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Sclerotinia sclerotiorum: características morfológicas, agressividade, sensibilidade \"in vitro\" a fungicidas e resistência de isolados a tiofanato metílico / Sclerotinia sclerotiorum: morphological characteristics, aggressiveness, \"in vitro\" fungicides sensitivity and isolated resistance to thiophanate-methylKreyci, Patricia Fabretti 04 October 2016 (has links)
O mofo-branco causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum se encontra amplamente disperso pelas áreas de produção em todo pais e afeta mais de 400 espécies de planta, causando perdas na produção e redução na qualidade. O controle da doença é considerado difícil, pois o patógeno forma escleródios (estruturas de sobrevivência), que podem permanecer viáveis por vários anos. Normalmente exige-se um manejo integrado, que envolve o controle químico, biológico e diversas práticas culturais, uma vez que cultivares resistentes não estão disponíveis. As adoções de estratégias sustentáveis de manejo do mofo branco dependem da compreensão do patógeno, sua etiologia, morfologia, agressividade e dinâmica populacional. Foram avaliados 150 isolados, coletados em cultivos de cenoura, couve, girassol, nabo, soja e feijão. O índice de velocidade de crescimento micelial (IVCM), a coloração da colônia e densidade do micélio, o tempo necessário para a formação do primeiro escleródio, o número de escleródios por placa, o peso em mg e a forma dos escleródios foram utilizados na caracterização dos isolados. O critério adotado nas avaliações da agressividade dos isolados foi o diâmetro das lesões após diversos intervalos de tempo, usando o método da folha destacada, em feijão e soja. Os valores foram usados para calcular a área abaixo da curva de progresso de doença. A população avaliada mostrou ampla variabilidade para as características morfológicas, fisiológicas e na agressividade. O controle químico é a estratégia mais utilizada no controle do mofo branco. No Brasil, onze ingredientes ativos estão registrados, no entanto, três são mais utilizados: fluazinam, procimidona e tiofanato metílico. O uso intensivo de fungicidas, especialmente os que agem em um unico sitio de ação, podem selecionar isolados resistentes e, consequentemente, levar a falhas de controle. A avaliação da sensibilidade de S. sclerotiorum para os fungicidas mais utilizados é fundamental para monitorar o comportamento da população. Foram avaliadas a sensibilidade de isolados brasileiros de Sclerotinia sclerotiorum a fluazinam, procimidona e tiofanato metílico, atraves de concentrações discriminatórias e valores de CI50 (concentração do fungicida que inibe em 50% o crescimento micelial). Um total de 150 isolados foi testado e nenhum se mostrou resistente a fluazinam ou procimidona. O valor da CI50 para fluazinam variou de 0,00173 ppm a 0,01284 ppm, com média de 0,007 ppm. Para procimidona, a CI50 desses isolados variou de 0,12223 ppm a 0,35916 ppm, com média de 0,21834 ppm. Foram encontrados sete isolados resistentes ao tiofanato metílico, com CI50 variando de 990-2667 ppm. Na população sensível o valor variou de 0,49 - 3,73 ppm. Foi verificada a adaptabilidade dos isolados resistentes, e esta se mostrou comparável a dos isolados sensíveis, sugerindo que os isolados possuem aptidão parasitária suficiente para competir com os isolados sensíveis em condições de campo. / The white mold caused by the fungus Sclerotinia sclerotiorum is widely dispersed in production areas in the whole country and affects more than 400 species, causing production losses and reduced quality. Disease control is considered difficult because the pathogen form sclerotia (survival structure) which can remain viable for several years. Typically this requires a integrated pest management, which involves chemical, biological control and various cultural practices, since resistant cultivars are not available. The adoption of sustainable management strategies for white mold depends on understanding the pathogen, its etiology, morphology, aggressiveness and population dynamics. We evaluated 150 isolates collected from carrots, cabbage, sunflower, turnip, soybeans and beans. Mycelial growth rate index (MIG), colony color and mycelium density, time required to form the first sclerotia, the number of sclerotia per plate, the weight in mg and sclerotia shape were used for the isolates characterization. The criteria used in the isolates aggressiveness evaluations were lesions diameter after various time intervals, using the detached leaf method in bean and soybean. The values were used to calculate the area under the disease progress curve (AUDPC). The population evaluates showed wide variability for morphological, physiological and aggressive characteristics. Chemical control is the most commonly strategy used in the control of white mold. In Brazil, eleven ingredients active are registered, however, three are most commonly used, and they are: fluazinam, procymidone and thiophanate-methyl. The intensive use of fungicides, especially those which act on at a single site of action, can select resistant isolates, and consequently lead to failure control. The evaluation of the sensitivity of S. sclerotiorum to the most commonly used fungicides is critical to monitor the behavior of the population. We assessed the sensitivity of Brazilian Sclerotinia sclerotiorum isolated to fluazinam, procymidone and thiophanate-methyl, through discriminatory concentrations and IC50 values (the fungicide concentration which inhibits 50% of the mycelial growth). A total of 150 strains have been tested, and none were resistant to fluazinam or procymidone. The IC50 value for fluazinam ranged from 0.00173 to 0.01284 ppm ppm, with an average of 0.007 ppm. For procymidone, the IC50 of these isolates ranged from 0.12223 to 0.35916 ppm ppm, averaging 0.21834 ppm. Seven isolates were found resistant to thiophanate-methyl with IC50 ranging from 990-2667 ppm. In sensitive people the value ranged from 0.49 to 3.73 ppm. Adaptability of resistant isolates was observed, and this proved to be comparable to the susceptible isolates, suggesting that the isolates have parasitic fitness enough to compete with susceptible isolates in field conditions.
