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SENTIDOS PRODUZIDOS POR FAMILIARES ACERCA DA VIOLÊNCIA POLICIALVieira, Valterci 20 March 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-03-20 / This essay investigates and seeks to understand the meanings given by the lower
class families of six adolescents and youth regarding police violence. Its objective is
to identify psychosocial mediations constructed and used to deal with this reality. In
order to develop this investigation information was collected from accusations
presented by the families and through the media which spoke of homicides,
disappearances and physical aggressions practiced by the police, and cases were
registered in the municipalities of Goiânia, Aparecida de Goiânia and Senador
Canedo during the time period of 2003 to 2008. Semi-structured interviews were held
with eight relatives, focusing on the life history of these relatives and of the victim,
their situation of suffering and pain and themes related to the role and behavior of the
institutions directly connected to police violence. Analysis of the categories speaks to
the social and cultural dimensions related to institutional questions and objectives.
Also it relates to questions regarding emotional, affective and individual experiences
of the subjects. Police violence is frequently hidden by structural violence and
maintained by mechanisms of domination and societal control. It is revealed in a
powerful manner from the given meanings, which allows one to comprehend this
form of contemporary violence. As thus stated, the psychosocial mediations reveal
full intentionality of the subjects regarding their overcoming the situation of the
suffered violence, making it clear how much they often have their basic rights as
citizens ignored. The issue here is forms of extermination practiced by official
discourse, as being an inevitable and even necessary action in the struggle against
crime , especially in large urban centers, and most often practiced against
adolescents and youth. / O presente trabalho investiga e compreende os sentidos produzidos por familiares
de seis jovens e adolescentes de classes populares acerca da Violência Policial.
Teve como objetivo identificar mediações psicossociais construídas e utilizadas para
lidarem com essa realidade. Para desenvolver essa investigação, foram coletadas
informações a partir de denúncias apresentadas por familiares e pela mídia, com
respeito a homicídios, desaparecimentos e agressões físicas praticadas por policiais,
e casos registrados nos municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador
Canedo, no período de 2003 a 2008. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas
com oito familiares, tendo por referência a sua história de vida e a da vitima, a sua
situação de sofrimento e dor vivida e temas relacionados ao papel e atuação de
instituições diretamente vinculadas à violência policial. A análise das categorias
articula dimensões sociais e culturais quanto às questões institucionais e objetivas e
às questões vinculadas às experiências emocionais, afetivas e individuais dos
sujeitos. A violência policial é ocultada muitas vezes em sua forma estrutural e
mantida por mecanismos de dominação e controle da sociedade. Mas foi revelada
de maneira contundente a partir dos sentidos produzidos, que permitiram
compreendê-la na contemporaneidade. Como se constatou, as mediações
psicossociais construídas revelam a intencionalidade dos sujeitos quanto à
superação da situação sofrida, explicitando o quanto são desprovidos de direitos
básicos de cidadania. A violência policial é forma de extermínio que tem
comparecido como prática defendida através de discursos oficiais ou como ação
inevitável e mesmo necessária na luta contra a criminalidade , especialmente nos
grandes centros urbanos, e impetrados, sobretudo, contra adolescentes e jovens.
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