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As relações semânticas de polissemia e homonímia para um tratamento de heterossemânticos na interface português espanhol / .Silva, Eliane Barbosa da 01 December 2004 (has links)
This works presents a comparative analysis of heterosemantic words from portuguese and
spanish. The research was motivated as a result of observing either the change or the
displacement of meaning which occurs in substantially similar words in both languages, as
well as by observing their relative frequency both in texts and in the (spoken / written)
productions of natives and students of a foreign language. The main inquiry specifically turns
to a lexical-semantic problem. Namely, what would probably be the reasons for a semantic
discrepancy between two substantially identical words in genetically related languages? Is the
problem of divergence in the meaning of these lexemes specifically semantic or do other
linguistic levels imbricate? Do these lexemes comprise any kind of semantic or of meaning
relations, which explains this phenomenon? If so, how does this relation occur either in both
languages or in one of them in particular? Thus, this work intends to comparatively describe
these lexemes by classifying and analysing them through semantic relations of polysemy and
homonymy, and also identify the reasons for their change or displacement of meaning. The
corpus of analyses is constituted of paired portuguese and spanish lexical words, phonetically
or graphically similar, which are considered as being heterosemantic for their similarity on the
expression level (sound) and different on the contents level (meaning). The etymology of
these words is described as well their primary and secondary meanings, which, in turn, are
exemplified by sentences observed in the formal and informal use of language, spoken or
written, which are found in books, texts and dictionaries, as well as in the speakers
spontaneous utterances of these languages. The work presents an eminently explanatory
character toward the treatment of data, basically under a diachronic and structuralist
perspective, since it turns to historical and etymological aspects, by making explicit the
reasons of the changes or displacement of meaning. It is also intended with this work, to have
this semantic divergence explained through the semantic relations of polysemy and
homonymy. On one hand, the work is theoretically founded on the postulates of the Applied
Linguistics, focalizing at the interference/interlanguage notion and at the delimitation and
classification of heterosemantics. On the other hand, it searches the General Linguistics and
the Semantic Linguistics when specifically dealing with lexical-semantic matters in the light
of the semantic line referred to as pre-Structuralist, preconized by Saussure , and in the
discussions by Ullmann, Guiraud, Lyons. The linguistic sign and its nature, the arbitrariness
and mutability, the linguistic value, the semantic relations of polysemy and homonymy are,
among other topics discussed. Thus, from the comparative analysis of data, the heterosemantics are classified in: homonymous and polysemics, which are divided into four
sub-groups stemmed from distinct linguistic processes. In summary, the true heterosemantics
(the homonymous ones) arise from phonetic evolution, or from semantic divergences in their
origin; the accidental heterosemantics (the polysemic ones) become as they are from semantic
evolution, displacement of meaning, or distinct semantic features. Portuguese is also thought
to have more motivated lexemes than spanish, for the degree of arbitrariness and motivation is
different in both languages; although the confronted languages have a number of cognates in
common, it is also confirmed that they become heterosemantic, because of semantic
displacement or changes which have occurred in each language in particular. / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Este trabalho apresenta uma análise comparativa de palavras heterossemânticas do português
e do espanhol. A pesquisa foi motivada face à observação da mudança ou deslocamento de
sentido ocorrido em palavras substancialmente semelhantes nas duas línguas, e sua relativa
freqüência em textos, e em produções (falada ou escrita) de nativos e aprendizes de uma
língua estrangeira. O questionamento principal volta-se especificamente para um problema
léxico-semântico. Isto é, quais seriam as possíveis causas para a divergência semântica entre
duas palavras substancialmente idênticas em línguas geneticamente relacionadas? O problema
da divergência de sentidos nesses lexemas é especificamente semântico ou outros níveis
lingüísticos se imbricam? Há algum tipo de relação semântica ou de significado nesses
lexemas que explique esse fenômeno? Se há, como essa relação ocorre nas duas línguas, e/ou
em cada língua particular? Assim, procura-se descrever comparativamente esses lexemas
classificando-os e analisando-os através das relações semânticas de polissemia e homonímia,
e identificar as causas que promovem a mudança ou o deslocamento de sentido neles. O
corpus constitui-se de pares de palavras lexicais do português e do espanhol semelhantes
fonética ou graficamente, e consideradas heterossemânticas por serem semelhantes no plano
da expressão (som) e divergentes no plano do conteúdo (significado). Descreve-se sua
etimologia, seus sentidos primários e secundários, exemplificando cada um dos sentidos com
sentenças observadas no uso formal e informal da língua, escrito ou falado, presentes em
livros, textos e dicionários, e ainda no uso espontâneo de informantes dessas línguas. O
trabalho apresenta um carácter eminentemente explicativo quanto ao tratamento dos dados,
diante de uma perspectiva, basicamente, diacrônica e estruturalista pois volta-se para aspectos
históricos e etimológicos, explicitando as causas das mudanças ou deslocamento de sentido.
Procura-se comprovar também que essa divergência semântica pode ser explicada através das
relações semânticas de polissemia e homonímia. Fundamenta-se, teoricamente, por um lado,
nos postulados da Lingüística Aplicada, visando à questão da interferência/interlíngua, à
delimitação e classificação dos heterossemânticos. Por outro lado, ao tratar especificamente
sobre as questões léxico-semânticas, recorre-se à Lingüística Geral e à Semântica Lingüística,
dentro da linha semântica denominada pré-Estruturalista preconizada por Saussure, e em
discussões de Ullmann, Guiraud, Lyons. Discute-se sobre o signo lingüístico e sua natureza,
sobre arbitrariedade e mutabilidade, valor lingüístico, sobre as relações semânticas de
polissemia e homonímia, as causas de mudanças ou deslocamento de sentido, e outras
questões que envolvem o problema. Assim, da análise comparativa dos dados, classificam-se os heterossemânticos em: homônimos e polissêmicos, e estes, em quatro subgrupos advindos
de processos lingüísticos distintos. Em síntese, os heterossemânticos propriamente ditos
(homônimos) surgem por evolução fonética, ou por divergências semânticas na origem ou
base; os heterossemânticos acidentais (polissêmicos) tornam-se tais por evolução semântica,
deslocamento de sentido, ou traços semânticos distintos. Acredita-se também que o português
possui mais lexemas motivados do que os mesmos do espanhol, pois o grau de arbitrariedade
e motivação é diferente em ambas; confirma-se ainda que apesar de as línguas confrontadas
terem inúmeros cognatos entre si, os mesmos tornam-se heterossemânticos, devido ao
deslocamento ou mudanças semânticas ocorridos em cada língua particularmente.
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