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Comparação das reações adversas do tratamento da hepatite crônica pelo vírus C com alfainterferona ou alfapeginterferona associados à ribavirina

Gonçalves, Candice Beatriz Treter January 2009 (has links)
Introdução: A hepatite C crônica representa um dos maiores problemas de saúde pública no mundo com estimativa de prevalência global média próxima de 3%. Seu tratamento é realizado com os medicamentos antivirais alfainterferona (IFN) e alfapeginterferona (PEGIFN), ambos associados à ribavirina, tendo como objetivo primário a supressão sustentada da replicação viral. Em virtude do perfil de reações adversas associadas ao tratamento medicamentoso, o acompanhamento farmacoterapêutico dos pacientes bem como uma farmacovigilância ativa pós comercialização se faz necessária. No Brasil, o tratamento da Hepatite C crônica é totalmente financiado pelo Sistema Único de Saúde, que também preconiza um acompanhamento destes pacientes através da criação de centros de referência. Objetivos: Este estudo teve como objetivo primário comparar a freqüência das reações adversas associadas ao IFN ou PEGIFN combinados com a ribavirina, bem como realizar uma farmacovigilância ativa destas RAM. Métodos: Realizou-se busca ativa, em entrevistas mensais com pacientes portadores de hepatite crônica pelo vírus C, atendidos em um serviço especializado da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS). Trata-se de um estudo de coorte prospectivo que acompanhou pacientes tratados com IFN e ribavirina e PEGIFN e ribavirina. Através de entrevistas mensais semi-estruturadas as RAMs foram coletadas por um período de 24 semanas e classificadas de acordo com a severidade, a gravidade e a causalidade. Interrupções de tratamento e reduções de dose dos medicamentos por RAM também foram aferidas. Resultados: Foram acompanhados 283 pacientes destes 136 receberam IFN e 147 receberam PEGIFN ambos associados à ribavirina. Os tratamentos com IFN e PEGIFN foram no geral bem tolerados com perfil de RAMs semelhantes. As seis RAMs mais freqüentes no grupo IFN e PEGIFN, respectivamente, foram: fadiga (76,5% e 72,8%), cefaléia (72,1% e 75,5%), irritabilidade (66,2% e 63,9%), mialgia (61,8% e 61,2%), perda de apetite (57,4% e 66%) e febre (53,7% e 66,7%). A febre foi significativamente mais freqüente no grupo PEGIFN, comparado com o grupo IFN (p= 0,035). A anemia, neutropenia e plaquetopenia foram as RAMs hematológicas mais freqüentes com incidência maior no grupo PEGIFN (p<0,001, p<0,001 e p=0,031, respectivamente). A gravidade das RAM não foi diferente entre os grupos, demonstrando número semelhante de pacientes que apresentaram alguma RAM grave. Interrupções de tratamento e reduções de dose do IFN/PEGIFN por RAM foram mais frequentes no grupo PEGIFN (p<0,001 e p=0,008, respectivamente). Reduções de dose da ribavirina foram semelhantes nos dois grupos. Conclusão: O perfil de RAMs relatados, embora semelhante aos observados em estudos clínicos e esperados de acordo com o efeito biológico do medicamento, teve maior freqüência nesta coorte. Comparado ao IFN, o PEGIFN demonstrou maior freqüência de RAMs hematológicas e não-hematológicas, maior taxa de interrupções de tratamento e de redução de dose devidas as RAMs.
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Efetividade comparativa de alfapeginterferona 2a e 2b associadas à ribavirina no tratamento de pacientes com hepatite C crônica genótipo 1 acompanhados em um serviço especializado do SUS

Amaral, Karine Medeiros January 2010 (has links)
