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EFEITOS DA INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR NA QUALIDADE DE VIDA E PARÂMETROS BIOQUÍMICOS DE ADULTOS E CRIANÇAS COM EXCESSO DE PESO.Morais, Flávio José Teles de 14 March 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-03-14 / In children and adults obesity is normally associated with an inadequate diet, low
physical activity and environmental or genetic factors. Individuals in this condition have a
higher prevalence of cardiovascular risk factors, shown by their clinical history, physical
exams or biochemical parameters, in addition to loss of quality of life. Ten
multidisciplinary intervention sessions were conducted, involving 26 overweight families,
chosen from an elementary school in Goiânia, Brazil. This investigation was divided in
three studies. The first and second studies evaluate the quality of life of caregivers and
children, the effect of the intervention on the Body Mass Index (BMI) and on the quality of
life (QL), and the relationship between the QL and the BMI. The third study investigated
the biochemical parameters of the 10 families with the higher BMIs before the
multidisciplinary intervention, and the relationship between the results for caregivers and
children. The children had average scores of 53.15 in the QV AUQEI scale before the
intervention, with 15.38% having decreased QL. The effect of the intervention on the
children s BMI ranged from 23.38 to 22.97kg/m² (p=0.07). Though all domains of the
AUQEI improved after the intervention, there was no statistically significant change
before and after the intervention (52.23 and 54.38). Significant correlations between the
BMI and the QL were not found. In the caregivers, the obese had smaller averages
before the interventions in the QL domains (functional capacity, general state of health
and mental health), comparing to the caregivers with overweight in the SF-36. After the
multidisciplinary intervention the caregivers showed statistical improvement in the QL
domains (SF-36): vitality, social aspects and mental health. A statistical improvement
was also found in the environmental domain through the WHOQOL-BREF tool. The
relationship between QL and BMI showed that the psychological domain stood out, in
which obese caregivers had lower averages than the overweight caregivers. The
biochemical parameters measured were: glucose, insulin, reactive ultrasensitive protein
C (PCR-US), lipidogram and hepatic transaminases. As result, 95% of the caregivers
and children showed at least one alteration, with PCR-US and the HOMA/IR index being
the most altered, calculated from glucose and basal insulin. The PCR-US was increased
in 85% of the caregivers and children, and the HOMA/IR was above normality in 35% of
the sample, emphasizing that an increase in the PCR-US levels were increased in 95%
of the participants. 90% of caregivers had an increase in the abdominal circumference,
20% in the blood pressure and 10% in metabolic syndrome. No statistically significant
relationships between the biochemical alterations of the caregivers with the children were
found; though an increase in the PCR-US was found in 70% of the families in which the
caregiver and the child had increased. We conclude that the multidisciplinary intervention
contributed with a reasonable improvement in the QL of the participants, and the
biochemical alterations signaled that the family unity is an indispensable tool for
acquiring better habits and potential beneficial changes. / A obesidade em crianças e adultos tem sido associada a uma dieta inadequada, gasto
físico diminuído com participação de fatores genéticos e ambientais. Indivíduos nesta
condição possuem uma maior prevalência de fatores de riscos cardiovasculares
evidenciados em história clínica, exame físico ou nos parâmetros bioquímicos (PB),
além de prejuízos na qualidade de vida (QV). A presente investigação foi dividida em
três estudos, mediante dez sessões de intervenção multidisciplinar envolvendo 26
famílias acima do peso de uma escola do ensino fundamental de Goiânia. Os objetivos
do 1º e 2º estudos foram: avaliar a QV de cuidadores e crianças, o efeito da intervenção
no índice de massa corporal (IMC) e na QV, além da relação entre QV e IMC. Os
objetivos do 3º estudo foram investigar os PB das 10 famílias com maior IMC, antes da
intervenção multidisciplinar, e a relação entre os resultados de cuidadores e crianças.
Os resultados das crianças mostraram escores médios de 53,15 na escala de QV
AUQEI antes da intervenção. Antes da intervenção, 15,38% das crianças apresentaram
QV prejudicada. O efeito da intervenção no IMC das crianças foi de 23,38 a 22,97kg/m2
(p=0,07). Apesar da melhora em todos os domínios do AUQEI após a intervenção, não
houve diferença estatisticamente significativa antes e após intervenção (52,23 e 54,38).
Também não foram encontradas correlações significativas entre IMC e QV. Nos
cuidadores, os resultados mostraram obesos com menores médias antes da
intervenção, nos domínios da QV (capacidade funcional, estado geral de saúde e saúde
mental), em comparação aos cuidadores com sobrepeso ao analisar o instrumento Short
Form-36 (SF-36). Após o programa, os cuidadores apresentaram melhoria
estatisticamente significativa nos domínios de QV (SF-36): vitalidade, aspectos sociais e
saúde mental. Foi observada, também, melhoria estatisticamente significativa no
domínio meio ambiente quando utilizado o instrumento WHOQOL-BREF. Na análise da
relação entre QV e IMC, destacou-se o domínio psicológico, em que cuidadores obesos
apresentaram médias menores que cuidadores com sobrepeso. Quanto aos PB, antes
da intervenção foram mensurados: glicemia de jejum, insulina, proteína C reativa
ultrassensível (PCR-US), lipidograma e transaminases hepáticas. E, como resultados,
observou-se que 95% dos cuidadores/crianças apresentaram pelo menos uma
alteração, sendo que a PCR-US e o índice HOMA/IR, calculado a partir da glicemia e
insulina basal, foram os mais alterados. A PCR-US esteve aumentada em 85% dos
cuidadores/crianças e o HOMA/IR esteve acima da normalidade em 35% da amostra,
destacando-se que, em 95% dos participantes em que este índice esteve aumentado,
concomitantemente, foi detectado aumento dos níveis da PCR-US. Observou-se, antes
do programa, nos cuidadores, que 90% apresentaram aumento da circunferência
abdominal, 20% aumento da pressão arterial e 10% de síndrome metabólica. Não foram
encontradas relações estatisticamente significativas entre as alterações bioquímicas dos
cuidadores com as crianças; entretanto, em 70% das famílias em que o cuidador
apresentava aumento da PCR-US, esse aumento foi também observado na sua criança.
Conclui-se que a intervenção multidisciplinar contribuiu com melhoria sensível na QV
dos participantes, e as alterações bioquímicas evidenciadas apontaram a unidade
familiar como ferramenta indispensável a melhores hábitos e potenciais mudanças
benéficas.
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