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Cronotopo e epifania nos romances O moleque Ricardo e Usina, de José Lins do Rego: trajetória de formação da personagem Ricardo

Araújo, Karin Bakke de 20 September 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T19:58:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Karin Bakke de Araujo.pdf: 347476 bytes, checksum: dff757c4fe42f7850d85705ac17bae7a (MD5) Previous issue date: 2011-09-20 / The novels O moleque Ricardo (1935) and Usina (1936), written by José Lins do Rego (1901-1957), tell the story of the formative trajectory of the character moleque Ricardo inserted in the post-slavery and pre-capitalist environment of the 1920 s in the patriarchal North-East of Brazil. The temporal construction of the fable is composed using testimonial data of his contemporaries based on actual historical and cultural structures, organized in narrative sequence by chronotopic nuclei consonant with Mikhail Bakhtin s chronotopic theory. These chronotopes reveal the thematic plot generating centers, and the relations of place and time by means of logical variations put at the disposal of the unification of meaningful answers between the author and his character. In the building process of the fabular system, in both novels, epiphany participates in the dramatic action work together with the temporal and spacial nuclei. The epiphanic revelation offers to the reader the apprehension of the illusion of social and humanistic truth of this reality through the narration of the mythical hero s journey emerging from Ricardo s outside to his inside world, through meaning equivalents which reveal epiphanic moments. Both novels by José Lins do Rego are impregnated with the reading intersection of temporal chronotopic logic together with the epiphanic space relationship, and, to achieve this purpose, the author makes use of changes in the structural functions at the beginning of a new epics being formed in the black hero moleque Ricardo consciousness / Os romances O moleque Ricardo (1935) e Usina (1936), escritos por José Lins do Rego (1901 1957), relatam a história da trajetória de formação da personagem moleque Ricardo, caracterizada no contexto da sociedade nordestina patriarcal e pós-escravagista brasileira da década de 1920. A efabulação temporal é composta de dados testemunhados por seus contemporâneos sobre estruturas históricas e culturais reais colocadas em sequência narrativa pelos núcleos cronotópicos referentes à concepção designada pela teoria dos cronotopos de Mikhail Bakhtin. Esses cronotopos tornam visíveis os centros temáticos geradores do enredo e as relações espaçotemporais em variações lógicas, colocadas a serviço da unificação das respostas significativas entre autor e personagem. No processo de construção do sistema fabular, em ambos os romances, a epifania participa do trabalho de ação dramática junto aos núcleos de tempo e espaço. A revelação epifânica oferece ao leitor a apreensão da ilusão da verdade social e humanística dessa realidade, por meio do relato da jornada do herói mítico, emergindo do mundo exterior ao interior da personagem Ricardo, em instantes epifânicos reveladores de equivalências de sentido. As duas obras de José Lins do Rego são tomadas pela leitura do cruzamento da logicidade temporal cronotópica com a espacialidade epifânica, e, para isso, o autor se vale da troca de funções estruturadoras dos limiares do novo epos em formação na consciência do herói negro moleque Ricardo
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O discurso paródico no Cristo de José Saramago

