mais suscetíveis aos EA dos IA. Objetivos: Analisar os efeitos de polimorfimos de base única (SNPs, do inglês single nucleotide polymorphisms) sobre desfechos clínicos e EA dos IA, bem como realizar um estudo farmacoeconômico de análise de custos em pacientes tratadas com IA em hospitais terciários do Sistema Único de Saúde (SUS). Metodologia/Resultados: 1) Revisão sistemática e metanálise: Foi realizada revisão sistemática e metanálise para determinar quais os SNPs do gene CYP19A1 associam-se a desfechos clínicos e EA em mulheres tratadas com IA. Doze estudos foram incluídos na análise final. Houve uma significativa heterogeneidade entre as populações amostrais estudadas, SNPs e desfechos investigados. Dessa forma, foi possível metanalisar apenas o SNP rs4646 com relação ao tempo de progressão (TTP, do inglês time to progression) em mulheres com CM metastático tratadas com IA; as portadora da variante de rs4646 possuem TTP significativamente elevado quando comparadas a portadoras do alelo selvagem (Hazard Ratio (HR)=0.51 [95%CI=0.33-0.78], p=0.002). Mais da metade dos estudos incluídos (n = 7/12) analisaram associação entre SNPs do gene CYP19A1 e EA; embora uma associação estatisticamente significativa com efeitos adversos músculo-esqueléticos e sintomas vasomotores tenha sido encontrada, os resultados não se reproduziram em outras publicações, sugerindo a necessidade de mais estudos no assunto. 2) Análises farmacogenéticas: Nesta etapa do estudo foram incluídas 190 mulheres com CM e que fizeram uso de IA por pelo menos 4 semanas, oriundas de 3 diferentes hospitais do Rio Grande do Sul. As análises farmacogenéticas foram feitas por meio do estudo de 12 SNPs em quatro genes (CYP19A1, ESR1, HSD17B1 e TCL 1A). Foram encontradas associação entre o rs2830 e menores índices de remissão (OR=0,46; IC 95%= 0,22-0,93; p=0,032); entre o rs7176005 e menor ocorrência de sobrevida livre de doença (OR= 0,42; IC95%= O, 18-0,94; p=0,036); e entre o rs700519 e maior de sobrevida livre de doença (OR= 4,95, IC 95%= 1,01-35,4). Com relação aos EA dos IA, encontraram-se associação entre VMS e rs7176005 (p=0,038), além de associação entre os rs10046 e rs2830 com menores índices de ocorrência de disfunção articular (p=0,002) e osteoporose (p=0,042), respectivamente. 3) Análise farmacoeconõmica: Foi realizada análise dos custos relacionados ao uso dos três IAs no contexto do sistema do SUS brasileiro. Os custos finais, somatório dos dois períodos (inicial e seguimento de 12 meses), diferiram de forma significativa entre os três IA (p=0,014). O custo final mensal para tratamento do CM com uso de anastrozol teve uma mediana de R$188,03 (IQR=87,94-313,63), sendo significativamente inferior ao custo de tratamento com letrozol (mediana R$244,44; IQR=151,42-432,95) (p=0,026). Conclusões: Os dados fármaco-epidemiológicos apresentados nesse trabalho reforçam a existência de associação de polimorfismo& de genes envolvidos no metabolismo e mecanismo de ação dos IA com desfechos clínicos e freqüência de EA adversos em mulheres com CM tratadas com essas medicações. Além disso, demonstrou-se que existem diferenças significativas nos custos de tratamento com IA em pacientes atendidas no sistema de saúde público brasileiro, indicando que estudos mais detalhados são necessários na otimização dos recursos para saúde. / lntroduction: The World Health Organization estimated that there are over one million new cases of breast cancer (BC) worldwide per year. In Brazil, this is lhe most frequent cancer among women in the country (excluding non-melanoma skin cancer). In addition, BC constitutes lhe first cause of death from cancer among Brazilian women. lt is estimated that 60% to 75% of BC in women over 50 are hormone sensitiva. For decades, therapy with tamoxifen for 5 years was considered first-line treatment for hormone responsive BC. However, approximately 30% of hormone sensitiva BC is initially resistant to tamoxifen, and another 40% will develop possible resistance. Therefore, new altematives have been developed and clinicai trials have shown that aromatase inhibitors {AI} are superior to tamoxifen in both efficacy and adversa effects (AE). Despite the advantages described, AI also have failure rates of treatment as well as an AE profile that can lead to reduced adherence to treatment. To date, there are no specific sensitiva biomarkers that allow identification of which patient groups may have greater benefits, nor which are more susceptible to AE from AI. Objectives: To analyze lhe effects of single nucleotide polymorphisms (SNPs), on clinicai outcomes and the AE from AI, as well as conduct a pharmacoeconomic study of cost analysis in patients treated with AI in public tertiary hospitais (SUS - Sistema Único de Saúde). Methodology/Results: 1) Systematic review and metaanalysis: systematic review and meta-analysis were performed to determine which SNPs of the CYP19A1 gene are associated with clinicai outcomes and AE in women treated with AI. Twelve studies were included in lhe final analysis. There was significant heterogeneity among the population samples studied, SNPs, and outcomes investigated. Thus, it was possible to meta-analyze only the SNP rs4646 with respect to time to progression {TTP}, in women with metastatic BC treated with AI; lhe carriers of lhe rs4646 variant have significantly increased TTP compared to the wild type allele carriers (Hazard Ratio (HR)=0.51 [95% CI=0.33- 0.78], p=0.002). More than half of the included studies (n=7/12) analyzed lhe association between SNPs of lhe gene CYP19A 1 and AE; although a statistically significant association of adversa effects with musculoskeletal and vasomotor symptoms has been found, the results were not reproduced in other publications, suggesting the need for more studies on the subject. 2) Pharmacogenetic analysis: In this stage of the study, 190 women with BC who used AI for at least four weeks, coming from 3 different hospitais in Rio Grande do Sul, were included. The pharmacogenetic analyzes were made through the study of 12 SNPs in four genes (CYP19A1, ESR1, HSD17B1, and TCL1A). Association was found between rs2830 and lower remission rates (OR=0.46; 95% Cl= 0.22 to 0.93; p=0.032); between rs7176005 and a lower incidence of disease-free survival (OR=0.42, 95% CI=0.18 to 0.94; p=0.036); and between rs700519 and increased disease-free survival (OR=4.95, 95% Cl= 1.01 to 35.4). Regarding AE from AI, found an association between VMS and rs7176005 (p=0.038), and association between rs10046 and rs2830 with lower rales of occurrence of articular dysfunction (p=0.002) and osteoporosis (p=0.042), respectively. 3) pharmacoeconomic analysis: Analysis of the costs related to the use of the three Ais in the context of the Brazilian public health system (SUS) was performed. The final costs, sum of the two periods (initial and follow-up of 12 months), differed significantly between the three AI (p=0.014). The final monthly cost for BC treatment with anastrozole had a median of R$ 188.03 (IQR=87.94 to 313.63) and was significantly lower than the cost of treatment with letrozole (median R$ 244.44; IQR=151.42 to 432.95) (p=0.026). Conclusions: The pharmaco-epidemiological data presented here reinforce the existence of association of gene polymorphisms involved in the metabolism and mechanism of action of AI with clinicai outcomes and the frequency of AE variations in women with BC treated with these medications. In addition, it was shown that there are significant differences in treatment costs with AI in patients treated in the Brazilian public health system, indicating that more detailed studies are needed in the optimization of health resources.