A hepatite C é uma doença que acomete principalmente o fígado, sendo considerada um problema de saúde pública mundial. A doença é viral e existem pelo menos 6 genótipos identificados. No Brasil, o tratamento, em nível de saúde pública, é feito segundo recomendações instituídas através do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde para a Hepatite Viral C. Para o genótipo 1, recomenda-se alfapeginterferona na dose de 180 μg ou 1,5 μg/Kg de peso corporal por semana (alfapeginterferona- 2a/PEG-IFN-2a ou alfapeginterferona-2b/PEG-IFN-2b, respectivamente) associada à ribavirina na dose de 1.000-1.250 mg por dia, por 48 semanas de tratamento. Em setembro de 2003, foi implementado, no Hospital Sanatório Partenon (Porto Alegre), o 1°serviço especializado no acompanhamento dos pacientes em tratamento para hepatite C do Rio Grande do Sul, o Centro de Aplicação e Monitorização de Medicamentos Injetáveis (CAMMI). Não existem informações brasileiras de acompanhamento de longo prazo dos desfechos destes tratamentos ou estudos comparativos de efetividade. Objetivo: comparar a efetividade (eficácia e segurança na prática clínica) dos tratamentos feitos com PEG-IFN-2a e PEG-IFN-2b. Métodos: coorte de 752 pacientes genótipo 1 acompanhados sistematicamente durante todo o período do tratamento no CAMMI do Hospital Sanatório Partenon. O desfecho de resposta virológica foi medido nas semanas 12 (por PCR quantitativo), 48 e 72 (por PCR qualitativo). O PCR quantitativo nas 12 semanas serviu para determinar a continuidade do tratamento. Pacientes que não reduziram pelo menos 100 vezes a carga viral interromperam o tratamento. A resposta virológica (RV) nas 48 semanas e resposta virológica sustentada (RVS) nas 72 semanas foram consideradas para avaliação de eficácia do tratamento. Foram realizados exames laboratoriais periodicamente: hemograma e plaquetas, creatinina, ALT/AST a cada mês; TSH a cada 3 meses. Avaliação clínica dos eventos adversos foi feita a cada mês através de entrevistas semi-estruturadas com o farmacêutico. Resultados: 230 pacientes fizeram uso de PEG-IFN-2a (30,6%), 425 de PEG-IFN-2b (56,5%) e 97 pacientes utilizaram, no mesmo curso terapêutico - por questões logísticas, as duas formas de PEG-IFN (2a e 2b) (12,9%). As características basais não diferiram entre os grupos. Não houve diferença significativa entre os grupos com relação ao sexo (p=0,241), sendo o total da amostra composta de 56,8% do sexo masculino. A média de idade foi de 49,3±11,2 para PEG-IFN-2a, 51,3±10,5 para PEG-IFN-2b e 48,3±11,6 para PEG-IFN-2a/2b (p=0,030). Com relação ao grau de fibrose, 41,2% da amostra foi composta de fibrose grau 2 (moderada), não havendo diferença entre os grupos (p=0,749). A quase totalidade dos pacientes relatou pelo menos 1 evento adverso nas entrevistas realizadas durante o tratamento (96,4%). Os 5 eventos adversos mais relatados foram fadiga (51,4%), cefaleia (35,2%), anorexia (27,9%), irritabilidade (24,9%) e mialgias (22,7%). A média do número de eventos adversos apresentados nas entrevistas farmacêuticas foi de 4,5±2,4. O grupo PEG-IFN-2a/2b apresentou mais eventos adversos por entrevista do que os outros grupos (5,3±2,4; p<0,001). Em toda a amostra estudada, 496 pacientes (65,6%) cumpriram as 48 semanas de tratamento. As interrupções ocorreram por eventos adversos (10,3%), pela não redução da carga viral com 12 semanas de tratamento (20,9%) e por outros motivos (3,1%). Os 5 principais eventos adversos que levaram à interrupção do tratamento foram cirrose descompensada (14,2%), anemia (12,8%), óbito (11,5%), sintomas intensos (11,5%) e plaquetopenia (11,5%). Estatisticamente, o grupo PEG-IFN-2b interrompeu mais pela não redução da carga viral nas12 semanas (p<0,001). A RVS por intenção de tratar foi de 34,6% e não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos PEG-IFN-2a (32,6%) e PEG-IFN-2b (32,0%), ocorrendo diferença somente quando comparados ao grupo PEG-IFN-2a/2b (49,5%; p=0,004). Conclusões: a efetividade do PEGIFN- 2a comparativamente ao PEG-IFN-2b foi equivalente. Não houve interferência desfavorável na RV e RVS quando houve troca de PEG-IFN durante o tratamento, porém houve maior ocorrência de eventos adversos neste grupo.
