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MEMÓRIA DE MIGRANTES: ONDE VIVER O FAZER FAZ O SABERMarzari, Marilene 30 April 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004-04-30 / The purpose of this study is to know how inlanders and/or their descendants taught and
learned along the history of "Barra-garcense" society formation, which was constituted
from a migration process, mainly of northerner and northeaster who moved to Central
Region of Brazil, from 1920 to 1970, searching for better survival conditions. In this
new space, unknown for the majority, it was necessary for them to organize themselves
solidaritily to face the challenges met which were from the nature exploration to the
construction of small huts, passing from the activities of grazing formation and
clearings, to the guarantee of children upbringing and education. At first decades the
formal education was a privilege of the residents who had better financial conditions,
while the majority of people who had poor conditions, the access to knowledge
happened in an informal way. In this case, the own knowledge of the inlanders was
rethought by the oldest people and/or more experienced who were in charge of
transmiting it to the new generations, who changed it, with the purpose of overcoming
the adversities faced in the context. The access to a formal education was the dream of
many inlanders who fought tirelessly to have a better life in the country. Nevertheless
this is just happenning from the moment that region developed, moment that many
parents started to incentivate their children to learn, mainly the process of reading,
writing and the mathematical calculations. In this sense, know how the educational
process of two generations, parents and children, happened, who lived in different time
and space, is important to understand the expectations these families have in relation to
the formal education process, as it is possible to see it as an alternative to the
improvement of life conditions. / O propósito deste estudo é conhecer como os sertanejos e/ou seus descendentes
ensinavam e aprendiam ao longo da história de formação da sociedade barra-garcense,
que foi sendo constituída a partir de todo um processo de migração, principalmente de
nortistas e nordestinos que se deslocavam para a Região Central do Brasil, no período
que vai da década de 1920 a 1970, em busca de melhores condições de sobrevivência.
No novo espaço, desconhecido para a maioria, era necessário organizar-se
solidariamente para enfrentar os desafios que lhes eram colocados e que iam desde a
exploração da natureza para a construção de pequenos ranchos, passando pelas
atividades de formação de pastos e de roças, até a garantia da criação e educação dos
filhos. Nas primeiras décadas a educação formal era privilégio dos moradores que
tinham melhores condições financeiras, enquanto para a maioria das pessoas que tinham
menores condições, o acesso aos saberes ocorria de maneira informal. Nesse caso, os
saberes próprios dos sertanejos eram ressignificados pelas pessoas mais velhas e/ou
experientes que tinham a responsabilidade de transmiti-los às novas gerações, que os
transformavam, a fim de superar as adversidades encontradas no contexto. O acesso à
educação formal era o sonho de muitos sertanejos que lutavam incansavelmente para
construir uma vida melhor no sertão. No entanto isso só vai acontecer a partir do
momento em que a região passou a ser desenvolvida, momento em que muitos pais
passaram a não medir esforços para que seus filhos aprendessem, principalmente o
processo de leitura, escrita e as operações matemáticas. Nesse sentido, conhecer como
se dava o processo educativo de duas gerações, pais e filhos, que viveram em diferentes
tempos e espaço, é importante para se compreender quais as expectativas dessas
famílias em relação ao processo de educação formal, vendo-a como uma alternativa
para melhoria das condições de vida.
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MEMÓRIA DE MIGRANTES: ONDE VIVER O FAZER FAZ O SABERRibeiro, Marilene Marzari 30 April 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004-04-30 / The purpose of this study is to know how inlanders and/or their descendants taught and
learned along the history of "Barra-garcense" society formation, which was constituted
from a migration process, mainly of northerner and northeaster who moved to Central
Region of Brazil, from 1920 to 1970, searching for better survival conditions. In this
new space, unknown for the majority, it was necessary for them to organize themselves
solidaritily to face the challenges met which were from the nature exploration to the
construction of small huts, passing from the activities of grazing formation and
clearings, to the guarantee of children upbringing and education. At first decades the
formal education was a privilege of the residents who had better financial conditions,
while the majority of people who had poor conditions, the access to knowledge
happened in an informal way. In this case, the own knowledge of the inlanders was
rethought by the oldest people and/or more experienced who were in charge of
transmiting it to the new generations, who changed it, with the purpose of overcoming
the adversities faced in the context. The access to a formal education was the dream of
many inlanders who fought tirelessly to have a better life in the country. Nevertheless
this is just happenning from the moment that region developed, moment that many
parents started to incentivate their children to learn, mainly the process of reading,
writing and the mathematical calculations. In this sense, know how the educational
process of two generations, parents and children, happened, who lived in different time
and space, is important to understand the expectations these families have in relation to
the formal education process, as it is possible to see it as an alternative to the
improvement of life conditions. / O propósito deste estudo é conhecer como os sertanejos e/ou seus descendentes
ensinavam e aprendiam ao longo da história de formação da sociedade barra-garcense,
que foi sendo constituída a partir de todo um processo de migração, principalmente de
nortistas e nordestinos que se deslocavam para a Região Central do Brasil, no período
que vai da década de 1920 a 1970, em busca de melhores condições de sobrevivência.
No novo espaço, desconhecido para a maioria, era necessário organizar-se
solidariamente para enfrentar os desafios que lhes eram colocados e que iam desde a
exploração da natureza para a construção de pequenos ranchos, passando pelas
atividades de formação de pastos e de roças, até a garantia da criação e educação dos
filhos. Nas primeiras décadas a educação formal era privilégio dos moradores que
tinham melhores condições financeiras, enquanto para a maioria das pessoas que tinham
menores condições, o acesso aos saberes ocorria de maneira informal. Nesse caso, os
saberes próprios dos sertanejos eram ressignificados pelas pessoas mais velhas e/ou
experientes que tinham a responsabilidade de transmiti-los às novas gerações, que os
transformavam, a fim de superar as adversidades encontradas no contexto. O acesso à
educação formal era o sonho de muitos sertanejos que lutavam incansavelmente para
construir uma vida melhor no sertão. No entanto isso só vai acontecer a partir do
momento em que a região passou a ser desenvolvida, momento em que muitos pais
passaram a não medir esforços para que seus filhos aprendessem, principalmente o
processo de leitura, escrita e as operações matemáticas. Nesse sentido, conhecer como
se dava o processo educativo de duas gerações, pais e filhos, que viveram em diferentes
tempos e espaço, é importante para se compreender quais as expectativas dessas
famílias em relação ao processo de educação formal, vendo-a como uma alternativa
para melhoria das condições de vida.
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