Ferreto, Alcina Aparecida Molina 28 June 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T19:59:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Alcina Aparecida Molina Ferreto.pdf: 423545 bytes, checksum: c1ca1b1ac49c4b9e8ca47f860f9dd8ad (MD5) Previous issue date: 2007-06-28 / The purpose of this dissertation is to analyze the parody on the novel O Evangelho Segundo Jesus Cristo by José Saramago. We pretend to establish a comparison between Jesus from the gospel s tests and Jesus made by Saramago, emphasizing the through test speech, which is used as a basis for dialog mechanisms, responsible for the critic-metalanguage-ironic of saramagy writing. The objective of this work is to make a reading of Jesus made by Saramago, trying to define the main difference between him and his gospel homonym. From all this mentioned above, we will demonstrate that the saramagy hero is a recreation of his model basis more human, which is the result from reading with criticism and irony of the biblike narrative again: the new character denies the values that characterize the Bible used to make this parody. This profaned version of Christ configurates as a twisted and uncharacterized image of this gospel character, imposing like a new model as much as from the human being as from the divine / A proposta desta dissertação é analisar o discurso paródico no romance O Evangelho Segundo Jesus Cristo, de José Saramago. O que se pretende é estabelecer uma comparação entre o Jesus dos Evangelhos canônicos e o Jesus de Saramago, pondo-se em destaque o discurso intertextual que serve de base para o mecanismo dialógico, responsável pelo movimento rítico-metalingüístico-irônico da escritura saramaguiana. O objetivo é fazer uma leitura do Jesus de Saramago, procurando-se definir as principais diferenças que existem entre ele e seu homônimo bíblico. A partir disto, tentamos demonstrar que o herói saramaguiano é uma recriação humanizada de sua matriz modelar, fruto de uma releitura crítica e irônica da narrativa bíblica: a nova personagem nega os valores que caracterizam aquela que está sendo parodiada. A versão dessacralizadora do Cristo da Bíblia configurase como uma imagem desautomatizada e descaracterizada da personagem evangélica, impondo-se como um novo modelo não só do humano, mas também do divino
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A arquitetura mítica da narrativa rosiana: as raízes do monomito na travessia heróica de Augusto Matraga / The mythical architecture of the Guimarães Rosa s narrative: the roots of the monomyth in the Augusto Matraga s heroic crossing

Pereira, Alexandre Gonçalves 11 August 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T19:59:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Alexandre Goncalves Pereira.pdf: 920270 bytes, checksum: b74d5a26245b74e2ce72895710738b72 (MD5) Previous issue date: 2009-08-11 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The research investigates Guimarães Rosa s mythical speech through the construction of the mythical character, according to Campbell s model of the monomyth. The corpus adopted is the short story A Hora e Vez de Augusto Matraga. It also focuses the sources of the literary creation in which the author got his inspiration to conceive a character that although he symbolizes a man from Brazilian backlands, transcends the documental record, the ascension to the condition of mythical hero through the adventures and the search of the salvation of his soul. We started from the hypothesis of that the construction of the mythical character, according to the diagram of the monomyth, besides being an indelible features of identification of the myth in Rosa s fiction, also clarifies the importance of the metaphysical religious worries of the author about the conception of his work, because the hero of the monomyth shows, during his trajectory, features of rituals of initiation. The aspect of initiation of the trajectory of the mythological hero reveals the holy meaning of the myth of the hero: this one symbolizes the divine potential in human being who only can be developed due to a project of ascetic life and of a heroic ethos. Identifying the archetype of the mythological hero in creation of the character Augusto Matraga, according to the key of reading of the monomyth, we identify the meeting among myth, religion and literature in the work of an author who transcended the documental regionalism, as a result of the creation of the myth of the spiritual asceticism of a character in the heart of the backlands of the North of Minas Gerais / A pesquisa investiga a realização do discurso mítico rosiano por meio da construção da personagem mítica, segundo o modelo campbelliano do monomito. O corpus adotado é o conto A Hora e Vez de Augusto Matraga. Enfoca, também, as fontes da criação literária em que o autor se inspirou para conceber uma personagem que, a despeito de representar um homem do sertão brasileiro, transcende ao registro documental, ao ascender à condição de herói mítico por meio das peripécias, da trajetória de aventuras e pela busca da salvação de sua alma. Partimos da hipótese de que a construção da personagem mítica, de acordo com o diagrama do monomito, além de ser um traço indelével de identificação do mito na ficção rosiana, também esclarece a importância das preocupações metafísico-religiosas do autor para a concepção de sua obra, pois o herói do monomito apresenta, em sua trajetória, traços de rituais de iniciação. O caráter iniciático da trajetória do herói mitológico revela o sentido sagrado do mito do herói: este emblematiza o potencial divino no ser humano que só pode ser desenvolvido em razão de um projeto de vida ascética e de um ethos heróico. Identificando o modelo arquetípico do herói mitológico na criação da personagem Augusto Matraga, segundo a chave de leitura do monomito, identifica-se o encontro entre mito, religião e literatura na obra de um autor que transcendeu o regionalismo documental, em virtude da criação do mito da ascese espiritual de uma personagem no âmago do sertão norte-mineiro

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