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Cintilografia de perfusão na avaliação da hemodinâmica hepática na esquistossomose hepatoesplênicaCARVALHO, Bernardo Times de 10 September 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-09-10 / A esquistossomose mansoni é uma doença infecto-parasitária endêmica em 78 países da África,
Ásia, Américas Central e do Sul. A forma hepatoesplênica (EHE) constitui a fase evolutiva
mais grave da doença, caracterizada pela hipertensão portal. Nela observam-se lesões
obstrutivas da veia porta associadas à hipertrofia do território da artéria hepática. A cintilografia
de perfusão hepática é um método radioisotópico utilizado na investigação da perfusão do
fígado nas doenças hepáticas. Uma vez que a esquistossomose cursa com alterações da
fisiologia da perfusão portal secundárias à redução da vascularização portal intra-hepática,
pode-se sugerir que ocorram modificações perfusionais semelhantes à cirrose onde está
documentado um aumento compensatório da perfusão através da artéria hepática. O presente
objetivou verificar alterações da hemodinâmica hepática em esquistossomóticos com a forma
hepatoesplênica através da cintilografia de perfusão hepática. Buscou, também, relacionar estas
alterações com variáveis clínico-laboratoriais (antecedente de hemorragias, presença de varizes
esofágicas e contagem plaquetária) e ultrassonográficas (calibre da veia porta e esplênica,
diâmetro longitudinal do baço e padrão de fibrose hepática) encontradas na EHE, no intuito de
ampliar o conhecimento sobre esta enfermidade multifatorial e bastante heterogênea, podendo
acrescentar novas perspectivas na condução de pacientes com EHE. Dezenove pacientes
esquistossomóticos foram submetidos à avaliação ultrassonográfica do grau de fibrose hepática,
medida do baço, veia porta e esplênica, endoscopia digestiva e quantificação de plaquetas.
Posteriormente foram submetidos à angiocintilografia com medida do índice de perfusão
hepática (IPH). Foi observado que pacientes com esquistossomose hepatoesplênica apresentam
significativo aumento do IPH comparado a indivíduos normais (p=0,0029) e que este aumento
se correlaciona com o comprimento esplênico (p=0,038) e calibre das varizes esofágicas
(p=0,0060). Conclui-se que a angiocintilografia foi capaz demonstrar que pacientes com EHE
apresentavam aumento do IPH, caracterizando uma maior “arterialização” hepática, à
semelhança do descrito previamente em cirróticos. Observou-se também correlação entre o IPH
e o comprimento longitudinal do baço e com o calibre das varizes esofágicas, bem como, com
o calibre da veia porta e com a contagem de plaquetas. No presente estudo, a medida do IPH
não se correlacionou com o padrão da fibrose hepática, nem com o calibre da veia esplênica ou
com o antecedente de hemorragia digestiva. A angiocintilografia representa um campo
promissor na avaliação da esquistossomose hepatoesplênica. / Schistosomiasis is an infectious parasitic disease endemic in 78 countries of Africa, Asia,
Central and South America. In Brazil, it is estimated that 25 million people are at risk of
infection. The hepatosplenic form (HSS) is the most severe stage of the disease, characterized
by portal hypertension. Portal vein obstructive lesions associated with hypertrophy of hepatic
artery territory are observed. The liver perfusion scintigraphy is a radioisotope method used in
the evaluations of hepatic perfusion changes of liver diseases. Once schistosomiasis courses
with changes in the physiology of portal perfusion secondary to reduced intrahepatic portal
vasculature, it may be suggested that likely in cirrhosis, where the compensatory increase in
perfusion through the hepatic artery is documented, perfusion changes occur in hepatosplenic
schistosomiasis. This study is aimed on determine changes in liver hemodynamics of
hepatosplenic schistosomiasis through hepatic perfusion scintigraphy. It also tried to correlate
these changes with clinical and laboratory variables (history of bleeding, presence of
esophageal varices and platelet count) and ultrasound findings (caliber of portal and splenic
veins, the longitudinal splenic diameter and pattern of liver fibrosis) found in the EHE in order
to increase knowledge of this very heterogeneous and multifactorial disease, and add new
perspectives in the management of patients with EHE. Nineteen patients with schistosomiasis
underwent ultrasound evaluation of the degree of liver fibrosis, splenic length, splenic and
portal vein diameters, digestive endoscopy and quantification of platelets. Subsequently
underwent perfusion scintigraphy with measurement of hepatic perfusion index (HPI). It was
observed that patients with hepatosplenic schistosomiasis had significantly increase the HPI
compared to normal individuals (p = 0.0029) and that this increase correlates with the splenic
length (p = 0.038) and the esophageal varices diameters (p = 0.0060). We concluded that
angioscintigraphy was able to show that patients with HSS had increased HPI, featuring greater
liver "arterialization", likely previously described in cirrhotic patients. It was also noted the
correlation between the HPI and the longitudinal splenic length, with the caliber of esophageal
varices, with the caliber of the portal vein and with the blood platelet count. In this study, the
measure of IPH was not correlated with the pattern of liver fibrosis or with the caliber of the
splenic vein or with a history of gastrointestinal bleeding. Angioscintigraphy is a promising
field in the evaluation of hepatosplenic schistosomiasis
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