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Construção de genossensor amperométrico para diagnóstico da hepatite C baseado em monocamadas auto montadas e detecção não marcada /

Marques, Paulo Roberto Brasil de Oliveira. January 2009 (has links)
Orientador: Hideko Yamanaka / Banca: Fernando Luis Fertonani / Banca: Silvia Helena Pires Serrano / Banca: Neiva Sellan Lopes Gonçales / Banca: Eduardo Mathias Richter / Resumo: O presente trabalho descreve estudos de construção de biossensores modificados com DNA para detecção de vírus da hepatite C. Utilizaram-se como superfície eletródica substratos de ouro oriundos de CDs graváveis, já descritos na literatura. O procedimento de construção deste tipo específico de eletrodo foi modificado e esta modificação foi avaliada por meio de técnicas eletroquímicas, de microscopias de varredura eletrônica de fluorescência. Duas propostas de imobilização foram avaliadas, sendo: a construção de monocamadas auto organizadas com moléculas de ácido mercaptopropiônico, com posterior ligação de material biológico via metodologia biotina estreptavidina e a construção de monocamadas a partir de moléculas de DNA modificadas com grupamentos tióis. As metodologias foram comparadas e a que fez uso do DNA tiolado foi escolhida para efetuar os procedimentos de imobilização, que foram então otimizados. Para monitorar o sinal de hibridização do genossensor, dois métodos foram estudados, sendo: detecção via oxidação da base nitrogenada guanina e detecção via interação do material genético com indicadores eletroanalíticos, sendo este último o que apresentou melhores resultados sendo selecionado. Como indicadores foram avaliados os corantes azul de metileno e azul de meldola e os compostos de cobre Cu(NO3)2(en)2 e Cu(NO3)2(NN)2, que foram caracterizados e avaliados por técnicas eletroanalíticas e espectrofotométricas. Estes foram estudados frente aos processos de interação com o material genético nativo e degradado, por meio do método da razão molar. O azul de metileno e o Cu(NO3)2(en)2 apresentaram forte interação com o DNA de Calf Thymus, com constantes de interação de 1,5 x 10 4 e 1,0 x 10 5 L mol -1. Estes foram utilizados como indicadores eletroanalíticos na etapa de hibridização, sendo eficientes para detecção de genótipos da hepatite C em amostras amplificadas de soro sanguineo. / Abstract: This paper describes a studies of biosensors modified DNA construction for hepatitis C virus detection. It was used gold from recordable CDs as a electrodic substrates just described in the literature. The procedure of construction of this particular electrode was modified and this modification was evaluated using electrochemical, scanning electron microscopy and fluorescence techniques. Two detention proposals were evaluated: first, the construction of self assembly monolayers with mercaptopropionic acid and subsequent binding of biological material by streptavidin biotin method and second, the construction of monolayers from molecules of DNA modified with thiol groups. The methods were compared and the DNA thiol was chosen to perform the detention procedures, which were then optimized. To monitoring the hybridization signal genosensor, two methods were studied,: guanine oxidation detection and interaction of genetic material with electroanalytical indicators, the latter being the one with better results, and selected. As indicators were evaluated the methylene blue and meldola blue dye, and copper compounds Cu(NO3)2(en)2 and Cu(NO3)2(NN)2, which were characterized and evaluated by spectrophotometric and electroanalytical techniques. These coumpounds were studied before the interaction process with the native and degraded material by the molar ratio method. The methylene blue and Cu(NO3)2(en)2 showed strong interaction with the Calf Thymus DNA with constant of 1.5 x 10 4 and 1.0 x 10 5 L mol -1. These were used as indicators of hybridization in electroanalytical step and they were efficient for detection of hepatitis C genotypes in amplified blood serum samples. / Doutor
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Resultado reagente próximo ao limiar de reaticidade: uma dificuldade no diagnóstico laboratorial da hepatite C

Ramos, Marcos Montanha [UNESP] 02 March 2010 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:23:07Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2010-03-02Bitstream added on 2014-06-13T18:09:20Z : No. of bitstreams: 1 ramos_mm_me_botfm.pdf: 505331 bytes, checksum: c19ab9911d5a9bf7f687fb2f2987b64d (MD5) / Ministério da Saúde / Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (Famesp) / Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo / O fluxograma de investigação laboratorial da hepatite C, proposto pelo Ministério da Saúde, envolve a utilização de metodologias que pesquisam anticorpos anti-VHC como testes de triagem para a infecção, sendo que os testes moleculares vêm sendo utilizados como confirmatórios mediante sorologia positiva. Neste fluxo, algumas amostras podem apresentar, nos testes de triagem, resultados reagentes próximos ao limiar de reatividade e estes resultados muitas vezes não se confirmam quando se utilizam outras metodologias. Estes resultados falso-positivos podem gerar descarte de bolsas de sangue e conseqüências psicológicas negativas para doadores e pacientes. Assim, o objetivo deste estudo foi estabelecer valores de corte entre resultados reagentes e fracamente reagentes no diagnóstico laboratorial da hepatite C pelo Imunoensaio Quimioluminescente de Micropartículas (CMIA), e avaliar estes resultados com outras metodologias. Foram analisados 2535 resultados anti- VHC por CMIA para a seleção das amostras reagentes