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Análise de Redes Sociais e relações intergrupais: A convivência entre cotistas e não cotistas e suas influências na formação acadêmicaRibeiro, Elisa Maria Barbosa de Amorim 28 November 2015 (has links)
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TESE ELISA M B A RIBEIRO.pdf: 1221731 bytes, checksum: 1cb4bd7843b655d5cea90de0c903ef91 (MD5) / PROUFBA; CAPES. / As universidades públicas brasileiras têm aderido à política afirmativa de cotas para inserir grupos minoritários. Apesar da inserção assegurada pelo vestibular, observamos que o processo de inclusão dos cotistas na universidade ainda está por acontecer. Torna-se preciso conhecer impactos da adesão às cotas e compreender como atores universitários têm convivido. Este estudo parte da premissa da Análise de Redes Sociais (ARS) de que o lugar ocupado pelo estudante na rede de interações provê ou restringe o acesso a recursos que viabilizam sua formação acadêmica. Tem como objetivo analisar o processo de integração de cotistas e não cotistas, explorando possíveis relações entre este processo e a formação acadêmica dos alunos. O processo argumentativo desta tese se desenvolve em quatro estudos. O primeiro estudo, de caráter teórico, explicita contribuições da psicologia social na compreensão de mecanismos psicossociais subjacentes a fenômenos estudados com ARS, principalmente os relativos à formação de laços e relações intergrupais. O segundo analisa o grau de integração entre cotistas e não cotistas em nove cursos da Universidade Federal da Bahia, de acordo com a concorrência, semestre, área de conhecimento e natureza da relação. Esta análise, com 1086 estudantes distribuídos em 25 turmas, demonstra haver baixa integração entre os dois grupos (alta homofilia), principalmente nos cursos de alta concorrência e nas redes de amizade e informação. A partir desta visão ampla do comportamento das relações nas redes das turmas, passa-se a observar influências da posição dos estudantes na rede e aspectos da formação acadêmica. Assim, no terceiro estudo, são observadas as relações entre a posição do aluno e influências desta posição no coeficiente de rendimento e no comprometimento institucional. Tais análises indicam a presença de diferenças importantes entre cotistas e não cotistas nos cursos de alta concorrência: os não cotistas mais populares nas redes de amizade são os de maior coeficiente de rendimento; os não cotistas com menos relações com cotistas são os menos comprometidos com a UFBA; e os cotistas com mais relações com não cotistas são os que possuem maior coeficiente de rendimento. O quarto estudo foca na percepção dos estudantes sobre o grau de integração entre os dois grupos, possíveis motivos associados à falta de integração, bem como nas sugestões destes para ampliar a interação entre os grupos. A separação entre os grupos e os impactos disso no cotidiano universitário são percebidos pelos estudantes. Os professores e a gestão da universidade são considerados centrais para ampliação da integração entre os grupos. O conjunto de estudos aponta para importantes diferenças no modo de inserção de cotistas e não cotistas. Isto se configura um importante desafio para a UFBA que, como organização, necessita gerir a diversidade que instituiu por meio das cotas. / Brazilian public universities have joined affirmative action for minority groups. Despite the insertion assured by the vestibular, it is observed that the process of inclusion of affirmative action students at the university is yet to happen. It’s necessary to know the impacts of affirmative action and understand how university actors have been interacting. This study adopts the premise of Social Network Analysis (SRA) that the place occupied by student in the network provides or restricts access to resources that enable their education. We aim to analyze the integration of affirmative action students and regular students by exploring possible links this integration with their academic education. The argumentative process of this thesis is developed in four studies. The first study has a theoretical character, it explicits contributions of social psychology in the understanding of psychosocial mechanisms underlying the phenomena studied in SRA, especially those related to the formation of bonds and intergroup relations. The second study analyzes the degree of integration between affirmative action students and regular students in nine courses of the Federal University of Bahia (UFBA), according to the competition, semester, knowledge area and nature of the relationship. This analysis, with 1086 students allocated in 25 classes, shows that there is low integration between the two groups (high homophilia), especially in highly competitive courses and in friendship and information networks. From this broad view of the behavior of relationships in the classes networks, we began to observe how the position of each player in the network relates to aspects of academic education. In the third study, we observed relationships between the position of the student on the network and its possible influences on this grade point average (GPA) and institutional commitment. These analyzes indicate the presence of significant differences between affirmative action students and regular students in the high competition courses: the regular students most popular in friendship networks are the highest GPA; regular students with fewer relationships with affirmative action students are the least committed to the UFBA; and the affirmative action students with more relations with regular students are those with higher GPA. The fourth study focuses on students' perception of the degree of integration between the two groups, possible reasons associated with the lack of integration and suggestions to increase interaction between the groups. The separation between the groups and its impact on the university everyday life are perceived by students. Teachers and university management are considered central to expanding the integration between groups. All the studies point to significant differences in insert mode of shareholders and not shareholders, which sets an important challenge for the UFBA that, as an organization, need to manage the diversity that instituted.
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