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12 de outubro no mundo hispânico: reconfigurações discursivas de um dispositivo memorialSánchez, Beatriz Adriana Komavli de 18 May 2017 (has links)
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TESE_Linguagem_Beatriz_Sanchez (com Anexos).pdf: 60474106 bytes, checksum: b4bd9f44db17ba8b6b1021ed6d62db38 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Letras/Setor de Espanhol, Rio de Janeiro, RJ / O objetivo desta tese é reunir num arquivo diversas materialidades semióticas atreladas à
data comemorativa do 12 de outubro no mundo hispânico, desde sua instituição até a
atualidade. A partir desse arquivo nos propomos: (a) analisar a rede de sentidos (saberes,
poderes e subjetividades) que possibilitou a instituição da data do 12 de outubro no mundo
hispânico, bem como suas reconfigurações, e, consequentemente, (b) contribuir para a
reflexão em torno da noção de hispanidade ao longo deste último século. A partir das recentes
redesignações da data em algumas nações da América do Sul, formulamos nossa pergunta de
pesquisa: como se materializa a rede de restrição de sentidos, ou seja, o que pode e não pode
ser dito em um determinado contexto histórico-social, que possibilitou a instituição da data
do 12 de outubro no mundo hispânico, bem como as reconfigurações? Os conceitos que
norteiam esta pesquisa advêm do marco teórico da AD francesa, e contempla proposições
provenientes dos estudos enunciativos que consideram em suas análises a materialidade
linguística (COURTINE, 2009; MAINGUENEAU, 2001, 2008a, 2008b, 2015; ORLANDI,
1990, 1998, 2001, 2011). Cabe ressaltar que a AD é uma disciplina entre, visto que se
constitui em um espaço interdisciplinar, no diálogo com outros campos do saber. No caso
desta tese, estabelecemos um diálogo com as ciências humanas, como a história
(ANDERSON, 2011; FOUCAULT, 1995; HOBSBWAM, 1984; LE GOFF, 1990), a
filosofia (DELEUZE, 1990, 1995; DUSSEL, 1990) e os estudos culturais (HALL, 2003,
2015; SANTOS, 2010). As noções norteadoras são: tradição inventada, arquivo, dispositivo,
memória discursiva, práticas e acontecimentos discursivos. Nosso espaço discursivo
compreende 34 materialidades produzidas em diversos âmbitos: político-institucional,
midiático e pedagógico e acadêmico, abrangendo de decretos e bandeiras, notícias,
publicidades, até revista infantil. Concebemos tanto a instituição da data quanto as
reconfigurações do dispositivo memorial como unidades não tópicas plurifocais
(MAINGUENEAU, 2008b, 2015). A instituição da data como comemorativa corresponde ao
objeto discursivo raça/hispanidade, recentemente reconfigurado como: descolonização;
resistência indígena e respeito à diversidade cultural. As conclusões apontam que o
entendimento atual da memória como dever (HEYMANN, 2007; HUYSSEN, 2004), junto
com os novos paradigmas das globalizações contra-hegemônicas que vêm se perfilando,
apontados por Santos (2010), parecem embasar o novo regime de enunciabilidade que
possibilita que toda uma nova série de regularizações se projete nas reconfigurações do
dispositivo memorial do 12 de outubro. Os enunciados também são forças e sentidos que
lutam. Nesse aspecto concluímos que a reconfiguração ‘descolonização’ é a que mais
combate e impugna a configuração raça/hispanidade / The objective of this thesis is to assemble an archive of several semiotic materialities
connected to the commemorative, in the hispanic world, date of the October 12th, from its
institualization to the present day. Based on this archive we propose to: (a) analyse the
network of senses (knowledge, power and subjectivity) wich enabled the institution of the
October 12 date in the Hispanic world, as well as its reconfigurations, and (b) contribute to
the reflection on the notion of Hispanity through the last century. From the recent
redesignations of the date in certain nations in South America, we formulated our main
research question: how is the restriction in meaning connection materialized? Or rather, what
can and cannot be said in a determined historical-social context which generated the
institution of the October 12th date in the hispanic world, as well as its configurations? The
concepts which guide this research come from the theoretical frame of the french DA. They
also include propositions from enunciative studies that take into account the linguistic
materiality in their analysis (COURTINE, 2009; MAINGUENEAU, 2001, 2008a, 2008b,
2015; ORLANDI, 1990, 1998, 2001, 2011). It is worth mentioning that the DA is an between
discipline, since it constitutes an interdisciplinary space, in the dialogue with other fields of
knowledge. In the case of this thesis, we establish a dialogue with the human sciences, like
history (ANDERSON, 2011; FOUCAULT, 1995; HOBSBWAM, 1984; LE GOFF, 1990),
philosophy (DELEUZE, 1990, 1995; DUSSEL, 1990) and cultural studies (HALL, 2003,
2015; SANTOS, 2010). The guiding concepts are: invented tradition, archive, device and
discursive memory, practice and events. Our discursive space comprises 34 materialities
produced in different spheres: political-institutional, mediatic, pedagogic and academic,
encompassing decrees, banners, news, advertising and even children’s magazines. We
conceive the institution of the date as well as the reconfigurations of the memorial dispositive
as non-topical plurifocal units (MAINGUENEAU, 2008b, 2015). The institution of the date
as commemorative corresponds to the discursive object of race/hispanicity, recently
repurposed to promote: decolonization, resistance by the indigenous population, and respect
to the cultural diversity. The conclusions point to the current understanding of the memory
of the commemorative date of October the 12th as a duty (HEYMANN, 2007; HUYSSEN,
2004), in addition to the new paradigms of the outlining counterhegemonic globalizations,
pointed by Santos (2010). These seem to underlie the new regime of enunciability that allows
for a whole new series of regularizations to project on the reconfigurations of the memorial
dispositive of the October 12th. Enunciations have power and meaning that can fight the status
quo and alter society’s perception. In this aspect, we conclude that the repurposing of
‘decolonization’ is the one that fights and impugns the most the configuration of
race/hispanicity
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