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Estudos farmacogenéticos da resposta ao tratamento com antipsicóticos em esquizofrênicosKohlrausch, Fabiana Barzotti January 2008 (has links)
A farmacogenética busca entender a base hereditária da variabilidade da resposta e dos efeitos adversos dos agentes farmacológicos entre os indivíduos. Os medicamentos antipsicóticos são utilizados em tratamentos bastante efetivos para a esquizofrenia, mas seu uso apresenta complicações por diversos fatores. Embora boa parte dos pacientes responda às terapias com antipsicóticos, 20-40% mostram resposta inadequada, e o custo de cada tentativa de medicação não-efetiva para os pacientes pode levar a semanas de permanência da doença, ocorrência de efeitos adversos potenciais e não-aderência ao tratamento. Este estudo tem como objetivo identificar genes que podem potencialmente influenciar a resposta ao tratamento com antipsicóticos em pacientes esquizofrênicos. Essa abordagem envolveu genes que determinam aspectos farmacocinéticos (enzimas metabolizadoras de fármacos: CYP2D6, CYP3A4 e CYP3A5) e farmacodinâmicos (receptores: DRD2, DRD3, DRD4, HTR2A, HTR2C e HTR1B, transportadores de neurotransmissores: SLC6A3, SLC6A4, e outros genes relacionados: COMT, MAOA, BDNF e GNB3) potencialmente envolvidos na eficácia do tratamento. No presente trabalho foram estudados 208 pacientes esquizofrênicos, sendo 135 refratários aos neurolépticos e 121 em tratamento com clozapina. Os polimorfismos investigados foram estudados por métodos baseados na Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), e alguns deles seguidos por análises de alta resolução, através da plataforma Sequenom (Sequenom, Inc.), em colaboração com o laboratório de Medicina Molecular na Espanha. Os principais resultados incluem alguns inéditos, como a associação de polimorfismos nos genes GNB3 (825C>T) e COMT (Val158Met) com ocorrência de convulsão no tratamento com clozapina; a associação de polimorfismos em DRD3 (Ser9Gly) e CYP3A5 (6986A>G) com resposta aos neurolépticos típicos; e a primeira descrição detalhada de freqüências alélicas e genotípicas no gene CYP2D6 em brasileiros. Adicionalmente, polimorfismos nos genes 5HTT (HTTLPR) e GNB3 (825C>T) foram associados significativamente com resposta à clozapina. Estes resultados sugerem que variantes genéticas podem desempenhar um papel importante na efetividade do tratamento com antipsicóticos, e podem ser considerados como sugestivos do efeito de polimorfismos em genes candidatos para estudos farmacogenéticos na esquizofrenia. / The focus of pharmacogenetics is the knowledge of hereditary basis of response and adverse drug reactions to pharmacologic agents among individuals. Antipsychotics are quite effective for schizophrenia treatment, but their use remain complicated by several factors. Although a number of patients may respond to antipsychotic therapy, 20-40% of them exhibit inadequate response and the cost of ineffective medication trial for patients may entail weeks of unremitted illness, potential adverse drug reactions and nonadherence to treatment. This study aims to identify genes that potentially influence treatment response with antipsychotic in schizophrenics. This approach involved genes which determine pharmacokinetic (drug-metabolizing enzymes: CYP2D6, CYP3A4, and CYP3A5) and pharmacodynamic pathways (receptors: DRD2, DRD3, DRD4, HTR2A, HTR2C, and HTR1B, neurotransmitter-transporters: SLC6A3 and SLC6A4, and other related genes: COMT, MAOA, BDNF, and GNB3) potentially involved with treatment efficacy. In the present study, we studied 208 schizophrenic patients, 135 neuroleptic resistants and 121 under clozapine treatment. The investigated polymorphisms were analyzed by Polymerase Chain Reaction (PCR), and some of them were followed by high-throughput analyzes of Sequenom (Sequenom, Inc.), in collaboration with the Laboratory of Molecular Medicine, in Spain. The main results include original findings, such as the association of GNB3 (825C>T) and COMT (Val158Met) gene polymorphisms and seizure occurrence under clozapine treatment; the association of DRD3 (Ser9Gly) and CYP3A5 (6986A>G) gene polymorphisms and response to typical neuroleptics; and the first detailed description of CYP2D6 allele and genotype frequencies in Brazilians. Additionally, the 5HTT (HTTLPR) and GNB3 (825C>T) gene polymorphisms were significantly associated to clozapine response. These results suggest that genetic variants may have an important role in antipsychotic treatment effectiveness, and they may be considered as suggestive of the effect of candidate polymorphisms for pharmacogenetic studies in schizophrenia.
