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Morfotipagem, caracterização fisiológica de leveduras isoladas de secreção vaginal e sensibilidade a própolis e lectinasSevero Gomes, Bruno 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / As leveduroses, em especial as candidoses, vêm assumindo papel de grande relevância na patologia
humana. O trato genital feminino pode ser acometido por processos inflamatórios e infecciosos, os
quais são diagnosticados pela análise da secreção vaginal. Diversas espécies de leveduras têm sido
isoladas da vulva e da vagina, em casos normais e de vulvovaginite. Com o objetivo de
caracterizar fisiologicamente, realizar a morfotipagem e analisar o perfil enzimático desses
fungos e avaliar atividade antifúngica de própolis brasileiras (verde e vermelha), como
também de lectinas de sementes de leguminosas do Brasil (Dviol, DRL, ConBr e LSL),
foram utilizadas trinta amostras de vinte e três espécies de leveduras isoladas de secreção
vaginal de mulheres grávidas e não grávidas. Todas as culturas estão depositadas na Micoteca -
URM, Departamento de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco e foram submetidas a
confirmação taxonômica de acordo critérios clássicos os quais se baseiam em provas morfológicas e
fisiológicas. A morfotipagem foi utilizada como método de diferenciação entre espécies. Foi
verificado que dos 30 isolados, todos (100%) apresentaram crescimento a temperatura ambiente (TA
= 28°C ± 1° C) e a 37°C e 17 (57%) cresceram a 42°C. Os morfotipos apresentaram diferenças
significativas independente da espécie, presença ou ausência sintomática. Em relação à detecção da
atividade enzimática, foi observada atividade proteásica em dois isolados (6,6%) Candida maritima
URM 4976 e C. obtusa URM 4982. A atividade fosfolipásica foi detectada em 20 isolados (66,7%),
utilizando como substrato à lecitina de soja, em diferentes temperaturas. Das 30 amostras de
leveduras testadas, todas foram sensíveis à anfotericina B com CIMs variando de 0,06mg/mL a
1mg/mL. Em relação ao fluconazol, seis amostras apresentaram resistência com CIMs, acima de
64mg/mL. Das amostras de leveduras analisadas apenas três isolados foram susceptíveis ao extrato
aquoso da própolis verde. O extrato alcoólico da própolis verde apresentou atividade antifúngica
entre 2-1,024μg/mL. A atividade fungicida do extrato alcoólico da própolis vermelha foi verificada
em todas as amostras analisadas, cuja média geométrica ficou entre 8-161,1μg/mL. Os dados
obtidos demonstram que todas as amostras de leveduras isoladas de secreção vaginal foram
sensíveis ao extrato alcoólico da própolis vermelha. O potencial antifúngico da própolis vermelha
para essas espécies sugerem aplicações futuras como tratamento alternativo para leveduroses
vaginais. As lectinas DRL, ConBr e DvioL, apresentam potencial antifúngico, frente a leveduras
isoladas de secreção vaginal, formando assim, um campo promissor para elaboração de novas
estratégias terapêuticas em relação as leveduroses vaginais e consequente promoção da saúde da
mulher. Assim a caracterização de leveduras isoladas de secreção vaginal, bem como a
determinação de sua atividade enzimática, pode contribuir para o entendimento da epidemiologia
das vulvovaginites e auxiliar no tratamento das pacientes
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