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Visão estrangeira da religiosidade brasileira no século XIX: uma leitura da obra de Daniel Parish KidderValentim, Carlos Antonio 06 February 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-02-06 / This research aims to analyze the thoughts on the Brazilian religious institution under the eye of the traveler and the American Methodist missionary Daniel Parish Kidder through his narrative of travels in Brazil in the first half of the nineteenth century. It is used as the theoretical thinking of the Annales school, specifically E. P. Thompson with its historical logic that says that each time, each generation will be different questions for the object under study and will reach different answers. To contextualize the subject there is the interpretation of Brazilian society made by the writers Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda and Caio Prado Junior, on the period of colonial Brazil. To understand the foreign view, we analyze what other travelers have also said on the religiousness in Brazil, for it is observed that Auguste Saint-Hilaire, Jean-Baptiste Debret and Richard Francis Burton said on the subject, they are unanimous in identifying the difficulty of civilizing Brazil is due to the Brazilian religiosity, which according to Saint-Hilaire Catholicism has undergone a social decline upon contact with the primitive nature. For Kidder, interpreters of Brazil and travelers, Brazil is not civilized because the Catholic Church was unable to evangelize the country, not having a position to do so because of the ignorance and immorality of the clergy. Kidder also denounces Catholicism, which instead of leading the faithful to God, away from him. For him, preaching the gospel was central to civilize Brazil. Kidder considers that the gospel that American Protestants offered to the Brazilians brought in its bulge the progress. Brazil with the Gospel would become a country of men and women who would know how to read and write, thus contributing to the personal and social development, towards progress. / Esta pesquisa tem como objetivo refletir sobre os pensamentos sobre a instituição religiosa brasileira sob o olhar do viajante e missionário metodista norteamericano Daniel Parish Kidder por meio de seus relatos de viagens no Brasil na primeira metade do século XIX. Utiliza-se como referencial teórico o pensamento da Escola dos Annales, mais especificamente E. P. Thompson com sua lógica histórica, que diz que cada época, cada geração fará perguntas diferentes para o objeto estudado e terá respostas diferentes. Para a contextualização do tema observa-se a interpretação da sociedade brasileira feita pelos escritores Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior sobre o período do Brasil colônia. Para compreender a visão estrangeira, analisa-se o que outros viajantes também disseram sobre a religiosidade brasileira e observa-se o que Auguste De Saint-Hilaire, Jean-Baptiste Debret e Richard Francis Burton afirmaram sobre o tema, os quais são unânimes em identificar que a dificuldade de civilizar o Brasil ocorre devido à religiosidade brasileira que, segundo Saint-Hilaire o catolicismo sofreu uma regressão social quando em contato com a natureza primitiva. Para Kidder, e para os intérpretes do Brasil e os viajantes, o Brasil não é civilizado porque a Igreja Católica não conseguiu evangelizar o país, não tendo condições de fazê-lo devido à imoralidade e ignorância do clero. Kidder denuncia também o catolicismo, que em vez de levar os fiéis a Deus, os afastava dele. Para ele, a pregação do evangelho era fundamental para civilizar o Brasil, pois entende que o evangelho que os protestantes norte-americanos ofereceriam para os brasileiros trazia em seu bojo o progresso. Portanto, o Brasil com o evangelho se tornaria um país de homens e mulheres que saberiam ler e escrever, contribuindo assim para o desenvolvimento pessoal e social, rumo ao progresso.
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