independente do valor da razão S/CO. Destas, apenas as amostras com a razão S/CO entre 1,11 e 6,99 por CMIA foram testadas por MEIA, ELISA e RT-PCR. Das 2535 amostras, 100 (3,95%) foram reagentes pela CMIA e destas, a menor freqüência foi observada em amostras com a razão S/CO entre 6,00 e 6,99. No mesmo sentido, a detecção do RNA do VHC foi crescente a partir da razão S/CO 7,00 sugerindo uma maior ocorrência de resultados falso-positivos em amostras com valor de S/CO inferior a 7,00. No período do estudo, 56 amostras apresentaram-se reagentes por CMIA com razão S/CO entre 1,11 e 6,99 e 49 (87,5%) delas foram reagentes por MEIA, das quais 25 (44,6%) também foram reagentes por ELISA. Apenas uma amostra apresentou RNA do VHC detectável por RT-PCR. Esses resultados sugerem que os resultados reagentes pelos métodos de triagem com valores próximos ao limiar de... / Hepatitis C laboratorial investigation, proposed by Ministry of Health, includes anti-HCV tests for screening and molecular methodologies for confirmation of the positive results. Some time the samples can present reagents results near to the cut off and, these results, a lot of times, are not confirmed by other methodologies. False positives results can lead blood units discard and negative psychological consequences for donors and patients. The goal of this study was establish a threshold among resulted reagents and weakly reagents in the hepatitis C laboratorial diagnosis by CMIA, and to evaluate these results with other methodologies. In this study were analyzed 2535 resulted anti-VHC by CMIA for the selection of the reagents samples independent of the S/CO obtained. The samples with S/CO between 1.11 and 6.99 by CMIA were tested by MEIA, ELISA and RT-PCR. From 2535 samples, 100 (3.95%) were reagents for CMIA and the lower frequency it was observed in samples with S/CO between 6.00 and 6.99. In the same sense, the HCV RNA detection was confirmed in samples with S/CO upper than 7.00; suggesting an occurrence of false-positive results in samples with S/CO lower to 7.00. In study period 56 samples were reagents by CMIA with S/CO between 1.11 and 6.99 and 49 (87.5%) were reagents by MEIA, which 25 (44.6%) were also reagents by ELISA. One sample presented HCV RNA detected by RTPCR. Those results suggest that the reagents results by the screening tests, with S/CO near to cut off should be analyzed with precaution and different of the reagents results with upper S/CO
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Perfil epidemiológico dos pacientes portadores de hepatite C notificados no estado do Rio Grande do Sul no período de 2010 a 2011

Santos, Janaina Dorneles dos January 2013 (has links)
No Brasil, apesar dos crescentes esforços governamentais para o combate e prevenção das doenças infectocontagiosas, as hepatites virais representam um grave problema na área de saúde. A infecção causada pela hepatite C gera consequências graves para a saúde dos portadores, podendo levar ao desenvolvimento de cirrose e carcinoma hepatocelular, além de elevar os custos públicos com os tratamentos. O conhecimento do cenário epidemiológico da hepatite C e os fatores associados à infecção são de grande importância para subsidiar a tomada de decisão na política que envolve a linha de cuidado e a rede de assistência desse agravo. A pesquisa teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico dos indivíduos notificados com hepatite C no estado do Rio Grande do Sul a partir da base de dados do SINAN/RS no período de 2010 e 2011. Foram avaliados um total de 6.168 registros, conforme a ficha padrão de notificação de hepatites virais usada pelo sistema de notificação. Foram descritas no estudo as variáveis demográficas, as variáveis relacionadas aos antecedentes epidemiológicos da hepatite C e as condições associadas, em especial a coinfecção pelo HIV. Depois de descritas e comparadas, as variáveis foram submetidas à análise bivariada e análise de regressão logística Os resultados apontaram uma maior prevalência da infecção e do genótipo 1 do VHC em homens quando comparado com as mulheres. O uso de drogas, destaca-se como um dos principais fatores de risco associado a infecção pelo HIV em pacientes coinfectados, bem como a baixa escolaridade. / In Brazil, despite the increasing governmental effort to combat and prevent infectious disease, viral hepatitis represents a significant problem in health care. The infection caused by hepatitis C engender sever problems for its carriers, and may take them to develop cirrhosis and hepatocellular carcinoma, in addition to higher public cost with treatment. The knowledge about the epidemiological scenario of hepatitis C and the infection associated factors are very important to subsidize the decision-making in politics that involves the care line and the assistance network for this harm. This research aimed to describe the epidemiological profile of individuals notified with hepatitis C in Rio Grande do Sul state according to the data base from SINAN/RS from 2010 to 2011. 6168 records were evaluated, according to the notification for hepatitis C standard form used by the notification system. The demographic variables, the variables related to hepatitis C epidemiological background and the conditions associated to the disease, specially the coinfection with HIV, were described on the study. After the description, the variables were submitted to bivariate analysis and logistic regression analysis. The results show a higher prevalence of infection and the genotype 1 of HCV in men when compared to women. The use of drugs stands out as the main risk factor related to HIV infection in coinfected patients, as much as low schooling.