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Estudo da fenotipagem de quatro enzimas metabolizadoras de fármacos em uma amostra da população do estado do Ceará / A population phenotyping study of four drug-metabolizing enzymes in Ceará – BrazilSantana, Gilmara Silva de Melo January 2004 (has links)
SANTANA, Gilmara Silva de Melo. Estudo da fenotipagem de quatro enzimas metabolizadoras de fármacos em uma amostra da população do estado do Ceará. 2004. 190 f. Tese (Doutorado em Farmacologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2004. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-06-08T16:37:20Z
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Previous issue date: 2004 / Characterization of acetylator and oxidative metabolizers phenotypes is of clinical relevance, as it has been shown that the pharmacological response of several therapeutic agents. The studies of phenotypage and genotipage have as purpose to detect and to mensurar polimorfismos in these enzymes. In this study, we assessed in vivo activities of CYP1A2, CYP2A6, Xantine Oxidase (XO) and NAT2 in sample of 82 volunteers (40 men and 42 women) from Ceará – Brazil using caffeine as probe. The volunteers were free from significant cardiac, hepatic, renal, pulmonary, gastrointestinal and hematological disease, as assessed by physical investigation, ECG and hematological and biochemical tests. The study was open, the volunteers were hospitalized, having already had a normal evening meal, and after an overnight fast they received a single 200 mg dose of caffeine tablet. Blood samples were collected in regular interview ( 0; 5min; 15min; 25min; 35min; 45min; 1h; 1,25h; 1,5h; 2h; 4h; 6h; 8h; 12h and 24 hour) after the administration of caffeine. Urine was harvested in its total volume during the 10 hours after the administration of caffeine, the total urinário volume was quantified and an aliquot one was stored for determination of the metabólitos. The caffeine was determined in human plasma and the metabolites were determined in human urinary by HPLC using teobromina as an internal standard. The metabolites assessed were: 1U – 1-methyluric acid; 17U – 1, 7-dimethyluric acid; 1X – 1-methylxantine; 17X – 1, 7-1-dimethylxantine e AFMU – 5-acetylamino-6-formylamino-3methyluracil. The following molar ratios were calculated as an index for CYP1A2 activity [(AFMU + 1X + 1U)/ 17U]; CYP2A6 activity [17U / (AFMU + 1X + 1U + 17X + 17U)]; NAT2 activity [AFMU/ (AFMU + 1X + 1U)] and Xanthine Oxidase activity [1U/ (1X + 1U)]. The enzymatic activities were plotted in histogram. The frequency distributions of the CYP1A2, CYP2A6, XO and NAT2 were not normally distributed, showing three phenotypes. Afterwards the volunteers were classified by enzymatic activities in ten groups, and the lowest and highest metabolizers groups were chosen to determine the following pharmacokinetic parameters: AUC0-24, t1/2, ke, CL and Vd/Kg. The comparison of these parameters (test “t” de Student) between these two groups it showed significant differences (p<0.05). Our findings may suggest that the heterogeneous population assessed (health volunteers from Ceará - Brazil) has shown polymorphism in the enzymatic activities of the CYP1A2, NAT2, XO and CYP2A6. / caracterização do fenótipo acetilador e oxidativo das atividades das enzimas metabolizadoras é de fundamental relevância para avaliação da resposta farmacológica aos vários agentes terapêuticos. Os estudos de fenotipagem e genotipagem têm como finalidade detectar e mensurar polimorfismos nestas enzimas. O estudo teve como objetivo determinar o perfil fenotípico da atividade metabolizadora das enzimas CYP1A2, CYP2A6, XO e NAT2 em uma amostra de oitenta voluntários saudáveis da população do estado do Ceará, utilizando a cafeína como fármaco “probe”. Os voluntários foram avaliados através de consulta médica para confirmação do estado de higidez; as funções metabólicas, hepática e renal foram avaliadas através de exames laboratoriais hematológicos e bioquímicos. O protocolo clínico consistiu de um internamento onde os voluntários receberam um comprimido de 200mg de cafeína e coletas de sangue e urina. As amostras de sangue seguiram os seguintes intervalos a partir da administração: 0; 0:05; 0:15; 0:25; 0:35; 0:45; 1:00; 1:15; 1:30; 2; 4; 6; 8; 12 e 24 horas. A urina foi colhida em seu volume total durante as 10 horas após a administração, o volume urinário total foi quantificado e uma alíquota foi armazenada para determinação dos metabólitos. O protocolo analítico consistiu de dosagem por HPLC das concentrações plasmáticas de cafeína e das concentrações urinárias dos cinco principais metabólitos da cafeína: 1U – ácido 1-metilúrico; 17U – ácido 1,7-dimetilúrico; 1X – metilxantina; 17X – 1,7-dimetilxantina e AFMU – 5-acetilamino-6-formilamino-3-metiluracil. A partir das concentrações molares urinárias dos metabólitos foram determinadas as atividades das enzimas: CYP1A2 = (AFMU + 1X + 1U)/ 17U; CYP2A6 = 17U / (AFMU + 1X + 1U + 17X + 17U); NAT2 = AFMU/ (AFMU + 1X + 1U) e XO = 1U/ (1X + 1U). Os valores das atividades enzimáticas foram submetidos a análise por estatística descritiva (histograma) não apresentando distribuição normal. Foram identificados pelo menos três fenótipos metabolizadores para as enzimas CYP1A2, NAT2 e XO. Com base na atividade de cada enzima os voluntários foram divididos em dez grupos organizados categoricamente. Os voluntários dos grupos de maior e menor atividade enzimática foram escolhidos para determinação dos parâmetros farmacocinéticos (ASC; t1/2; ke; Vd/Kg; CL). A comparação destes parâmetros (teste “t” de Student) entre os dois grupos apresentou diferenças significantes (p<0,05). Nossos resultados sugerem a existência de polimorfismo nas enzimas estudadas de acordo com a heterogeneidade das atividades enzimáticas na amostra da população de voluntários saudáveis do estado do Ceará.
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Estudo farmacogenético e farmacoeconômico em pacientes brasileiras portadoras de câncer de mama tratadas com inibidores da aromataseArtigalas, Osvaldo Alfonso Pinto January 2015 (has links)
Introdução: A Organização Mundial da Saúde estima que ocorram mais de um milhão casos novos de câncer de mama (CM) em todo o mundo por ano. No Brasil, este é o câncer mais freqüente no país entre as mulheres (excluindo-se câncer de pele não-melanoma). Além disso, o CM constitui-se na primeira causa de morte, por câncer, entre as mulheres brasileiras. Estima-se que 60% a 75% dos CM em mulheres acima de 50 anos são hormônio sensível. A terapia com tamoxifeno por 5 anos foi considerada o tratamento de primeira linha para CM hormônio responsivo por décadas. No entanto, cerca de 30% dos CM hormônio sensível, inicialmente, são resistentes ao tamoxifeno, e outros 40% irão desenvolver eventual resistência. Com isso, novas alternativas foram desenvolvidas e ensaios clínicos têm indicado que os inibidores da aromatase (IA) são superiores ao tamoxifeno, tanto em eficácia quanto na ocorrência de efeitos adversos (EA). Apesar dessas vantagens descritas, os IA também apresentam índices de falha de tratamento, bem como um perfil de EA que pode levar à redução da adesão ao tratamento. Até o momento, não existem biomarcadores sensíveis e específicos que permitam a identifcação de grupos de pacientes que venham a se beneficiar mais, nem quais são os mais suscetíveis aos EA dos IA. Objetivos: Analisar os efeitos de polimorfimos de base única (SNPs, do inglês single nucleotide polymorphisms) sobre