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IDENTIFICAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA POPULAÇÃO USUÁRIA DO HOSPITAL DE MEDICINA ALTERNATIVA DE GOIÂNIA: UMA QUESTÃO SOCIAL E/OU CULTURAL?

Silva, Nilson Elias da 22 March 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-10T10:55:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 NILSON ELIAS DA SILVA.pdf: 2104651 bytes, checksum: 15384feb09c0a012d7818bf2f348119d (MD5) Previous issue date: 2009-03-22 / This study aimed to identify the socioeconomic characteristics and geographical distribution of the population using the Hospital of Alternative Medicine in Goiania (HMA), and the spontaneous use of medicinal plants as a cultural factor. Conventional medicine, every day that passes is becoming difficult to access for a large portion of people who seek care units of public health. The work consisted of a cross-sectional study quantitative and qualitative, through the application form and interviews by saturation of information. The quantitative survey data were collected by means of a proportional random sample of the user population of the HMA of both sexes aged over 18 years, consisting of 302 patients. Was applied to this sample for four consecutive weeks in the morning and afternoon from November to December 2008, a form with open and closed questions related to education level, type of plant used, method of preparation and why it appealed to treatment. The application forms were preceded by a pilot study with 13 patients, and interviews were guided by semi-structured questions with the patients intentionally selected and identified at the time of application forms. The tapes were transcribed and stored in secret institution for a period of five (5) years, and then be destroyed. To perform this study and in the application forms, the interview turned to files, records made by local people themselves, and a literature on the subject addressed. It was concluded that the 302 participants, 79.8% were female, 73.6% were between 30 and 59 years, 58.2% were married, 22.8% of the home, 40% have 1 degree and 40, 7% high school. 38.4% have an individual from 2 to 3 minimum wages, and 45.7% with a familiar 2 to 3 salaries. 39% live in Aparecida de Goiania and 22.8% are from home, 37.7% go to the HMA is less than a year. 17.2% were indicated by the HMA / recommendation of friends, 73.8% learned to use plants with the family, 91.1% had healing with plants, 69.5% were plants in the backyard, 31.4 % knew alternative treatment through neighbors, 76.5% use is natural, plants, 57.9% claimed to know the properties of plants. 75.1% said that treatment is more effective. We conclude that the search for alternative treatments and the spontaneous use of medicinal plants occurred through the knowledge that individuals already possess medicinal plants that have incorporated cultural values, and that occurs in people who have difficult access to conventional medical services in general neighborhoods with low purchasing power. / Este trabalho teve como objetivo identificar o perfil socioeconômico e distribuição geográfica da população usuária do Hospital de Medicina Alternativa em Goiânia (HMA), e o uso espontâneo de plantas medicinais como fator cultural. A medicina convencional a cada dia que passa vem se tornando de difícil acesso para grande parcela das pessoas, que procuram por unidades de atendimento de saúde pública. O trabalho consistiu em uma pesquisa transversal quanti-qualitativa, por meio de aplicação de formulário e entrevistas por saturação de informações. Os dados da pesquisa quantitativa foram levantados por meio de uma amostra aleatória proporcional da população usuária do HMA de ambos os sexos e com idade acima de 18 anos, constituída por 302 pacientes. Foi aplicado a esta amostra, durante quatro semanas consecutivas, no período matutino e vespertino de novembro a dezembro de 2008, um formulário com questões abertas e fechadas relacionadas ao nível de instrução, tipos de plantas utilizadas, modo de preparo e razão pela qual recorreram ao tratamento. A aplicação dos formulários foi precedida de uma pesquisa piloto junto a 13 pacientes, e as entrevistas foram orientadas por questões semi-estruturadas junto aos pacientes selecionados intencionalmente e identificados no momento da aplicação dos formulários. As fitas gravadas foram transcritas e serão guardadas sob sigilo institucional por um período de cinco (5) anos, e em seguida serão destruídas. Para a realização desse estudo, além da aplicação dos formulários, a entrevista recorreu-se a arquivos, registros feitos pela própria população local, além de uma literatura especializada sobre o tema abordado. Concluiu-se que dos 302 participantes, 79,8% eram do sexo feminino, 73,6% tinham entre 30 e 59 anos, 58,2% eram casados, 22,8% do lar, 40% possuem 1º grau e 40,7% o Ensino Médio. 38,4% possuem renda individual de 2 a 3 salários mínimos, e 45,7% com renda familiar de 2 a 3 salários. 39% residem em Aparecida de Goiânia e 22,8% são do lar, 37,7% vão ao HMA a menos de um ano. 17,2% foram ao HMA por indicação/recomendação de amigos; 73,8% aprenderam a usar plantas com a família; 91,1% tiveram cura com plantas; 69,5% obtiveram as plantas em fundo de quintal, 31,4% conheceram o tratamento alternativo através de vizinhos; 76,5% usam plantas por ser natural; 57,9% afirmaram conhecer as propriedades das plantas. 75,1% disseram que o tratamento é mais eficaz. Conclui-se que a busca por tratamentos alternativos e o uso espontâneo por plantas medicinais ocorreu inicialmente pelo conhecimento que os indivíduos já possuem de plantas medicinais que já incorporaram de valores culturais, e que ocorre nas populações que tem dificuldades de acesso aos serviços médicos convencionais, em geral de bairros com reduzido poder aquisitivo.

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