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Sclerotinia sclerotiorum: características morfológicas, agressividade, sensibilidade \"in vitro\" a fungicidas e resistência de isolados a tiofanato metílico / Sclerotinia sclerotiorum: morphological characteristics, aggressiveness, \"in vitro\" fungicides sensitivity and isolated resistance to thiophanate-methylPatricia Fabretti Kreyci 04 October 2016 (has links)
O mofo-branco causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum se encontra amplamente disperso pelas áreas de produção em todo pais e afeta mais de 400 espécies de planta, causando perdas na produção e redução na qualidade. O controle da doença é considerado difícil, pois o patógeno forma escleródios (estruturas de sobrevivência), que podem permanecer viáveis por vários anos. Normalmente exige-se um manejo integrado, que envolve o controle químico, biológico e diversas práticas culturais, uma vez que cultivares resistentes não estão disponíveis. As adoções de estratégias sustentáveis de manejo do mofo branco dependem da compreensão do patógeno, sua etiologia, morfologia, agressividade e dinâmica populacional. Foram avaliados 150 isolados, coletados em cultivos de cenoura, couve, girassol, nabo, soja e feijão. O índice de velocidade de crescimento micelial (IVCM), a coloração da colônia e densidade do micélio, o tempo necessário para a formação do primeiro escleródio, o número de escleródios por placa, o peso em mg e a forma dos escleródios foram utilizados na caracterização dos isolados. O critério adotado nas avaliações da agressividade dos isolados foi o diâmetro das lesões após diversos intervalos de tempo, usando o método da folha destacada, em feijão e soja. Os valores foram usados para calcular a área abaixo da curva de progresso de doença. A população avaliada mostrou ampla variabilidade para as características morfológicas, fisiológicas e na agressividade. O controle químico é a estratégia mais utilizada no controle do mofo branco. No Brasil, onze ingredientes ativos estão registrados, no entanto, três são mais utilizados: fluazinam, procimidona e tiofanato metílico. O uso intensivo de fungicidas, especialmente os que agem em um unico sitio de ação, podem selecionar isolados resistentes e, consequentemente, levar a falhas de controle. A avaliação da sensibilidade de S. sclerotiorum para os fungicidas mais utilizados é fundamental para monitorar o comportamento da população. Foram avaliadas a sensibilidade de isolados brasileiros de Sclerotinia sclerotiorum a fluazinam, procimidona e tiofanato metílico, atraves de concentrações discriminatórias e valores de CI50 (concentração do fungicida que inibe em 50% o crescimento micelial). Um total de 150 isolados foi testado e nenhum se mostrou resistente a fluazinam ou procimidona. O valor da CI50 para fluazinam variou de 0,00173 ppm a 0,01284 ppm, com média de 0,007 ppm. Para procimidona, a CI50 desses isolados variou de 0,12223 ppm a 0,35916 ppm, com média de 0,21834 ppm. Foram encontrados sete isolados resistentes ao tiofanato metílico, com CI50 variando de 990-2667 ppm. Na população sensível o valor variou de 0,49 - 3,73 ppm. Foi verificada a adaptabilidade dos isolados resistentes, e esta se mostrou comparável a dos isolados sensíveis, sugerindo que os isolados possuem aptidão parasitária suficiente para competir com os isolados sensíveis em condições de campo. / The white mold caused by the fungus Sclerotinia sclerotiorum is widely dispersed in production areas in the whole country and affects more than 400 species, causing production losses and reduced quality. Disease control is considered difficult because the pathogen form sclerotia (survival structure) which can remain viable for several years. Typically this requires a integrated pest management, which involves chemical, biological control and various cultural practices, since resistant cultivars are not available. The adoption of sustainable management strategies for white mold depends on understanding the pathogen, its etiology, morphology, aggressiveness and population dynamics. We evaluated 150 isolates collected from carrots, cabbage, sunflower, turnip, soybeans and beans. Mycelial growth rate index (MIG), colony color and mycelium density, time required to form the first sclerotia, the number of sclerotia per plate, the weight in mg and sclerotia shape were used for the isolates characterization. The criteria used in the isolates aggressiveness evaluations were lesions diameter after various time intervals, using the detached leaf method in bean and soybean. The values were used to calculate the area under the disease progress curve (AUDPC). The population evaluates showed wide variability for morphological, physiological and aggressive characteristics. Chemical control is the most commonly strategy used in the control of white mold. In Brazil, eleven ingredients active are registered, however, three are most commonly used, and they are: fluazinam, procymidone and thiophanate-methyl. The intensive use of fungicides, especially those which act on at a single site of action, can select resistant isolates, and consequently lead to failure control. The evaluation of the sensitivity of S. sclerotiorum to the most commonly used fungicides is critical to monitor the behavior of the population. We assessed the sensitivity of Brazilian Sclerotinia sclerotiorum isolated to fluazinam, procymidone and thiophanate-methyl, through discriminatory concentrations and IC50 values (the fungicide concentration which inhibits 50% of the mycelial growth). A total of 150 strains have been tested, and none were resistant to fluazinam or procymidone. The IC50 value for fluazinam ranged from 0.00173 to 0.01284 ppm ppm, with an average of 0.007 ppm. For procymidone, the IC50 of these isolates ranged from 0.12223 to 0.35916 ppm ppm, averaging 0.21834 ppm. Seven isolates were found resistant to thiophanate-methyl with IC50 ranging from 990-2667 ppm. In sensitive people the value ranged from 0.49 to 3.73 ppm. Adaptability of resistant isolates was observed, and this proved to be comparable to the susceptible isolates, suggesting that the isolates have parasitic fitness enough to compete with susceptible isolates in field conditions.
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