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Estudo da incidência de infecção pelo vírus da hepatite C em pacientes em tratamento hemodialítico crônico

Nunes, Rosemeri Isabel da Silveira January 1997 (has links)
A infecção pelo vírus da hepatite C tornou-se um problema crescente nas unidades de hemodiálise. O presente estudo teve como objetivo principal avaliar a incidência de infecção pelo vírus da hepatite C em pacientes com insuficiência renal crônica mantidos em hemodiálise crônica em unidades de tratamento de Porto Alegre. Pacientes e Métodos. Setenta e oito pacientes foram inicialmente arrolados no estudo, em sete constatou-se a presença de anticorpos anti-HCV prévios ao início do tratamento dialítico e eles foram excluídos por se tratarem de casos prevalentes. O teste diagnóstico utilizado foi o ELISA de terceira geração. Em uma parcela dos pacientes foram feitos testes utilizando-se a PCR. A presença de anticorpos foi testada aos 6, 12 e 24 meses. A pesquisa de viremia foi realizada aos 24 meses em 25 pacientes aleatoriamente selecionados. Resultados. Não foi encontrada associação estatisticamente significativa entre presença de infecção pelo vírus da hepatite B e soroconversão do anti HCV. Da mesma forma o número de transfusões sanguíneas e os níveis de transaminases séricas não foi estatisticamente diferente entre os pacientes que soroconverteram e os que não o fizeram. Encontrou-se elevado grau de concordância entre os resultados do ELISA III e a PCR. Por fim, a incidência atuarial de soroconversão foi de 4,3% aos 6 meses; 7,5% aos 12 meses e 38,9% aos 24 meses. Conclusões. Existe uma elevada incidência dse infecção pelo vírus da hepatite C nas unidades de tratamento dialítico no nosso meio; o risco de infeção parece ser proporcional ao tempo de exposição e a prevalência de infecção na unidade de tratamento; a presença de anticorpos está associada a viremia na maior parte dos pacientes.
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Aspectos epidemiológicos da infecção pelo vírus da Hepatite C e coinfecções com os vírus B e Delta no Estado do Acre, Amazônia ocidental brasileira / Epidemiological aspects of the hepatitis C virus infection, and it’s coinfection with the hepatitis B and D virus, in the state of Acre, Western Brazilian Amazon

Dantas, Thor Oliveira January 2010 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Núcleo de Medicina Tropical, 2010. / Submitted by Luanna Maia (luanna@bce.unb.br) on 2011-06-01T16:20:01Z No. of bitstreams: 1 2010_ThorOliveiraDantas.pdf: 3927665 bytes, checksum: cc91f2f197d3dedb05cb5b775d812e75 (MD5) / Approved for entry into archive by Luanna Maia(luanna@bce.unb.br) on 2011-06-01T16:20:41Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2010_ThorOliveiraDantas.pdf: 3927665 bytes, checksum: cc91f2f197d3dedb05cb5b775d812e75 (MD5) / Made available in DSpace on 2011-06-01T16:20:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2010_ThorOliveiraDantas.pdf: 3927665 bytes, checksum: cc91f2f197d3dedb05cb5b775d812e75 (MD5) / Introdução. As hepatites virais constituem um complexo problema de saúde pública em todo o planeta, em particular as hepatites crônicas, B, C e D pelo risco de evolução para a cirrose e o carcinoma hepatocelular. A região amazônica é há muito reconhecida como hiperendêmica para os vírus B e D, mas considerada originalmente indene para o VHC, embora a introdução deste agente em comunidades remotas da Amazônia já tenha claramente ocorrido, em alguns cenários com coeficientes não negligenciáveis. As coinfecções por vírus hepatotrópicos têm sido objeto de estudo e atenção pela complexidade dos mecanismos de interferência viral, pelo desafio terapêutico e, em especial, pela aparente tendência em determinar quadros mais graves, seja nas apresentações agudas, seja na evolução para a cronicidade. O estado do Acre figura na literatura como um dos que exibem as mais elevadas prevalências de infecção pelo VHC no País. Objetivos. O presente trabalho objetivou realizar investigação soroepidemiológica e virológica sobre a prevalência de infecção pelo VHC e coinfecções com os vírus B e D entre a população geral do interior do estado do Acre, na Amazônia Ocidental Brasileira, com exploração de possíveis fatores associados. Metodologia. Coletaram-se informações sócio-demográficas e epidemiológicas através de entrevistas individuais, e material sanguíneo por venopunção, de uma amostra populacional aleatória de 2.144 indivíduos, representando 11 municípios da porção mais ocidental do estado. As amostras foram submetidas aos seguintes testes sorológicos por métodos imunoenzimáticos, utilizando-se kits comerciais: anti-VHC, AgHBs, anti-HBc total e anti- VHD. As amostras anti-VHC reagentes foram submetidas à detecção de RNA-VHC por RT-PCR. As amostras RNA-VHC reagentes foram submetidas à genotipagem por LiPA. A exploração de possíveis fatores associados foi realizada por análise multivariada através de métodos de regressão logística. Resultados. A prevalência de infecção pelo VHC estimada através de biologia molecular foi elevada (2,5%), superior à média nacional e aos coeficientes encontrados para os demais estados da Região Norte, estimados por sorologia. A transmissão