desfechos clínicos e EA dos IA, bem como realizar um estudo farmacoeconômico de análise de custos em pacientes tratadas com IA em hospitais terciários do Sistema Único de Saúde (SUS). Metodologia/Resultados: 1) Revisão sistemática e metanálise: Foi realizada revisão sistemática e metanálise para determinar quais os SNPs do gene CYP19A1 associam-se a desfechos clínicos e EA em mulheres tratadas com IA. Doze estudos foram incluídos na análise final. Houve uma significativa heterogeneidade entre as populações amostrais estudadas, SNPs e desfechos investigados. Dessa forma, foi possível metanalisar apenas o SNP rs4646 com relação ao tempo de progressão (TTP, do inglês time to progression) em mulheres com CM metastático tratadas com IA; as portadora da variante de rs4646 possuem TTP significativamente elevado quando comparadas a portadoras do alelo selvagem (Hazard Ratio (HR)=0.51 [95%CI=0.33-0.78], p=0.002). Mais da metade dos estudos incluídos (n = 7/12) analisaram associação entre SNPs do gene CYP19A1 e EA; embora uma associação estatisticamente significativa com efeitos adversos músculo-esqueléticos e sintomas vasomotores tenha sido encontrada, os resultados não se reproduziram em outras publicações, sugerindo a necessidade de mais estudos no assunto. 2) Análises farmacogenéticas: Nesta etapa do estudo foram incluídas 190 mulheres com CM e que fizeram uso de IA por pelo menos 4 semanas, oriundas de 3 diferentes hospitais do Rio Grande do Sul. As análises farmacogenéticas foram feitas por meio do estudo de 12 SNPs em quatro genes (CYP19A1, ESR1, HSD17B1 e TCL 1A). Foram encontradas associação entre o rs2830 e menores índices de remissão (OR=0,46; IC 95%= 0,22-0,93; p=0,032); entre o rs7176005 e menor ocorrência de sobrevida livre de doença (OR= 0,42; IC95%= O, 18-0,94; p=0,036); e entre o rs700519 e maior de sobrevida livre de doença (OR= 4,95, IC 95%= 1,01-35,4). Com relação aos EA dos IA, encontraram-se associação entre VMS e rs7176005 (p=0,038), além de associação entre os rs10046 e rs2830 com menores índices de ocorrência de disfunção articular (p=0,002) e osteoporose (p=0,042), respectivamente. 3) Análise farmacoeconõmica: Foi realizada análise dos custos relacionados ao uso dos três IAs no contexto do sistema do SUS brasileiro. Os custos finais, somatório dos dois períodos (inicial e seguimento de 12 meses), diferiram de forma significativa entre os três IA (p=0,014). O custo final mensal para tratamento do CM com uso de anastrozol teve uma mediana de R$188,03 (IQR=87,94-313,63), sendo significativamente inferior ao custo de tratamento com letrozol (mediana R$244,44; IQR=151,42-432,95) (p=0,026). Conclusões: Os dados fármaco-epidemiológicos apresentados nesse trabalho reforçam a existência de associação de polimorfismo& de genes envolvidos no metabolismo e mecanismo de ação dos IA com desfechos clínicos e freqüência de EA adversos em mulheres com CM tratadas com essas medicações. Além disso, demonstrou-se que existem diferenças significativas nos custos de tratamento com IA em pacientes atendidas no sistema de saúde público brasileiro, indicando que estudos mais detalhados são necessários na otimização dos recursos para saúde. / lntroduction: The World Health Organization estimated that there are over one million new cases of breast cancer (BC) worldwide per year. In Brazil, this is lhe most frequent cancer among women in the country (excluding non-melanoma skin cancer). In addition, BC constitutes lhe first cause of death from cancer among Brazilian women. lt is estimated that 60% to 75% of BC in women over 50 are hormone sensitiva. For decades, therapy with tamoxifen for 5 years was considered first-line treatment for hormone responsive BC. However, approximately 30% of hormone sensitiva BC is initially resistant to tamoxifen, and another 40% will develop possible resistance. Therefore, new altematives have been developed and clinicai trials have shown that aromatase inhibitors {AI} are superior to tamoxifen in both efficacy and adversa effects (AE). Despite the advantages described, AI also have failure rates of treatment as well as an AE profile that can lead to reduced adherence to treatment. To date, there are no specific sensitiva biomarkers that allow identification of which patient groups may have greater benefits, nor which are more susceptible to AE from AI. Objectives: To analyze lhe effects of single nucleotide polymorphisms (SNPs), on clinicai outcomes and the AE from AI, as well as conduct a pharmacoeconomic study of cost analysis in patients treated with AI in public tertiary hospitais (SUS - Sistema Único de Saúde). Methodology/Results: 1) Systematic review and metaanalysis: systematic review and meta-analysis were performed to determine which SNPs of the CYP19A1 gene are associated with clinicai outcomes and AE in women treated with AI. Twelve studies were included in lhe final analysis. There was significant heterogeneity among the population samples studied, SNPs, and outcomes investigated. Thus, it was possible to meta-analyze only the SNP rs4646 with respect to time to progression {TTP}, in women with metastatic BC treated with AI; lhe carriers of lhe rs4646 variant have significantly increased TTP compared to the wild type allele carriers (Hazard Ratio (HR)=0.51 [95% CI=0.33- 0.78], p=0.002). More than half of the included studies (n=7/12) analyzed lhe association between SNPs of lhe gene CYP19A 1 and AE; although a statistically significant association of adversa effects with musculoskeletal and vasomotor symptoms has been found, the results were not reproduced in other publications, suggesting the need for more studies on the subject. 2) Pharmacogenetic analysis: In this stage of the study, 190 women with BC who used AI for at least four weeks, coming from 3 different hospitais in Rio Grande do Sul, were included. The pharmacogenetic analyzes were made through the study of 12 SNPs in four genes (CYP19A1, ESR1, HSD17B1, and TCL1A). Association was found between rs2830 and lower remission rates (OR=0.46; 95% Cl= 0.22 to 0.93; p=0.032); between rs7176005 and a lower incidence of disease-free survival (OR=0.42, 95% CI=0.18 to 0.94; p=0.036); and between rs700519 and increased disease-free survival (OR=4.95, 95% Cl= 1.01 to 35.4). Regarding AE from AI, found an association between VMS and rs7176005 (p=0.038), and association between rs10046 and rs2830 with lower rales of occurrence of articular dysfunction (p=0.002) and osteoporosis (p=0.042), respectively. 3) pharmacoeconomic analysis: Analysis of the costs related to the use of the three Ais in the context of the Brazilian public health system (SUS) was performed. The final costs, sum of the two periods (initial and follow-up of 12 months), differed significantly between the three AI (p=0.014). The final monthly cost for BC treatment with anastrozole had a median of R$ 188.03 (IQR=87.94 to 313.63) and was significantly lower than the cost of treatment with letrozole (median R$ 244.44; IQR=151.42 to 432.95) (p=0.026). Conclusions: The pharmaco-epidemiological data presented here reinforce the existence of association of gene polymorphisms involved in the metabolism and mechanism of action of AI with clinicai outcomes and the frequency of AE variations in women with BC treated with these medications. In addition, it was shown that there are significant differences in treatment costs with AI in patients treated in the Brazilian public health system, indicating that more detailed studies are needed in the optimization of health resources.
