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Estudo de associação entre o polimorfismo Val66Met no gene do BDNF com transtorno de ansiedade generalizada / Val66Met polymorphism is associated with increased BDNF levels in generalized anxiety disorder.

Moreira, Fernanda Pedrotti 13 November 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-03-22T17:27:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 FERNANDAPEDROTTI_MESTRADO.pdf: 708081 bytes, checksum: 5ee01fbf7025bcd8bfa8448519f5340e (MD5) Previous issue date: 2014-11-13 / Background: Generalized Anxiety Disorder (GAD) is a common psychiatric disorder characterized by long term worry, tension, nervousness, fidgeting and symptoms of autonomic system hyperactivity. The neurobiology of this disorder is still unclear, although it has been consistently demonstrated that the environment and the genetic profile could increase its risk. We examined whether a polymorphism in the BDNF gene, which plays a role in neuroplasticity and memory, could increase the vulnerability to this disorder. Methods: In our study, 816 subjects from a population-based study were genotyped by qPCR for the BDNF functional variant rs6265 (Val66Met) and the BDNF serum levels were measured by ELISA. Results: Our results revealed a significant association between the Met allele and risk for GAD (p=0.014), but no differences were observed in the serum levels of BDNF according to diagnosis (p=0.531) or genotype distribution (p=0.197). The interaction between Val66Met genotype and GAD in explaining serum BDNF levels approached significance (F=3.93; p=0.048). The logistic regression analysis confirmed the independent association of Met allele as a risk factor to develop GAD after adjusting for confounders (β=1.92; 95% IC: 1.168-3.16; p=0.010. Conclusion: These results suggest that BDNF could be involved in the neurobiology of GAD and might represent a useful marker associated with the disease. Key words: Anxiety disorders, generalized anxiety disorder, brain-derived neurotrophic factor, BDNF serum levels, Val66Met polymorphism / O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é uma doença crônica, caracterizada pelo excesso de ansiedade e preocupação somada à presença de outros sintomas, como tensão muscular, e irritabilidade (Hanrahan et al, 2013; Zargar et al, 2013). De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV), esse transtorno normalmente inicia na adolescência e afeta cerca de 5,7% da população em geral com altas taxas de incidência em mulheres (Kessler et al, 2005; Tempesta et al, 2013). Além disso, o TAG tem considerável impacto na qualidade de vida, sendo responsável por prejuízos na vida social, profissional e familiar dos seus portadores (Zargar et al, 2013; Tempesta et al, 2013). O TAG, geralmente é acompanhado de comorbidades psiquiátricas como a depressão maior, outros transtornos de ansiedade, e abuso de álcool, sendo caracterizado por altas taxas de falha na terapêutica, o que dificulta a resposta ao tratamento, bem como a resposta a psicoterapia (Zargar et al, 2013; Grant et al, 2005). O TAG é uma doença complexa na qual ocorre a interação de múltiplos fatores ambientais, biológicos e genéticos, cuja neurobilogia exata permanece ainda desconhecida (Zargar et al, 2013; Chen et al, 2006). O fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), membro da família das neurotrofinas, age sobre certos neurônios do SNC e periférico, desempenhando um papel importante na sobrevivência, diferenciação e crescimento neuronal durante o desenvolvimento e na idade adulta (Gratacos et al, 2007; Egan et al, 2004). No cérebro está presente em regiões específicas como hipocampo, neocortex e hipotálamo, regiões-chave na regulação do humor e comportamento, bem como na aprendizagem e memória, indicando um envolvimento direto na patofisiologia das doenças psiquiátricas (Yoshii and Constantine-Paton, 2010; Lu et al, 2008). Estudos clínicos e pré-clínicos com transtornos de ansiedade demonstram que alterações no gene e nos níves de BDNF podem estar associados a doença (Hartmann et al., 2001; Rasmusson et al., 2002; Molle et al., 2012). Porém os estudos nesta área são escassos e inconsistentes, mas indicam que indivíduos com TAG apresentam uma maior frequência do alelo Met (Suliman et al, 2013; Ball et al, 2013). Dessa forma, uma melhor compreensão de alguns fatores genéticos envolvidos nos transtornos de ansiedade poderá permitir avanços não só ao nível de tratamento, mas também de prevenção e diagnóstico, podendo algumas alterações neurobiológicas vir a integrar os critérios de diagnóstico e monitoramento da doença, hoje exclusivamente semiológicos, e contribuir, assim, para a explicação da heterogeneidade desta patologia

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