do VHC na região provavelmente não é de início recente, manteve-se elevada, desde sua introdução, por alguns anos, provavelmente associada ao uso de injeções parenterais não seguras, tendo diminuído gradativamente de intensidade a partir de então, mas provavelmente ainda se fazendo importante. Prevalências particularmente elevadas foram identificadas nos municípios de Tarauacá (7,0%) e Cruzeiro do Sul (3,8%). O genótipo 1b do VHC foi o mais prevalente (42,6%), seguido pelos genótipos 1a (29,6%), 3 (18,5%) e 2 (5,6%). Marcador de infecção pelo VHD foi identificado em 15,9% dos portadores do AgHBs. A prevalência de infecção pelo VHC entre portadores do AgHBs foi 4,3% e a do AgHBs entre os infectados pelo VHC de 5,6%. Aproximadamente 6% da amostra exibiu marcador de infecção por pelo menos um dos três vírus, significando possivelmente mais de 40.000 indivíduos portadores de algum(s) virus hepatotrópicos no estado. Dentre os infectados, aproximadamente 80% apresentaram-se em monoinfecção e 20% em coinfecção. Dentre os monoinfectados, 53,3% foram pelo VHB e 46,7% pelo VHC. Dentre as coinfecções a mais comum foi a associação VHD/VHB (88,9%) seguida por VHC/VHB (7,4%) e pela xix tripla infecção (3,7%). História de injeção no passado por curioso, condição de analfabeto e maior tempo de vida são provavelmente fatores de risco para infecção pelo genótipo 3 do VHC. O gênero masculino é provavelmente um fator de risco para a infecção pelo VHD e por qualquer vírus, mas provavelmente não o é para vírus em coinfecção. A referência a hepatite no passado é provavelmente preditiva de infecção crônica pelo VHB, pelo VHD, por qualquer vírus ou por vírus em coinfecções. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Background. Viral hepatitis are leading complex public health issue worldwide, particularly chronic hepatitis B, C and D because of the risk for cirrhosis and hepatocellular carcinoma development. Amazon basin is for long recognized as hyperendemic for B and D virus but originally supposed to be indene for HCV, although its introduction into remote Amazon communities has clearly already occurred, in some settings with non negligible rates of prevalence. Coinfections with hepatotropic virus have been subject of study and attention because of the complexity of viral interference mechanisms, therapeutic challenges and particularly because of their apparent trend in determining more severe pictures, both in acute and chronic presentations. The state of Acre figures in literature as owing one of the highest prevalence within the country. Objectives. The present study aimed to carry out sero-epidemiological and virological investigation on the prevalence of HCV infection and B and D virus coinfections, in the general population from the countryside of Acre state, in the Western Brazilian Amazon, with the exploration of possible associated factors. Methods. Socio-demographic and epidemiological data were collected by individual interviews and blood samples via venopuncture, from a 2,144 random population-based sample, representing 11 counties from the western area of the state. Blood samples were submitted to the following serological tests by commercially available immunoenzymatic methods: anti-HCV, HBsAg, total anti-HBc and anti-HDV. Anti-HCV positive samples were submitted to HCV-RNA detection by RT-PCR. HCV-RNA positive samples were submitted to genotyping by LiPA. Exploration of possible associated factors was measured in multivariate analysis using logistic regression models. Results. Prevalence of HCV infection, estimated by HCV-RNA, was elevated (2.5%), higher than national mean prevalence and than rates found in the others neighboring Amazonian states, estimated by serologic al methods. HCV transmission in this region is probably not recent-beginning, remained high, since its introduction, for some years, probably associated with non-safe parenteral injections, had decreased gradually in intensity since then but is probably still important. Notably high prevalence was found in Tarauacá (7.0%) and Cruzeiro do Sul (3.8%) counties. HCV genotype 1b was the most prevalent (42.6%), followed by genotypes 1a (29.6%), 3 (18.5%) and 2 (5.6%). HDV infection marker was identified in 15.9% of the HBsAg carriers. HCV prevalence amongst HBsAg carriers was 4.3% and HBsAg prevalence amongst HCV-infected was 5.6%. Nearly 6% of the sample exhibited infection marker for at least one of the three viruses, possibly representing more than 40,000 individuals harboring some hepatotropic virus in the state. Amongst the infected ones, nearly 80% presented with monoinfection and 20% with coinfection. Amongst the monoinfected, 53.3% were HBV and 46.7% were HCV. Amongst de coinfections, HDVHBV was the most common (88.9%), followed by HCV-HBV (7.4%) and triple infection (3.7%). Non safe injection use history, illiteracy and longer service life are probably risk factors for genotype 3 HCV infection. Male gender is probably a risk factor for HDV infection and for any virus infection, but probably not for coinfections in general. The xxi reference to having had hepatitis is probably predictive of chronic infection by HBV, HDV, any virus or virus in coinfections.
