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As relações culturais e identitárias em personagens da contística de José María Arguedas

Leidejane Machado Sá 21 March 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / José María Arguedas (1911-1969) foi um expoente da literatura peruana e sua produção versou amplamente sobre a problemática indigenista e sobre as manifestações da cultura indígena. O presente estudo tem por finalidade verificar como a contística arguediana apresenta, através de seus personagens, os encontros de culturas, considerando as influências entre elas e as relações identitárias. Para isso, refleti sobre o período da literatura indigenista, sobretudo, sobre a fase do neo-indigenismo inaugurado por Arguedas. Para nortear esta pesquisa, recorri a alguns teóricos cujas discussões julgo importantes para pensar sobre as trocas culturais e os fenômenos resultantes delas, quais sejam os principais: Fernando Ortiz (1993), Cornejo Polar (2000) e Stuart Hall (2006). Igualmente importantes foram os aportes de Chiampi (1980) acerca da acepção do realismo maravilhoso. A pesquisa foi realizada a partir da aproximação do corpus ficcional, neste caso, os contos, aos pressupostos teóricos supracitados. No percurso de minhas análises percebi que os personagens da contística selecionada ou vivem um processo de transculturação, em que suas identidades apresentam-se múltiplas e contraditórias; ou buscam permanecer vinculados às suas origens, seja por meio da perpetuação de suas tradições, seja quando partilham da orfandade, condição que os leva sempre ao saudosismo em relação à sua gente, e, portanto, da sua terra e de tudo quanto a compõe. / José María Arguedas (1911-1969) fue un exponente de la literatura peruana y su producción trató ampliamente sobre la problemática indigenista así como sobre las manifestaciones de la cultura indígena. El presente estudio tiene por finalidad verificar cómo la cuentística arguediana presenta, a través de sus personajes, los encuentros de culturas, considerando las influencias entre ellas y las relaciones de identidades. Para eso, reflexioné sobre el periodo de la literatura indigenista, sobre todo, sobre la fase del neo-indigenismo inaugurado por Arguedas. Para nortear esta pesquisa, recorrí a algunos teóricos cuyas discusiones juzgo importantes para pensar sobre los cambios culturales y los fenómenos resultantes de ellas, entre los cuales están: Fernando Ortiz (1993), Cornejo Polar (2000) y Stuart Hall (2006). Igualmente importantes fueron los aportes de Chiampi (1980) respecto a la acepción del realismo maravilloso. La investigación fue realizada a partir del acercamiento del corpus ficcional, en este caso, los cuentos, a los presupuestos teóricos anteriormente citados. En el curso de mis análisis percibí que los personajes de la cuentística seleccionada o viven un proceso de transculturación, en que sus identidades se presentan múltiples y contradictorias; o buscan permanecer vinculados a sus orígenes, sea por a través de la perpetuación de sus tradiciones, sea cuando comparten de la orfandad, condición esta que los lleva siempre a un sentimiento de nostalgia en relación a su gente, y, por tanto, de su tierra y de todo cuanto la constituye.

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