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Estudos farmacogenéticos da resposta ao tratamento com antipsicóticos em esquizofrênicosKohlrausch, Fabiana Barzotti January 2008 (has links)
A farmacogenética busca entender a base hereditária da variabilidade da resposta e dos efeitos adversos dos agentes farmacológicos entre os indivíduos. Os medicamentos antipsicóticos são utilizados em tratamentos bastante efetivos para a esquizofrenia, mas seu uso apresenta complicações por diversos fatores. Embora boa parte dos pacientes responda às terapias com antipsicóticos, 20-40% mostram resposta inadequada, e o custo de cada tentativa de medicação não-efetiva para os pacientes pode levar a semanas de permanência da doença, ocorrência de efeitos adversos potenciais e não-aderência ao tratamento. Este estudo tem como objetivo identificar genes que podem potencialmente influenciar a resposta ao tratamento com antipsicóticos em pacientes esquizofrênicos. Essa abordagem envolveu genes que determinam aspectos farmacocinéticos (enzimas metabolizadoras de fármacos: CYP2D6, CYP3A4 e CYP3A5) e farmacodinâmicos (receptores: DRD2, DRD3, DRD4, HTR2A, HTR2C e HTR1B, transportadores de neurotransmissores: SLC6A3, SLC6A4, e outros genes relacionados: COMT, MAOA, BDNF e GNB3) potencialmente envolvidos na eficácia do tratamento. No presente trabalho foram estudados 208 pacientes esquizofrênicos, sendo 135 refratários aos neurolépticos e 121 em tratamento com clozapina. Os polimorfismos investigados foram estudados por métodos baseados na Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), e alguns deles seguidos por análises de alta resolução, através da plataforma Sequenom (Sequenom, Inc.), em colaboração com o laboratório de Medicina Molecular na Espanha. Os principais resultados incluem alguns inéditos, como a associação de polimorfismos nos genes GNB3 (825C>T) e COMT (Val158Met) com ocorrência de convulsão no tratamento com clozapina; a associação de polimorfismos em DRD3 (Ser9Gly) e CYP3A5 (6986A>G) com resposta aos neurolépticos típicos; e a primeira descrição detalhada de freqüências alélicas e genotípicas no gene CYP2D6 em brasileiros. Adicionalmente, polimorfismos nos genes 5HTT (HTTLPR) e GNB3 (825C>T) foram associados significativamente com resposta à clozapina. Estes resultados sugerem que variantes genéticas podem desempenhar um papel importante na efetividade do tratamento com antipsicóticos, e podem ser considerados como sugestivos do efeito de polimorfismos em genes candidatos para estudos farmacogenéticos na esquizofrenia. / The focus of pharmacogenetics is the knowledge of hereditary basis of response and adverse drug reactions to pharmacologic agents among individuals. Antipsychotics are quite effective for schizophrenia treatment, but their use remain complicated by several factors. Although a number of patients may respond to antipsychotic therapy, 20-40% of them exhibit inadequate response and the cost of ineffective medication trial for patients may entail weeks of unremitted illness, potential adverse drug reactions and nonadherence to treatment. This study aims to identify genes that potentially influence treatment response with antipsychotic in schizophrenics. This approach involved genes which determine pharmacokinetic (drug-metabolizing enzymes: CYP2D6, CYP3A4, and CYP3A5) and pharmacodynamic pathways (receptors: DRD2, DRD3, DRD4, HTR2A, HTR2C, and HTR1B, neurotransmitter-transporters: SLC6A3 and SLC6A4, and other related genes: COMT, MAOA, BDNF, and GNB3) potentially involved with treatment efficacy. In the present study, we studied 208 schizophrenic patients, 135 neuroleptic resistants and 121 under clozapine treatment. The investigated polymorphisms were analyzed by Polymerase Chain Reaction (PCR), and some of them were followed by high-throughput analyzes of Sequenom (Sequenom, Inc.), in collaboration with the Laboratory of Molecular Medicine, in Spain. The main results include original findings, such as the association of GNB3 (825C>T) and COMT (Val158Met) gene polymorphisms and seizure occurrence under clozapine treatment; the association of DRD3 (Ser9Gly) and CYP3A5 (6986A>G) gene polymorphisms and response to typical neuroleptics; and the first detailed description of CYP2D6 allele and genotype frequencies in Brazilians. Additionally, the 5HTT (HTTLPR) and GNB3 (825C>T) gene polymorphisms were significantly associated to clozapine response. These results suggest that genetic variants may have an important role in antipsychotic treatment effectiveness, and they may be considered as suggestive of the effect of candidate polymorphisms for pharmacogenetic studies in schizophrenia.
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Estudo farmacogenético e farmacoeconômico em pacientes brasileiras portadoras de câncer de mama tratadas com inibidores da aromataseArtigalas, Osvaldo Alfonso Pinto January 2015 (has links)
Introdução: A Organização Mundial da Saúde estima que ocorram mais de um milhão casos novos de câncer de mama (CM) em todo o mundo por ano. No Brasil, este é o câncer mais freqüente no país entre as mulheres (excluindo-se câncer de pele não-melanoma). Além disso, o CM constitui-se na primeira causa de morte, por câncer, entre as mulheres brasileiras. Estima-se que 60% a 75% dos CM em mulheres acima de 50 anos são hormônio sensível. A terapia com tamoxifeno por 5 anos foi considerada o tratamento de primeira linha para CM hormônio responsivo por décadas. No entanto, cerca de 30% dos CM hormônio sensível, inicialmente, são resistentes ao tamoxifeno, e outros 40% irão desenvolver eventual resistência. Com isso, novas alternativas foram desenvolvidas e ensaios clínicos têm indicado que os inibidores da aromatase (IA) são superiores ao tamoxifeno, tanto em eficácia quanto na ocorrência de efeitos adversos (EA). Apesar dessas vantagens descritas, os IA também apresentam índices de falha de tratamento, bem como um perfil de EA que pode levar à redução da adesão ao tratamento. Até o momento, não existem biomarcadores sensíveis e específicos que permitam a identifcação de grupos de pacientes que venham a se beneficiar mais, nem quais são os mais suscetíveis aos EA dos IA. Objetivos: Analisar os efeitos de polimorfimos de base única (SNPs, do inglês single nucleotide polymorphisms) sobre desfechos clínicos e EA dos IA, bem como realizar um estudo farmacoeconômico de análise de custos em pacientes tratadas com IA em hospitais terciários do Sistema Único de Saúde (SUS). Metodologia/Resultados: 1) Revisão sistemática e metanálise: Foi realizada revisão sistemática e metanálise para determinar quais os SNPs do gene CYP19A1 associam-se a desfechos clínicos e EA em mulheres tratadas com IA. Doze estudos foram incluídos na análise final. Houve uma significativa heterogeneidade entre as populações amostrais estudadas, SNPs e desfechos investigados. Dessa forma, foi possível metanalisar apenas o SNP rs4646 com relação ao tempo de progressão (TTP, do inglês time to progression) em mulheres com CM metastático tratadas com IA; as portadora da variante de rs4646 possuem TTP significativamente elevado quando comparadas a portadoras do alelo selvagem (Hazard Ratio (HR)=0.51 [95%CI=0.33-0.78], p=0.002). Mais da metade dos estudos incluídos (n = 7/12) analisaram associação entre SNPs do gene CYP19A1 e EA; embora uma associação estatisticamente significativa com efeitos adversos músculo-esqueléticos e sintomas vasomotores tenha sido encontrada, os resultados não se reproduziram em outras publicações, sugerindo a necessidade de mais estudos no assunto. 