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O Fosforito Proterozóico da Região de Irecê (Bahia): Caracterização Cristalográfica e QuímicaSANCHES, ANDREIA LIMA 12 1900 (has links)
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ANDREIA LIMA SANCHES.pdf: 8102620 bytes, checksum: f3baa2f7d3ea1602dd0646f8af660417 (MD5) / Os fosforitos estudados ocorrem na região entre as cidades de Irecê e Lapão, no estado da Bahia, e apresentam-se encaixados nos sedimentos carbonáticos da Formação Salitre - Grupo Una, Neoproterozóico. A Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) estimou reservas em torno de 40 milhões de toneladas de rocha fosfática com teor médio de 14 % de P2O5 .
O minério fosfático é constituído principalmente de carbonato-fluorapatita onde é notória a associação dos mesmos a estruturas estromatolíticas colunares do tipo Jurussania Krilov, hospedadas em litofácies carbonáticas com estratos cruzados, o que indica que a mineralização foi gerada em zonas de alta energia equivalentes a regiões de submaré alta ou intermaré baixa, em ambientes de planície de maré. O fosforito primário ocorre em três tipos: colunar estromatolítico, laminar estromatolítico e intraclástico, este último derivado da ação erosiva de correntes e localizado nos espaços intercolunares e interlaminares. A presença desses clastos fosfáticos ressedimentados, dentre outras observações petrográficas, sugere que a fosfogênese foi precoce no processo diagenético.
Embora a tecnologia tenha tido um grande avanço nos últimos tempos, a determinação do percentual de CO3-2 em apatitas sedimentares ainda continua sendo um problema a ser solucionado devido à natureza cripto a microcristalina do carbonato-fluorapatita e à associação freqüente com cimentos calcítico e dolomítico. A difratometria de raios-X é, sem dúvida, o método mais confiável para se calcular o percentual de CO3-2 contido na estrutura da apatita. Além disso, este método é muito mais barato e rápido do que os métodos químicos convencionais.
A determinação dos parâmetros cristalográficos juntamente com análise química por fluorescência de raios-X, e análise de química mineral permitiram a caracterização do minério fosfático de Irecê, bem como forneceu subsídios para fazer uma comparação com outros depósitos de fosforitos, nacionais e mundiais.
Os parâmetros químicos e cristalográficos encontrados para as francolitas de Irecê indicam que, apesar de terem sofrido algum intemperismo, estas não mudaram a sua composição, ou seja, os processos intempéricos atuantes não chegaram a modificar a estrutura inrterna do carbonato-fluorapatita.
O fosforito de Irecê apresenta parâmetros químicos comparáveis aos melhores concentrados de rocha fosfática disponíveis no mundo, e em alguns casos até melhores: razão CaO/P2O5 de 1,71, baixo teor de urânio e baixos teores de Pb e Cd no concentrado final, dentre outros. / ABSTRACT
The proterozoic sedimentary phosphate deposits of Irecê are located between the towns of Irecê and Lapão, in the north-central part of the State of Bahia, Brazil. They are hosted by carbonate rocks of the Neoproterozoic Salitre Formation (Una Group). Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), a state hold mineral exploration company, has estimated the total ore reserve as 40 million tons, averaging 14 % P2O5.
The ore mineral is composed of carbonate-fluorapatite, mainly replacing columnar stromatolitic structures of the Jurussania Krilov type. Other types of mineralization are laminar stromatolitic and intraclastic, the latter was derived from the destruction of columns and laminae by currents. The presence of intraclastic phosphorite along with other petrographic evidences indicates that phosphatization has occurred very early, during the diagenetic evolution of the carbonate sediments.
CO3-2 investigation in sedimentary apatites is still a matter of discussion, despite the development of the advanced analytical techniques. This is due to the intricate relationships between the carbonate- fluorapatite and calcite and dolomite cements, normally observed in these deposits; the microcristalline nature of the apatite crystallites is also a source of problems in determining the CO3-2 content of the sedimentary apatite. These facts make the X-ray difratometry is the most reliable and cheap method. The application of the peak-pair X-ray difratometric method along with X-ray fluorescence and microprobe analysis in carbonate-fluorapatite samples of Irecê permitted the characterization of the phosphorite deposits and their comparison with other deposits in Brazil and world wide.
Crystallographic and chemical parameters show that the Irecê phosphorite has undergone very low or imperceptible transformation due to weathering. The Irecê phosphorite shows chemical characteristics comparable to the best concentrates of world known phosphate rocks: CaO/P2O5 ratio of 1,71, very low uranium content and low Pb and Cd contents in the final concentrate.
