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Educação para mulheres e processos de descolonização da América latina no século XIX: Nísia Floresta e Soledad Acosta de SamperLIMA, Adriane Raquel Santana de 20 May 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-05-20 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este estudo analisa a concepção de educação para mulheres em escritos das autoras Nísia Floresta e Soledad Acosta de Samper, relacionando esta concepção de educação com o processo de descolonização da América Latina. A pesquisa parte da questão investigativa: qual a concepção de educação para as mulheres presente nos escritos da brasileira Nísia Floresta (1810-1885) e da colombiana Soledad Acosta de Samper (1833-1913), e como esta concepção se articula ao contexto histórico de descolonização do continente latino-americano? Apresenta como objetivo central analisar a concepção de educação para mulheres presente nos escritos de Nísia Floresta e Soledad Acosta de Samper, compreendendo como este pensamento se articula ao contexto histórico de descolonização da América Latina. Trata-se, metodologicamente, de uma tese teórica, baseada nos pressupostos analíticos da história cultural e da história comparada do pensamento social latino-americano. As fontes são constituídas pelos escritos de Nísia Floresta e Soledad Acosta de Samper, especialmente aqueles que possuem relação direta e indireta com o tema educacional. Os resultados confirmam a hipótese de pesquisa inicialmente levantada, qual seja, a de que os escritos sobre educação de Nísia Floresta, no Brasil, e Soledad Acosta de Samper, na Colômbia, são dois modelos de produção intelectual latino-americana que colocam em debate a formação educacional da mulher em estreita relação com os movimentos políticos de descolonização do continente sul-americano. Os escritos destas autoras constituem um pensamento fronteiriço que emerge na densa e secular trama da decolonialidade na América Latina. Nísia e Soledad são indiscutivelmente escritoras que desafiaram o seu tempo, pois refletiram sobre as condições de opressão a que estavam submetidas as mulheres latino-americanas, bem como os negros e os índios, produzindo fissuras na história. Além disso, ambas propuseram uma educação pautada nas necessidades reais de independência de seus países, destacando uma educação para as mulheres como um direito, o que refutava o discurso hegemônico da incapacidade intelectual das mulheres para aprender e construir conhecimento científico. / This study analyzes the concept of education for women in writings of authors Nísia Forest and Soledad Acosta de Samper, relating this concept of education with the decolonization process in Latin America. The research part of the investigative question: what is the concept of education for women present in the writings of the Brazilian Nísia Foresta (1810-1885) and the Colombian Soledad Acosta de Samper (1833-1913), and how this concept is linked to the historical context of decolonization of Latin American continent? It presents as a central objective to analyze the concept of education for women present in the writings of Nísia Foresta and Soledad Acosta de Samper, understanding how this thought is linked to the historical context of decolonization of Latin America. Methodologically, it is a theoretical thesis, based on analytical assumptions of cultural history and comparative history of Latin American social thought. The sources are constituted by the writings of Nísia Foresta and Soledad Acosta de Samper, especially those who are directly and indirectly related to the educational theme. The results confirm the research hypothesis initially raised, namely, that the writings on education of Nísia Foresta, in Brazil, and Soledad Acosta de Samper, in Colombia, are two models of Latin American intellectual production that put in debate the educational formation of woman in close relationship with the political movements of decolonization of the south American continent. The writings of these authors are a border thinking that emerge in the dense and secular plot of decoloniality in Latin America. Nísia and Soledad are undoubtedly writers who challenged her time, because they reflected about the conditions of oppression that Latin American women were subjected, as well as blacks and Indians. In addition, both proposed an education based on the real needs of independence of their countries, emphasizing education for women as a right, which refuted the hegemonic discourse of intellectual inability of women to learn and build scientific knowledge. / Este estudio analiza la concepción de educación para mujeres en los escritos de las autoras Nísia Foresta y Soledad Acosta de Samper, relacionando esta concepción de educación con el proceso de descolonización de América Latina. La investigación parte de la pregunta: ¿Cuál es la concepción de educación para mujeres presente en los escritos de la brasileña Nísia Floresta (1810-1885) y de la colombiana Soledad Acosta de Samper (1833-1913), y cómo esta concepción se vincula con el contexto histórico de descolonización del continente latinoamericano? El objetivo central es analizar la concepción de educación para mujeres presente en los escritos de Nísia Floresta y Soledad Acosta de Samper, comprendiendo cómo este pensamiento está ligado al contexto histórico de descolonización de América Latina. Es, metodológicamente, una tesis teórica, basada en supuestos analíticos de la historia cultural y la historia comparativa del pensamiento social latinoamericano. Las fuentes están constituidas por los escritos de Nísia Floresta y Soledad Acosta de Samper, especialmente aquellos que están directa e indirectamente relacionadas con el tema educativo. Los resultados confirman la hipótesis de investigación inicialmente planteada, a saber, que los escritos sobre educación de Nísia Foresta, en Brasil, y de Soledad Acosta de Samper, en Colombia, son dos modelos de producción intelectual latinoamericana que ponen en debate la formación educacional de la mujer en estrecha relación con los movimientos políticos de descolonización del continente sudamericano. Los escritos de estas autoras son un pensamiento fronterizo que surge en el denso y secular tejido de la decolonialidad en América Latina. Nísia y Soledad son, indudablemente, escritoras que desafiaron a su tiempo, ya que reflejaron sobre las condiciones de opresión a que las mujeres de América Latina fueron sometidas, así como los negros y los indios. Además, ambas propusieron una educación basada en las necesidades reales de la independencia de sus países, haciendo hincapié en la educación para las mujeres como un derecho, lo que refutaba el discurso hegemónico de la incapacidad intelectual de las mujeres para aprender y construir conocimiento científico.
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