2) Análises farmacogenéticas: Nesta etapa do estudo foram incluídas 190 mulheres com CM e que fizeram uso de IA por pelo menos 4 semanas, oriundas de 3 diferentes hospitais do Rio Grande do Sul. As análises farmacogenéticas foram feitas por meio do estudo de 12 SNPs em quatro genes (CYP19A1, ESR1, HSD17B1 e TCL 1A). Foram encontradas associação entre o rs2830 e menores índices de remissão (OR=0,46; IC 95%= 0,22-0,93; p=0,032); entre o rs7176005 e menor ocorrência de sobrevida livre de doença (OR= 0,42; IC95%= O, 18-0,94; p=0,036); e entre o rs700519 e maior de sobrevida livre de doença (OR= 4,95, IC 95%= 1,01-35,4). Com relação aos EA dos IA, encontraram-se associação entre VMS e rs7176005 (p=0,038), além de associação entre os rs10046 e rs2830 com menores índices de ocorrência de disfunção articular (p=0,002) e osteoporose (p=0,042), respectivamente. 3) Análise farmacoeconõmica: Foi realizada análise dos custos relacionados ao uso dos três IAs no contexto do sistema do SUS brasileiro. Os custos finais, somatório dos dois períodos (inicial e seguimento de 12 meses), diferiram de forma significativa entre os três IA (p=0,014). O custo final mensal para tratamento do CM com uso de anastrozol teve uma mediana de R$188,03 (IQR=87,94-313,63), sendo significativamente inferior ao custo de tratamento com letrozol (mediana R$244,44; IQR=151,42-432,95) (p=0,026). Conclusões: Os dados fármaco-epidemiológicos apresentados nesse trabalho reforçam a existência de associação de polimorfismo& de genes envolvidos no metabolismo e mecanismo de ação dos IA com desfechos clínicos e freqüência de EA adversos em mulheres com CM tratadas com essas medicações. Além disso, demonstrou-se que existem diferenças significativas nos custos de tratamento com IA em pacientes atendidas no sistema de saúde público brasileiro, indicando que estudos mais detalhados são necessários na otimização dos recursos para saúde. / lntroduction: The World Health Organization estimated that there are over one million new cases of breast cancer (BC) worldwide per year. In Brazil, this is lhe most frequent cancer among women in the country (excluding non-melanoma skin cancer). In addition, BC constitutes lhe first cause of death from cancer among Brazilian women. lt is estimated that 60% to 75% of BC in women over 50 are hormone sensitiva. For decades, therapy with tamoxifen for 5 years was considered first-line treatment for hormone responsive BC. However, approximately 30% of hormone sensitiva BC is initially resistant to tamoxifen, and another 40% will develop possible resistance. Therefore, new altematives have been developed and clinicai trials have shown that aromatase inhibitors {AI} are superior to tamoxifen in both efficacy and adversa effects (AE). Despite the advantages described, AI also have failure rates of treatment as well as an AE profile that can lead to reduced adherence to treatment. To date, there are no specific sensitiva biomarkers that allow identification of which patient groups may have greater benefits, nor which are more susceptible to AE from AI. Objectives: To analyze lhe effects of single nucleotide polymorphisms (SNPs), on clinicai outcomes and the AE from AI, as well as conduct a pharmacoeconomic study of cost analysis in patients treated with AI in public tertiary hospitais (SUS - Sistema Único de Saúde). Methodology/Results: 1) Systematic review and metaanalysis: systematic review and meta-analysis were performed to determine which SNPs of the CYP19A1 gene are associated with clinicai outcomes and AE in women treated with AI. Twelve studies were included in lhe final analysis. There was significant heterogeneity among the population samples studied, SNPs, and outcomes investigated. Thus, it was possible to meta-analyze only the SNP rs4646 with respect to time to progression {TTP}, in women with metastatic BC treated with AI; lhe carriers of lhe rs4646 variant have significantly increased TTP compared to the wild type allele carriers (Hazard Ratio (HR)=0.51 [95% CI=0.33- 0.78], p=0.002). More than half of the included studies (n=7/12) analyzed lhe association between SNPs of lhe gene CYP19A 1 and AE; although a statistically significant association of adversa effects with musculoskeletal and vasomotor symptoms has been found, the results were not reproduced in other publications, suggesting the need for more studies on the subject. 2) Pharmacogenetic analysis: In this stage of the study, 190 women with BC who used AI for at least four weeks, coming from 3 different hospitais in Rio Grande do Sul, were included. The pharmacogenetic analyzes were made through the study of 12 SNPs in four genes (CYP19A1, ESR1, HSD17B1, and TCL1A). Association was found between rs2830 and lower remission rates (OR=0.46; 95% Cl= 0.22 to 0.93; p=0.032); between rs7176005 and a lower incidence of disease-free survival (OR=0.42, 95% CI=0.18 to 0.94; p=0.036); and between rs700519 and increased disease-free survival (OR=4.95, 95% Cl= 1.01 to 35.4). Regarding AE from AI, found an association between VMS and rs7176005 (p=0.038), and association between rs10046 and rs2830 with lower rales of occurrence of articular dysfunction (p=0.002) and osteoporosis (p=0.042), respectively. 3) pharmacoeconomic analysis: Analysis of the costs related to the use of the three Ais in the context of the Brazilian public health system (SUS) was performed. The final costs, sum of the two periods (initial and follow-up of 12 months), differed significantly between the three AI (p=0.014). The final monthly cost for BC treatment with anastrozole had a median of R$ 188.03 (IQR=87.94 to 313.63) and was significantly lower than the cost of treatment with letrozole (median R$ 244.44; IQR=151.42 to 432.95) (p=0.026). Conclusions: The pharmaco-epidemiological data presented here reinforce the existence of association of gene polymorphisms involved in the metabolism and mechanism of action of AI with clinicai outcomes and the frequency of AE variations in women with BC treated with these medications. In addition, it was shown that there are significant differences in treatment costs with AI in patients treated in the Brazilian public health system, indicating that more detailed studies are needed in the optimization of health resources.
