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Relações intertextuais na obra de Ana Maria: ficção e história, teoria e criação literária / Intertextual relations in the work of Ana Maria Machado: fiction and history, theory and literary creationVieira, Ilma Socorro Gonçalves 26 April 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-04-26 / This research deals with dialogical relationships established in some of Ana Maria Machado‟s
novels and juvenile books, having as the theoretical background the studies based on
Bakhtin‟s principle of dialogism, which was highly important for the development of the
concept of intertextuality, coined by Julia Kristeva. Taking into account the scope of the
dialogical relationships recreated in the Brazilian writer‟s works, this study aims at
investigating “intertextuality” through a more flexible point of view, by focusing on history as
an intertext in the writer‟s fictional production and in the metafictional process as a dialogue
between theory and literary creation. Regarding the relationships between historical and
fictional discourse in Ana Maria Machado‟s works, one understands that the texts related to
the colonization of America as well as those which refer to the process of dictatorship in
Brazil are absorbed as fixed linguistic structures in the official historical discourse. They are,
above all, eminent processes marked by tensions in human relationships, which are full of
symbolic meaning. The theoretical basis to deal with the topics formerly mentioned are
Hayden White‟, Paul Ricoeur‟, Luiz Costa Lima‟, Erich Auerbach‟, Linda Hutcheon‟,
AndreTrouche‟, Maurice Halbachs‟, Gaston Bachelard‟ and Gilbert Durand‟s studies. As far
as the metafictional process of the works are concerned, one understands that the dialogue
between the theory and literary creation goes beyond the limits of the text in construction and
promotes a revolutionary effect in the subject involved by the literary writing, because, while
they are writing, Ana Maria Machado‟s characters deal with the process of writing itself, and,
at the same time, they are able to recognize and reconstitute themselves. Friedrich Schiller‟s
philosophical approach about literary creation, Linda Hutcheon‟s theories about the
narcissistic narrative and the postmodern poetry, besides Lucien Dällenbach‟s theories about mise en abyme are the theoretical references used in the investigation of this dialogue. / Esta pesquisa trata das relações dialógicas estabelecidas em determinados romances e em
determinadas novelas juvenis de Ana Maria Machado, tendo como referências fundamentais
os estudos baseados no princípio de dialogismo desenvolvido por Mikhail Bakhtin e que
sustenta o conceito de intertextualidade elaborado por Julia Kristeva. Considerando a
abrangência das relações dialógicas instituídas nas obras da escritora brasileira, a pesquisa
propõe um olhar flexível acerca do termo “intertextualidade”, ao enfocar a presença da
história como intertexto na produção ficcional e o processo metaficcional como diálogo entre
teoria e criação literária. Em se tratando das relações entre o discurso histórico e o discurso
ficcional na obra de Ana Maria Machado, entende-se que os textos relacionados à colonização
da América, assim como os que se referem à ditadura militar no Brasil, são absorvidos como
estruturas linguísticas fixadas no discurso oficial da história, mas, sobretudo, como processos
eminentemente marcados por tensões na esfera das relações humanas, por isso, carregados de
representações simbólicas. A base teórica para tratar dessas relações são os estudos de
Hayden White, Paul Ricoeur, Luiz Costa Lima, Erich Auerbach, Linda Hutcheon, André
Trouche, Maurice Halbwachs, Gaston Bachelard e Gilbert Durand. No que diz respeito ao
processo metaficcional das obras, compreende-se que o diálogo estabelecido entre teoria e
criação literária extrapola os limites do próprio texto em construção e promove um efeito
revolucionário no sujeito da escrita literária, pois enquanto escrevem, as personagens de Ana
Maria Machado problematizam o fazer literário e, paralelamente, se reconhecem, se
reconstituem, se reelaboram. A abordagem filosófica de Friedrich Schiller acerca da criação
literária, as teorias de Linda Hutcheon relativas às narrativas narcisistas e à poética do pósmodernismo,
além das teorias de Lucien Dällenbach sobre a mise en abyme, são as referências
teóricas utilizadas na investigação desse diálogo.
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