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Sedimentação fosfática da bacia Paraíba: caracterização de fácies, petrografia, mineralogia, geoquímica e ambiente deposicionalSILVA, Cleide Moura da January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014
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Dolomitização e fosfogênese na formação bocaina, grupo Corumbá (ediacarano) / Dolomitization and phosphogenesis in the Bocaina Formation, Corumbá Group (Ediacaran)Fontaneta, Gabriella Talamo 11 May 2012 (has links)
Dolomitos são rochas carbonáticas abundantes no registro sedimentar Pré-Cambriano, porém raras no registro Fanerozóico e sua gênese até hoje permanece como um enigma da geologia, conhecido como o \"Problema Dolomito\". As rochas sedimentares fosfáticas são amplamente estudadas por fornecerem dados importantes sobre a evolução sedimentar e condições físico-químicas e biológicas da água do mar durante a sedimentação e a diagênese, além de constituírem os maiores depósitos econômicos de fósforo do mundo. Os dolomitos e fosforitos da Formação Bocaina foram estudados com base na individualização de fácies sedimentares e petrografia, complementado com investigações geoquímicas (elementar e de isótopos de C e O), a fim de discutir os processos envolvidos na gênese destas rochas. As fácies sedimentares da Formação Bocaina, caracterizadas principalmente por grainstonesoolíticos, pisolíticos, e estromatólitos, indicam ambiente de águas rasas, límpidas e agitadas, interpretado como uma laguna, propícia à proliferação microbiana, com conexão restrita ao mar aberto. Estruturas tepeese pseudomorfos de cristais de gipsita sugerem condições evaporíticas para a bacia, com eventos de exposição subaérea dos sedimentos. Os dolomitos da Formação Bocaina são interpretados como secundários, originados da substituição de sedimentos calcíticos na eodiagênese, provavelmentedevido a elevada taxa de evaporação e refluxo das águas oceânicas. Modelos organogênicos para estes dolomitos não são descartados, devido à assinatura isotópica de C ser ligeiramente positiva (\'delta\' POT.13C IND.VPDB\' entre 0,95 e 3,15%o). A fosfogênese é interpretada como um processo eodiagenético, ocorrido em ambiente geoquímico anóxico, corroborado pelas anomalias positivas de Ce. O excesso de matéria orgânica permitiu a formação da apatita, provavelmente bioinduzida, durante eventos de subida do nível do mar, e desta forma, os fosforitos representam um marco estratigráfico para a bacia, como uma superfície condensada. Subseqüentemente, há rebaixamento do nível do mar, registrado nas fácies de fosfarenito e de conglomerado polimítico da base da Formação Tamengo, unidade que se justapõe à Formação Bocaina, marcando o fim do ambiente lagunar restrito e a instalação de uma plataforma francamente marinha. / Dolomites are carbonatic rocks abundant in the Precambrian but rarely found in the Phanerozoic sedimentary record. Their genesis has remained as a long-standing enigma in geology, often called the \"Dolomite Problem\". The phosphatic rocks, which represent the largest economic deposits of phosphorus in the world, have been studied to provide some important data about the sedimentary evolution and physical-chemical and biological condition of seawater during the sedimentation and diagenesis. The dolomites and phosphorites of the Bocaina Formation were studied based on sedimentary facies, petrography, geochemistry and carbon and oxygen isotopes investigations, to understand the process involved in the genesis of both rocks. The sedimentary facies of the Bocaina Formation are characterized by stromatolites, oolitic and pisolitic grainstones, which indicate shallow, clear and agitated water, favorable to microbial growth. The paleoenvironment was interpreted as a lagoon with restrict connection to the sea. Tepees structures and pseudomorphs of gypsum crystals suggest evaporitic condition to this basin, and also show evidences of aridity. The Bocaina Formation\'s dolomites have been interpreted as secondary, from replacement of limestones during eodiagenesis by reflux of oceanic waters. Organogenic models are also consideraded as a process to form these dolomites, based on the positive carbon isotope signature (\'delta\' POT.13 IND.CVPDB\' between 0.95 and 3.15%o). The phosphogenesis has been interpreted as eodiagenetic process occurred in anoxic geochemical environment, due to the excess oforganic matter, mediated by microbial process. The positive Ce anomalies support this interpretation. This process occurs during rising of sea level and the phosphorites represent a stratigraphic mark as a condensed surface. Subsequently, it is observed a sea level lowering, recorded in phospharenite facies and in basal polymict conglomerate of Tamengo Formation, unit which overlies the Bocaina Formation. This lowering event marks the end of the restrict lagoon environment and the installation of a marine platform.