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Efetividade comparativa de alfapeginterferona 2a e 2b associadas à ribavirina no tratamento de pacientes com hepatite C crônica genótipo 1 acompanhados em um serviço especializado do SUS

Amaral, Karine Medeiros January 2010 (has links)
A hepatite C é uma doença que acomete principalmente o fígado, sendo considerada um problema de saúde pública mundial. A doença é viral e existem pelo menos 6 genótipos identificados. No Brasil, o tratamento, em nível de saúde pública, é feito segundo recomendações instituídas através do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde para a Hepatite Viral C. Para o genótipo 1, recomenda-se alfapeginterferona na dose de 180 μg ou 1,5 μg/Kg de peso corporal por semana (alfapeginterferona- 2a/PEG-IFN-2a ou alfapeginterferona-2b/PEG-IFN-2b, respectivamente) associada à ribavirina na dose de 1.000-1.250 mg por dia, por 48 semanas de tratamento. Em setembro de 2003, foi implementado, no Hospital Sanatório Partenon (Porto Alegre), o 1°serviço especializado no acompanhamento dos pacientes em tratamento para hepatite C do Rio Grande do Sul, o Centro de Aplicação e Monitorização de Medicamentos Injetáveis (CAMMI). Não existem informações brasileiras de acompanhamento de longo prazo dos desfechos destes tratamentos ou estudos comparativos de efetividade. Objetivo: comparar a efetividade (eficácia e segurança na prática clínica) dos tratamentos feitos com PEG-IFN-2a e PEG-IFN-2b. Métodos: coorte de 752 pacientes genótipo 1 acompanhados sistematicamente durante todo o período do tratamento no CAMMI do Hospital Sanatório Partenon. O desfecho de resposta virológica foi medido nas semanas 12 (por PCR quantitativo), 48 e 72 (por PCR qualitativo). O PCR quantitativo nas 12 semanas serviu para determinar a continuidade do tratamento. Pacientes que não reduziram pelo menos 100 vezes a carga viral interromperam o tratamento. A resposta virológica (RV) nas 48 semanas e resposta virológica sustentada (RVS) nas 72 semanas foram consideradas para avaliação de eficácia do tratamento. Foram realizados exames laboratoriais periodicamente: hemograma e plaquetas, creatinina, ALT/AST a cada mês; TSH a cada 3 meses. Avaliação clínica dos eventos adversos foi feita a cada mês através de entrevistas semi-estruturadas com o farmacêutico. Resultados: 230 pacientes fizeram uso de PEG-IFN-2a (30,6%), 425 de PEG-IFN-2b (56,5%) e 97 pacientes utilizaram, no mesmo curso terapêutico - por questões logísticas, as duas formas de PEG-IFN (2a e 2b) (12,9%). As características basais não diferiram entre os grupos. Não houve diferença significativa entre os grupos com relação ao sexo (p=0,241), sendo o total da amostra composta de 56,8% do sexo masculino. A média de idade foi de 49,3±11,2 para PEG-IFN-2a, 51,3±10,5 para PEG-IFN-2b e 48,3±11,6 para PEG-IFN-2a/2b (p=0,030). Com relação ao grau de fibrose, 41,2% da amostra foi composta de fibrose grau 2 (moderada), não havendo diferença entre os grupos (p=0,749). A quase totalidade dos pacientes relatou pelo menos 1 evento adverso nas entrevistas realizadas durante o tratamento (96,4%). Os 5 eventos adversos mais relatados foram fadiga (51,4%), cefaleia (35,2%), anorexia (27,9%), irritabilidade (24,9%) e mialgias (22,7%). A média do número de eventos adversos apresentados nas entrevistas farmacêuticas foi de 4,5±2,4. O grupo PEG-IFN-2a/2b apresentou mais eventos adversos por entrevista do que os outros grupos (5,3±2,4; p<0,001). Em toda a amostra estudada, 496 pacientes (65,6%) cumpriram as 48 semanas de tratamento. As interrupções ocorreram por eventos adversos (10,3%), pela não redução da carga viral com 12 semanas de tratamento (20,9%) e por outros motivos (3,1%). Os 5 principais eventos adversos que levaram à interrupção do tratamento foram cirrose descompensada (14,2%), anemia (12,8%), óbito (11,5%), sintomas intensos (11,5%) e plaquetopenia (11,5%). Estatisticamente, o grupo PEG-IFN-2b interrompeu mais pela não redução da carga viral nas12 semanas (p<0,001). A RVS por intenção de tratar foi de 34,6% e não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos PEG-IFN-2a (32,6%) e PEG-IFN-2b (32,0%), ocorrendo diferença somente quando comparados ao grupo PEG-IFN-2a/2b (49,5%; p=0,004). Conclusões: a efetividade do PEGIFN- 2a comparativamente ao PEG-IFN-2b foi equivalente. Não houve interferência desfavorável na RV e RVS quando houve troca de PEG-IFN durante o tratamento, porém houve maior ocorrência de eventos adversos neste grupo.