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Estudos farmacogenéticos da resposta ao tratamento com antipsicóticos em esquizofrênicosKohlrausch, Fabiana Barzotti January 2008 (has links)
A farmacogenética busca entender a base hereditária da variabilidade da resposta e dos efeitos adversos dos agentes farmacológicos entre os indivíduos. Os medicamentos antipsicóticos são utilizados em tratamentos bastante efetivos para a esquizofrenia, mas seu uso apresenta complicações por diversos fatores. Embora boa parte dos pacientes responda às terapias com antipsicóticos, 20-40% mostram resposta inadequada, e o custo de cada tentativa de medicação não-efetiva para os pacientes pode levar a semanas de permanência da doença, ocorrência de efeitos adversos potenciais e não-aderência ao tratamento. Este estudo tem como objetivo identificar genes que podem potencialmente influenciar a resposta ao tratamento com antipsicóticos em pacientes esquizofrênicos. Essa abordagem envolveu genes que determinam aspectos farmacocinéticos (enzimas metabolizadoras de fármacos: CYP2D6, CYP3A4 e CYP3A5) e farmacodinâmicos (receptores: DRD2, DRD3, DRD4, HTR2A, HTR2C e HTR1B, transportadores de neurotransmissores: SLC6A3, SLC6A4, e outros genes relacionados: COMT, MAOA, BDNF e GNB3) potencialmente envolvidos na eficácia do tratamento. No presente trabalho foram estudados 208 pacientes esquizofrênicos, sendo 135 refratários aos neurolépticos e 121 em tratamento com clozapina. Os polimorfismos investigados foram estudados por métodos baseados na Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), e alguns deles seguidos por análises de alta resolução, através da plataforma Sequenom (Sequenom, Inc.), em colaboração com o laboratório de Medicina Molecular na Espanha. Os principais resultados incluem alguns inéditos, como a associação de polimorfismos nos genes GNB3 (825C>T) e COMT (Val158Met) com ocorrência de convulsão no tratamento com clozapina; a associação de polimorfismos em DRD3 (Ser9Gly) e CYP3A5 (6986A>G) com resposta aos neurolépticos típicos; e a primeira descrição detalhada de freqüências alélicas e genotípicas no gene CYP2D6 em brasileiros. Adicionalmente, polimorfismos nos genes 5HTT (HTTLPR) e GNB3 (825C>T) foram associados significativamente com resposta à clozapina. Estes resultados sugerem que variantes genéticas podem desempenhar um papel importante na efetividade do tratamento com antipsicóticos, e podem ser considerados como sugestivos do efeito de polimorfismos em genes candidatos para estudos farmacogenéticos na esquizofrenia. / The focus of pharmacogenetics is the knowledge of hereditary basis of response and adverse drug reactions to pharmacologic agents among individuals. Antipsychotics are quite effective for schizophrenia treatment, but their use remain complicated by several factors. Although a number of patients may respond to antipsychotic therapy, 20-40% of them exhibit inadequate response and the cost of ineffective medication trial for patients may entail weeks of unremitted illness, potential adverse drug reactions and nonadherence to treatment. This study aims to identify genes that potentially influence treatment response with antipsychotic in schizophrenics. This approach involved genes which determine pharmacokinetic (drug-metabolizing enzymes: CYP2D6, CYP3A4, and CYP3A5) and pharmacodynamic pathways (receptors: DRD2, DRD3, DRD4, HTR2A, HTR2C, and HTR1B, neurotransmitter-transporters: SLC6A3 and SLC6A4, and other related genes: COMT, MAOA, BDNF, and GNB3) potentially involved with treatment efficacy. In the present study, we studied 208 schizophrenic patients, 135 neuroleptic resistants and 121 under clozapine treatment. The investigated polymorphisms were analyzed by Polymerase Chain Reaction (PCR), and some of them were followed by high-throughput analyzes of Sequenom (Sequenom, Inc.), in collaboration with the Laboratory of Molecular Medicine, in Spain. The main results include original findings, such as the association of GNB3 (825C>T) and COMT (Val158Met) gene polymorphisms and seizure occurrence under clozapine treatment; the association of DRD3 (Ser9Gly) and CYP3A5 (6986A>G) gene polymorphisms and response to typical neuroleptics; and the first detailed description of CYP2D6 allele and genotype frequencies in Brazilians. Additionally, the 5HTT (HTTLPR) and GNB3 (825C>T) gene polymorphisms were significantly associated to clozapine response. These results suggest that genetic variants may have an important role in antipsychotic treatment effectiveness, and they may be considered as suggestive of the effect of candidate polymorphisms for pharmacogenetic studies in schizophrenia.
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Estudo do fenotipo acetilador da isoniazida em paulistas descendentes de japonesesGarlipp, Celia Regina, 1953- 15 July 2018 (has links)
Orientador : Antonio Sergio Ramalho / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-15T04:54:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1980 / Resumo: o fenótipo acetilador da isoniazida (INH) foi investigado em 88 paulistas descendentes não miscigenados de japoneses internados para tratamento de tuberculose em sa-natórios de Campos do Jordão, SP. Foi utilizada uma modificação da técnica laboratorial recomendada por EIDUS e co1. (1973) e HODGKIN e col.(1974), investigando-se o percentual de acetilisoniazida presente na urina 10 horas após a ingestão de 10 mg de INH por kg de peso corporal.Os resultados obtidos permitiram estimar a freqüência de acetiladores lentos da isoniazida entre os paulistas descendentes não miscigenados de japoneses em, aproximadamente, 10%. Essa freqüência é muito semelhante a obser-vada por SUNAHARA e colo (1961b) no Japão / Mestrado / Mestre em Biologia Vegetal
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Aspectos genéticos no transtorno do pânicoDreher, Carolina Blaya January 2008 (has links)
A herdabilidade estimada do Transtorno do Pânico (TP) é de 28 a 43%, embora ainda permaneça como questão de pesquisa quais os genes envolvidos na sua etiologia. A busca dos genes candidatos para os estudos de associação geralmente é baseada em moléculas envolvidas no tratamento farmacológico, nos agentes que induzem ataques de pânico ou nos estudos de neuroimagem. Genes relacionados ao sistema serotoninérgico, noradrenérgico, eixo hipotálamohipófise- adrenal, entre outros, já foram investigados no TP. Os resultados são ainda pouco conclusivos. Para ampliar o conhecimento nessa área, foram realizados quatro estudos nessa tese. O polimorfismo no promotor do gene transportador da serotonina (5- HTTLPR) foi estudado por alguns autores no TP. Realizamos então o estudo 1, que é composto pela revisão sistemática e meta-análise dos estudos de casocontrole que avaliaram esse gene no TP. Foram revisados artigos publicados entre janeiro de 1996 e abril de 2007 nas bases PubMed, PsychInfo, Lilacs e ISI. Identificou-se 19 artigos potenciais, e foram incluídos na análise 10 estudos. Não houve associação do gene 5-HTTLPR e o TP (OR=0,91, CI95% 0,80 to 1,03, p=0,14). Três subanálises divididas de acordo com a etnia, qualidade do grupo controle e comorbidade com Agorafobia também não encontraram qualquer associação. Entretanto essa análise não possui