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Dolomitização e fosfogênese na formação bocaina, grupo Corumbá (ediacarano) / Dolomitization and phosphogenesis in the Bocaina Formation, Corumbá Group (Ediacaran)Gabriella Talamo Fontaneta 11 May 2012 (has links)
Dolomitos são rochas carbonáticas abundantes no registro sedimentar Pré-Cambriano, porém raras no registro Fanerozóico e sua gênese até hoje permanece como um enigma da geologia, conhecido como o \"Problema Dolomito\". As rochas sedimentares fosfáticas são amplamente estudadas por fornecerem dados importantes sobre a evolução sedimentar e condições físico-químicas e biológicas da água do mar durante a sedimentação e a diagênese, além de constituírem os maiores depósitos econômicos de fósforo do mundo. Os dolomitos e fosforitos da Formação Bocaina foram estudados com base na individualização de fácies sedimentares e petrografia, complementado com investigações geoquímicas (elementar e de isótopos de C e O), a fim de discutir os processos envolvidos na gênese destas rochas. As fácies sedimentares da Formação Bocaina, caracterizadas principalmente por grainstonesoolíticos, pisolíticos, e estromatólitos, indicam ambiente de águas rasas, límpidas e agitadas, interpretado como uma laguna, propícia à proliferação microbiana, com conexão restrita ao mar aberto. Estruturas tepeese pseudomorfos de cristais de gipsita sugerem condições evaporíticas para a bacia, com eventos de exposição subaérea dos sedimentos. Os dolomitos da Formação Bocaina são interpretados como secundários, originados da substituição de sedimentos calcíticos na eodiagênese, provavelmentedevido a elevada taxa de evaporação e refluxo das águas oceânicas. Modelos organogênicos para estes dolomitos não são descartados, devido à assinatura isotópica de C ser ligeiramente positiva (\'delta\' POT.13C IND.VPDB\' entre 0,95 e 3,15%o). A fosfogênese é interpretada como um processo eodiagenético, ocorrido em ambiente geoquímico anóxico, corroborado pelas anomalias positivas de Ce. O excesso de matéria orgânica permitiu a formação da apatita, provavelmente bioinduzida, durante eventos de subida do nível do mar, e desta forma, os fosforitos representam um marco estratigráfico para a bacia, como uma superfície condensada. Subseqüentemente, há rebaixamento do nível do mar, registrado nas fácies de fosfarenito e de conglomerado polimítico da base da Formação Tamengo, unidade que se justapõe à Formação Bocaina, marcando o fim do ambiente lagunar restrito e a instalação de uma plataforma francamente marinha. / Dolomites are carbonatic rocks abundant in the Precambrian but rarely found in the Phanerozoic sedimentary record. Their genesis has remained as a long-standing enigma in geology, often called the \"Dolomite Problem\". The phosphatic rocks, which represent the largest economic deposits of phosphorus in the world, have been studied to provide some important data about the sedimentary evolution and physical-chemical and biological condition of seawater during the sedimentation and diagenesis. The dolomites and phosphorites of the Bocaina Formation were studied based on sedimentary facies, petrography, geochemistry and carbon and oxygen isotopes investigations, to understand the process involved in the genesis of both rocks. The sedimentary facies of the Bocaina Formation are characterized by stromatolites, oolitic and pisolitic grainstones, which indicate shallow, clear and agitated water, favorable to microbial growth. The paleoenvironment was interpreted as a lagoon with restrict connection to the sea. Tepees structures and pseudomorphs of gypsum crystals suggest evaporitic condition to this basin, and also show evidences of aridity. The Bocaina Formation\'s dolomites have been interpreted as secondary, from replacement of limestones during eodiagenesis by reflux of oceanic waters. Organogenic models are also consideraded as a process to form these dolomites, based on the positive carbon isotope signature (\'delta\' POT.13 IND.CVPDB\' between 0.95 and 3.15%o). The phosphogenesis has been interpreted as eodiagenetic process occurred in anoxic geochemical environment, due to the excess oforganic matter, mediated by microbial process. The positive Ce anomalies support this interpretation. This process occurs during rising of sea level and the phosphorites represent a stratigraphic mark as a condensed surface. Subsequently, it is observed a sea level lowering, recorded in phospharenite facies and in basal polymict conglomerate of Tamengo Formation, unit which overlies the Bocaina Formation. This lowering event marks the end of the restrict lagoon environment and the installation of a marine platform.
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