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Estudo da incidência de infecção pelo vírus da hepatite C em pacientes em tratamento hemodialítico crônico

Nunes, Rosemeri Isabel da Silveira January 1997 (has links)
A infecção pelo vírus da hepatite C tornou-se um problema crescente nas unidades de hemodiálise. O presente estudo teve como objetivo principal avaliar a incidência de infecção pelo vírus da hepatite C em pacientes com insuficiência renal crônica mantidos em hemodiálise crônica em unidades de tratamento de Porto Alegre. Pacientes e Métodos. Setenta e oito pacientes foram inicialmente arrolados no estudo, em sete constatou-se a presença de anticorpos anti-HCV prévios ao início do tratamento dialítico e eles foram excluídos por se tratarem de casos prevalentes. O teste diagnóstico utilizado foi o ELISA de terceira geração. Em uma parcela dos pacientes foram feitos testes utilizando-se a PCR. A presença de anticorpos foi testada aos 6, 12 e 24 meses. A pesquisa de viremia foi realizada aos 24 meses em 25 pacientes aleatoriamente selecionados. Resultados. Não foi encontrada associação estatisticamente significativa entre presença de infecção pelo vírus da hepatite B e soroconversão do anti HCV. Da mesma forma o número de transfusões sanguíneas e os níveis de transaminases séricas não foi estatisticamente diferente entre os pacientes que soroconverteram e os que não o fizeram. Encontrou-se elevado grau de concordância entre os resultados do ELISA III e a PCR. Por fim, a incidência atuarial de soroconversão foi de 4,3% aos 6 meses; 7,5% aos 12 meses e 38,9% aos 24 meses. Conclusões. Existe uma elevada incidência dse infecção pelo vírus da hepatite C nas unidades de tratamento dialítico no nosso meio; o risco de infeção parece ser proporcional ao tempo de exposição e a prevalência de infecção na unidade de tratamento; a presença de anticorpos está associada a viremia na maior parte dos pacientes.
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Comparação das reações adversas do tratamento da hepatite crônica pelo vírus C com alfainterferona ou alfapeginterferona associados à ribavirina

Gonçalves, Candice Beatriz Treter January 2009 (has links)
Introdução: A hepatite C crônica representa um dos maiores problemas de saúde pública no mundo com estimativa de prevalência global média próxima de 3%. Seu tratamento é realizado com os medicamentos antivirais alfainterferona (IFN) e alfapeginterferona (PEGIFN), ambos associados à ribavirina, tendo como objetivo primário a supressão sustentada da replicação viral. Em virtude do perfil de reações adversas associadas ao tratamento medicamentoso, o acompanhamento farmacoterapêutico dos pacientes bem como uma farmacovigilância ativa pós comercialização se faz necessária. No Brasil, o tratamento da Hepatite C crônica é totalmente financiado pelo Sistema Único de Saúde, que também preconiza um acompanhamento destes pacientes através da criação de centros de referência. Objetivos: Este estudo teve como objetivo primário comparar a freqüência das reações adversas associadas ao IFN ou PEGIFN combinados com a ribavirina, bem como realizar uma farmacovigilância ativa destas RAM. Métodos: Realizou-se busca ativa, em entrevistas mensais com pacientes portadores de hepatite crônica pelo vírus C, atendidos em um serviço especializado da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS). Trata-se de um estudo de coorte prospectivo que acompanhou pacientes tratados com IFN e ribavirina e PEGIFN e ribavirina. Através de entrevistas mensais semi-estruturadas as RAMs foram coletadas por um período de 24 semanas e classificadas de acordo com a severidade, a gravidade e a causalidade. Interrupções de tratamento e reduções de dose dos medicamentos por RAM também foram aferidas. Resultados: Foram acompanhados 283 pacientes destes 136 receberam IFN e 147 receberam PEGIFN ambos associados à ribavirina. Os tratamentos com IFN e PEGIFN foram no geral bem tolerados com perfil de RAMs semelhantes. As seis RAMs mais freqüentes no grupo IFN e PEGIFN, respectivamente, foram: fadiga (76,5% e 72,8%), cefaléia (72,1% e 75,5%), irritabilidade (66,2% e 63,9%), mialgia (61,8% e 61,2%), perda de apetite (57,4% e 66%) e febre (53,7% e 66,7%). A febre foi significativamente mais freqüente no grupo PEGIFN, comparado com o grupo IFN (p= 0,035). A anemia, neutropenia e plaquetopenia foram as RAMs hematológicas mais freqüentes com incidência maior no grupo PEGIFN (p<0,001, p<0,001 e p=0,031, respectivamente). A gravidade das RAM não foi diferente entre os grupos, demonstrando número semelhante de pacientes que apresentaram alguma RAM grave. Interrupções de tratamento e reduções de dose do IFN/PEGIFN por RAM foram mais frequentes no grupo PEGIFN (p<0,001 e p=0,008, respectivamente). Reduções de dose da ribavirina foram semelhantes nos dois grupos. Conclusão: O perfil de RAMs relatados, embora semelhante aos observados em estudos clínicos e esperados de acordo com o efeito biológico do medicamento, teve maior freqüência nesta coorte. Comparado ao IFN, o PEGIFN demonstrou maior freqüência de RAMs hematológicas e não-hematológicas, maior taxa de interrupções de tratamento e de redução de dose devidas as RAMs.

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