poder para identificar associações de menor magnitude, e mais estudos são necessários. O estudo 2 foi realizado para avaliar a associação entre polimorfismos nos genes 5-HTTLPR e receptores da serotonina 1A (HTR1A) e 2A (HTR2A) e o TP, bem como a interação com dois fatores ambientais previamente associados ao transtorno: trauma e parentagem na infância. Foram incluídos 107 pacientes e 125 controles. O gene HTR1A foi associado ao TP na análise de grupo corrigido para o experimento (p2=0,027). Três SNPs desse gene foram associados ao TP. Na análise de haplótipo pode-se identificar um haplótipo associado ao TP (p=0,008), e outro protetor para o TP (p=0,004). Na análise de interação, identificou-se que polimorfismos no gene HTR2A (rs6311 e rs6313), influenciado por ótima parentagem paterna, conferia proteção ao TP. Essa interação permaneceu significativa após a correção de Bonferroni. Não houve associação do TP com o 5-HTTLPR mesmo considerando a interação com trauma na infância. Esse estudo replica achados prévios de associação do TP com o HTR1A e também reforça a evidência de interação gene-ambiente do HTR2A com parentagem, que possivelmente influencia a capacidade dos sujeitos de usarem as experiências familiares como suporte.O estudo 3 avaliou o TP com o EF-hand domain containing 2 (EFHC2), um gene previamente associado à percepção do medo. Nesse estudo foram incluídos 127 pacientes e 132 controles. Um dos 8 marcadores do EFHC2 (rs1562875) foi associado ao TP, e também a dois outros fenótipos intermediários associados à ansiedade: comportamento inibido e temperamento evitação de dano. Se forreplicado, esse achado pode colaborar para a elucidação do mecanismo neurobiológico do medo. O estudo 4 avaliou polimorfismos em 7 genes previamente envolvidos na ansiedade (BDNF, CREB1, RGS2, CRHR1, 5-HTTLPR, HTR2A, HTR1A) com a resposta à terapia cognitivo-comportamental (TCC) no TP. Foram incluídos 74 pacientes com TP resistentes a quatro meses de tratamento prévio com antidepressivos que fizeram TCC em grupo. Na análise de grupo, houve associação do CREB1 com melhora em 1 ano de seguimento (p= 0,016). Dois dos 5 marcadores do CREB1 estiveram associados a esse desfecho (rs7594560, p=0,003 e rs2253206, p=0,021), mas não permaneceram associados após a correção por permutação. Na análise de haplótipos, um dos dez haplótipos esteve associado à melhor resposta nesse mesmo período. Apesar do limitado tamanho amostral esse estudo promoveu evidências preliminares da associação do CREB1 na resposta à TCC. Por fim, essa tese versa sobre alguns aspectos relacionados ao TP, abrangendo revisão sistemática da literatura, estudos de associação, de interação gene-ambiente e de resposta à TCC. Esses artigos estão de acordo com propostas atuais de estudos em genética, incluindo a pesquisa de vários genes e a análise de múltiplos marcadores que buscam aumentar o conhecimento dos fatores genéticos associados ao TP. / The estimated herdability of PD is between 28 to 43%, however which genes are involved in PD etiology still remains to be answered.. The search for candidate genes are usually based on molecules associated to pharmacological treatment, panic-inducing substance or neuroimage studies. Genes related to serotoninergic, noradrenergic, hypothalamic-pituitary-adrenal axis and others have been previously studied with inconclusive results. In order to improve this knowledge, four studies were performed in this thesis. The polymorphism in the promoter of serotonin transporter gene (5- HTTLPR) has been studied in PD. The study 1 was designed in order to perform a systematic review and meta-analysis of case-controls studies. Papers published between January 1996 and April 2007 were eligible for this study. The electronic databases searched included PubMed, PsychInfo, Lilacs and ISI. Nineteen potential articles were identified, and 10 studies were included in this metaanalysis. No statistically significant association between 5-HTTLPR and PD was found, OR=0.91 (CI95% 0.80 to 1.03, p=0.14). Three sub-analyses divided according to ethnicity, control group and comorbidity with agoraphobia also did not find any association. However, more studies are needed in order to evaluate a possible minor effect. The study 2 was designed to evaluate the association between HTR1A, HTR2A and 5-HTTLPR in PD patients and controls. Besides this, we ought to evaluate the interaction between these genes and two environmental factors previously associated with PD: childhood trauma and parental bonding. In this case-control candidate gene study, 107 PD patients and 125 controls were included. HTR1A was experiment-wide associated with PD in set-based test (p2=0.027). Three SNPs of this gene were nominally significantly associated with PD. Additionally, one haplotype was significantly associated with PD (p=0.008), and one haplotype was significantly protective for PD (p=0.004). In the interaction analysis with optimal father parenting, both interaction terms of SNPs of HTR2A (rs6311 and rs6313) were nominally associated with PD and remained significant after Bonferroni’s correction. No association was found with 5-HTTLPR even considering interaction with childhood trauma. This study replicates previous findings regarding the association between PD and HTR1A. We also reinforce evidence of gene-environment interaction in HTR2A gene with parenting, maybe influencing the capacity of subjects to use familiar experiences as environmental support. In the study 3 we evaluated the association between PD and EF-hand domain containing 2 (EFHC2), a gene previously related to fear recognition. In this study we included 127 patients and 132 controls. One of 8 EFHC2 markers (rs1562875) was associated with PD and also with two intermediate phenotypes related to anxiety: behavioral inhibition and harm avoidance. If replicated, this finding may contribute to elucidate the neurobiological path of fear.In the study 4 we evaluated 7 genes previously related to anxiety (BDNF, CREB1, RGS2, CRHR1, 5-HTTLPR, HTR2A, HTR1A) with cognitive-behavioral therapy (CBT) response. We included 74 patients resistant to 4 months of antidepressant treatment that received add-on treatment with group CBT. In the set-based test, CREB1 achieved gene-wide significant association with improvement at 1-year follow-up (empirical p-value = 0.016). Out of the 5 CREB1 single markers SNPs, two showed nominally significant associations (rs7594560, p-value 0.003 and rs2253206, p-value 0.021), that did not remain significant after 10,000 permutations. In the haplotype analysis, we identified one haplotype significantly associated with 1-year response (p=0.0002). Although limited by small sample size, these results provide preliminary evidence that variations in CREB1 may be related to long-term CBT response among pharmacological-resistant patients with PD. Finally, this thesis shows some aspects related to genetics in PD, including a systematic search, association, gene-environment and CBT response studies. Papers included are in accordance with what has been proposed for new studies in genetic, including the analysis of different genes and markers in order to contribute to the knowledge of genetic factors of PD.
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